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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Congressistas avisam administração Trump para não retirar de África.

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Um soldado de forças especiais americanas num treino com colegas africanos
Um soldado de forças especiais americanas num treino com colegas africanos

Congressitas Republicanos e Democratas tornaram claro à administração Trump que se opõem a uma retirada de forças americanas do continente africano.
A cadeia de televisão americana NBC noticiou que o Senador Republicano Lindsey Graham e o Democrata Chris Coons tornaram claro ao Secretário de Defesa Mike Esper que não apoiarão nenhuma retirada de forças americanas de África como defendido por alguns membros da administração Trump.
Segundo a NBC no encontro Graham “avisou Esper que haveria consequências se o Pentágono retirar todas as tropas do continente”.
Uma porta voz do Pentágono disse que “o Secretário (de Defesa) teve uma conversa produtiva com membros bi partidários e das duas câmaras do Congresso sobre o futuro da presença de uma força americana na África Ocidental”.
O encontro deu-seno fim de semana na Alemanha à margem da Conferência de Segurança em Munique e presume-se que a questão poderá ter sido abordada com os congressistas americanos por países envolvidos na luta em África contra extremistas islâmicos.
O Pentágono está actualmente a fazer uma revisão da presença militar americana em redor do mundo e a possibilidade de uma retirada das forças em África causou alarme em vários países africanos e na França que mantem vários milhares de soldados a combaterem na África ocidental.
A França considera o apoio logístico e de informações americano de essencial para as suas operações.
De acordo com a NBC os cognressitas disseram a Esper que os Estados Unidos não podemabandonarum seu aliado chave na luta na àfrica ocidental
Já o ano passado Graham e Coons tinham enviado uma carta ao presidente Trump apelando a que não sejamretiradas tropas de África
“Qualquer retirada ou redução irá provavelmente resultar num aumento da violência extremistas no contiente”, disse a carta acrescentando que uma retirada “irá também abandonar os nossos parceiros e aliados na região”
Desconhece-se ao certo o número de tropas americanas em Africa mas calcula-se que seja em redor de 6.000 espalhados por todo o continente, incluindo 500 membros de forças especiais.
Os Estados Unidos operam uma nova base de “drones” em Agadez no Niger que tem jogado um papel importante nesse apoio á frança.
“Drones” tem jogado também um papel importante na luta contra a Al Shabab na Somalia. Os Estados Unidos tem membros de forças especiais estacionados em Djibouti de onde operam também os “drones” e onde estão estacionados milhares de soldados americanos
O Pentágono quer aumentar a presença de forças na zona do Pacifico para fazer frente aoque vê como uma crescente ameaça da Chinae para isso deseja reduzir a sua presença nutra partes do mundo.
fonte: DW 

O adeus a Marcelino dos Santos

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Nesta quarta-feira (19.02), Moçambique rende a última homenagem ao membro fundador da FRELIMO. Marcelino dos Santos faleceu no dia 11 de fevereiro, e terá funeral público na Praça dos Heróis Moçambicanos, em Maputo.
Marcelino dos Santos, gründer von FRELIMO und afrikanischer Nationalist (Ferhat Momad)
Marcelino dos Santos foi um dos fundadores da FRELIMO

Marcelino dos Santos é tido por historiadores, jornalistas e realizadores como um homem que manteve a linha da "FRELIMO histórica" e defensor do bem-estar do povo.
Nesta quarta-feira (19.02), realiza-se o funeral do veterano da luta armada na cripta da Praça dos heróis, uma cerimónia antecedida pela leitura de várias mensagens. O político faleceu no dia 11 de fevereiro.
Em vida, Marcelino dos Santos idealizou e defendeu um socialismo de orientação marxista-leninista como a melhor opção para o combate à pobreza em Moçambique.
O nacionalista criticou durante as suas intervenções a mudança do socialismo para a economia de mercado e chegou a revelar que esse assunto não foi discutido no partido que está no poder há quatro décadas.
O jornalista e historiador Refinaldo Chilengue acredita que isto faz sentido, porque Marcelino dos Santos manteve a sua coerência política cultivada desde os tempos da luta pela independência. Chilengue acha que ele resistiu às mudanças que outros companheiros de luta fizeram após a proclamação da independência.
Eduardo Mondlane (casacomum.org/ Documentos Mário Pinto de Andrade)
Analistas dizem que Marcelino alinhava-se aos ideiaIs de Eduardo Mondlane (à dir.)
O abandono do marxismo-leninismo
"Ele, como ser humano, pode ter tido desequilíbrios no seu desempenho mas, no fundamental, Marcelino dos Santos manteve a sua rigidez ideológica", avalia o historiador Chilengue.
O capitalismo era um modelo impensável na altura da proclamação da independência, mas - a partir de 1987, quando Moçambique abre-se ao liberalismo económico - muitos membros da FRELIMO foram criticados por Marcelino por terem enriquecido de forma rápida.
Para Chilengue, Marcelino dos Santos não tem histórias de acumulação de fortunas - pelo menos que seja público. Isso revelaria o sentido socialista que mantinha.
"É dos que não se conhecem grandes fortunas, [ele] não se meteu em grandes negócios de origem duvidosa. Ele morreu defendendo - pelo menos publicamente - aquela filosofia inicial que tivemos conhecimento quando a FRELIMO chegou [ao poder] oficialmente em 1974", destaca.
"Kalungano"
O realizador cinematográfico Sol de Carvalho considera que "Kalungano" - um pseudónimo adotado por Marcelino dos Santos em seus poemas - é uma história que ainda tem de se desvendar.
 
Ouvir o áudio03:47

O adeus a Marcelino dos Santos

Carvalho entende que a história de Major-General remete aos moçambicanos a uma reflexão para ser saboreada com objetividade.
"Hoje, se calhar, ainda há muitos preconceitos, muitas vontades que não são muito coincidentes e que provocam algum atrito nessa visão histórica objetiva. Mas o tempo vai dizer porque ele marcou de fato uma geração", pondera Carvalho.
Quando Moçambique alcançou a independência, em Junho de 1975, houve cenários políticos e económicos que pressionavam o país a mudar de sistema político.
Mesmo assim, segundo o jornalista cultural Belmiro Adamgy, o poeta Marcelino dos Santos continuou com o seu sonho.
"Porque ele continuou a ser uma pessoa lúcida, bastante interventiva quando tinha oportunidade de falar, ele nunca se coibiu de falar o que pensava, o que mostra que ele tinha bem presente na cabeça dele as coisas que ele queria e os seus colegas que participaram na luta armada", avalia Adamgy
Kalungano em algumas ocasiões ficou desencantado com alguns membros do partido por terem tirado proveitos pessoais, como analisa ainda o jornalista.
"Não concordava com isso. Ele dizia que não era com isso que Mondlane sonhava e que, nalgum momento, algumas pessoas tinham confundido os objetivos para os quais a FRELIMO tinha sido criada".
fonte: DW África

Juristas têm opiniões diferentes sobre carta de Eduardo dos Santos no processo dos 500 milhões.

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Lindo Bernardo Tito, professor universitário e advogado
Lindo Bernardo Tito, professor universitário e advogado

Dois juristas angolanos manifestaram opiniões diferentes sobre o impacto no “julgamento dos 500 milhões” da carta escrita por José Eduardo dos Santos afirmando que foi ele quem ordenou a tansferência dessa quantia para um banco no Reino Unido.
Isto depois de Sérgio Raimundo advogado do antigo presidente do Banco Nacional de Angola Valter Filipe ter afirmado que a carta iliba o seu cliente de qualquer culpa no processo e que ao assumir essa responsabilidade a transferência não pode também ser considerada um acto criminoso por ter sido feita pelo presidente no exercício das suas funções.
A posição de Sérgio Raimundo foi apoiada pelo jurista Lindo Bernardo Tito qee afirmou que se a carta for provada verdadeira os réus já não poderão ser responsabilizados pelos crimes “porque eles agiram em nome do Estado angolano”.
Fazem parte do processo para além de Valter Filipe o ex-presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno dos Santos, o empresário Jorge Gaudens e um antigo diretor do banco central, António Samalia Bule.
“Se a autenticidade da carta for comprovada, a responsabilidade criminal dos réus fica completamento fragilizada”,disse Bernardo Tito.
Mas outro jurista, Miguel Francisco, disse que a carta não pode ilibar os rèus porque não aparece como prova documental da ordem para a transferência
“Não hendo havido nenhum documento aquele elemento de prova não altera a natureza do facto”, disse.
O julgamento que iniciou a 9 de Dezembro tem por fundo uma transferência de 500 milhões de dólares do BNA para um banco no Reino Unido, alegadamente para criar um fundo de 30 mil milhões de dólares para a economia de Angola, que o Ministério Público diz ter sido ilegal.
O Ministério Público angolano desconfia da autenticidade da carta atribuída ao antigo Presidente, José Eduardo dos Santos em que este afirma “ter autorizado o governador Valter Filipe a tratar das formalizações desse fundo de investimento. E também pedi que o mesmo fosse ultra-secreto porque só depois é que seria formalizado publicamente.”

fonte: VOA

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Coronavírus: estudante camaronês conta como se recuperou.

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O estudante camaronês Kem Senoua se tornou o primeiro africano a contrair o coronavírus na China. Abriu para a BBC.

Quando Kem Senou Pavel Daryl, um estudante camaronês de 21 anos que vive na cidade chinesa de Jingzhou, contraiu o coronavírus, ele não tinha intenção de deixar a China, mesmo que fosse possível. "Aconteça o que acontecer, não quero trazer a doença de volta à África", disse ele em seu dormitório universitário, onde está atualmente em quarentena por 14 dias. Ele sofria de febre, tosse seca e sintomas semelhantes aos da gripe. Quando adoeceu, ele pensou em sua infância nos Camarões, onde contraiu malária. Ele temia o pior. "Quando fui ao hospital pela primeira vez, estava pensando na minha morte e como pensei que isso iria acontecer", disse ele. Por 13 dias, ele permaneceu em confinamento solitário em um hospital chinês local. Ele foi tratado com antibióticos e medicamentos comumente usados ​​para tratar pacientes com HIV.

Após duas semanas de tratamento, ele começou a mostrar sinais positivos de recuperação. A tomografia computadorizada não mostrou sinais da doença. Ele se tornou a primeira pessoa africana conhecida por estar infectada com o coronavírus mortal e a primeira a se recuperar. Seus cuidados médicos foram cobertos pelo estado chinês. O Egito se tornou o primeiro país da África a confirmar um caso de coronavírus. Os profissionais de saúde alertam que países com sistemas de saúde mais fracos podem ter dificuldade em lidar com uma possível epidemia da doença, que causou mais de 1.770 mortes e infectou mais de 72.000 pessoas, principalmente na China. "Não quero ir para casa até terminar meus estudos. Não acho necessário voltar para casa, porque todos os custos hospitalares foram cobertos pelo governo chinês", disse M Senoua.

Evacuar ou não?

Desde o final de janeiro, governos de todo o mundo, liderados pelos Estados Unidos, começaram a evacuar seus cidadãos de Wuhan e das cidades vizinhas. Mas milhares de estudantes, trabalhadores e famílias da África permanecem presos na província central de Hubei - a epidemia começou na capital da província, Wuhan - e alguns acreditam que seus governos deveriam fazer mais para ajudá-los. "Somos filhos e filhas da África, mas a África não quer nos ajudar quando mais precisamos", disse Tisiliyani Salima, estudante de medicina da Universidade Médica de Tongji e presidente da Associação de Estudantes da Zâmbia de Wuhan. Por quase um mês, Salima vive em quarentena. O tempo começou a perder o sentido para esse estudante de 24 anos.

Ela passa os dias dormindo e procurando atualizações nos aplicativos de mídia social chineses. Faz a ligação entre a embaixada e os 186 estudantes da Zâmbia que vivem em quarentena em Wuhan. Muitos estão preocupados com segurança alimentar, fornecimento e falta de informações em uma cidade que nesta semana teve uma média de 100 mortes por dia. Ela viu outros colegas de classe internacionais evacuarem a cidade enquanto seus compatriotas foram deixados para trás. "Ao sul do Saara, a maioria dos países africanos teve uma reação semelhante", disse um estudante que concordou em falar anonimamente. "Os países africanos dizem que a China pode lidar com a situação. Mas a situação não está sob controle. Quando você ouve a resposta oficial, entende que os países africanos não querem ofender a China. Não temos o poder de negociação ", disse o aluno. Atualmente, a China é o maior parceiro comercial da África e os laços entre os dois países cresceram nos últimos anos. Assim, a China se tornou o país anfitrião de 80.000 estudantes africanos, muitos dos quais são atraídos para programas de bolsas de estudo. Mas os líderes comunitários dizem que famílias, jovens e velhas, ficam presas na província de Hubei com pouca ajuda ou assistência de seus governos. As pessoas dizem: "Não nos tragam de volta porque a Nigéria não pode cuidar de nós". Sinto-me em conflito, mas, no final das contas, também sou humano ", disse Ângela, uma nigeriana recém-formada que só deu seu primeiro nome." Eu apreciaria se eles reconhecessem que existem nigerianos aqui, mas não parecemos ser uma prioridade.

 Não recebemos resposta do nosso governo ", disse ela. Na semana passada, pela primeira vez em 22 dias de confinamento, o esgotamento dos estoques forçou Ângela a deixar seu apartamento para comprar as necessidades básicas. "A cidade é como uma cidade fantasma. Quando saí do meu complexo, eu nem sabia.

fonte: seneweb.com

Autoridade do Estado é reposta no Norte do Mali.

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As Forças Armadas malianas regressaram, sábado, a Kidal (Norte), depois de uma ausência de seis anos, com o objectivo de estender a autoridade do Estado naquela região, anunciou a ONU, cujas tropas escoltaram os militares governamentais, noticiou, ontem a AFP.

Tropas malianas voltaram a ocupar posições em Kidal
otografia: DR
Durante o referido período, Kidal foi a capital do Estado secessionista de Azawad, proclamado pelos tuaregues. O regresso do Exército maliano àquela zona surge num contexto de grave deterioração da situação de segurança no Mali e no Sahel.
As forças são compostas por unidades “reconstituídas”, que incluem antigos rebeldes integrados nas Forças Armadas, conforme o Acordo de Paz de Argel, de 2015. Com essa iniciativa, prevê-se que outras forças sejam desdobradas em Ménaka, Gao e Tombouctou. A aplicação do Acordo de Argel, e as disposições para a integração dos antigos rebeldes e a restauração da autoridade do Estado, são considerados actos políticos indispensáveis à saída da crise, além de acções puramente militares desenvolvidas pelo Exército, forças francesas, da ONU e africanas.
Desde 2012, o Mali enfrenta insurreições independentistas, salafistas, jihadistas e violências inter-comunitárias, que partiram do Norte do país, propagando-se para o Centro e nos países vizinhos, como o Burkina Faso e o Níger e que já causaram milhares de mortos e centenas de milhares de deslocados.
Kidal, situa-se a mil e 500 quilómetros, a Nordeste de Bamako, é o bastião cultural tuaregue, e berço histórico dos clãs com maior influência no país. A região foi marginalizada, desde a independência, em 1960, tendo de lá nascido várias rebeliões tuaregues.
Até agora, Kidal era controlada pela Coordenação dos Movimentos do Azawad (CMA), aliança maioritariamente tuaregue composta por antigos rebeldes. A CMA é signatária do Acordo de Argel de 2015, com uma aliança de grupos armados pró-governamentais, chamada “Plataforma”.
Participantes de conferência comprometem-se com embargo
Os países que ontem participaram na reunião ministerial sobre a Líbia, em Munique, na Alemanha, comprometeram-se em defender o embargo de armas, semanas após a cimeira de paz de Berlim ter sido seguida por numerosas violações do acordo.
Em comunicado, após a reunião, os ministros de Turquia, Rússia, Argélia, China, Egipto, França, Alemanha, Itália, Congo, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos (EUA) referiram que houve um debate sobre as "deploráveis violações do embargo de armas" e que foi renovado o compromisso conjunto de o implementar e de encontrar um sistema eficaz para supervisionar o embargo.
Os governantes apelaram para às partes em conflito a acelerarem as negociações para que haja um cessar-fogo permanente.
Uma cimeira internacional sobre a Líbia foi realizada em Janeiro, em Berlim, para delinear uma estratégia para acabar com o conflito civil líbio.
Na conferência de paz de Berlim (organizada pela Alemanha e a ONU), os participantes tinham acordado respeitar o embargo de armas, suspender o apoio militar externo às partes em guerra e pressioná-las a alcançar um cessar-fogo completo. O Governo de Acordo Nacional e o Exército Nacional Líbio acordaram uma trégua impulsionada pelos respectivos aliados, Turquia e Rússia.
A reunião de ontem lançou, formalmente, um comité internacional de acompanhamento da Líbia ('International Follow-up Commite on Lybia').
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Maas, afirmou que no encontro foi falado "muito abertamente" das recentes violações ao acordo e que todos concordaram que o caminho delineado é o único promissor para acabar com a guerra civil na Líbia.
Maas considerou ainda necessário que a União Europeia se comprometa mais com uma solução para a Líbia ou há o risco de o conflito se tornar endémico como o da Síria.
O governante alemão destacou ainda o contributo da Turquia para uma solução, enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita acusou, em declarações à imprensa alemã, a Turquia de enviar tropas desde a Síria para a Líbia.
A Líbia, que possui as reservas de petróleo mais importantes no continente africano, é um país imerso num caos político e securitário desde a queda de Muammar Kadhafi em 2011.
O Governo de Acordo Nacional líbio, estabelecido em 2015, controla actualmente a capital, Tripoli, e partes do Oeste do país, sendo reconhecido pela ONU e apoiado pela Turquia e, em menor grau, por Qatar e Itália, além de milícias locais.
No Leste do país existe um Governo rival, que apoia o general Khalifa Haftar, cujas forças lançaram uma ofensiva para tomar Tripoli em Abril passado.
Este Governo é apoiado pela Rússia, Arábia Saudita, Egipto e Emirados Árabes Unidos, enquanto França e Estados Unidos da América o apoiam politicamente.
O chamado "processo de Berlim", impulsionado pela Alemanha, apoia o plano da ONU para a Líbia que começa por querer pôr fim à ingerência de países terceiros no conflito e tentar que as partes se sentem à mesa de negociações.
Após a conferência de Berlim, de Janeiro, as facções rivais da Líbia reuniram-se em Genebra, Suíça, num esforço liderado pela ONU para tentar uma trégua duradoura.
Stephanie Williams, responsável da ONU para a Líbia, disse ontem que a situação no país é "profundamente preocupante", com a frágil trégua presa por um fio, face às inúmeras violações do compromisso de Janeiro.
Além disso, o bloqueio das exportações de petróleo por aliados das forças de Haftar está a aprofundar os problemas económicos da Líbia.
Na quarta-feira da semana passada, o Conselho de Segurança da ONU apoiou as conclusões da cimeira de Berlim, incluindo a lista de 55 pontos para o fim da guerra na Líbia, e condenou o recente aumento da violência no país do Norte de África, rico em petróleo, aprovando uma resolução que insta a um "cessar-fogo duradouro".
O documento foi aprovado por 14 dos 15 membros que compõem este órgão das Nações Unidas. A Rússia absteve-se. O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes - China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos da América - e 10 membros rotativos - que actualmente integram este órgão: a Bélgica, República Dominicana, Estónia, Alemanha, Indonésia, Níger, São Vicente e Granadinas, África do Sul, Tunísia e Vietname. A União Europeia, que discute a situação da Líbia em Bruxelas hoje, tem discutido a possibilidade de usar navios da Marinha para fazer cumprir o embargo de armas da ONU contra a Líbia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha realçou a necessidade de fazer cumprir o embargo de armas por mar, ar e terra, uma vez que as armas chegam às partes em guerra por diferentes rotas. Afirmou ainda Maas que os navios da UE podem não ser necessários no Mar Mediterrâneo porque as rotas marítimas, aéreas e terrestres de armas podem ser monitoradas a partir do ar.
Desde o início da ofensiva das tropas de Haftar sobre Tripoli foram mortos mais de 280 civis e cerca de dois mil combatentes, segundo a ONU.
Perto de 150 mil líbios foram deslocados.
fonte: jornaldeangola

Caso Marega é "intolerável", diz Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

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Autoridades portuguesas prometem punir os responsáveis pelo ato contra o jogador maliano. Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa repudia gritos de adeptos do Vitória de Guimarães contra Marega: "Intolerável".
Portugal | Fußball | Vitoria SC vs FC Porto Guimaraes (imago images/GlobalImagens/P. Correia)

A notícia sobre o abandono do jogador do FC Porto, o maliano Moussa Marega, de 28 anos, do jogo contra o Vitória de Guimarães viralizou nas redes sociais e fez manchetes nos principais jornais do mundo nesta segunda-feira (17.02). A partida foi disputada em Guimarães, e o Porto venceu por 2 a 1, com um dos gols marcados por Marega.
Após ter ouvido alegadamente insultos da bancada adversária, o jogador do FC Porto decidiu abandonar o campo em protesto contra o racismo. O avançado teria ouvido nomes como "preto", "macaco" e "chipanzé".
Portugal | Fußball | Vitoria SC vs FC Porto Guimaraes (imago images/GlobalImagens/P. Correia)
Marega fez o gol da vitória do FC Porto contra o Vitória de Guimarães
O incidente foi considerado tão grave que o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu esta segunda-feira com uma declaração de repúdio às manifestações de racismo na Rádio Televisão Portuguesa (RTP). Rebelo de Sousa classificou a atitude dos adeptos como "intolerável".
O Presidente português recomendou aos cidadãos do país respeitarem e evitarem que "reações emocionais não pensadas" gerem crises sociais que não têm saída.
O governo português, através do secretário de estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, disse que há um trabalho no sentido de identificar e "punir exemplarmente" os responsáveis.
"Responsáveis devem ser punidos"
Marega recebeu mensagens públicas de solidariedade pelo incidente. A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) considerou o caso "grave" e diz que os responsável "devem ser punidos". A FPF prometeu fazer de tudo para que os que não respeitam o futebol estejam fora dos estádios.
Através de comunicado, o FC Porto repudiou o ato. Já o Vitória de Guimarães disse, também em comunicado, que "não deixará de censurar toda e qualquer manifestação de violência, racismo ou intolerância".
As regras da FIFA e UEFA são claras em relação a um comportamento racista. O árbitro deve chamar a atenção dos adeptos. Caso não parem com os atos, ele deve suspender o jogo por até dez minutos e, em último caso, deve interromper o jogo.
Nenhuma das medidas foram tomadas pelo árbitro do jogo, o que foi alvo de críticas do jogador pelo Twitter. Marega considerou a atitude do árbitro "uma vergonha" e chamou de "idiotas" aos espetadores que proferiram as palavras.
fonte: DW África

Angola: Visita de secretário americano seria sinal de que "reformas estão a surtir efeito", diz analista.

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Mike Pompeo encontrar-se esta segunda-feira com o Presidente João Lourenço e o ministro das Relações Exteriores Manuel Augusto. Analista acredita que visita demonstra que reformas “estão a dar frutos”.
Deutschlandbesuch von US-Außenminister Pompeo (picture-alliance/dpa/G. Fischer)
Mike Pompeo visita Angola

A deslocação a Angola, no âmbito de uma visita de cinco dias a África, do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acontece numa altura em que as relações comerciais entre os Estados Unidos e Angola estão em declínio. 
Em 2016, as trocas comerciais atingiram um volume total de 4,2 mil milhões de dólares, 16 mil milhões a menos do que em 2008 - quando se verificou um volume recorde de 20,1 mil milhões de dólares entre os dois países.
Manuel Augusto
Manuel Augusto, ministro das Relações Exteriores de Angola, deverá reunir-se com o homólogo norte-americano
Para o especialista em relações internacionais, Osvaldo Mboco, esta visita é importante e vai relançar as relações comerciais entre os dois Estados. "É um sinal, sem sombra de dúvida, da vontade política e económica  de se dar uma nova dinâmica às relações comerciais e de cooperação entre ambos os Estados. Isto demonstra claramente que as reformas estão a surtir efeito", comenta.
Mboco lembra que as visitas de representantes de duas potências económicas em curto espaço de tempo é algo emblemático para Angola.
"Tivemos cá a chefe da maior economia da Europa [Angela Merkel]. Teremos agora o secretário de Estado na maior economia do mundo, e isto é bastante significativo", acrescenta.
Osvaldo Mboco aponta como uma das causas deste interesse norte-americano a forte presença chinesa em África. "Isso faz os Estados Unidos quererem colocar-se novamente na linha de corrida para dinamizar e tentar mitigar os espaços deixados há algum tempo ao nível do próprio continente africano e também em Angola que é um grande mercado em termos de escoamento de produtos", acrescenta.
Domingos Bailundo
Visita de Mike Pompeo acontece quase um mês depois da revelação do escândalo Luanda Leaks
Encontros ao mais alto nível
No princípio deste mês, o Departamento de Estado norte-americano divulgou que, em Luanda, Mike Pompeo vai encontrar-se com Presidente João Lourenço e com o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, "para reafirmar o apoio dos Estados Unidos aos esforços anti-corrupção e democratização".
O secretário de Estado americano vai também encontrar-se "com parceiros económicos e a comunidade empresarial para discutir a luta contra a corrupção e as crescentes oportunidades para o comércio bilateral e investimentos". A visita de Mike Pompeo acontece quase um mês depois da revelação do escândalo Luanda Leaks.
Jeremias Benedito, responsável da associação cívica Lauleno, com sede na província do Moxico, quer ver o tema dos direitos humanos abordados no encontro entre o Presidente angolano e o secretário de Estado norte-americano. Segundo o ativista, o Governo continua a reprimir manifestações em Luanda e Cabinda e há registo de casos de tortura na região das Lundas.
"[A visita] deve servir para abordar não somente as relações económicas e comerciais, mas também questões relacionadas com os direitos humanos. Nós estamos num país que tem estado a violar constantemente os direitos humanos e os direitos dos cidadãos", critica.
fonte: DW África

João Lourenço alcançou já “progressos verdadeiramente notáveis” - EUA.

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Secretário de Estado americano Mike Pompeo
Secretário de Estado americano Mike Pompeo

Os Estados Unidos consideram que o presidente João Lourenço alcançou sucessos “notáveis” desde que assumiu a presidência de Angola, disse uma destacada entidade do governo americano.
Falando a jornalistas sobre a próxima deslocação do secretário de estado Mike Pompeo a diversos países africanos, incluindo Angola, uma destacada entidade desse departamento disse que um dos objectivos da visita de Pompeo a Luanda é “congratular o presidente Lourenço pelas suas reformas políticas e económicas, os seus esforços extremamente fortes anti-corrupção e a sua forte liderança regional”.
Neste último aspecto essa entidade fez notar que quando o presidente Tshisekedi foi eleito na vizinha República Democrática do Congo “a sua primeira viagem foi visitar o presidente Lourenço em Angola”.
“ O presidente Lourenço alcançou alguns notáveis, verdadeiramente notáveis no seu tempo (na presidência)”, disse essa destacada entidade do Departamento de Estado que como é tradição em “briefings” sobre visitas do Secretário de Estado fala sob condição de anonimato.
Por outro lado essa msma fonte disse que os Estados Unidos querem “expandir” as suas ligações económicas com Angola.
“Angola oferece muitas promessas em várias áreas e o nosso obiectvo é aumentar dram”aticamente o comércrio e investimento dos Esados Unidos”, acrescentou essa fonte.
O secretário de Estado Mike Pompeo deverá estar em Luanda durante algumas horas na próxima Segunda-feira e numa nota anterior o Departamento de Estado tinha afirmado que Pompeo vai avistar-se como Presidente João Lourenço e com o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, “para reafirmar o apoio dos Estados Unidos aos esforços anti-corrupção e democratização”.
fonte: VOA

Mike Pompeo vai a Angola discutir luta anti-corrupção e democratização.

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Secretário de Estado americano
Secretário de Estado americano

O Secretário de Estado americano Mike Pompeo desloca-se a Angola no próximo dia 17.
Uma nota do Departamento de Estado divulgada nesta quarta-feira, 5, revelou que em Luanda Pompeo vai avistar-se como Presidente João Lourenço e com o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, “para reafirmar o apoio dos Estados Unidos aos esforços anti-corrupção e democratização”.
O secretário de Estado americano vai também encontrar-se “com parceiros económicos e a comunidade empresarial para discutir a luta contra a corrupção e as crescentes oportunidades para o comércio bilateral e investimentos”.
A breve viagem de Pompeo a Angola, onde estará apenas algumas horas, enquadra-se num périplo que o vai levar à Alemanha, Senegal e, depois de Angola, à Etiopia país em que, para além de dirigentes etíopes, vai-se também avistar com entidades da União Africana.
Após a visita à Etiópia Pompeo deslocar-se-á ao Médio Oriente.
fonte: VOA

A caminho de Luanda Mike Pompeo discute segurança africana no Senegal.

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Mike Pompeo e o presidente do Senegal Macky Sall

Mike Pompeo e o presidente do Senegal Macky Sall

O secretário de estado americano Mike Pompeo terminou uma visita ao Senegal ondee discutiu o papel dos Estados Unidos em questões de segurança em África.
As conversações surgem numa altura em que o Departamento de Defesa americano está a fazer uma revisão da colocação das suas forças em redor do mundo ao abrigo da qual deverá haver uma redução das forças americanas no continente mas não uma retirada completa.
Pompeo disse que o Departamento de Defesa está a rever as forças americanas na África Ocidental para garantir um nível adequado de forças americanas na zona.
Os Estados Unidos já doaram mais de 106 milhões de dólares em ajuda de segurança ao Senegal desde 2014.
No Senegal Pompeo manteve conversações com o ministro dos negócios estrangeiros Amadou Ba e também com o presidente Macky Sall.
Antes da chegada de Pompeo Sall disse que uma retirada americana seria um erro e poderia ser mal entendida pelos dirigentes africanos.
A França que que tem forças militares a lutar contra extremistas ilâmicos na África Ocidental também se manfiestou contra uma retirada dos Estados Unidos da região.
Pompe deverá estar na capital angolana Segunda feira.

fonte: VOA

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

General Dino citado no caso de imóveis construídos com fundos públicos.

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 Kilamba Kiaxi, Luanda


General Dino nega alegações e diz que reportagem da TPA atenta contra os direitos ao seu bom nome e honra
O nome de Leopoldino do Nascimento “Dino”, e de “outras altas patentes que lhe são próximas”, figura entre os suspeitos de serem os “ beneficiários últimos” dos imóveis arrestados pela Procuradoria-Geral da República, avaliados e mais de meio milhão de dólares.
A Televisão estatal angolana cita fonte da PGR como tendo revelado que o general “Dino”, e pares, poderão ter usado os nomes dos cidadão “sem qualquer historial no mundo de negócios” para servirem de testas de ferro como sócios da empresa CIF-Angola (de direito angolano).
Segundo a fonte, a PGR trabalha para identificar os verdadeiros sócios, angolanos e chineses , das duas empresas que detinham a posse dos imóveis construídos com fundos do Estado.
Os angolanos, Fernando Gomes dos Santos e Samora Borges Sebastião Albino, antigo responsável da TV Zimbo são os únicos identificados como accionistas da empresa China International Fund Angola (CIF).
Mas a PGR acredita que estes sejam apenas “testas de ferro” dos imóvies das duas centralidades-que a PGR passou a designar por “cidades fantasmas” - admitindo instaurar um processo crime contra os verdadeiros beneficiários do negócio.
Os visados poderão ser acusadosde corrupção, burla e falsificação de documentos, tráfico de influência, entre outros crimes.
Quanto à China International Fund Hong Kong, a fonte da PGR informou que decorrem trâmites para averiguar a real titularidade, que deve ser responsabilizada criminalmente.
Os imóveis construídos com fundos públicos e apreendidos pelas autoridades angolanas, no Zango Zero e Kilamba, estão avaliados em mais de USD 532 milhões e 302 mil, soube-sede fonte oficial.
O valor corresponde aos mais de mil imóveis inacabados, edifícios, estaleiros e terrenos, na urbanização Vida Pacífica (Zango Zero) e no Kilamba, apreendidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na última terça-feira.
A PGR estará a avaliar outros projectos construídos com fundos públicos, segundo a fonte.
Entretanto, o general Leopoldino Nascimento, ex-chefe de Comunicações do ex-presidente, José Eduardo dos Santos negou que seja proprietário pessoal de qualquer um dos imóveis citados”.
Numa nota de esclarecimento enviada às redacções,o general “Dino” refere que “a notícia da TPA não corresponde com a verdade dos factos e atenta contra os direitos ao bom nome, honra e verdade do visado”.

fonte: VOA

Wangari Maathai: A ambientalista queniana que ganhou o Nobel da Paz.

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 A decisão de premiar uma ambientalista com o Prémio Nobel da Paz, em 2004, foi uma surpresa. Mas acabou por dar destaque ao papel do Movimento Cinturão Verde de Wangari Maathai na construção de uma sociedade sustentável.
DW African Roots | Wangari Maathai
Nascimento: Wangari Muta Maathai nasceu em 1940 na aldeia de Tetu, nas montanhas do centro do Quénia, a cerca de 160 quilómetros da capital do Quénia, Nairobi. Na década de 1960, esteve entre os os 800 jovens africanos que foram estudar para os Estados Unidos da América (EUA) através do programa de bolsas de estudo da Kennedy Airlift – um programa organizado por Tom Mboya, pan-africanista e um dos fundadores da República do Quénia, e pelo senador John F. Kennedy, e que permitiu que vários jovens africanos promissores estudassem em faculdades americanas.
Percurso académico: Wangari Maathai estudou Ciências Biológicas nos EUA, onde se inspirou no Movimento dos Direitos Civis. Posteriormente, voltou a estudar no Quénia e depois na Alemanha. Maathai foi a primeira mulher da África Oriental e Central a obter um doutoramento e foi a primeira mulher a trabalhar como professora assistente na África Oriental e Central. Em 1976, Wangari Maathai tornou-se presidente do Departamento de Anatomia Veterinária da Universidade de Nairobi, onde assumiu o cargo de professora assistente no ano seguinte.
Como nasceu o Movimento Cinturão Verde?
Maathai começou por explicar às comunidades a importância de plantar árvores para combater o desmatamento. É neste âmbito que nasce o Movimento Cinturão Verde (MCV) ou Green Belt Movement. Um movimento que foi fundado em 1977, sob os auspícios do Conselho Nacional de Mulheres do Quénia e que surge para dar resposta à falta de energia e água que tanto prejudicava as camponesas no país. Desde que nasceu, o MCV já plantou mais de 51 milhões de árvores no Quénia. Trabalhando no país e também além fronteiras, o movimento visa promover a conservação ambiental, construir a resiliência climática; fortalecer as comunidades, especialmente as mulheres, além de fomentar o espaço democrático e a subsistência sustentável.
Como é que Wangari Maathai defendeu os direitos humanos?
Maathai ficou conhecida pela sua luta contra a expropriação de terras e pela proteção do meio ambiente no Quénia. Em 1989, quando o Quénia estava ainda sob o sistema de partido único, liderada pelo então Presidente Daniel arap Moi, Maathai liderou uma campanha contra a construção de um complexo empresarial de 60 andares do Kenya Times Media Trust no Parque Uhuru - um parque público de 13 hectares situado ao lado do centro de negócios de Nairobi.
Uma década mais tarde, em 1932, Maathai liderou um grupo de cidadãos inconformados com a luta de interesses que surgiu à volta da floresta Karura, localizada na capital. Originalmente com 1.041 hectares, a reserva foi reduzida para 564 hectares devido às incursões de promotores corruptos, indica um relatório queniano de 2005 sobre a alocação ilegal de terras.
DW African Roots | Wangari Maathai Movimento Cinturão Verde
Wangari Maathai também esteve profundamente envolvida na luta pela democracia multipartidária no seu país. Em 1992, ano das primeiras eleições multipartidárias no Quénia, Maathai assumiu a liderança de um grupo de mães que tinham feito greve de fome no Parque Uhuru, em Nairóbi. As mulheres, juntamente com outro grupo de ativistas politicos, conhecido como Libertação de Prisioneiros Políticos (RPP), exigiam a libertação dos seus filhos, que se encontravam presos sem terem sido julgados, por acusações politicamente instigadas. As mulheres despiram-se depois de as autoridades terem dispersado o protesto. O protesto das mulheres manteve-se durante quase 11 meses, após os quais o Governo recuou e libertou os prisioneiros politicos. A área do Parque Uhuru, onde ocorreu este protesto, foi mais tarde chamada "Canto da Liberdade", em homenagem ao sucedido.
Após a introdução do sistema democrático multipartidário, o Movimento Cinturão Verde, liderado por Maathai, torna-se fundamental para educar as comunidades sobre temas como a boa governança, promoção da paz e perservação do meio ambiente.
Reconhecida por: Maathai recebeu vários prémios pelas suas iniciativas inovadoras, entre eles, o Prémio Right Livelihood, o Prémio Ambiental Goldman e o Prémio Indira Ghandi. Foi ainda reconhecida pela Legião de Honra Francesa. Em 2005, onze chefes de Estado da região do Congo nomearam-na embaixadora da Boa Vontade para o Ecossistema Florestal da Bacia do Congo.
Em 2004, o Comité Nobel da Noruega distingue-a com o Prémio Nobel da Paz pela sua contribuição para o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz no Quénia e em África.
Frases famosas:
"A geração que destrói o meio ambiente não é a que sofre as consequências. É esse o problema."
"Os direitos humanos não são coisas colocadas em cima da mesa para as pessoas desfrutarem. São coisas pelas quais se luta e depois se protege."
"Hoje enfrentamos um desafio que exige uma mudança no nosso pensamento, para que a humanidade pare de ameaçar o seu suporte de vida. Somos chamados a ajudar a Terra, a curar as suas feridas e, no processo, curar as nossas - a abraçar, de verdade toda a criação em toda a sua diversidade, beleza e maravilha. Reconhecer que o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz só resultam juntos."
"Estou muito consciente do facto de que não se pode fazer isto sozinho. É um trabalho de equipa. Ao fazer sozinho, corre o risco de que mais ninguém o faça."
Reconhecida por: Wangari Maathai morreu vítima de cancro nos ovários a 25 de setembro de 2011, aos 71 anos de idade. Em 2012, a União Africana designou o dia 3 de março, Dia do Meio Ambiente em África, como o Dia de Wangari Maathai. Em 2016, o Governo do Condado de Nairobi renomeou a Estrada da Floresta, que se passou a chamar Estrada Prof. Wangari Maathai. O Instituto para a Paz e Educação Ambiental Wangari Maathai, na Universidade de Nairobi, foi criado para honrar, reconhecer, celebrar e imortalizar os ideais e obras da professora Wangari Maathai.
DW African Roots | Wangari Maathai A também ativista de direitos humanos sensibilizou as comunidades do Quénia para a importância de plantar árvores
Foi a mãe de Wangari Maathai que lhe incutiu esta preocupação com o ambiente. Quando era criança, Wangari costumava procurar ovos de rã. Colocava-os depois num riacho ao pé de sua casa que se encontrava debaixo de uma figueira gigante que ali existia há vários anos. A mãe de Wangari nunca deixou cortar nenhuma madeira desta árvore, pois acreditava que era uma árvore onde Deus habitava.
No final dos anos 60, quando voltou à sua terra natal, e depois de concluídos os estudos nos Estados Unidos, Wangari Maathai descobriu que a figueira tinha sido cortada. O riacho tinha secado e os ovos de rã tinham desaparecido. Pouco tempo depois, as camponesas começaram a queixar-se de falta de água e lenha para cozinhar. As florestas tinham sido cortadas para o cultivo de café e chá.
Wangari Maathai não gostou do que viu e propôs a estas mulheres uma solução que passava pela plantação de árvores. Um projeto que evoluiu, mais tarde, para o Movimento Cinturão Verde. Um movimento que foi muito para além da plantação de árvores, conta a ambientalista Lilian Muchungi à DW. "Ela defendeu três pilares: a boa governança, a proteção do meio ambiente e a paz. Era como se juntos formassem um banco, em que o assento era o desenvolvimento. Não haveria desenvolvimento se um destes três pés do banco não estivesse alinhado com os outros. E a união das mulheres foi feita em torno desse banco".
Ouvir o áudio 04:11

Wangari Maathai: A ambientalista queniana que ganhou o Nobel

Ao longo da sua vida, a professora Maathai lutou pela democracia e conservação do ambiente e combateu a expropriação de terras e abusos dos direitos humanos. Ngorongo Makanga, ativista dos direitos humanos, considera que esta é uma luta que deu frutos. "Se ela não se tivesse feito ouvir, muitos lugares teriam desaparecido, como a floresta de Karura, o parque da cidade ou os rios Nairobi e Rwaka. Não os teríamos. Lembro-me que a professora Maathai costumava dizer que o nosso problema não é o tamanho da terra, mas sim a ganância", conta.
Wangari faleceu em 2011. Passados nove anos, desaparecem, em média, todos os anos, cerca de cinco hectares de florestas no Quénia. A seca tornou-se uma realidade e há conflitos crescentes por causa dos recursos. No entanto, Marion Kamau, a atual presidente do Movimento Cinturão Verde, garante que, mais do que nunca, o Governo queniano percebeu a necessidade de implementar os ideiais da professora Maathai. "Podemos ainda não ter chegado lá, mas a voz dela é mais ouvida agora do que era antes. Maathai foi criticada e mal interpretada quando disse 'vamos plantar árvores'. Hoje, o Governo queniano apoia o que Wangari Maathai disse. Hoje, estamos a plantar árvores indígenas e não precisamos de implorar para poder plantar árvores na floresta. O Governo apoia-nos e plantamos as árvores juntos", explica.
Sobre a sobrevivência no planeta Terra, Maathai foi clara: "As pessoas questionam muitas vezes se será possível proteger o ambiente e ao mesmo tempo desenvolvermo-nos? A verdade é que não temos escolha: precisamos de um equilíbrio porque precisamos do ambiente para podermos sobreviver."
O parecer científico sobre este artigo foi dado pelos historiadores Lily Mafela, Ph.D., professor Doulaye Konaté e professor Christopher Ogbogbo. O projeto "Raízes Africanas" é financiado pela Fundação Gerda Henkel.

fonte: DW África


Moçambique: "Extraditado para os EUA, Manuel Chang seria absolvido".

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 A antevisão é do jurista Elísio de Sousa, caso o ex-ministro das Finanças seja extraditado para os EUA. "A Justiça americana não se pode contradizer", depois da absolvição de Jean Boustani, afirma.


Manuel Chang, ex-ministro das Finanças de Moçambique
 Manuel Chang, ex-ministro das Finanças de Moçambique


Na segunda-feira (10.02), a Procuradoria-Geral da República (PGR) fez saber que desistiu dos dois recursos judiciais na África do Sul relativos à extradição do ex-ministro das Finanças Manuel Chang. O objetivo é tentar acelerar a decisão final de extradição, pedida tanto por Moçambique como pelos Estados Unidos da América.
A decisão surpreendeu a muitos, suscitando inclusive interrogações, como por exemplo ao académico Elísio Macamo: "Não me parece fazer sentido investir tanto num assunto para, antes da sua resolução, dizer 'vamos ver outras maneiras de fazer a coisa'. Não se percebe essa atitude. Há quem ache que é um cálculo muito bem pensado por parte do Governo, que foi influenciado pela decisão do tribunal americano no caso Jean Boustani. Não sei até que ponto isso faz sentido".
Elísio Macamo Universität Basel (DW/Johannes Beck) Elísio Macamo, académico
"Na verdade, até tenho dúvidas que isso faça sentido, porque qualquer caso que for julgado nos EUA vai ser julgado de acordo com os seus próprios méritos. Então, não há-de haver nenhuma memória que vá obrigar quem vai julgar [em Moçambique] usando este caso como precedência", acrescenta.
Em Moçambique, Chang "terá de responder como um réu qualquer"
A par do argumento "Jean Boustani", usado como justificação pela PGR para retirar os recursos, o jurista Elísio de Sousa recorda que a Procuradoria representa os interesses do Estado e este, por sua vez, tem interesse em que os seus concidadãos sejam julgados no seu país. É neste contexto que faz de tudo para ter Chang e outros indiciados nacionais a responder e exercer todos os direitos em Moçambique.
O que acontecerá ao ex-ministro moçambicano se for extraditado para a sua terra natal?
"Provavelmente, havendo ainda mandado de captura ainda em vigor, será eventualmente preso e terá de responder como um réu qualquer", responde o jurista.
Ouvir o áudio 03:29

Moçambique: Nos EUA, Manuel Chang seria absolvido?

Manuel Chang vai para os EUA?
Tudo permanece ainda nas mãos da Justiça da África do Sul, país onde o detido Manuel Chang aguarda por um veredito sobre a sua extradição.
Contudo, o desfecho do processo, que durou mais de um ano, está para breve, segundo o especialista em direito internacional Andre Thomashausen: "O assunto pode realmente ser decidido pelo ministro da Justiça e penso que, para a semana talvez, já haverá uma decisão."
Olhando para a natureza do processo judicial, o seu regulamento e historial, é possível advinhar a decisão do ministro da Justiça sul-africano?
"Se considerarmos as argumentações que o Ministério da Justiça apresentou no processo ao tribunal, penso que é muito provável que o ministro da Justiça vai favorecer uma extradição para os EUA", advinha Thomashausen.
Mosambik Elisio Sousa Anwalt Kriminalist (privat) Elísio de Sousa, jurista
Absolvição de Chang nos EUA?
E se Manuel Chang for extraditado para os EUA? Sem hesitação, o criminalista Elísio de Sousa antevê:"Absolvição. Não tenho dúvidas de que será absolvido na sequência da absolvição de Boustani".
O criminalista esclarece que, face a "duas pessoas que praticaram o mesmo ato, a Justiça americana não se pode contradizer, nem que tenha de ser outros juízes, porque eles têm um sistema jurisprudencial em que a decisão judicial sobre um caso tem efeitos sobre outro caso. Diferentemente do nosso sistema romano-germânico, que é um pouco de análise casuística. O deles é muito mais dependente do precedente jurídico."

 fonte: DW África

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Caso "500 milhões": José Eduardo dos Santos ignora perguntas do Tribunal Supremo de Angola.

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 Tribunal Supremo não recebe resposta a perguntas formuladas pela defesa de um dos réus ao ex-Presidente sobre o seu papel na transferência supostamente irregular de 500 milhões de dólares do Banco Nacional de Angola.

José Eduardo dos Santos Angola Präsident (Reuters)
 Dos Santos também não formalizou que não vai prestar declarações


O ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos não respondeu às perguntas requeridas pelo Tribunal Supremo no âmbito do julgamento da suposta transferência irregular de 500 milhões de dólares [quase 460 milhões de euros] do Banco Nacional de Angola para uma conta em Londres. O filho do ex-Presidente, José Filomeno "Zenu" dos Santos, é arguido no processo.
A solicitação para ouvir José Eduardo dos Santos sobre a tese de que teria orientado a referida operação foi feita no início do julgamento, a 9 de dezembro de 2019, pela defesa do arguido Valter Filipe, ex-governador do Banco Nacional de Angola.
Filipe está a ser julgado juntamente com "Zenu", antigo presidente do Fundo Soberano de Angola; Jorge Gaudens Sebastião, empresário angolano, e António Bule Manuel, diretor do Departamento de Gestão de Reservas do BNA.
José Filomeno dos Santos (Grayling) Zenu é réu no processo dos "500 milhões"
Em resposta dada esta quarta-feira (12.02) ao referido requerimento, o tribunal disse ter diligenciado no sentido de obter as respostas, conforme solicitação da defesa, mas sem obter qualquer resposta "nem sequer a manifestação de não prestar declarações", informou o juiz conselheiro principal do processo, João da Cruz Pitra.
Nesse sentido, "tendo em consideração o interesse da defesa e sem querer coartar esse direito, o tribunal considera que deve a mesma diligenciar no sentido de obter este meio de prova", informou Pitra em declaração publicada pela agência Lusa. O tribunal suspendeu a sessão, que será retomada na terça-feira da próxima semana.
O Jornal de Angola adianta que o Tribunal Supremo também desistiu de obter declarações do ex-Presidente José Eduardo dos Santos. Além disso, o juiz Pitra não considera haver fundamento para proceder as acareações solicitadas pela defesa de Filipe.
Entenda o caso
O processo envolve uma suposta transferência indevida do Estado angolano para um banco no estrangeiro. Os réus são acusados de diversos crimes. Sobre "Zenu" e Sebastião pesam as acusações de burla por defraudação, branqueamento de capitais e tráfico de influência. Bule Manuel e Filipe são julgados por suposta defraudação, branqueamento de capitais e peculato.
Angola Luanda Justizpalast (DW/C.V. Teixeira) Tribunal Supremo de Angola atendeu a pedido da defesa de Filipe
O caso remonta ao ano de 2017, altura em que Sebastião apresentou a José Filomeno dos Santos uma proposta para o financiamento de projetos alegadamente estratégicos para o país, que encaminhou ao Executivo, por não fazer parte do pelouro do Fundo Soberano de Angola. A proposta previa a constituição de um Fundo de Investimento Estratégico, que captaria para o país 35 mil milhões de dólares [28.500 milhões de euros].
O negócio envolvia como "condição precedente", de acordo com um comunicado do Governo angolano, emitido em abril de 2018, que anunciava a recuperação dos 500 milhões de dólares, a capitalização de 1.500 milhões de dólares (1.218 milhões de euros) por Angola, acrescido de um pagamento de 33 milhões de euros para a montagem das estruturas de financiamento.
Foram assinados acordos entre o Banco Nacional de Angola e a Mais Financial Services - empresa detida por Sebastião, amigo de Zedu. Um deles envolvia montagem da operação de financiamento, tendo sido em agosto de 2017 transferidos 500 milhões de dólares para a conta da PerfectBit – empresa "contratada pelos promotores da operação", para fins de custódia dos fundos.

fonte: DW África
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