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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Percurso dos PALOP em 2013: conflito armado em Moçambique, ativistas assassinados em Angola e clima de medo na Guiné-Bissau.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

O agudizar do conflito entre o Governo e a RENAMO agitou Moçambique, em Angola a voz dos contestatários foi reprimida e a Guiné-Bissau ainda não foi a votos. Confira os acontecimentos que marcaram o ano.

Soldado moçambicano vigia terreno em Catandica, província de Manica, antes do pouso do helicóptero do Presidente Armando Guebuza.

Na reta final de 2013, a DW África recua, olha para trás para recordar os principais acontecimentos que marcaram os cinco Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Moçambique vive pico de instabilidade

O mês de janeiro foi sobretudo marcado pelas fortes cheias. A devastação causou a morte de 91 pessoas, obrigou à deslocação de 120 mil e causou prejuízos calculados em 400 milhões de euros. A província sul de Gaza foi a mais afetada, em particular a cidade de Chokowé.

O agudizar da tensão entre o Governo da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e a RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido da oposição, marcou o ano de 2013. A partir de abril, aumentou o receio do regresso a uma guerra civil.

A 4 de abril, homens da RENAMO tomaram de assalto um posto da polícia em Múxunguè, na província central de Sofala: cinco pessoas morreram, quatro polícias e um membro do principal partido da oposição moçambicana. O jornalista e diretor do Canal de Moçambique, Fernando Veloso, esteve no local: “durante 45 minutos houve forte tiroteio, inclusive uns três ou quatro disparos de armas pesadas”, contou.
Militares da RENAMO na Gorongosa
Dois dias depois, a 6 de abril, pelo menos duas pessoas morrem num ataque contra um autocarro de passageiros e um camião na região centro. Desde esta primeira ação armada contra civis, o Governo moçambicano instalou na Estrada Nacional 1 colunas militares que controlam a circulação rodoviária no troço entre o Rio Save e Muxúnguè.

A oposição da RENAMO à Lei Eleitoral esteve na origem da crise político-militar, iniciada em 2012, com a deslocação do líder Afonso Dhlakama para a antiga base de Satunjira, na Gorongosa, província central de Sofala. A base já tinha sido utilizada pela principal força da oposição durante a guerra civil dos 16 anos que terminou em 1992.

A 27 de maio arrancou a segunda greve dos profissionais de saúde (os médicos já tinham paralisado em janeiro). Após 27 dias de paralisação, os médicos e profissionais de saúde suspenderam a greve, dando assim vitória ao Governo que se tinha recusado a aceitar as suas reivindicações. Os médicos exigiam um aumento de 100% no seu salário base e uma subida de 10% para 35% no subsídio de risco.

Também a 27 de maio, Moçambique destacou-se no plano literário: o escritor Mia Couto venceu o Prémio Camões 2013.

A 17 de junho, homens armados, alegadamente da RENAMO, mataram seis militares num ataque contra um paiol na região de Savane, no centro do país. E dois dias depois, a RENAMO ameaçou impedir a circulação rodoviária e ferroviária desde a região Sul ao Norte, com o objetivo de impedir a militarização do exército governamental naquela região.
A circulação de mercadoria e de passageiros da linha de Sena esteve suspensa devido à tensão político-militar

Devido à insegurança que se sente na região, a 24 junho, a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique anunciou a suspensão da circulação de comboios de passageiros na província de Tete, centro de Moçambique. E a 26 de junho foi vez da empresa mineira anglo-australiana Rio Tinto, que opera naquela região, suspender também as exportações de carvão.

Segundo relatório anual da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD), divulgado a 26 de junho, África foi a única região do mundo com um incremento dos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) de 48 para 50 mil milhões de dólares. Moçambique foi o segundo maior receptor destes investimentos, após a Nigéria e ainda antes da África do Sul.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) anunciou, a 7 de julho, que Moçambique conseguiu reduzir a transmissão do VIH/SIDA das mães para os bebés, assim como a violência e abusos contra crianças.

A 3 de julho, e pela primeira vez desde que se iniciaram os ataques armados a civis no troço Rio Save-Muxúnguè, o presidente da RENAMO, Afonso Dhlakam, pronunciou-se: “não há guerra em Moçambique. Quero tranquilizar os moçambicanos. (…) No dia em que o Presidente Guebuza retirar essas forças que estão a cercar Satunjira, na Gorongosa, eu posso ir a Maputo, até pode ser amanhã”.
As 24 rondas negociais entre Governo e RENAMO terminaram sem resultados. A oposição exige mediadores nacionais e internacionais

No entanto, não chegou a concretizar-se o aguardado encontro entre o Presidente Armando Guebuza e o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama. Além disso, as 24 rondas negociais entre o Governo e principal partido da oposição terminaram sempre sem resultados.

Nas cidades de Maputo e Matola, no sul de Moçambique instalou-se um clima de medo, com onda de assaltos e de violações sexuais protagonizada pelo chamado grupo G20.

Ataques armados marcaram o primeiro aniversário de Afonso Dhlakama na sua base em Satunjira, Gorongosa. A 21 de outubro, forças governamentais cercaram e tomaram a base da RENAMO.

Como consequência, o porta-voz da RENAMO, Fernando Mazanga, anunciou o fim do Acordo de Paz de 1992, documento que pôs termo à guerra civil de 16 anos: “o futuro é de temer uma vez que tudo pode acontecer”, disse.

No entanto, a 24 de outubro, a RENAMO recuou e afirmou que continua "vinculada" ao Acordo Geral de Paz.

A 29 de outubro, os confrontos atingem pela primeira vez a região norte, nomeadamente a cidade de Nampula.
Grande manifestação em Maputo de repúdio aos raptos e de apelo à paz (29.10)
A 31 de outubro, a população saiu às ruas de Maputo, Beira e Quelimane em protesto contra a escalada de raptos e pela paz no país. A manifestação de Maputo foi a maior marcha popular de protesto contra o Governo da FRELIMO no poder desde a independência, em 1975.

No dia 5 arranca a campanha para as eleições autárquicas de 20 de novembro nos 53 municípios. A caça ao voto acontece num momento particularmente tenso e com a ausência da RENAMO das eleições, devido a discordâncias em relação à lei eleitoral.

A 20 de novembro, os eleitores foram votar em ambiente ordeiro e calmo. A FRELIMO ganhou em 50 municípios. O MDM manteve maiorias nos municípios da Beira e Quelimane e conquistou ainda a autarquia de Nampula. A festa da vitória do MDM em Quelimane foi manchada pela morte do músico Maxi Love, pela polícia.

Um avião das Linhas Aéreas de Moçambique caiu, a 29 de novembro, numa área florestal entre a Namíbia e o Botsuana, quando se dirigia para Luanda, matando todos os 33 ocupantes.

No dia 11 de dezembro o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, falou à imprensa pela primeira vez desde que fugiu para local incerto, depois do ataque de outubro à base do maior partido da oposição, em Satunjira. Dhlakama disse estar confiante que o país voltará a ter estabilidade política e militar até fevereiro do próximo ano.
Apesar da instabilidade, as eleições autárquicas de 20 de novembro decorreram tranquilamente

Autoridades de Angola insistem no "não" às manifestações

Na madrugada de 1 de fevereiro, foram demolidas mais de 450 habitações clandestinas do bairro de Mayombe, no município de Cacuaco, na província de Luanda. As famílias foram encaminhadas para a zona de Kaop-Funda, também no município de Cacuaco, onde vivem sem mínimas condições, segundo Rafael Morais da organização SOS Habitat. Aquela organização constatou que, no primeiro semestre de 2013, as demolições de habitações decorreram com uso de força por parte da polícia e causaram a morte de mais de 10 pessoas.

O Governo angolano decidiu, a 4 de fevereiro, suspender as atividades da Igreja Universal do Reino de Deus, por 60 dias, depois da morte de 16 pessoas durante um culto. Seis outras igrejas evangélicas, não legalizadas, viram as suas práticas também interditas. Ao longo do ano, também foram destruídas muitas mesquitas em Angola, o que causou protestos de países islâmicos.
Jovens angolanos organizam a primeira manifestação contra o regime do Presidente José Eduardo dos Santos a 30 de março. A poucos dias do protesto, dois ativistas foram raptados e a testemunha do rapto foi detida. A manifestação foi reprimida.

A 21 de junho, o filho mais velho de José Eduardo dos Santos, José Filomeno, foi indicado para controlar o Fundo Soberano de Angola, no valor de quase 4 mil milhões de euros. O fundo, que sucede ao fundo petrolífero, foi criado em outubro de 2012 para investir domesticamente e no exterior do país os recursos gerados pelas exportações de petróleo em infraestruturas e outros projetos para diversificar a economia angolana, fortemente dependente dos hidrocarbonetos.

Em termos de desporto, Angola sagrou-se campeã do Afrobasket, a 31 de agosto, após vitória frente ao Egito por 57-40.

A 13 de setembro, a UNICEF lançou o relatório anual sobre mortalidade infantil. Angola ocupa a 2ª posição, em termos mundiais, com 164 mortes infantis em mil crianças nascidas vivas. De entre os PALOP, segue-se a Guiné-Bissau, na 6.ª posição; Moçambique classifica-se no 22.º lugar; São Tomé e Príncipe ocupa a posição 52; seguindo-se Cabo Verde, número 88.

A manifestação do Movimento Revolucionário Angolano, prevista para 19 de setembro, foi morta à nascença, com um saldo de pelo menos oito detenções, agressões à bastonada e mordidelas de cães da polícia.
Bispo Pio Hipunyati denunciou situação de fome na província sul de Cunene
De acordo com o relatório lançado a 1 de outubro pelo Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Angola e Brasil conseguiram reduzir para metade o número de pessoas com fome, cumprindo com o Objectivo de Desenvolvimento do Milénio número 1. A notícia gerou críticas por parte de várias organizações em Angola, pois colide com a crise alimentar que atinge as regiões centro e sul do país, nomeadamente na Huíla, Cunene e Namibe, com mais de um milhão de pessoas afetadas.

Pio Hipunyati, bispo de Ondjiva, capital da província de Cunene, alertou para uma situação alarmante: “este ano não choveu e não temos colheita nenhuma. De maneira que fome ameaça as pessoas assim como ameaça os animais”, denunciou Pio Hipunyati.

No discurso sobre o estado da Nação a 15 de outubro, na Assembleia Nacional, o Presidente angolano faz tremer Portugal: “têm surgido incompreensões ao nível da cúpula. E o clima político atual reinante nessa relação não aconselha à construção da parceria estratégica antes anunciada”, afirmou José Eduardo do Santos.

O arrefecimento de relações entre Luanda e Lisboa surgiu na sequência do pedido de desculpas do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português a Angola pelas investigações do Ministério Público a personalidades angolanas. Posteriormente, com o arquivamento de alguns dos inquéritos em curso, as autoridades angolanas começaram a dar sinais de agrado.
Presidente José Eduardo dos Santos exonerou chefe da secreta, na sequência dos assassinatos de Alves Kamulingue e Isaías Cassule

No início de novembro, a Procuradoria-Geral da República anunciou a detenção de quatro indivíduos que supostamente teriam raptado e assassinado os ex-militares Alves Kamulingue e Isaías Cassule. O esclarecimento do mistério em torno dos ativistas, que estavam desaparecidos desde maio de 2012, levou à exoneração do chefe da Secreta, Sebastião António Martins, pelo Presidente angolano, a 15 de novembro.

As últimas notícias sobre os ativistas assassinados acenderam os ânimos e desencadearam uma manifestação, a 23 de novembro. Centenas de pessoas aderiram à manifestação, convocada pela UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), o principal partido da oposição, apesar da proibição das autoridades.

Cerca de 200 manifestantes foram detidos e Manuel Hilberto Ganga, dirigente da CASA-CE (Convergência Ampla de Salvação de Angola), foi abatido a tiro pela guarda presidencial. O funeral, a 27 de novembro, realizou-se sob forte aparato policial.

O Presidente José Eduardo dos Santos regressou a Luanda, a 4 de dezembro, após quase um mês ausente do país em visita privada a Barcelona, em Espanha. A longa ausência provocou alguma especulação tanto em Angola como no estrangeiro sobre o estado de saúde do chefe de Estado.
# DW

Um Feliz Ano Novo para todos os frequentadores do Blog Djemberém e principalmente para todos os Guineenses!

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Samuel Vieira

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Angola: Críticas à mensagem de Ano Novo do Presidente de Angola.

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Analistas consideram que José Eduardo dos Santos não aprofundou temas controversos na mensagem de Ano Novo. Por exemplo, a morte dos ativistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule.
mensagem de Ano Novo do Presidente angolano durou cerca de 13 minutos.
Durante o discurso, José Eduardo dos Santos negou uma "'cultura da morte' ou do assassinato por razões políticas" em Angola.
O chefe de Estado disse ainda que encetou um diálogo "franco" e "abrangente" com a juventude. Elogiou a mulher angolana, falou sobre o Censo Geral da População de 2014 e afirmou também que "a liberdade e a democracia garantidas pela Constituição não constituem um livre-trânsito para o insulto gratuito, para a ofensa moral e para a calúnia de quem quer que seja."
Protesto de novembro em Benguela contra a governação de José Eduardo dos Santos
Mas alguns analistas criticam José Eduardo dos Santos por, nos 13 minutos do discurso de sexta-feira (27.12), não ter aprofundado temas controversos.
Aspetos que também preocupam a sociedade angolana, como a morte dos ex-militares Alves Kamulingue e Isaías Cassule e a morte a tiro de Manuel Ganga, militante da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), ficaram de lado. Ou, por exemplo, o estado da saúde e da educação em Angola, a situação das prisões ou a questão da fome, que continua a afetar mais de 800 mil famílias sobretudo no centro e sul do país.
"Teorias atrás de teorias"
Mário Gaspar, professor de História e analista, diz que o Presidente da República não falou para os angolanos, mas sim para os cidadãos do seu partido, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Algo a que os angolanos já estariam habituados.
"São teorias atrás de teorias, acompanhadas por uma grande dose de hipocrisia", refere. Porque as mortes que se registaram são por ordem de entidades superiores. As pessoas são mortas, perseguidas, são presas injustamente" e o Presidente não faz nada, queixa-se Gaspar.
Segundo o advogado David Mendes, o discurso do Presidente angolano é um autêntico desrespeito aos angolanos, sobretudo num momento em que muitos querem que determinados temas sejam abordados de forma profunda.
Já Sebastião da Silva, um professor do ensino público, pede maior seriedade ao executivo angolano e adverte que falta conciliar no país a teoria com a prática.
"Num país democrático de direito, devia ser tempo de começarmos a ver as coisas num sentido mas objetivo", refere. "Esta situação vem efetivamente mostrar que ainda estamos num sistema ditatorial."

# DW.DE

Educação: Por que o Brasil não está entre os melhores?

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Imagem: revista isto é
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Extraido do site: isto é

O Brasil reproduz acriticamente muitas das medidas educacionais dos Estados Unidos e ambos apresentam baixos índices no PISA, programa internacional que busca verificar o nível de preparo dos jovens para o exercício da cidadania. Participaram desta avaliação cerca de 500 mil estudantes de 65 países.

por Zacarias Gama *Monde Diplomatique
A grande imprensa brasileira está repercutindo largamente o desempenho dos nossos estudantes da Educação Básica no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Programme for International Student Assessment - PISA). Este Programa é desenvolvido e coordenado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), e é aplicado a estudantes na faixa dos 15 anos. Seu objetivo é verificar o nível de preparo dos jovens para o exercício da cidadania na sociedade contemporânea matriculados em escolas públicas e particulares. Participaram desta avaliação cerca de 510000 estudantes de 65 países. As avaliações do PISA são trienais e abrangem três áreas do conhecimento - Leitura, Matemática e Ciências. A cada triênio uma das áreas é enfatizada. Na avaliação de 2012, que está sendo divulgada, a ênfase foi em Matemática. Em 2015 será em Ciências.

Muito embora os estudantes brasileiros tenham ficado abaixo da média dos países da OCDE, é de se registrar que o desempenho médio em Matemática tem melhorado desde 2003. São também visíveis as melhorias nos desempenhos de Leitura e Ciências. O problema, no entanto, é que o Brasil ainda está distante dos países situados no topo do ranking; as cinco melhores posições foram ocupadas pelos estudantes asiáticos, respectivamente de Xangai, Singapura, Hong-Kong, Taipé e Coreia. Os Estados Unidos e o Brasil ocuparam as posições de números 36 e 58 respectivamente. A Finlândia (12ª posição) mesmo tendo caído algumas posições e tendo ficado abaixo dos asiáticos já mencionados, do Liechtenstein, da Suíça, da Holanda e da Estônia, ainda compõe a elite mundial de bons desempenhos no PISA. Os esforços brasileiros para a melhoria da qualidade da educação na última década têm sido grandes e estão sendo lentamente recompensados. No ano 2000 nosso escore geral foi igual a 368 e subimos em 2012 para 402. Nosso desempenho, no entanto, sempre fica abaixo da média dos escores dos países da OCDE em todo esse tempo de realização do PISA, em todas as avaliações. A média da OCDE em 2012 foi de 494. Ao longo das aplicações do PISA o desempenho de estudantes de três países ocidentais chama a nossa atenção. O desempenho dos estudantes da Finlândia sempre conseguindo as melhores posições do ranking, obtendo escores superiores às médias da OCDE; o dos estudantes dos Estados Unidos que jamais superou o escore de 499 pontos, e dos estudantes do Brasil sempre ocupando as piores posições. Os estudantes destes dois últimos países vêm tendo desempenhos abaixo das médias da OCDE. Os finlandeses obviamente se orgulham do sucesso obtido em todos os exames do PISA. E quando nos empenhamos a descobrir a sua fórmula, ela se revela incrivelmente simples e diferente daquelas que são aplicadas nos Estados Unidos e no Brasil.
O Portal G1, em sua edição de 24 de maio de 2013, tornou pública essa simplicidade e as diferenças que apresenta ao veicular extensa matéria com o título País com a melhor educação do mundo, Finlândia aposta no professor , baseando-se no depoimento de Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia. Na Finlândia, segundo Palojärvi, o sucesso nada tem "a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou exames gigantescos como Enem ou Enade". Lá as apostas se concentram na valorização do professor e na sua autonomia para trabalhar. Desde a reforma educacional dos anos 1970 a valorização do professor traduziu-se em pagamento de salários competitivos e em atratividade da carreira docente. Hoje um docente da Educação Básica ganha em média R$ 8 mil reais por mês, algo em torno de 3 mil euros. Seu salário é compatível com a média salarial do país e aumenta com o tempo de serviço. Todos os docentes, entretanto, precisam ter formação mínima em nível de Mestrado e cumprir um tempo de treinamento antes de entrar em sala de aula. Quanto à autonomia de trabalho a diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia é muito clara: O material [didático] usado e o currículo são livres, por isso podem variar muito de uma unidade para outra. O mesmo ocorre quando fala do uso de novas tecnologias em salas de aula: tecnologia também não é o forte das escolas finlandesas, que preferem investir em gente. "Não gostamos muito de tecnologia, ela é só uma ferramenta, não é o conteúdo em si. Tecnologia pode ser usada ou não, não é um fator chave para a aprendizagem."

O desempenho dos estudantes dos Estados Unidos, ao contrário dos estudantes finlandeses, desde a primeira aplicação do PISA em 2000 vem se situando abaixo da média dos escores dos países da OCDE, oscilando entre 499 (em 2000) e 492 (em 2012).  A ex-conselheira de educação dos governos Bill Clinton e George W. Bush, Diane Ravitch, em seu livro "Vida e morte do grande sistema escolar americano" (2011)  responsabiliza os testes padronizados (tais como os testes do ENEM e do SAERJ - aplicados no sistema educacional brasileiro e fluminense) e o modelo de mercado adotado pelo sistema educacional como os grandes vilões do fracasso na educação dos jovens americanos. Segundo afirma os testes tornaram-se definidores de toda a vida escolar americana. A partir dos resultados obtidos é que são tomadas as decisões pelos formuladores de políticas educacionais, as famílias podem fazer as suas escolhas acirrando a competição entre escolas, e os professores recebem gratificações e bônus sempre que os seus estudantes apresentam bons rendimentos.

A crise educacional americana é profunda e já dura algum tempo. Em 1983 o relatório Nation at Risk (Uma Nação em Risco - NAR), elaborado pela Comissão Nacional de Excelência em Educação na gestão do presidente Ronald Reagan, alertou acerca da erosão das instituições educacionais "por uma onda de mediocridade que ameaça o nosso próprio futuro enquanto povo e nação". Para a Comissão responsável pelo NAR o unilateral desarmamento educacional posto em prática nas escolas básicas dos Estados Unidos tanto compromete a segurança nacional em um futuro próximo, como também afeta o país econômica e socialmente. Entre as recomendações feitas pelo NAR, todas citadas por Ravitch, estavam a elevação de exigências para o ensino básico, desempenho e conduta escolar dos estudantes, formação de professores, assim como mais tempo para as instruções e deveres de casa, e valorização da carreira docente com o imediato aumento dos salários. Ravitch destaca que tal relatório coincidiu com os resultados anteriores do Relatório SAT de 1977 (Scholastic Aptitude Test ou Scholastic Assessment Test). O SAT já apontava o fracasso e insistia igualmente que os estudantes tinham poucas horas de disciplinas básicas, poucos deveres de casa, muitas faltas às aulas, poucas leituras críticas e reflexivas e uma escrita muito descuidada. Contudo, a entrada em um novo século, praticamente não alterou a situação americana apesar de alguns esforços salvacionistas de economistas, "líderes da América corporativa", consultores e empresários que pouco ou nada entendem de educação. Em 2002 Michel Bloomberg, ao assumir a prefeitura de Nova Iorque considerou o sistema educacional da cidade em "estado de emergência". A administração do prefeito Bloomberg para a educação, de fato, fez grande esforço para melhorá-la. Basicamente sua "reforma" educacional incluiu estratégias de responsabilização vertical, que segundo Ravitch significava "mais reformas de mercado que incluíam escolha escolar, autonomia, competição e incentivos". Apenas eram "autônomas" as escolas administradas privadamente com recursos públicos (School Charters); elas tinham turmas menores, mais recursos, estudantes selecionados e criavam uma dualidade de oferta de matrículas e ensino na rede de escolas públicas da cidade. Para incrementar as escolhas familiares, foram criadas inúmeras pequenas escolas de nível médio, com mais ou menos 500 alunos, todas elas temáticas voltadas para atender às demandas do mercado. No Brasil, no Estado do Rio de Janeiro e em Pernambuco, já há algumas escolas temáticas de ensino médio tais como a NAVE (Núcleo Avançado em Educação em parceria com a OI Futuro) e a NATA (Núcleo Avançado em Tecnologia de Alimentos em parceria com o Grupo Pão de Açúcar e com a CCPL). Contudo, apesar dos esforços da administração municipal de Nova Iorque, a reforma educacional do prefeito Bloomberg pode ser bastante criticada em função da dos grandes déficits de democracia que produziu no sistema educacional com a centralização das decisões e com o autoritarismo na implantação de políticas. Ravitch afirma que "a reorganização foi um modelo corporativo de controle fortemente centralizado, hierárquico e vertical".  Outro ponto crítico igualmente importante foi a atenção mínima foi prestada ao currículo escolar: à exceção de Matemática e Leitura todas as demais disciplinas curriculares tiveram importância reduzida.  Os escores obtidos pelos estudantes nova-iorquinos no National Assessment of Educational Progress (NAEP) entre 2005 e 2007 em Leitura e Matemática demonstraram que eles não tiveram ganhos significativos. Segundo Ravitch "na Leitura da quarta e da oitava séries e na Matemática da oitava série, os escores do NAEP demonstraram que não houve mudanças significativas. Tampouco houve qualquer estreitamento da distância de desempenho entre diferentes grupos raciais".  O New York Times, na edição de 16 de novembro de 2007 , estampou em grande matéria que os resultados de Nova Iorque nos testes federais demonstraram a estagnação educacional da cidade, apesar dos ganhos em Matemática da quarta série. E asseverou que medida após medida, os resultados mostraram que não houve nenhuma mudança significativa no período entre 2005 e 2007.
O Brasil reproduz acriticamente muitas das medidas aplicadas nos Estados Unidos como que repetindo a fórmula o que é bom para os EUA é bom para o Brasil. Diversas unidades e municípios da nossa Federação estão gerindo os seus sistemas educacionais com forte centralização, hierarquização rígida e vertical, e responsabilização das direções e professores pelos avanços e retrocessos porventura existentes. Aqui as famílias também estão sendo levadas a escolher as escolas para os seus filhos pautadas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB. O ranking que resulta da apuração do IDEB favorece as escolhas familiares, apesar das poucas pistas que fornece acerca do tipo de cidadãos que estão formando. Da mesma forma que em diversos estados e cidades dos Estados Unidos é comum entre nós o pagamento de gratificações por mérito e bonificações para os professores e escolas que cumprirem determinadas metas a contragosto dos nossos sindicatos. Também aqui raramente as comunidades educacionais são envolvidas em discussões sobre a aplicação de recursos, organização curricular, carga horária etc. Como lá estamos longe de uma ampla discussão pública para criação de um projeto nacional de educação.

A Finlândia que poderia nos inspirar sequer é visitada pelos formuladores nacionais de políticas públicas. Sua fórmula de sucesso parece não sensibilizar nossos tecnoburocratas educacionais e desembarcá-los da ponte aérea para Manhattan. Interessante ainda é que esses mesmos técnicos desconsideram os temores e as recomendações do relatório Nation at Risk que a Finlândia parece ter adotado para si. Não por acaso o sucesso desse país é produzido por professores experientes, ensino efetivo, estudantes motivados, recursos adequados e uma comunidade que valoriza a educação. Os atalhos e respostas rápidas parecem ser a obsessão dos nossos formuladores de políticas educacionais tanto quanto tiraram o sono do prefeito Bloomberg. Ravitch (2011) em ato de contrição por ter contribuído com as erráticas políticas educacionais de Bill Clinton e George W. Bush assevera que o fracasso americano decorre da "falta de visão educativa" e do "alistamento de um exército de consultores empresariais". Para essa ex-secretária de educação a maneira mais durável de melhorar o sistema educacional americano é a adoção de um currículo mais forte, melhoria das condições de trabalho e remuneração dos professores e melhoria das condições de ensino e aprendizagem.

Muito possivelmente por conta dos modismos da nossa tecnoburocracia que se mostra incapaz de aprender com a Finlândia, estamos insistindo na aquisição de competências e habilidades básicas que se mostram insuficientes para formar homens e mulheres que irão produzir novas tecnologias, fazer novas descobertas científicas, edificar novas e grandes obras de engenharia ou resolver problemas alimentares e hídricos. Dificilmente estarão aptos sequer para apreciar as realizações culturais da nossa sociedade ou a compreender e fortalecer a herança democrática. Como simples homo faber se equipam mal para tomar decisões baseadas em conhecimentos, debateserazão. Muito provavelmente por causa dos limitados e imediatos horizontes educativos de nossa dos nossos formuladores de políticas educacionais ainda estamos longe da posição que a Finlândia e seus estudantes ocupam no cenário educacional mundial. E isto nos aflige particularmente num momento em que nos encaminhamos para ocupar o lugar de 5ª economia mundial. Como poderemos nos manter nessa posição?

*Zacarias Gama. Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutor em Educação. Professor do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana.

# pravada.ru

Senegal: O Banco Mundial vai reabilitar a barragem de Diama por 4,5 mil milhões de francos CFA.

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O diretor da Sociedade de Gestão e Exploração da barragem Diama ( SOGED ) Tamsir Ndiaye, anunciou em St. Louis, o compromisso do Banco Mundial de financiar parte da reabilitação desta assinatura de acordo por um custo total de 4,5 mil milhões de francos CFA.

O ministro de Hidráulica e Saneamento, Pape Diouf e seus homólogos do Mali, Mauritânia e Guiné visitaram na semana passada,  barragem Diama em avançado estado de degradação. Este trabalho que foi iniciado em 1986, será renovado como parte da implementação da Gestão Integrada dos Recursos Hídricos e da utilização em bases múltiplas ( PGIRE 2) por um período de 5 anos. Parte do trabalho será financiado pelo Banco Mundial, por um montante de 4,5 mil milhões de francos CFA. Estes fundos vão reabilitar a parte da estrutura metálica, elétrica e eletromecânica da barragem anti-sal. A demora do início do trabalho é fixado para o mais tardar, no final de fevereiro de 2014.
O diretor da Sociedade de Gestão e Exploração da barragem de Diama ( SOGED ) Tamsir Ndiaye, precisou que o financiamento é esperado de outros doadores para a reabilitação das restantes partes deste acordo. Para a imprensa, o Sr. Ndiaye sublinhou a necessidade urgente de se reabilitar essas partes essenciais da barragem que, segundo ele, o coração do livro da assinatura do acordo enfrenta enormes problemas de manutenção e reparação.

O Ministro maliano da Energia e Águas, Frankaly Keïta, também presidente no Conselho de Ministros da OMVS, em nome do seu homólogo senegalês, Mauritânia e Guiné, saudou a visita, que vem imediatamente após a reunião da 57º Conselho Extraordinário de Ministros da OMVS realizado em Dakar. Ele estava acompanhado do ministro de Estado guineense encarregado da Energia, Papa Coly Kourouma, o ministro mauritano de Água e Saneamento, Salem Ould Bashir, o ministro maliano do Equipamento e Transportes, Abdoulaye Koumaré. O principal objectivo desta sessão especial foi, segundo ele, de examinar a situação dos grupo da central hidrelétrica de Manatali e fazer um balanço do andamento das negociações entre o OMVS e a empresa Sul-Africana Eskom para exploração da energia da referida barragem.

O Alto Comissário da OMVS, Kabiné Komora, destacou que esses ministros consideraram necessário visitar ao mesmo tempo Diama para estarem cientes dos desafios e perspectivas da reabilitação. A operação, portanto, de melhoria das condições de vida das populações dos quatro países membros da OMVS, que poderia mesmo ter água potável em quantidade e qualidade suficientes, e irrigar milhares de hectares de terras agrícolas. Esta infra-estrutura é indispensável para o desenvolvimento da agricultura e é o primeiro trabalho realizado pela OMVS em 1986. Diama permitiu estancar o amontoado de água salgada, de invadir os campos agrícolas, o armazenamento de água fresca para a irrigação e abastecimento de água potável para as cidades de Nouakchott e Dakar que caiu de 100% para 60%, sem contar com outros aspectos ambientais, tais como a manutenção do ecossistema.

Mas de acordo com especialistas OMVS, desde a sua criação, Diama nunca foi objecto de grandes reparos. É por isso que o Conselho saudou a Organização que negociou e obteve em novembro de 2013 do Banco Mundial, uma quantia de US $ 10 milhões ( 4,5 mil milhões de francos CFA ) para a reabilitação de parte da barragem no período 2014/2016.
O conselho igualmente pediu que o Alto Comissariado continue seus esforços para mobilizar o resto do financiamento necessário para a reabilitação de outros componentes do item.

Por: Mbagnick Kharachi DIAGNE


# lesoleil.sn

domingo, 29 de dezembro de 2013

Angola: ‘O futuro é incerto’.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

A paz, a liberdade e a democracia, que dão título ao seu livro, refletem alguma inquietação pessoal em particular?


Não há dúvida. Desde que eu vim para Luanda, desta vez depois da guerra, eu compreendi que as armas se calaram, mas a verdadeira paz ainda não tinha sido atingida. Eu reparei que aqueles pressupostos para a consolidação da paz-a democracia e a liberdade - não existiam. É verdade que quem fala da democracia fala também da liberdade. Eu costumo dizer que a paz é o regime político da paz. Portanto, esta situação constitui uma preocupação constante na minha vida. Eu olho, por exemplo, para a África do Sul e não preciso de muito tempo para compreender que os sul-africanos estão verdadeiramente empenhados no processo de reconciliação nacional. Sente-se o esforço que cada um dos cidadãos faz para manter um clima de paz e de entendimento com os seus vizinhos, com os seus concidadãos. Sente-se também este esforço da parte dos dirigentes. Ao contrário do que se passa naquele país, nós vemos que aqui há ainda um interesse e uma prédisposição de ir rebuscar permanentemente o passado. E no nosso comportamento do dia-a-dia, interagimos na base da desconfiança, de recalcamentos e nunca temos a certeza clara de que o que estamos a dizer corresponde àquilo que pensamos. De tal forma que, logo que haja um pequeno atrito, nós entramos imediatamente naquilo que choca e fere. Tudo isso para mim é uma preocupação porque um país como o nosso não se pode construir sob este comportamento que existe. Daí que todos os meus melhores pronunciamentos sejam feitos em ocasiões que eu considero oportunos para relembrar aos angolanos que temos toda a necessidade de consolidar a paz, a verdadeira e não a de que se fala. Este livro vem trazer a público pronunciamentos que eu já fiz também publicamente mas que visam sobretudo contribuir para a necessidade da consolidação dessa paz verdadeira e da reconciliação nacional. Acha que, por este andar, não é possível a democracia vingar tão cedo em Angola? Eu acho que não. Aqui em Angola, como disse num dos meus pronunciamentos publicados neste livro, parece que fizemos tudo e tudo fica a meio caminho. O nosso processo democrático está a caminho. Falamos da democracia teoricamente, mas na prática não nos comportamos como cidadãos de um sistema democrático. Falamos na necessidade de observar a lei mas isso também é só na teoria, porque na prática nós estamos constante- mente a violá-la e lá onde não há o cumprimento da lei não pode haver democracia. Que soluções sugere para se sair desta situação? Eu acho que os angolanos deviam dar passos concretos em frente. É bom, porque está tudo aqui já gizado, mas diz-se que a prática é o critério da verdade. Desta vez a UNITA assumiu a realização de mais uma manifestação de protesto e a reacção das autoridades foi aquela que se viu. A direcção da UNITA estava consciente das consequências que podiam advir dos protestos? Nós nunca fizemos uma manifestação, se analisar a situação vigente e eu acho que, mesmo no futuro, se a situação recomendar e aconselhar a realização de manifestações, a UNITA fá-las-á. E o momento actual aconselha? No nosso entendimento a manifestação é um direito previsto pela Constituição e é nosso dever lutar para que as leis sejam aplicadas e, do outro lado, é nosso dever lutar para a cidadania efectiva. Neste caso, a manifestação é um daqueles direitos a que um cidadão tem necessidade de recorrer sempre que esgotados outros meios e outros canais para se fazer ouvir. No que respeita a esta manifestação, por exemplo, nós analisámos na devida altura que era visível o sentimento de revolta do povo e até a nossa análise foi ao ponto de que seria melhor a UNITA assumir a realização de uma manifestação de modo a canalizar de uma forma ordeira este sentimento de revolta do povo do que deixá-la assim, e que grupos, talvez menos organizados e menos responsáveis, viessem a cometer actos que perturbassem de facto a ordem pública. É com este sentimento de responsabilidade que nós decidimos claramente a efectivação da manifestação. Por um lado, permitiria ao cidadão sentir-se aliviado porque sentia-se que havia algo a ferver nos corações das pessoas e precisávamos de criar este tubo de escape mas de uma forma organizada. E foi neste sentido que procurámos a colaboração das autoridades competentes. Pareceu que o Governo estava exactamente à espera que fosse a UNITA a assumir a manifestação do dia 23 de Novembro para depois “cair-lhe em cima”, com o argumento de que o gesto visava mergulhar o país numa nova guerra. A UNITA não sentiu isso? Mas nós dissemos que este desejo do governo de atribuir à UNITA a realização das manifestações sempre esteve presente. Mas também sempre dissemos que quando fosse necessário fazê-la a UNITA assumiria a sua autoria e é o que fizemos mais uma vez. E foi a nossa terceira manifestação depois de duas em 2012. O que nós vimos patente, e continua a ser motivo de curiosidade no nosso seio, é que parece haver situações mais complicadas a acontecer, talvez no seio do próprio MPLA, e que criam este receio. Não interessava ao partido no poder que a UNITA viesse com uma manifestação nesta altura.

Acha que o MPLA, partido maioritário em Angola, se iria preocupar com a visibilidade da UNITA? 

A visibilidade da UNITA é inquestionável e é uma realidade em Angola. Nós passamos por todos os cantos do país e vemos hoje que a visibilidade da UNIITA é muito grande. A manifestação seria apenas uma forma de canalizar estes sentimentos que, na nossa maneira de ver, existiam na altura de uma forma ordenada, organizada e responsável. Portanto, a questão não é a manifestação e nós gostaríamos de saber o que é que vai pelo país e, em particular, nas fileiras do partido no poder, porque não vejo razões e nem faz sentido transformar o desejo de uma manifestação pacífica e até comunicada oficialmente, numa guerra. Não faz sentido. Temos pessoas que, à priori, deviam ser devidamente lúcidas. Portanto, a nossa preocupação é, talvez, que o país esteja a atravessar alguma preocupação que ainda não conseguimos descortinar. Com esta situação, acha que a democracia tem estado a conhecer um revés? Nós sentimos um recúo claro nas conquistas democráticas que o país tinha conseguido. O nosso sentimento é de que estamos a caminhar também claramente para a instauração de um sistema ditatorial. E esta ditadura já se faz sentir a vários níveis. E estamos a caminhar para uma ditadura clara. Até aqui, teoricamente, estamos numa democracia, mas nós vemos a tendência de se suprimirem estas conquistas democráticas já feitas de forma “normal”. Aquelas disposições legais que na Constituição e noutras leis permitiam uma certa abertura democrática parecem estar ameaçadas . Determinados pronunciamentos revelam o interesse de se limitar tudo. Estou convencido que o sentimento geral que vem no seio das fileiras do partido que governa é eliminar o artigo 47 da Constituição, que permite a liberdade de manifestação. Que indícios, no vosso entender, apontam para isso? Vamos, por exemplo, para a Assembleia Nacional, onde as normas internas que previam a possibilidade da fiscalização dos actos do Executivo foram praticamente postas de fora. Há, portanto, uma tendência de se eliminar as conquistas democráticas que tinham sido já formalizadas através de leis. Dirigentes do MPLA terão solicitado à UNITA um diálogo visando o não empolamento do caso do assassinato de dois dirigentes da UNITA em Cacuaco, em Luanda e no Huambo. Quer comentar? Essa informação é falsa. Devo dizer que, mais uma vez, foi a UNIITA que procurou conduzir o processo de forma a evitar atritos. A UNITA tem relatos dos familiares dos assassinados que reconhecem e conhecem os assassinos. E nós não duvidamos, porque até crianças conhecem e dizem que foi o tio fulano da Polícia. A UNITA teria razões de levantar várias questões. Mesmo quando a morgue do Cemitério da Santa Ana ficou quase que cercada por agentes dos Serviços de Segurança e pela Polícia, a UNITA fez tudo para não causar problemas. Portanto, em nenhum momento alguém contactou a UNITA para estabelecer algum diálogo. Ao contrário, antes das mortes, a UNITA procurou um diálogo com o Governo. Este diálogo, com o MPLA, foi aceite mas no encontro os seus membros disseram claramente que não havia espaços para o diálogo sem ser no parlamento, onde havia espaço de diálogo. Nós queríamos trocar impressões mas ninguém queria. Na verdade, na Assembleia, quando a UNITA ou outro partido da oposição propõe agendar esta questão, nunca é agendada. A UNITA propôs uma coligação eleitoral da oposição. Em que moldes iria funcionar e com que estatuto? Desde 2004 que nós nos empenhamos nesse exercício, muitas vezes com opiniões muito contrárias à realização desse projecto, mas que sempre acreditámos que os angolanos, os partidos da oposição e a sociedade civil precisam, e sobre- tudo com a maioria do MPLA, de constituir essa plataforma para procurar equilibrar a correlação de forças. O que foi feito da plataforma de 2004? Devo dizer que não tem sido fácil. A plataforma de 2004 começou com mais de 30 partidos naquela altura, mas muito rapidamente foram reduzidos a sete. Estes sete continuaram mas, no momento em que a coligação devia ser consolidada, na altura das eleições, nós verificámos que a tendência era de cada um se apresentar por si. Esta foi a primeira experiência. Na legislatura de 2008 nós tentámos fazer mais um esforço. Ali, nós compreendemos que havia muitas desistências e enveredámos pela via de constituir plataformas perante problemas específicos. Foi assim que conseguimos juntar alguns partidos para um debate relativo à Constituição e à Lei Eleitoral. Como todos se reviram mesmo nessa plataforma, que permitiu a concertação de ideias durante o debate sobre a Constituição houve também posições diferentes no momento da votação. E vale a pena insistir nisso? Eu estou convencido que este é um esforço que vale a pena fazer. Naturalmente que nós estamos a analisar e levantar este sentimento. Tivemos a oportunidade de estar numa conferência de imprensa conjunta com outros partidos na oposição e nós cremos, e a iniciativa foi do Bloco Democrático, que estamos prontos para ensaiar outros passos. Esses passos serão concretizados por altura das eleições ou não? Não só, mas também para outras situações que possam ocorrer. Mas o nosso sentimento é que quando a iniciativa vem da UNITA parece encontrar o bstáculos. Mas,duma forma geral, devo dizer que os fracos devem se juntar aos mais fortes para se fortalecer qualquer iniciativa. E os fortes, neste caso, não são apenas os líderes e os nomes das organizações. Por outras palavras: se eu na minha qualidade de membro da direcção da UNITA me for associar a uma iniciativa, estou a contar com o apoio dos militantes que eu tenho. Se a UNITA aparece como uma força política de interesse, de relevo, ela só o é se trouxer os seus membros mas estes só virão se virem a posição que a sua liderança ocupa nessa iniciativa . Porque senão o que vai acontecer são desconfianças contra a liderança e, ao invés de fortalecer uma iniciativa, ela fica enfraquecida. Todos devem compreender isso porque se for eu como Samakuva a minha força não determina, porque ela depende da força dos seus militantes. O problema não está nas contrapartidas e nas garantias que devem ser negociadas entre as lideranças? Talvez não seja tanto esta questão. Mas muitas vezes sentimo-nos intrigados quando precisam de nós mas que não podemos desempenhar a posição de realce. Então, à partida, um projecto dessa natureza não pode andar. O senhor insiste que uma eventual plataforma política deve ter a UNITA a liderar? Se for o caso e para obter esta possibilidade é necessário que a UNITA apareça em posição que corresponda e que satisfaça os seus membros. Como descreve a figura de Nelson Mandela e que lições devem os políticos angolanos tirar do seu legado? É difícil descrever ou encontrar palavras para descrever a grandeza de um homem como Mandela. Durante os dias em que decorreram as cerimónias fúnebres de Mandela creio que muitos como eu fizeram uma reflexão profunda da dimensão daquele homem. Veja que a África do Sul inteira e o mundo pararam para homenagear um homem que todos reconhecem como alguém que serviu o mundo de uma forma bastante positiva. Eu fui levado a fazer comparações quase todos os dias sobre o que é a África do Sul e o seu processo de mudança e o processo angolano. Mandela e a África do Sul tinham razões para criar uma situação que levasse aqueles que no passado sofreram a vingarem-se. Mas graças ao Presidente Mandela todos se colocaram numa posição em que, como disse, chegado à África do Sul, é notório o esforço de cada um de conviver com o outro. Este é o papel de uma liderança de que depende o comportamento dos seus filhos. O comportamento actual dos sul-africanos é inspirado nos ensinamentos da liderança do Presidente Mandela que era de perdão, igualdade entre os cidadãos, tolerância e irmandade. Este homem cuja grandeza não conseguimos descrever, deve servir de reflexão para todos. Agora que estamos a chegar ao fim do ano podemos dizer que esta é uma oportunidade para que vire o ano e virem também as atitudes. Mandela saiu da prisão e, anos depois, convidou Jonas Savimbi, que tinha recebido apoio político e militar do regime do Apartheid, para um encontro entre ambos, como qualifica este gesto? Temos documentos, mensagens escritas que podem documentar e explicar certos aspectos desse relacionamento. Ficou apenas o aspecto negativo, o contacto com o Apartheid. A UNITA como organização revolucionária progressista não podia de forma nenhuma dar a bênção e interagir os líderes do Apartheid e ficar calada. Há relatos e documentos claros que teremos a ocasião de apresentar e será uma “caixa de surpresas”. E é lógico que com a grandeza de Mandela não sei se chegaria ao ponto de chamar alguém que contribuiu para o seu sofrimento para a sua aldeia natal. Em África só vem para a nossa casa, na aldeia, a pessoa por quem temos uma determinada estima. E isso resultou não só dos documentos mas também dos relatos que foram contados ao Presidente Mandela sobre a atitude de Savimbi ainda antes da sua libertação. A posição do Dr. Savimbi era clara e alguém poderá interpretá-la de várias formas. Mas, não só no seio da direcção da UNITA, como nos encontros com os sul-africanos, o Dr. Savimbi sempre dizia que a melhor forma de ser- virem a África do Sul e a África em que eles se encontravam inseridos era libertar o Presidente Mandela. É verdade que a propaganda dos nossos detractores dirá sempre o contrário e isso parte da luta em que estamos inseridos mas a verdade vem sempre ao de cima. Sentimos a necessidade de desvendar alguns mitos e de revelar alguns pontos de vista que talvez venham a ajudar a derrubar aquilo que são as concepções erradas sobre a luta da UNITA e o seu relacionamento com a África do Sul durante o regime do Apartheid. O sepultamento de Jonas Savimbi é um assunto de que já não fala. A exigência da UNITA no sentido de que o seu líder fundador seja enterrado na sua terra natal continua de pé ou não? A impressão geral que existe é que a trasladação dos restos mortais do presidente fundador da UNITA está a ser dificultada pelo Governo angolano. Eu devo dizer que talvez a realidade não seja apresentada desta forma. Nós fizemos uma diligência junto do Presidente da República, em 2011, sobre a necessidade de fazermos essa trasladação. Da parte da família, na altura, tínhamos recebido o desejo de que esse acto fosse realizado. O senhor Presidente da República manifestou a sua vontade de colaborar nesse processo quando a UNITA achasse necessário fazê-lo. Mas foi depois disso que, no nosso próprio seio, surgiram várias situações que ainda não foram ultrapassadas. Uma delas é que finalmente até o próprio cemitério para onde se pretende transferir os restos mortais do Dr. Savimbi precisa de ser limpo de minas. É algo que compete às entidades do Governo. Por outro lado, e isto não é segredo para ninguém, não há certeza de que a campa que se diz ser do Dr. Savimbi é na realidade o local onde se encontram os seus restos morais. É um processo bastante delicado que precisa de ser organizado e levado a cabo duma forma credível e transparente. Também nós verificamos que há ainda questões que do ponto de vista protocolar deveriam ser organizados. Está a dizer que também da parte da UNITA há tarefas por cumprir? Teoricamente podemos dizer que o nosso partido está a levar a cabo diligências no sentido de se realizar esta transferência mas, do outro lado, reina ainda a incerteza sobre se esta boa vontade manifestada pelo senhor Presidente será efectivada no momento da verdade. Não podemos duvidar de algo que ainda não se materializou. Nós pensaríamos que para uma pessoa com a estatura do Dr. Jonas Savimbi não devia ser da responsabilidade apenas das autoridades mas, mais uma vez, no quadro do próprio processo de reconciliação nacional, seria da responsabilidade das autoridades do Estado, em conjunção com a família, trabalhar no sentido de se materializar esta tarefa. O que é feito do património da UNITA, cuja devolução consta dos Acordos assinados em 2002? Este é um problema muito sério e envolve várias dimensões. A primeira dimensão tem a ver com os acordos. Em 2002 ouvimos do senhor Presidente que este processo iria finalmente conhecer o seu cumprimento mas, na realidade, nada se fez e está num impasse por falta da vontade política. Vai concorrer às próximas eleições para a sua própria sucessão? No passado, quando fui solicitado a responder questões do género eu reparei que tanto um “não” como um “sim” criaria situações indesejáveis no seio do partido. E então? A experiência parece que serviu para alguma coisa e hoje eu prefiro abster-me até que a altura chegue. Eu pessoalmente sei o que vou fazer. Estamos a apenas dois anos desde o último congresso e há assuntos a que o partido deve dar prioridade . Que balanço faz do ano que termina? A situação no país parece que se encontra numa incógnita. O nosso sentimento é que há algo que não está claro. Não vemos razões e é por isso mesmo que estamos a dizer que a chamada tensão política é algo deliberadamente criado porque não há razões para essa tensão. Se a manifestação cria uma tensão no país, quando ele é pacífica então algo está errado. O ano está a terminar mas com uma incógnita sobre o que se passa. Esperemos naturalmente que entremos para o novo ano com esta incógnita esclarecida para que entremos para o novo ano numa situação em que ninguém invente guerras, nem tensões políticas que não têm razão de existir.

# opais.net

Brasil: Anderson sofre fratura chocante em chute, e Weidman mantém cinturão.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Anderson Silva lesão UFC Las Begas (Foto: Reuters)
Anderson Silva fratura a perna esquerda após chute baixo em Chris Weidman (Foto: Reuters)
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# globo.com

sábado, 28 de dezembro de 2013

AQUI HÁ GATO ESCONDIDO, COM A "BOMBA" DE FORA!

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...


O meu segundo receio (o primeiro já foi escrito e publicado), é uma “víbora” que traz, por enquanto, só a cabeça de fora, mas é bom que não saia do buraco, há que tapar este mal no buraco onde cresceu e, colocarmo-nos de sentinela para evitar o pior.

Uma maldição que persiste, hoje é hoje encomenda envenenada para daqui a três meses, possivelmente ou mais, surtir o seu efeito negativo.
Mas só se os camaradas dormirem em serviço, o que penso que não vai acontecer, daí estarmos em alerta máxima, atentos e a controlar este tempo, para que avance sem perturbações políticas no País.
As palavras de ordem devem ser, estado de alerta e patriotismo como motivação no controle administrativo do território nacional, para que o recenseamento decorra em segurança, enquanto durar a contagem decrescente, para as eleições Legislativas e Presidenciais na Guiné-Bissau! 

Este “FOGO” desejado por inimigos duma Guiné-Bissau a prosperar, se começar a alastrar, aí não faltarão medidas por mar, terra e ar, de falsos bombeiros voluntários, para não só avançarem com o argumento de resgatar estrangeiros residentes, apagar o fogo, como também, para participarem na caldeirada preparada de antemão, com a receita assinada por um chefe de cozinha fantasma. São eles, os pirómanos da calada da noite, preparados para incendiar corações e mentalidades dos Guineenses, virando tudo do avesso, para calmamente ferirem de morte os nossos ideais de sucesso e de vitórias para o Povo. Somos obrigados a entendermo-nos, senão, acabamos por entregar o ouro ao bandido, pense camarada!

Há muito que tentam servir um drama aos olhos do mundo, consequentemente haver uma possível invasão decretada/consentida, para "institucionalização" no fundo do neocolonialismo na Guiné-Bissau, provando com esta necessidade de “ordem” imposta de fora para dentro do País, a tese do Estado "falhado", em vez de Estado fragilizado, doente agudo, mas não crónico, capaz de recuperar rapidamente se os homens quiserem (nós).

Alguns "bombeiros" de fato e gravata (de olhos verdes, azuis ou pretos) estão alistados numa possível invasão, se as eleições falharem na Guiné-Bissau, no entanto, alguns deles estão a arder dentro de suas casas (Países), onde são criticados, insultados, acusados de corrupção activa, branqueamento de capitais, gestão danosa, desvio de fundos financeiros, suas políticas desastrosas, etc.
Simplesmente pergunto, sendo assim, porque não viram a mangueira sobre as suas próprias cabeças e tomam um duche primeiro, já que são bombeiros?

Ficar-lhes-ia melhor, ética e moralmente, aos políticos resolverem honestamente esta relação diplomática bloqueada, com o devido respeito pelas autonomias de cada País.
Antes mesmo de apregoarem suas receitas “educativas” e comerciais, vendidas a pacóvios, que não sabem ler nas entrelinhas, a real intenção dos falsos bombeiros, se os resultados desta crise diplomática entre dois Países com séculos de relacionamento histórico acabar mal.

Sabemos da manobra saudosista de alguns reformados da política Portuguesa e não só, em ver implantar na Guiné-Bissau o neocolonialismo. Não admira que, servindo-se desta crise (74 Sírios) para fazer a opinião pública internacional, independentemente da culpa da Guiné-Bissau, e em parte também da TAP, havendo uma perturbação que impeça o funcionamento institucional, isto poder ir parar muito longe. Perturbar politicamente o andamento de muita coisa, fragilizar ainda mais o Estado, e com isso mais perto ficamos de um grupo de Países (todos eles, já estão no terreno), interessados num modelo neocolonial para ensombrar os nossos destinos.

Pois então Guineenses, Uni-vos! Acabai com a indignação do Povo, olhai ao vosso redor e praticai a compaixão e a solidariedade, em vez da desconfiança e um acentuado espírito de egoísmo à flor da pele. Sobretudo entre dirigentes do País, é agora ou nunca, amanhã será outro dia, mas tarde. Que Deus não permita que a Mãe-Terra caia nas mãos de “chulos”, para ser explorada e a ver seus filhos viverem de migalhas!

É preciso concentração agora para não dar o OURO ao bandido, esta guerra diplomática (de 74 Sírios) será ganha, mas na secretaria. Aliás o numero 74, lembra-me o 25 de Abril de 1974, a Revolução dos Cravos, feita por gente madura, patriótica, capaz, que mudou Portugal.
Chegou a nossa vez de mudarmos para melhor e num futuro breve, rirmo-nos de certas desgraças e enganos cometidos no passado.

Guineenses, vamos fazer a nossa parte com esta mudança que se avizinha, sem medo, vamos ter e ver o País a prosperar, brevemente.
Mas os mais gulosos e corruptos Guineenses terão de fazer "dieta" forçada pelo Povo, controlarmos esta situação entre nós, sabemos que há muita merda para limpar em Casa, porcaria feita e que continua, vamos limpar, não permitir que se repita.
Sem hipocrisia, a fingir que há "santos" no poder no meio de tanta desgraça que o País chegou, não, basta de desviar do padrão forte, i é, se quisermos chegar a bom Porto.

O primeiro passo é não permitir mais alteração da data das eleições, porque a "contrainteligência" reaccionária anda aí, percebeu que por essas bandas, poderá actuar com o objectivo de fragilizar a imagem do ESTADO (argumento para outros Países se imiscuírem nos assuntos internos da Guiné-Bissau) se conseguirem impedir a realização das eleições no Pais por meios ocultos. 
Por isso hão-de tentar sempre o "boicote", através de mecanismos subterrâneos, para atrasar os trabalhos e os preparativos e, usando de tudo, objectos e pessoas, outros ainda mais estranhos...

Segundo passo, é actuarmos com firmeza de Estado, aos dirigentes, melhorar os argumentos e actuar sem exaltação, evitando adjectivos dúbios que possam ferir susceptibilidades e consequentemente a relação entre Países soberanos.

Terceiro passo, resolvermos esta situação enquanto dura o impasse (TAP), negociar alternativas de voos (Bissau/Lisboa e vice versa), quanto mais cedo possível, melhor e rapidamente.

A Fé move montanhas, a motivação mantem a nossa memória em estado de alerta, a força empurra-nos no sentido que lhe quisermos dar, por isso não temos dúvidas, que a vitória será certa, se Deus quiser.

Votos de Festas Felizes e Ano Novo Próspero, com melhores resultados de sempre. Viva a Guiné-Bissau.

Djarama. Filomeno Pina.











Angola: Cronologia das Manifestações.

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ACESSE O LINK E ACOMPANHE: Aconteceu em Angola.


# makaangola.org

República Centro-Africana: dezenas de corpos são recuperados após violência.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Soldados franceses patrulham o bairro Miskini, em Bangui Foto: AP
Soldados franceses patrulham o bairro Miskini, em Bangui
Foto: AP


Funcionários da Cruz Vermelha disseram nesta quinta-feira que recuperaram 44 corpos das ruas da capital da República Centro- Africana, Bangui, após combates religiosos acirrados nos últimos dois dias, em que seis soldados de paz do Chade também foram mortos.
O chefe de delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Georgios Georgantas, afirmou que os corpos eram provavelmente apenas uma parte dos mortos em Bangui, já que suas equipes não tinham acesso a determinadas partes da cidade.
Milhares de soldados de paz franceses e africanos não foram capazes de conter o surto de violência da última semana.
Os rebeldes do grupo Seleka, de maioria muçulmana, que tomaram o poder em março, e milícias cristãs de auto-defesa realizaram ataques uns contra os outros e, mais recentemente, sobre a população local.
"A violência tem ocorrido em níveis extremamente altos", disse Georgantas à Reuters por telefone. "Temos informações sobre mais corpos em certas partes da cidade que não conseguimos ter acesso, porque a luta foi muito intensa."
Ele contou que os distritos de Miskine e Boy-Rabe nos dois sentidos da principal rodovia vindo do norte de Bangui permaneciam inacessíveis.
Um representante do grupo Médicos Sem Fronteiras no principal hospital de Bangui disse que foram tratadas mais de 50 pessoas com ferimentos de arma de fogo ou cortes de facão desde quarta-feira devido aos combates em toda Bangui.
Moradores de Bangui transportam corpo de jovem de 18 anos morto durante os conflitos na República Centro-Africana Foto: AP
Moradores de Bangui transportam corpo de jovem de 18 anos morto durante os conflitos na República Centro-Africana
Foto: AP
Seis soldados chadianos de uma força de paz também foram mortos por milícias na capital da República Centro-Africana. Cinco deles morreram de forma imediata na quarta-feira durante os combates em Bangui, que já deixaram centenas de desabrigados.
Os conflitos perderam intensidade nesta quinta-feira, à medida que soldados franceses se posicionaram nas principais rotas perto do aeroporto e em regiões problemáticas. Mesmo assim, houve relatos de tiros esporádicos durante a manhã.
As Nações Unidas planejam uma possível missão de paz da organização para a República Centro-Africana.
Reuters

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