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NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Senegal: O presidente Macky Sall em Ouagadougou. Disse ele - "Essa transição faz soar o sino da morte de golpes de Estado na África".

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Roch Marc Christian Kaboré foi oficialmente investido ontem, 29 de dezembro, na sua qualidade de Presidente da República do Burkina Faso. Macky Sall, Presidente da CEDEAO participou da cerimônia de investidura realizada no estádio Ouaga 2000, em Ouagadougou. Para Macky Sall, a nomeação de Roch Marc é uma vitória para a democracia, relata a pesquisa. "Um sentimento de grande satisfação e orgulho me anima. Este é um avanço para a democracia. Um novo dia amanheceu para Burkina Faso. Com esta transição bem sucedida soa o sino da morte de golpes de Estado na África ", argumentou.
#seneweb.com

África e democracia: Retrospectiva 2015.

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Em 2015 muito aconteceu em África. Treze países africanos foram às urnas. Na Nigéria, pela primeira vez na história do país, um Presidente reconheceu a derrota nas eleições, em março, e deixou o cargo sem protestar.
Goodluck Jonathan (dir.) deixa a cadeira de Presidente da Nigéria para Muhammadu Buhari
Além de o Presidente nigeriano ter reconhecido a derrota nas eleições em março deste ano, sem protestar, outro destaque de 2015 aconteceu alguns meses mais tarde: o Burkina Faso elege um novo Presidente.
No dia da votação, os eleitores parecem saber que desta vez os seus votos vão fazer a diferença, coisa que não vinha acontecendo no país há quase 30 anos, com o Presidente Blaise Compaoré – quando o resultado das eleições já era certo antes mesmo da votação.
Mudança de comportamento
Ainda assim, 2015 não foi um ano de "maravilhas eleitorais" em África, mas também o ano em que o terceiro mandado de Pierre Nkurunziza, no Burundi, gera imensos conflitos.
Assim como aconteceu no Burkina Faso, onde as pessoas foram às ruas protestar em 2014, também no Burundi as pessoas se opuseram à ambição do Presidente, que tentou obter o direito de reeleição para um terceiro mandado, mudando a Constituição. Quando isso não resulta, ele simplesmente interpreta a Constituição a seu favor. As manifestações são oprimidas com violência pelo Governo. Opositores são perseguidos e assassinados. Em julho, Pierre Nkurunziza é reeleito. Nessa altura, muitos de seus opositores já se tinham refugiado no exterior.
Eleições tanzanianas deveriam servir de exemplo para outros países africanos, dizem especialistas
Como no Burundi, muitos outros países africanos têm escrito na Constituição que um Presidente não pode governar por mais de dois mandatos seguidos. Mas nem sempre é assim, como explica Jakkie Cilliers, diretor do Instituto para Estudos de Segurança (ISS), em Pretória, na África do Sul.
"Claro que isso depende do país, mas o mais importante é uma mudança no comportamento dos eleitores. Antes aceitavam que o líder ficasse no poder o que tempo que quisesse, mas agora a mentalidade está a mudar".
O exemplo da Tanzânia
Para Ulf Engel, professor para assuntos africanos na Universidade de Leipzig, a eleição mais empolgante do ano foi a na Tanzânia. Porque ao contrário de Robert Mugabe, no Zimbábue, José Eduardo dos Santos, em Angola, ou Yoweri Museveni, no Uganda, que se mantêm no poder há décadas, o Presidente tanzaniano Jakaya Kikwete cumpriu a Constituição e deixou o cargo após dois mandatos.
Observadores haviam falado numa corrida acirrada na Tanzânia, entre o partido no poder CCM (Chama Cha Mapinduzi) e a oposição, mas o resultado mostrou que a diferença de votos entre os dois foi maior do que se esperava.
"Acredito que o Governo estava um pouco preocupado com essa margem mínima de vitória. Então, deu uma ajuda. Em Zanzibar foram registadas invasões no centro de votação e a contagem eletrónica chegou a ser interditada. Isso mostra que eleições em África têm um papel ainda mais importante", destaca Ulf Engel.
Pierre Nkurunziza é o novo Presidente do Burundi
Quem acabou por vencer as presidenciais tanzanianas foi o candidato do partido no poder, John Magufuli.
Tecnologia para o bem
Jakkie Cilliers compartilha do raciocínio de Ulf Engel. A Tanzânia é um exemplo de que a pressão sobre os Governos está a ficar cada vez mais forte, diz. "Pela primeira vez, houve uma sensação de desconforto no partido do Governo. Eles perceberam que quase perderam as eleições. É uma boa notícia, mas eles também precisam refletir sobre mudar a forma de governar. As coisas estão a mudar. Os eleitores já não aceitam situações em que os líderes simplesmente podem manipular tudo e ficar no poder ano após ano".
Em 2015, 13 países africanos foram às urnas. No Sudão, Togo, Guiné-Conacri e Costa do Marfim, os presidentes conseguiram ficar no poder. Na Etiópia, o Governo conseguiu 100% dos votos, segundo dados oficiais. Mas desenvolvimentos como os que foram registados no Burkina Faso e na Tanzânia mostram que os eleitores estão a ficar mais críticos e a fazer ouvir-se mais.
No Nigéria, na Costa do Marfim e na Tanzânia, por exemplo, aconteceu o voto eletrónico. Os eleitores nigerianos recebem um cartão onde estão registados seus dados biométricos. O documento é então apresentado na hora da votação e as impressões digitais do cartão são comparadas com as reais.
"Acredito que a tecnologia teve um papel importante. Já não é tão fácil manipular as eleições. O voto eletrónico e os padrões implantados pela comunidade internacional levaram a mudanças práticas nas eleições. Com isso, a capacidade de os governantes falsificarem os resultados diminuiu", acredita Jakkie Cilliers.
No Togo, o Presidente no poder foi reeleito
Que venha 2016
Mas uma tecnologia que evita abusos de poder ainda não foi inventada. Em 2016, é a vez de a República Democrática do Congo (RDC) e o Congo-Brazzaville irem às urnas. Neste último, o Presidente Sassou-Nguesso modificou a Constituição a seu favor, para poder ser reeleito para um terceiro mandato, além de ter conseguido autorização para as mudanças num referendo. Mas os protestos resultaram em mortos e feridos.

Semelhante é o cenário na RDC. Também neste país há indícios de que o Presidente Joseph Kabila não irá se deixar guiar pela Constituição. Recentemente, ele demitiu sete políticos da sua coligação após estes terem dito numa carta que pretendem respeitar a Constituição.
No Ruanda, o Presidente Paul Kagame já deveria ter deixado a cadeira mais cobiçada do país em 2007, mas ele também preparou tudo para que isso não acontecesse. A mudança na Constituição solicitada por ele foi aprovada pelo Parlamento.

Ficam as questões
Teria o Presidente do Burundi Nkurunziza inspirado outros líderes? É possível chamar o que se passa em África de "Efeito Burundi"? Jakkie Cilliers diz que sim. "Acredito que os acontecimentos no Burundi infelizmente são um mau exemplo para outros Governos. No Ruanda e na República Democrática do Congo, eles não irão falhar no objetivo de conseguir um terceiro mandato".

Quem pensou numa "Primavera Árabe" após a Revolução no Burkina Faso, em 2014, enganou-se porque a crise acabou por xconduzir todos novamente à "realidade".
E quem acreditava que as eleições livres e justas da Nigéria se refletiriam em outros países, perdeu a esperança quando soube das acusações de manipulação no escrutínio na Tanzânia. 2015 foi um ano bom para África, mas não ótimo.
#dw.de

Controlo de redes sociais: "Presidente angolano será derrotado nessa batalha".

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O chefe de Estado angolano defende que é preciso legislação para regular as redes sociais. O ativista Rafael Marques acusa-o de tentar "controlar desesperadamente" o último reduto da luta pela liberdade de expressão.
Symbolbild Facebook
Segundo o chefe de Estado angolano, é preciso "alterar o atual clima moral que predomina nas relações sociais, influenciadas pelo impacto das novas tecnologias de informação e comunicação".
Na sua mensagem de Ano Novo, José Eduardo dos Santos defendeu que Angola "deve dispor o mais depressa possível de legislação adequada para orientar a sociedade e as instituições" no uso das redes sociais, de forma a "reprovar ou prevenir" práticas "inaceitáveis".
A intenção foi criticada pelo ativista angolano dos direitos humanos Rafael Marques, que acusa o Presidente de tentar "controlar desesperadamente" o último reduto da luta pela liberdade de expressão e pelo fim dos seus 36 anos de poder. A DW África conversou com o jornalista sobre o assunto.
DW África: Um dos dilemas que a maioria dos países enfrenta atualmente é a falta de legislação que reja as redes sociais. Como Angola pode criar essa legislação sem que a sociedade se sinta ainda mais censurada?
Rafael Marques (RM): Primeiro, é preciso ter em atenção que em 2011 a Assembleia Nacional aprovou, na generalidade, a proposta de Lei de Combate à Criminalidade no Domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação e dos Serviços da Sociedade de Informação. E por que é que essa lei não entrou logo em vigor e ainda não foi aprovada na especialidade? Porque o tipo de medidas que procura introduzir para o controlo da internet são um atentado à liberdade de expressão e são impraticáveis. Por exemplo, inviabiliza partilhas e proíbe que alguém publique uma fotografia no Facebook sem autorização da pessoa que esteja na fotografia. Todas essas medidas têm um objetivo central: os textos não podem mencionar uma terceira pessoa sem autorização expressa por escrito dessa pessoa.
Rafael Marques, jornalista e ativista angolano dos direitos humanos
Essa proposta de lei exclui os dirigentes, as instituições do Estado e os órgãos de informação estatais do seu cumprimento. Colocam-se acima da lei. Isso permite que qualquer pessoa que, por exemplo, publique uma fotografia do Presidente na internet possa ser processada por isso se o Presidente não gostar. A lei diz claramente que basta que o ofendido accione a queixa para que um indivíduo possa ser condenado de dois a oito anos de prisão. Obviamente, com o controlo da Procuradoria-Geral da República pelo Presidente da República, só ele e a sua família e os dirigentes do MPLA (Movimento pela Libertação de Angola, no poder) teriam condições de apresentar queixa contra os cidadãos que os criticam nas redes sociais. Até porque a lei já é clara: exclui os órgãos de informação do Estado e as instituições do Estado do seu cumprimento.
DW África: Este projeto sobrepõe-se a outras leis já existentes, como a Lei de Imprensa e até a Constituição?
Rafael Marques (RM): Este projeto viola claramente a Constituição e a Lei de Imprensa. É uma medida desesperada do Presidente em controlar aquele que é o último reduto na luta pela liberdade de expressão e, sobretudo, na luta pelo fim do seu poder de 36 anos. Na internet, de facto, o Presidente é uma figura extremamente impopular nas redes sociais.
José Eduardo dos Santos, Presidente de Angola há 36 anos
Apesar de o MPLA ter feito um grande esforço e de ter feito investimentos no sentido de controlar e de ter muitas páginas no Facebook, tem também grande acesso nas redes sociais, contratou muitas empresas. E tem aquilo que nós chamamos a "brigada online", para fazer comentários favoráveis ao regime. Tem ainda as páginas da comunicação social do Estado na internet.
Mas não há como ganhar popularidade, nem o próprio MPLA. De modo que se esta liberdade da internet se transpuser no seio da sociedade, no quotidiano, então o Presidente terá os seus dias contados. Daí esse desespero, esta obsessão de tentar controlar as redes sociais e a internet da mesma forma que controla o Jornal de Angola e outros órgãos de informação do Estado e de uma maneira geral a imprensa privada que está sob controlo de indivíduos ligados ao poder.
DW África: O facto de esta proposta de lei não prever procedimento criminal para casos concretos não abre também espaço para arbitrariedades?
Rafael Marques (RM): A forma como a própria proposta de lei é apresentada é para permitir que os órgãos judiciais possam processar qualquer crítico sem necessidade de recurso a provas ou a grandes tratados de jurisprudência. Bastará que tenham vontade de condenar alguém.
DW África: Caso realmente seja limitada a liberdade de expressão nas redes sociais em Angola, que outras alternativas restariam ao cidadão, que já se queixa de falta de liberdade de manifestação, direitos previstos pela Constituição?
Rafael Marques (RM): É aqui que traçamos a grande linha de batalha e dizemos ao Presidente que será derrotado nessa batalha, porque há um ponto em que a ditadura não pode avançar mais. Já retirou tudo aos cidadãos, explora-os, rouba-os, mata-os, ignora o seu dever de servir o povo e ainda quer tirar a internet. Então, aí diremos ao Presidente: vamos combatê-lo também nas redes sociais e essa será a batalha definitiva. O Presidente sairá derrotado desse seu esforço, porque não vai conseguir censurar a internet como quer. Estaremos aqui para dar-lhe luta. E é assim que defendermos este espaço de liberdade.
#dw.de

Nigéria: Um empresário nigeriano constrói a 'MAIOR' estátua de Jesus em África.

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Estátua de Jesus. Um homem de negócios nigeriano está prestes a revelar uma estátua de 8,53 metros (28 pés) de altura, a estátua é apelidada de "Maior estátua de Jesus". FOTO | ARQUIVO

Um homem de negócios nigeriano está definido para desvendar o que ele diz a maior estátua de Jesus em África, descrevendo-o como um símbolo de paz em um país assolado pela insurgência islâmica.

Sr. Obinna Onuoha encomendou no alto " a maior estátua de Jesus ", estátua com 8,53 metros de altura ou (28 pés) em 2013, a contratação de uma empresa chinesa para esculpi-la através de mármore branco.

De pé descalço com os braços estendidos, a estátua de 40 toneladas terá torre sobre St. Aloysius da Igreja Católica na aldeia de maioria cristã em Abajah no estado de Imo a sudeste da Nigéria.
"Vai ser a maior estátua de Jesus no continente", disse Onuoha, a 43 anos de idade, diretor executivo de uma companhia de petróleo e de distribuição de gás.

"Definitivamente peregrinos virão."

Cerca de 1.000 pessoas são esperadas para assistir a inauguração da estátua no dia de Ano Novo.

Sr. Onuoha disse que entrou em contato com a polícia só para ter a certeza de que a estátua não será atacada ou vandalizada.

A Nigéria, o maior país da África, com 170 milhões de pessoas, é dividido entre um sul cristão mais próspero e um norte muçulmano pobre - um equilíbrio instável que às vezes é a fonte de tensão.

Mais de 17.000 pessoas foram mortas em seis anos pela busca do grupo islâmico Boko Haram para criar um Estado independente, mas a violência ficou confinada principalmente ao norte de maioria muçulmana da Nigéria.

"Achamos que as religiões podem existir lado a lado", disse o empresário. "Esperamos que as pessoas possam viver em harmonia."

Sr. Onuoha diz que teve um sonho em 1997 para construir uma estátua gigante de Jesus.

Quando a sua mãe de 68 anos ficou gravemente doente há alguns anos atrás, ela o fez prometer que construiria uma igreja, se ela sobrevivesse.

Ele o construiu em Abajah, a cerca de 500 quilômetros a sudeste de Lagos, e é aqui que a  " maior estátua de Jesus " está localizada.

Reacções à estátua são mistas.

"É evidente que está errado", disse Emmanuel Lashiolola, um estudante católico e um ex em uma escola de seminaristas, disse.

"Você não pode revelar Jesus Cristo. Espero que alguém não esteja a tentar usar a cerimônia para levantar o dinheiro."

Mas padre Paul Awowole disse: "Liturgicamente, eu não acho que há alguma coisa que esteja errada em revelar a estátua de Jesus Cristo É venerar e honrar a Jesus Cristo.".

Sr. Onuoha está apenas contando os dias até a estátua realizar a sua estréia pública oficial.

"O andaime está saindo como nós falamos", disse Onuoha. "As pessoas conduzindo já estão parando para dar uma olhada."

#africareview.com

PAIGC dividido e em crise na Guiné-Bissau.

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Dirigentes contestatários ao líder do principal partido guineense deram 24 horas a Domingos Simões Pereira para abandonar o cargo. Ex-primeiro-ministro responde que não há alternativa à governação do PAIGC.
Domingos Simões Pereira - líder do PAIGC e ex-primeiro ministro da Guiné-Bissau
O grupo de contestatários diz que o Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) só tem 36 meses para se preparar para novas eleições. O partido que venceu as últimas legislativas na Guiné-Bissau, com maioria absoluta, tem sido afetado por disputas internas. A crise levou já à queda do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, a 12 de agosto.
Por isso, se Simões Pereira não se retirar da liderança do PAIGC, os contestatários prometem proceder a diligências para convocar um congresso extraordinário para o destituir.
João Saico Baldé, em nome do grupo, acusou o ex-primeiro-ministro de "desvio de fundos, delapidação do erário público e desrespeito dos estatutos do partido".
"Contestação é normal"
Em reacção a esta posição, Domingos Simões Pereira disse, em exclusivo à DW África, que não há alternativa à governação do PAIGC. E deixou um alerta: "Tem de se criar condições para reter essa maioria clara. Os órgãos de soberania eleitos são responsabilizados por criar a condição de governabilidade do país".
Protesto contra a instabilidade na Guiné-Bissau (17.08.2015)
O antigo primeiro-ministro reconhece que "o PAIGC, ao ter a maioria absoluta, tem a principal obrigação e responsabilidade de criar condições de governabilidade, mas não é exclusiva essa responsabilidade". Segundo o presidente do PAIGC, o Partido da Renovação Social (PRS), como segunda maior força, e o Presidente da República também têm essa responsabilidade.
Domingos Simões Pereira diz respeitar a opinião dos dirigentes contestatários, mas discorda de atitudes que "violam as deliberações" do partido. "Parte daqueles que contestam são membros do Bureau Político que estão a desperdiçar a oportunidade de fazer valer a sua voz", critica.
"O PAIGC é um partido bastante grande, é impossível pensar ter unanimidade dentro do partido. É normal que haja vozes de contestação. Eu respeito a opinião de quem não está de acordo comigo. O que nós temos realmente de condenar e estamos a propor é que o órgão do partido nos oriente."
Programa do Governo: aprovado ou não?
A ação dos dirigentes contestatários à liderança de Domingos Simões Pereira teve a sua repercussão no Parlamento no passado dia 23 de dezembro, quando deputados do partido não proporcionaram uma maioria absoluta ao Programa do Governo apresentado pelo primeiro-ministro, Carlos Correia. Com 57 de 102 deputados, o PAIGC tem uma maioria absoluta no Parlamento. Mas 15 dos 57 deputados do PAIGC inviabilizaram a aprovação do documento ao absterem-se na votação parlamentar.
A direção do PAIGC considera que o Programa foi aprovado porque 45 dos 102 deputados votaram a favor do documento, nenhum votou contra e houve 56 abstenções. "Eu tenho dificuldades em compreender como é se chumba um documento havendo 45 votos a favor e zero contra", afirma o líder do partido. "Não havendo essa maioria tem que se devolver a competência ao povo. Por isso, vamos utilizar os dispositivos que nos assistem para clarificar a correlação de forças no Parlamento."
Carlos Correia, primeiro-ministro da Guiné-Bissau
Porém, os contestatários dizem que não houve aprovação. Por isso, pedem agora ao Presidente José Mário Vaz ("Jomav") para demitir o atual Executivo se no próximo dia 5 de janeiro – dia em que a sessão parlamentar será retomada - o primeiro-ministro não voltar ao Parlamento com um novo Programa.
Domingos Simões Pereira sublinha que o programa teve uma votação favorável, apesar de não ter uma maioria confortável. "O primeiro-ministro tem interesse em obter uma maioria confortável para poder ser um interlocutor credível junto da comunidade internacional. É nesta componente política que vamos ter certamente agora um terceiro momento em que o primeiro-ministro volte ao Parlamento para submeter o seu programa".
De acordo com a Constituição guineense, se o Programa do Governo for novamente rejeitado, o Governo cai.
Bureau Político solidário
O Bureau Político do PAIGC esteve reunido na noite de segunda-feira (28.12) em Bissau. Além de ter aprovado uma moção de solidariedade para com Domingos Simões Pereira, encoraja-o "a manter-se firme e determinado na condução dos destinos do PAIGC".
O PRS, a segunda maior força política na Guiné-Bissau, preferiu remeter-se ao silêncio por uma questão de "estratégia política", apurou a DW África.
#dw.de

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A revelação da ingratidão / da falta de carácter / da inveja que movimenta alguns corações guineenses, mas que alguns superam tudo isso revelando um trabalho digno que aniquila a inveja.

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                                                                       Samuel Vieira                                                                     

Trazer para conhecimento do público este tipo de assunto tem como objetivo revelar o mau carácter que precisa ser combatido na nossa sociedade, para firmarmos princípios, regras claras sobre respeito ao próximo, preservação de obras criadas por seus autores, etc, etc.

Eu Samuel Vieira não sou melhor que ninguém claro, mas tudo que crio espelhando em alguém, eu procuro no mínimo, revelar a fonte de minhas ideias, e se, naturalmente, minhas ideias floraram a partir de ideias de outrem.

Hoje a história que você acompanha aqui é de conhecimento de muitos guineenses, cabo-verdianos, angolanos, são-tomenses, moçambicanos e de outras pessoas de outras nacionalidades que estudaram aqui em Recife, outras até em menor grupo, para além dos brasileiros/pernambucanos, que sempre tomaram parte nos eventos que anunciávamos para divulgar a cultura, aspectos políticos e económicos de nossos países africanos.

A ideia de criar uma ASSOCIAÇÃO ESTUDANTIL, mais concretamente, a ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA GUINÉ-BISSAU EM PERNAMBUCO foi minha - eu, Samuel Vieira. Foi em meados de 2003.  

Como foi?

Certo dia eu pensei - no Brasil vêm para estudar muitos africanos, porém não há nenhuma revelação de aspectos culturais africanos no seio da classe estudantil brasileira para permitir que não só a classe estudantil conhecesse a cultura africana, como também o povo pernambucano representado por estudantes da universidade e que vêm de várias partes de Pernambuco e de outros Estados do Nordeste. Tinha na Reitoria da UFPE uma pessoa muita amiga chamada Regina Lafayete. Levei ao conhecimento dela minha ideia de criar uma Associação Estudantil que se chamaria mais tarde ASSOCIÇÃO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA GUINÉ-BISSAU EM PERNAMBUCO. 

A ideia foi copiada de Delfim da Silva

Essa ideia eu tirei dos bons feitos do Sr. Delfim da Silva, o ex-presidente da Associação de Estudantes da Guiné-Bissau em Leningrado, Rússia.

Ele tinha ideias geniais que rapidamente envolveram lideranças de estudantes de outros países na Rússia, mais concretamente em Leningrado. Festas de Independência de cada país tinha uma atração de público sem igual, onde participavam desde os Decanos (Reitores das Universidades) convidados, Presidentes de Associações de cada país convidado, estudantes russos e estrangeiros de outros países, etc. 

Num desses eventos o Sr. Delfim da Silva brilhou: um discurso que projectou a classe estudantil guineense e a Guiné-Bissau numa sonoridade manifestada por todos que estavam presentes.  O meu amigo angolano chegou junto de mim e disse: “ Xê, madjé, o teu camba é Fo...”. Sabe muito! Eu me enchi de orgulho do meu conterrâneo que pregava de forma ferrenha, o Marxismo-Leninismo. Ele tinha ideias que na minha visão simplória era uma cópia dos ideais de Amílcar Cabral (o Sr. Delfim que me desculpe, mas eu assim pensava!). 

Nas reuniões mensais, o Sr. Delfim tinha sempre novas propostas que visavam não só melhorar a nossa Associação, assim como uma preocupação particular sobre o desempenho dos estudantes em cada Faculdade ou Instituto. Chegou a propor para os estudantes que estavam em períodos mais avançados para darem reforços aos recém-chegados ou aqueles que estão debatendo com grandes dificuldades em algumas matérias. O brio de Delfim rapidamente contagiou os outros grupos estudantis de outros países. Os angolanos criaram sua Associação logo de seguida. Na sequência várias Associações foram criadas e rapidamente se espalharam por toda a União Soviética na altura.

Minha Proposta para criar Associação 

Voltando à minha conversa com Regina Lafayete, levando em conta o bom desempenho do Sr. Delfim da Silva enquanto líder estudantil, eu contei como era na Rússia o papel da Associação Estudantil no meio académico e a divulgação da cultura africana / acontecimentos políticos / económicos, nos eventos. Ela se apaixonou e disse de imediato - eu vou levar isso ao conhecimento da Reitoria.  Acto contínuo nós propomos realizar a festa da independência. Quando fui chamado na reitoria, expandi a ideia, fiz empolgar todos que estavam presentes. O Reitor disse: Samuel o que vocês precisarem para a realização desse evento a universidade vai apoiar. E como apoiou! Cedeu um espaço no centro esportivo e recreativo da UFPE. Foi uma festa e tanta! Fiz um belo discurso salientado às relações culturais Brasil / Guiné-Bissau que datam de longa época, o número de quadros já formados por esta instituição, os apoios cedidos aos nossos estudantes, à renovação de vistos e outros problemas enfrentados pelos estudantes, etc, etc. 

Foto de perfil de Helder Andrade
Helder

Após a festa a notícia se espalhou por toda a cidade, o cabo-verdiano Helder me confidenciou que eles os cabo-verdianos iriam criar sua Associação. Tal como ele disse, assim fez. Na sequência outras nacionalidades foram tomando gosto e criaram suas associações em Recife/Pernambuco. No segundo evento em 2004 contamos com mais apoio ainda da UFPE e resolvemos alargar convite para algumas figuras importantes. Convidamos o compatriota e Professor Universitário  na Bahia, O Sr. Lamarana como o principal orador numa palestra que tinha gente de todas as nacionalidades africanas e de alguns brasileiros. Um enviado do Governador participou do evento e isso veio a dar mais destaque à nossa Associação.  Não demorou muito para que estudantes de outros Estados tomassem gosto e criassem suas associações, o que veio a ser difundido por todo o Brasil. 

Preservar ideias das pessoas

Nós, guineenses precisamos respeitar as ideias das pessoas e principalmente quando suas ideias contribuem para alguma mudança na sociedade. Os grandes líderes muitas vezes são muito criativos, mas algumas vezes eles renovam suas criatividades a partir de ideias de outras pessoas. Portanto, não faz mal a ninguém revelar-se criativo se, sua criatividade ou suas ideias partiram de ideias de outras pessoas. Agora o desenvolvimento dessa ideia pode ter outras conotações contando, no entanto, que sua origem fosse preservada.

A ingratidão e reconhecimento

Falar da ingratidão que se faz sentir no seio da malta guineense, é uma forma de lembrá-la que ninguém é nada sozinho, sempre precisamos de algum apoio para por em prática nossas ideias, nossas ações. E quando nós lembrámos das pessoas que fizeram parte da nossa vida enquanto jovens ou mais tarde adultos, é sempre um acto de generosidade para conosco mesmo. Por exemplo, eu jamais posso esquecer o quanto o Artur Silva, o actual ministro de Negócios Estrangeiros foi bom para mim. 

Enquanto jovens, ele passou alguns dias para me satisfazer com assuntos de geometria elaborando caderno (SEBENTA - alguém se lembra?!) para mim. Minhas qualidades de bom aluno na escola do Professor Armando N´Doha se devem a Artur Silva. Ele era um brilhante aluno, mas também uma figura que chamava muito atenção na classe. Os livros de matemática dos autores: Albano Chaves, 1111, 16 Pontos, etc, quase todos os exercícios desses livros, o Artur sabia resolver.  

Eu me espelhei nele. Tanto é que na Escola após Artur terminar, eu fui revelação. Na Missão Católica em Bissau eu fui também revelação. Os colegas, por exemplo, o médico Augusto Mansoa hoje em Portugal, Baró Dabo, Soares Sambu e outros sabem do que estou falando, de contrário não expunha o nome deles aqui. Podem até alguns não se lembrar de mim pelo nome de imediato, pois faz muito tempo, mas pela história sabem. Devemos ser gratos às pessoas que nos ajudaram a subir na vida ou a conquistar algo de importante na nossa vida, pois isso não tem valor que pague. E quando nós lembrámos e reconhecemos as pessoas pelo que fizeram por nós, isso tem um valor que devemos carregar na alma para Honra e Glória!

Participação de figuras importantes em eventos

Alguns guineenses de boa alma sabem que aqui em Recife eu fui o promotor de vários acontecimentos universitários e palestras em que eu era o orador principal. O sonho de engrandecer o nome da Guiné-Bissau no Brasil me permitiu envolver muitas entidades importantes. A carta abaixo explica por si só:

Recife, 17 de setembro de 2004.

Consulado da Guiné-Bissau
Campinas-SP


Ilmo.
Sr. Tcherno Ndjai-Cônsul Honorário da Guiné-Bissau no Brasil


Conforme contato mantido hoje (17/09/04) com o Pro - Reitor da Universidade Federal de Pernambuco, quando da entrega formal do convite para as festividades do dia 24 e 25/09/04, o qual foi aceito com muita receptividade, e foi sugerido por parte do mesmo, que deveríamos formular um convite ao governador do estado através de vossa senhoria, levando em conta que vossa senhoria é o representante máximo da autoridade guineense em terras brasileiras.

Solicitamos a vossa gentileza neste sentido, uma vez que esse evento tende a ganhar proporções maiores na mídia local, como também em nossa comunidade universitária. Assim sendo, poderá reforçar a relação cultural e também estimularia uma melhor visão da situação política e econômica da Guiné-Bissau no meio político-social pernambucano e efetivamente Brasileiro. Portanto, queremos deixá-lo confiante que estamos nos empenhando o máximo ao que diz respeito à realização desse evento, que sem margem para dúvidas, honrará o nome da nossa querida pátria, a Guiné-Bissau, diante de importantes personalidades pernambucanas.

Anexo, convite com a programação do evento.

Abaixo, endereço do Governador do estado de Pernambuco:

Dr. Jarbas Vasconcelos
Governador do Estado de Pernambuco
Praça da República, S/N.
CEP: 50010 – 050
Recife/PE
Fone Chefe de Gabinete:  (81) 3425 21 16
                                               3425 22 30

Samuel Vieira

Minha generosidade e falta de carácter de alguns

Em Recife fui generoso com muitos guineenses. Sempre cheguei junto para incentivar, apoiar, etc. Muitos que passaram por aqui sabem do que estou falando. Eu tinha um bom emprego e daí minha presença no grupo de guineenses era sempre bem quista. Fui de promover encontros abrilhantados com almoços “Kumida di Tchon”, e eu lotava o meu carro com muito deles, os comes e bebes de quando em vez, mas tudo isso para os ingratos, não conta. O importante é que a gente faz tudo isso sem esperar nada em troca. As compensações vêm de Deus, Ele acompanha a obra de cada um na terra.

Tome nota

Obs.: A história aqui é real meu caro guineense que passou por aqui em Recife. 

Não relatei aqui toda essa história para me promover, não. Mas quis deixar ao conhecimento de todos como tudo começou e isso é um direito meu. Nós os guineenses temos uma carência muito grande em aceitar que antes de nós foram os outros. Amílcar Cabral pai da independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, se a obra dele não fosse escrita e difundida em larga escala, aposto que algum guineense teria ousadia de dizer que a obra é dele! Você pode ver que, quer no seio do PAIGC e nos instrumentos políticos que herdamos, não temos lideranças. A inveja não deixa!

Durante a nossa luta armada houve quem dissesse que Osvaldo Vieira da frente Norte foi mais destemido que o Nino na frente Sul.  Desses dois como podemos escrever a história? Osvaldo foi ou não, o mais valente que Nino Vieira? Números de batalhas podem contar para cada um, mas em cada ação você tem uma história diferente. Daí a razão para respeitarmos as conquistas de cada um sem apagar a história do outro.  

O Ministro da Economia Geraldo Martins está fazendo sua história e em sua época no comando da economia da Guiné-Bissau, para isso não podemos apagar a história dele porque tomamos conhecimento de que, em alguma Universidade, há um estudante guineense de economia que se revelou e sustenta a ideia de que ele no lugar de Geraldo Martins conduziria melhor a economia da Guiné-Bissau. Vejam que absurdo! Outro exemplo interessante, o Sr. Pedro Pires em Cabo Verde é um grande líder reconhecido por todos os cabo-verdianos. O Ministro José Maria Neves é um político brilhante, mas isso não lhe dá ousadia de querer apagar o araujo de bravura do comandante Pedro Pires. Cada um faz sua história para o bem da sociedade. E na Guiné, depois de Cabral quem é o líder reconhecido por todos nós e que continua a ter grande influência na nossa sociedade? A inveja não deixa a história acontecer! Reflitamos sobre tudo isso e nossas perdas.

Samuel Vieira

Gâmbia: A criminalidade feminina - vai 'cortar'.

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Presidente da Gâmbia Yahya Jammeh ordenou em novembro a cessação imediata da mutilação genital feminina em todo o país. FOTO | ARQUIVO

Os legisladores da Gâmbia terão passado um projeto de lei que criminaliza a circuncisão feminina e a introdução de penas de prisão de até três anos para quem desrespeitar a proibição.

A Assembleia Nacional votou com larga maioria a sub-escrever a proibição no código penal nesta segunda-feira, um mês depois de o presidente Yahya Jammeh considera a prática ultrapassada e ordenou a sua cessação imediata.

A Vice-Presidente Isatou Njie Saidy disse aos legisladores que a nova lei iria "fazer cumprir os direitos constitucionais das mulheres e raparigas a não serem submetidas a práticas que são prejudiciais à sua saúde e bem-estar".

A mutilação genital feminina, ou mutilação genital feminina, continua a ser muito comum na Gâmbia, juntamente com uma série de outros países africanos e partes do Oriente Médio.

Problemas de saúde

A Organização Mundial de Saúde estima que mais de 125 milhões de mulheres no mundo foram submetidas a prática, que envolve cortar os lábios da vagina e clitóris, muitas vezes quando as meninas são jovens.

Essa corte pode levar a problemas de saúde graves, incluindo infecções, sangramento, infertilidade e complicações no parto, e prejudica o prazer sexual.

O Presidente Jammeh declarou em novembro que a prática não era exigido pelo Islã - a religião de cerca de 95 por cento dos 1,8 milhões da população do país - e que deveria ser banido, de acordo com um porta-voz do governo.

Estado islâmico

O presidente declarou no início deste mês a Gâmbia um Estado islâmico.

Antes da votação de segunda-feira não havia legislação específica e processos teriam de invocar aspectos existentes do código penal, tais como previsões que lidam com lesões corporais graves.

A emenda do Act 2015 prevê que Mulheres terão mandatos de prisão de até três anos, uma multa de $ 1300 ou tanto para quem for pego praticando ou envolvidos na organização da FGM.

Mais progressista

Sr. Samba Bah, líder da minoria, votou contra o projeto, expressando a preocupação de que o governo não tinha suficientemente consultado o público sobre o que tinha sido previamente considerado um rito de passagem na Gâmbia.

Mas a vice-presidente Fatou Mbye aclamado um dos "progressistas" a maioria dos actos legislativos do parlamento já tinha passado.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas Unicef, cerca de três quartos das mulheres gambianas estão vivendo com os efeitos da mutilação genital.

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A ex-colônia britânica situado dentro de Senegal, o país é um dos mais pobres do mundo e tem sido governado com mão de ferro pelo presidente Jammeh desde que ele tomou o poder em um golpe em 1994.

Fúria sobre a liberação de gays senegaleses.

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Pandemonium se soltou nesta terça-feira em Kaolack, a cerca de 200 km de Dakar, quando a polícia senegalesa lançou mãos a 11 gays que foram presos porque eles se casaram na véspera de Natal.

Uma grande multidão que se reunio na sede da polícia esperavam que os homens seriam acusados e sentenciados por longos anos de prisão.

Mas funcionários do ministério da Justiça disseram nesta terça-feira que o Ministério Público não encontrou justificação suficiente para encarcerar os homens.

O casamento

A polícia anunciou no dia de Natal que tinha detido apenas 11 dos 20  gays que se reuniram em uma escola primária para o casamento.

Nove outros conseguiram escapar, disseram fontes policiais.

Relatos da mídia citaram que a polícia disse que os homens gays foram encontrados com anéis, roupas de casamento e perfumes.

A sociedade

O Presidente Macky Sall insiste que a homossexualidade não será permitida no país, pelo menos durante o seu mandato.

A homossexualidade não é proibido por lei no Senegal, mas é abominada pela sociedade.

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OPINIÃO: FIGURA DO ANO 2015 NA GUINÉ-BISSAU – CAMARADA ENG.º CARLOS CORREIA. (Opinião Pessoal).


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                                                  Filomeno Pina - Nô Djagra                                                                                     

Uma referência incontornável na Política, na Cultura e na Sociedade Guineense. O actual primeiro-Ministro é líder do Governo da maioria Parlamentar do PAIGC, o Homem que quis um dia ser Revolucionário (Anos/60), porque honesto, inteligente, Combatente da Liberdade da Guiné-Bissau e Cabo-Verde, desde ontem, até hoje detém uma conduta ímpar no activo, dum passado pós-Independência do País, este simples Guineense de bom trato na relação humana, foi sempre um exemplo de carácter anti-corrupção para todos que o conhecem. Um político de firme convicção e esperança na Unidade Nacional, um militante exemplar, um Homem brilhante que lutou e luta pela – CAUSA DO POVO – está para além das “partidocracias” oportunistas existentes no sistema político no País!

Camarada Eng.º Carlos Correia é um dos poucos (a contar pelos dedos das mãos) líderes e antigos combatentes da Luta de Libertação Nacional, ainda no activo, aquele que coloca verdadeiramente o País em primeiro lugar, pondo-se acima dos interesses pessoais, no lugar onde sempre esteve e está o seu POVO!

Temos um exemplo vivo a seguir, este verdadeiro “Dinossauro” entre nós, combatente que transporta a dignidade de político sério e honesto nos dias de hoje, deste calibre, temos poucos, i. é, quando falamos de corrupção e impunidade continuada no Pais.

Mas, ainda temos exemplo em como podemos fazer política séria e honesta, sem desviar ou roubar o Estado da Guiné-Bissau, no pouco ou nada que consegue nas ofertas recebidas dos Países amigos, temos o exemplo de um político, que soube erguer-se limpo, sem praticar actos miseráveis, criminosos ou de corrupção, sem sacrificar o nosso País, por migalhas recebidas do estrangeiro, etc. etc., (…)

DJARAMA – CAMARADA ENG.º CARLOS CORREIA!

Foi chamado e compareceu renovado, num momento conturbado da política nacional, quando tudo parecia nunca mais “agarrar” a calma institucional necessária, para reflectir, dado a exaltação e ambiente de crispação, de crise política nacional, o Camarada Carlos Correia teve o mérito de conseguir “acalmar” e devolver ao País uma imagem de tolerância e de esperança. Digamos que líderes políticos e sociedade civil, baixaram o machado de guerra por algum tempo, penso, que por respeito social ou político da figura reconhecida deste Líder Guineense, hoje tido e mantido como figura global de respeito ao nível nacional - tem Carisma – e tem estado para além do PAIGC, temos um Combatente da Liberdade e do Progresso da República da Guiné-Bissau. Seria muito injusto não reconhecer aqui, para o Ano de 2015, este mérito Político e Revolucionário da actualidade, como figura pública do Ano!

Aos 82 anos de vida, a Guiné-Bissau não lhe permitiu reformar-se da política activa e chamou este Ilustre Guineense, Combatente e Revolucionário, que rapidamente envergou de novo a sua farda de serviço ao País, de resposta pronta, dando o exemplo aos políticos mais novos, pela competência técnica e científica reconhecidas, pela sua postura de Homem honesto, afirmação pela diferença positiva, porque este líder não passa despercebido, é um exemplo vivo dentro do PAIGC, de outros Partidos políticos e na Sociedade Civil, vemos na sua postura a que nos habituou, UM GRANDE HOMEM DE ESTADO!

Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e seu Povo, eternamente…

Viva a Guiné-Bissau, haja saúde, bom senso e boa governação, se Deus quiser…


Djarama. Filomeno Pina.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Senegal: Basquete Feminino - O Presidente Macky mima as campeãs da África - As Leoas recebem, cada uma, um apartamento e 10 milhões de FCFA.

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Após vários adiamentos, foi finalmente, nesta segunda-feira, 28 de dezembro de 2015 que o presidente Macky Sall honrou as Leoas do basquete, vitoriosas nas últimas competições de basquete feminino, realizadas em Yaoundé, nos Camarões, no salão de banquetes do palácio presidencial.

Como promessa, as homenagens da República seriam deste tamanho.
Três meses após a sua coroação, as leoas, notadamente do Estado Senegalês decidiram pagar os ingressos para aqueles que se juntaram a seus clubes, elas enfim receberam as homenagens merecidas da nação durante uma cerimônia de decoração forte em emoção.

Durante o seu discurso, o Chefe de Estado revelou o "prêmio especial" há muito aguardado pelos jogadores que têm permitido o Senegal vencer pela décima primeira vez o campeonato africano de basquete feminino. Assim, o Presidente ofereceu 20 apartamentos de 120 m2 para as Leoas, por um preço unitário de 20 milhões, e a soma de 10 milhões de francos CFA para cada um dos 27 membros da delegação senegalesa que participaram na competição continental. Congratulando-se também com a determinação e o apoio 12º GAINDÉ, o presidente decidiu conferir-lhes a soma de 10 milhões de nossos francos. O Chefe de Estado aproveitou o seu discurso para revelar que "um palácio de esportes será construído no pólo urbano de Diamniadio, ao lado do centro de conferências Abdou Diouf. Ao longo de um período de trabalho de 12 meses, ele disse que o Centro Desportivo terá 11,5 hectares.

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Moeda "mais popular" da África completa 70 anos.

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A moeda Africana de 14 nações, o Franco da Comunidade Financeira da África, o Franco CFA, completa 70 anos.

Uma declaração do Banque Centrale de l´Afrique de l'Ouest ou do Banco Central da África Ocidental em Dakar para marcar a ocasião nesta segunda-feira, manifestou sua satisfação pela força da moeda ao longo de 70 anos.

A moeda tem uma taxa fixa de 63.500 francos CFA equivalente a 100 euros.

Bloco econômico

Criado em 26 de dezembro de 1945 pela França, o franco CFA é a moeda comum para quase todos os países de língua francesa na África Ocidental e Central.

Os 14 países têm uma população estimada em cerca de 300 milhões de habitantes.

Oito dos países membros: o Senegal, a Costa do Marfim, o Togo, o Benin, o Burkina Faso, o Mali, o Níger e a Guiné-Bissau estão na África Ocidental e têm um bloco econômico regional, conhecido como UEMOA.

União monetária

Os seis restantes: o Chade, o Camarões, o Congo, a África Central, o Gabão e a Guiné Equatorial (antiga colónia espanhola que entrou para a zona CFA em 1985) estão localizados na África Central.

Os países acima têm também uma união monetária regional, a União Económica da África Central ou CEMAC.

A Guiné-Bissau, que se juntou a UEMOA em 1997, é o único país de língua não francesa que utiliza o CFA.

Apoio militar

A outra excepção é a Guiné (Conakry), cujo fundador, Ahmed Sékou Touré que fez o país ficar fora do acordo franco CFA depois de um divórcio difícil com a França após a independência em 1958.

O acordo para a criação do franco CFA foi iniciado pelo francês General Charles De Gaulle com benefícios, tais como, reservas minerais para exportação exclusiva para a França.

O outro aspecto do acordo estipula que os líderes da zona CFA se beneficiariam de apoio político e militar da França para permanecer no poder.

Obs.: O Blog djemberém não deixa você fora do alcance de notícias tão importantes como esta. Por isso fique de olho, pois a satisfação do editor de Djemberém vai além do seu interesse manifestado em acomapanhar todos os dias, as notícias difundidas aqui. A tradução do Inglês para portugues assim como do francês para português são feitas pelo editor com o maior cuidado, deixando você sempre pronto para compreender o que se divulga. 2016 promete e certamente as edições devem ser produzidas e divulgadas a partir da Guiné-Bissau, pais do editor deste Blog, Samuel Vieira.

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Os dirigentes do Burundi querem fora das conversações os que participaram na tentativa do golpe.

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Presidente Yoweri Museveni da Uganda (à esquerda) cumprimenta os delegados à frente das negociações para pôr fim à crise política no Burundi em 28 de dezembro de 2017. FOTO | STEPHEN Wandera

O governo do Burundi exigiu a exclusão dos golpistas das conversações de paz que começou nesta segunda-feira em Uganda

As negociações para acabar com a violência no Burundi começou no "Entebbe State House" com quatro ex-presidentes a frequentar as negociações mediadas pelo presidente Yoweri Museveni.

Sr. Pierre Buyoya, o Sr. Sylvester Ntibantunganya, Sr. Domitien Ndayizeye e o Sr. Jean Batista Bagaza assistiram à sessão inaugural para desenhar a agenda para as negociações.

A agenda

O primeiro vice-presidente do partido no poder CNDD-FDD, o Sr. Victor Burikukikiye, disse na reunião e na presença de representantes de diferentes países e agências internacionais que seria "errado incluir as pessoas que participaram do golpe fracassado".

"Antes de começarmos as negociações, há coisas que devem ser abordadas. Aqueles que participaram da tentativa de golpe não devem participar ", disse ele, acrescentando que a agenda deve ser agradável e deve reflectir os recentes acontecimentos no Burundi.

Mas, o presidente Museveni disse que as partes em conflito não salientaram condições para antes das negociações.

"Não desperdicemos essa chance, colocando condicionalidade. Vosso povo está morrendo, vamos salvá-lo em primeiro lugar. Se a casa está queimando, você deve eliminar o fogo em primeiro lugar, e depois investigar a causa ", disse o presidente Museveni.

Um terceiro mandato

O Presidente Museveni também prometeu enviar uma equipe para Burundi para investigar as mortes de civis.

Pelo menos 240 pessoas foram mortas desde que a crise do Burundi começou em abril, com mais de 200.000 pessoas que fugiram do país.

A violência começou depois da decisão controversa do Presidente, Pierre Nkurunziza, de concorrer a um terceiro mandato.

As demandas da oposição

Envio de uma força internacional de paz
Alteração do artigo 129 da Constituição para permitir que os partidos políticos com menos de 5 por cento possam ter cargos no governo
Fim da Corrupção
Distribuição igualitária dos recursos
Desarmar e parar Intervenção da milícia
Acabar com a violência política

As exigências do governo

Sem força de paz internacional
Os golpistas não devem participar nas conversações
Investigar o papel do Ruanda no conflito

Fim da violência política

Opinião - Abdulai Keita: Uma “passada” sobre o voto do dia 23.12.2015, dos deputados da ANP (o Parlamento bissau-guineense).

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                                                  Abi Keita    
                        
Como sempre nos últimos anos, aqui na migração, na Suíça, quando a situação se anuncia na minha terra natal, a Guiné-Bissau, de estar novamente à beira da perpetração e/ou de continuação de mais um acto de instabilidade político-civil e/ou, político-militar, fico sem sossego. Mas daqueles muito “Sem-sossegos” muito terríveis, que levam a muita falta de sono durante noites e noites.


Vi-me mergulhado outra vez na mesma situação de espírito, sem querer; após ter aprendido no dia 11 de Dezembro do corrente que o Programa do Governo do PAIGC dirigido pela Sua Exa. Sr. Eng°. Carlos Correia tinha sido entreque na ANP para efeitos de debate, aprovação (com críticas ou sem), mantendo-se em como está (status-quo = nha boka ka stá lá), ou rejeição pura e dura.

Bom. Não vale a pena reproduzir aqui os episódios ocorridos desde então no prédio “Colinas de Boé” do Alto-krim de Bissau. A sede da ANP. O mundo interessado no assunto viu e já sabe tudo.

Mas depois veio a hora “H” do dia (23.12.2015), onde o acto de votação teve lugar. Tendo produzido um dos jamais vistos episódios caricatos naquele órgão legislativo. Surpresa total. 56 abstenções; 45 votos a favor; e 00 votos contra.

Aprendi a nova pouco antes das 12h00 neste mesmo dia, via blogosfera. Estava prestes a sair da casa para umas pequenas compras com o meu netinho de 10 anos.
Vendo-me com aquela cara “grunha”, ele (meu neto), talvez preocupado, pergunta-me: “algo está mal, Papá (assim me chama)”?

A minha resposta pronta e a quente foi: “o Programa do Governo caiu na Guiné-Bissau, no Parlamento”.
Ele então continuando, carrega. “E agora”?

“Agora…, agora vai o país entrar na “sakalata” grande, se os deputados continuarem nesta mesma linha daqui a 15 dias”, expliquei.

De regresso a casa, telefono via Skype a um sobrinho, estudante de informática no Brasil. Depois dos “Salamaleikums”, eis a minha pergunta para ele. “O que contas sobre o voto do Programa na ANP, hoje”?

“O quê, hoje? Votaram? Não estou dentro do assunto”, respondeu do outro lado.
“Sim votaram”, disse eu. E passei a explicar os resultados do voto. Seguidos dos meus comentários, do genero feito ao meu neto.  Fim dos tais comentários  e para a minha surpresa, lá vem explicar-me o meu sobrinho.

“Heh, Titio, se é assim então o Programa passou. Não foi chumbado, nada”.
“Passou? Como?” Foi a minha pergunta logo de seguida.  

“Passou”!, continuara ele. “Porque não houve nenhum voto contra, Titio. Isto é claro! Mesmo com as 56 abstenções. Passou! Porque imagine”, continuou ele tentando explicar-me, “o Primeiro-Ministro teria chegado a ANP e, apresenta o seu Programa; e que todos os 101 deputados teriam dito: ‘oh, Senhor Primeiro-Ministro, nô boka ka stá lá!’. Em outras palavras: Nós não temos nenhuma atitude acerca do seu Programa. Nem a favor e nem contra. Vai fazer o que quiser. Porque a abstenção, é a não votação ou votação em branco, é isto que isso significa! Ele então simplesmente iria arumar o seu Programa e ir-se embora; indo começar ou continuar o seu trabalho na base desse seu Programa, sobre o qual, efectivamente, os deputados ter-se-iam pronunciado que não teriam nenhuma atitude acerca. Nem contra, nem a favor. Claro! Eu, no seu lugar, arumava o meu Programa e ia continuar o meu trabalho. Sobretudo quando tem agora, ainda por cima, 45 votos,  sim. 00 votos, contra. O Programa passou”!, Titio, concluiu ele.

Contei ao meu concunhado suíço (Historiador, diplomata em exercício e o autor, entre outros, do livro “Joseph KI-ZERBO, Para quando a África? Entrevista com René Holenstein”, PALLAS, 2006, Rio de Janeiro, 172 p.) a mesma “passada” de votação e teve a mesma reação e opinião.

Voltei hoje com essas reações e opiniões que partilho, já sem a cara “grunho” à blogosfera e fui surpreendido com o artigo do “OdemocrataGB” sobre um comunicado do PAIGC que vai no mesmo sentido. “Afinal o Programa foi aprovado”, se diz no documento (http://www.odemocratagb.com/comuni-cado-do-paigc-afinal-foi-aprovada-mocao-de-confianca-do-primeiro-ministro/; acessado no dia 24.12.2015).

Boa prenda de natal diss a mim mesmo, então. Para todos nós bissau-guineenses. Se todos os outros atores, nos principais postos de comando nas estruturas centrais do nosso Estado neste momento, também compartilham desta opinião. Opinião muito lógica.

Senão, que sigam para o Supremo Tribunal de Justiça. Com a seguinte atitude bem democrata, legal e pacífica. Qualquer veredicto daí pronunciado deverá ser acatado incondicionalmente por todos os implicados.

Ao país seria assim evitado a transferência de mais um mau embrulho para o novo ano à porta. Mais um fardo de “sakalata” desnecessário.

E eu ia poder dormir, um pouco, mais à vontade. Podendo sobretudo comunicar ao meu netinho: “eh…, agora…, agora, a Guiné-Bissau não vai entrar, mais uma vez, na “sakalata” grande, dentro de 15 dias. Porque o Programa, afinal, passou com 45 votos, com o sim e 00 votos, contra. O resto, as 56 abstenções, talvez foi um lapso dos seus protagonistas em relação ao objectivo visado, que não conta. Aliás, neste momento e situação, só interessa aos analistas”.

Aguardando, espero e desejo boa sorte a todos nós bissau-guineenses. Que, mais uma vez, prevaleça o BOM SENSO. Bons dias festivos e uma entrada com muita paz, felicidade e de muita tranquilidade para o ano 2016.   

Amizade.
A. Keita




[*] = Por Abdulai Keita, Pesquisador Independente e Sociólogo (DEA/ED)

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