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EXPULSÃO DE TRÊS DIPLOMATAS FRANCESES DO BURKINA: A espessa nuvem entre Ouaga e Paris não está pronta para se dissipar.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Este é um novo arrepio nas relações já bastante geladas entre o Burk...

domingo, 7 de abril de 2024

PÓS-PODER EM ÁFRICA: Insônia para muitos chefes de estado.

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O Senegal nunca deixa de impressionar! Depois de ter conseguido organizar uma das melhores eleições presidenciais da sua história num contexto que previa o pior para esta nação, o país de Teranga acaba de confirmar, mais uma vez, para aqueles que ainda duvidavam dele, o seu estatuto de montra da democracia na África Ocidental. Na verdade, apesar de um período pré-eleitoral tumultuado que aumentou a tensão com a sua quota-parte de violência e danos materiais, os senegaleses alcançaram o impensável ao conseguirem, onde muitos países do continente falharam, uma devolução pacífica do poder. E o épico continua. Já o recém-eleito presidente, Bassirou Diomaye Faye, acaba de fazer um gesto elegante para com o seu antecessor, Macky Sall, ao colocar o avião presidencial à sua disposição por alguns dias. E o antigo chefe de Estado que, surpreendentemente, ainda goza de uma certa popularidade apesar do que sabemos, pegou nesta mão estendida e deixou imediatamente o país após a transferência. Fique tranquilo, foi por vontade própria que deixou o país que liderava até 2 de abril, data do fim oficial do seu mandato como chefe de Estado. Com efeito, o filho de Fatick, segundo certas fontes, foi primeiro à Guiné-Bissau para resolver assuntos pessoais antes de se juntar a Meca, na Arábia Saudita, para aí realizar, com a sua esposa, a sua pequena peregrinação, a Umrah. Depois de Meca, ele deveria ficar em Paris, na França, antes de se juntar à família no Marrocos. As ansiedades de muitos líderes encontram a sua origem mais na gestão do poder Quem poderia ter previsto uma reforma tão pacífica nos bastidores do antigo presidente senegalês, na noite da vitória do campo daqueles a quem ele fez ver ideias verdes e verdes? Mas estamos no Senegal e esta é a exceção que está a aumentar. Na verdade, é uma lei não escrita neste país que exige que sejam disponibilizados todos os meios ao presidente cessante para lhe permitir renunciar, de modo a não ofuscar o seu sucessor no exercício do seu poder. Macky Sall também prestou o mesmo serviço ao seu antecessor, Abdoulaye Wade, em 2012, que nunca deixa de voltar para casa sempre que tem oportunidade... e em total liberdade. Não é lindo? Esta é mais uma parte da elegância da democracia senegalesa que garante assim um pós-poder pacífico aos seus antigos líderes que, mesmo distantes, permanecem disponíveis para o seu país. Mas noutros locais de África é diferente. Sinceramente, essa é outra história! O pós-poder está longe de ser um rio tranquilo para muitos antigos chefes de estado no continente negro. É até uma verdadeira insônia para eles. Por uma boa razão, do palácio presidencial onde deixam todas as honras devidas à sua posição, alguns são enviados diretamente para prisões que eles próprios construíram cuidadosamente durante o seu reinado para silenciar vozes discordantes. Outros, condenados ao desprezo, são forçados ao exílio, quer para se protegerem da fúria de novos líderes ou de homens fortes ou do seu povo, quer para escaparem à justiça internacional ou à dos seus respectivos países. De Ouagadougou a Bamako, passando por Abidjan, Banjul, Conacri, Kinshasa, Túnis, Cairo e até Argel, são inúmeros os exemplos de presidentes depostos que têm vidas menos confortáveis depois de terem chegado ao poder. Prova, se ainda for necessária, de que a democracia está a sofrer em África. Deve ser dito que as ansiedades de muitos líderes encontram a sua origem mais na gestão do poder ou no método de ascensão ao poder. Porque, certos chefes de estado nos nossos trópicos, por mais poderosos que sejam, permitem-se tudo e entregam-se a todo o tipo de excessos. Tanto é assim que, na noite do seu reinado, eles são rapidamente surpreendidos pelas suas próprias torpezas. fonte: lepays.bf Siaka CISSE

África do Sul: Ex-presidente do parlamento detida no âmbito de investigação de corrupção.

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Mapisa-Nqakula, de 67 anos, é acusada de ter solicitado subornos avultados a um antigo empreiteiro militar durante o seu anterior mandato como ministra da Defesa. A antiga presidente do parlamento sul-africano foi detida esta quinta-feira no âmbito de um inquérito por corrupção, o último escândalo a atingir o partido no poder, o Congresso Nacional Africano (ANC), antes das eleições de maio. Nosiviwe Mapisa-Nqakula, que se demitiu do cargo de presidente do parlamento na quarta-feira, foi formalmente detida depois de se ter entregue à polícia perto de Pretória, segundo os procuradores. A veterana do ANC deveria comparecer perante um juiz e ser formalmente acusada de corrupção e branqueamento de capitais, disse à AFP Henry Mamothame, porta-voz da Autoridade Nacional do Ministério Público. A pouco menos de dois meses das eleições nacionais, o caso veio agravar os problemas do ANC, que se debate nas sondagens de opinião com uma economia fraca e acusações de corrupção e má gestão oficial. A ex-presidente do parlamento é a última de uma série de políticos de topo do ANC, incluindo o Presidente e o Vice-Presidente, envolvidos em escândalos de corrupção. Mapisa-Nqakula, de 67 anos, é acusada de ter solicitado subornos avultados a um antigo empreiteiro militar durante o seu anterior mandato como ministra da Defesa, de 2014 a 2021. Ela nega as acusações. fonte: VOA

2Rs, África: O que será o Senegal de Faye?

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Bassirou Diomaye Faye tornou-se o novo presidente do Senegal sendo o quinto e mais jovem presidente senegalês, depois de obter uma vitória eleitoral na primeira volta com a promessa de reformas radicais, apenas 10 dias depois de ter sido libertado da prisão. Faye, de 44 anos, relativamente novato na esfera política, passou anos à sombra do seu mentor o popular e carismático Ousmane Sonko, que nomeou primeiro-ministro, e que o ajudou na sua ascensão ao poder. Faye disse que as suas prioridades incluem o combate à corrupção e a redução do custo de vida, bem como a reconciliação nacional após anos de turbulência. Qua será o futuro do Senegal pós Macky Sall, numa nova era, a de Bassirou Diomaye Faye? As respostas com os nossos politólogos Raúl Braga Pires e Rui Neumann. fonte: VOA

GENOCÍDIO: UM MILHÃO DE MORTOS ENTRE PARIS E KIGALI.

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O presidente francês, Emmanuel Macron, considera que a França “poderia ter impedido o genocídio” no Ruanda em 1994 “com os seus aliados ocidentais e africanos”, mas “não teve a vontade de o fazer”. Calcula-se que tenham morrido entre 800 mil a 1 milhão de pessoas. Por Orlando Castro (*) No domingo, dia em que se assinalam os 30 anos do genocídio, Emmanuel Macron vai partilhar uma mensagem em vídeo nas suas redes sociais, o presidente à agência noticiosa France-Presse (AFP). “O chefe de Estado recordará, em particular, que, quando começou a fase de extermínio total dos tutsis, a comunidade internacional tinha os meios para saber e agir, graças ao seu conhecimento dos genocídios, tal como nos foi revelado pelos sobreviventes dos arménios e da Shoah [o Holocausto], e que a França, que poderia ter impedido o genocídio com os seus aliados ocidentais e africanos, não teve a vontade de o fazer”, acrescentou a Presidência francesa “Em 27 de Maio de 2021, em Kigali, o Presidente da República reconheceu a responsabilidade da França no genocídio dos tutsis, tal como estabelecido pela comissão de historiadores e investigadores liderada pelo professor Vincent Duclert sobre o papel e o envolvimento da França no Ruanda”, explicou. “Em 7 de Abril de 2024, o chefe de Estado reafirmará que a França está ao lado do Ruanda e do povo ruandês, em memória de um milhão de crianças, mulheres e homens martirizados por terem nascido tutsis. Reiterará a importância do dever de memória, mas também do desenvolvimento de conhecimentos de referência e da sua divulgação, nomeadamente através da educação das gerações mais jovens em França”, prosseguiu. Convidado pelo Presidente do Ruanda, Paul Kagame, a participar nas comemorações do 30.º aniversário do genocídio no domingo, Emmanuel Macron não estará presente e será representado pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Stéphane Séjourné, e pelo secretário de Estado do Mar, Hervé Berville, que nasceu no Ruanda. O genocídio do Ruanda ocorreu de 7 de Abril a meados de Julho de 1994, período de 100 dias durante o qual a maioria Hutu, liderada por extremistas étnicos, realizou um massacre contra a minoria Tutsi e Hutus moderados, resultando em mais de 800 mil mortos. A violência foi desencadeado pela morte do presidente do país, um Hutu, cujo avião em que viajava foi abatido na véspera, dia 6 de Abril de 1994. É aplicada a designação de “genocídio” porque não se tratou de incidentes isolados ou de confrontos esporádicos, mas sim de uma campanha preparada e sistemática, destinada a eliminar toda a população Tutsi, de forma geral e indiscriminada. Calcula-se que tenham morrido entre 800 mil a 1 milhão de pessoas durante este período de pouco mais de três meses, enquanto a guerra civil que se seguiu terá causado cerca de 2 milhões de refugiados. O Ruanda e o Burundi são dois pequenos países africanos que viviam em permanente tensão desde a sua independência, na década de 50. Essa tensão decorria precisamente do conflito entre a maioria Hutu e a minoria Tutsi. No Ruanda, as raízes desta hostilidade remontam ao período colonial, quando a região estava sob administração alemã e, posteriormente, belga. Como noutras regiões de África, as fronteiras dos territórios são artificiais e não correspondem a limites naturais ou respeitam as diferenças étnicas. Além disso, a administração colonial belga favoreceu a rivalidade entre os dois grupos e promoveu a supremacia da minoria Tutsi. No início da década de 90, a guerra civil estava iminente e previa-se um conflito em larga escala, sobretudo pelo surgimento de um movimento supremacista Hutu que promovia a violência contra os Tutsi e rejeitava as tentativas de conciliação e de partilha de poder. O Ruanda era uma espécie de barril de pólvora, cujo rastilho deflagrou, precisamente, no dia 7 de Abril de 1994. O genocídio do Ruanda causou enorme indignação na opinião pública mundial, não apenas pelo horror causado pelos massacres, mas também pela passividade e indiferença das potências mundiais. A ONU colocou um pequeno contingente militar no país, nos meses que antecederam os massacres, mas foi completamente impotente para proteger as populações. Houve alertas e denúncias de que estava em marcha uma catástrofe humanitária no país, mas nada foi feito. A França, tradicional aliada dos Hutus, foi posteriormente acusada de ter tido conhecimento dos planos genocidas das elites Hutus e de não ter tomado nenhuma acção. As organizações de defesa dos direitos humanos denunciaram igualmente a hipocrisia e a insensibilidade da comunidade internacional, por se tratar de uma região remota, longe dos centros de poder mundiais. O genocídio do Ruanda teve um impacto profundo na economia e no equilíbrio político de toda aquela região, e cujas feridas continuam, em boa parte, ainda por sarar na actualidade. Nós sabemos que os ucranianos, tal como os russos, não são pretos. Nós sabemos que os israelitas e os palestinianos também não são pretos. O Ocidente, a Europa, os EUA não se preocupam com África. Por cá, a maioria são pretos e, por isso, a comunidade internacional pode dormir descansada. Dormir e ter, pelo menos, três refeições por dia nos melhores hotéis… De uma forma geral e desde sempre os africanos foram (em alguns casos continuam a ser) instrumentos descartáveis nas mãos dos colonizadores ou dos ex-colonizadores. Ontem uns, hoje outros. Entre escravos, carne para canhão e voluntários devidamente amarrados, foram um pouco de tudo. Muitas vezes foram tudo ao mesmo tempo. Na I Guerra Mundial, por exemplo, deram (pudera!) o corpo às balas, a alma ao Diabo e a dignidade às valas comuns. Neste conflito alheio, mais de um milhão estiveram na frente de combate, morreram mais de 100 mil. Alguém se recorda hoje deles, ou os recorda, com a dignidade histórica que merecem? Se ser soldado desconhecido é só por si um drama, ser um soldado desconhecido… africano (negro) é obra desenganada. Infelizmente. De uma forma geral, os africanos são um povo (lato sensu) ingénuo que, mesmo depois de ter poder de decisão, acredita em milagres, sobretudo quando estes não são feitos por santos da casa. Não admira, por isso, que muitos dos seus dirigentes da época (tal como os de hoje) “esperavam que a sua participação, em pé de igualdade com os seus companheiros de armas europeus e americanos, numa guerra que não lhes dizia respeito, mas que lhes foi imposta”, lhes trouxesse “melhorias constitucionais, económicas e sociais nos seus territórios de origem”, escreveu Eugénio Costa Almeida no seu livro “África no Centenário da Guerra de 1914-1918”. Enganaram-se. O máximo que conseguiram como reconhecimento do seu esforço e dedicação foi mudarem de donos. Ficou, contudo, a semente da rebelião que germinaria no deserto de injustiças que os europeus foram, do alto da sua suposta superioridade, regando. Suposta superioridade que levou os europeus a pensarem que, regando essa semente, acabariam por a afogar. É claro que, mesmo no próprio continente africano, muita dessa rega foi feita com sangue e não com água. Denominador comum em todas as guerras em África entre africanos: a ambição ocidental em dominar as riquezas autóctones. Em Angola (tal como noutras colónias) as consequências, o acerto de contas, surgiram meio século depois, contra as potências coloniais. Embora banidas pelo uso da razão da força conseguiram que a força da razão se mantivesse viva e, com a ajuda dos europeus africanos, gerasse um imparável nacionalismo. A tudo isto acresce a megalómana tese europeia de que a História só é válida quando são os europeus (ou os seus sipaios autóctones) a contá-la. Daí a tendência de, por regra, esquecer o contributo da participação de africanos. Até mesmo nos meios académicos, supostamente mais equidistantes de interesses rácicos, os africanos eram (são) vistos como seres menores, auxiliares, sem direito a figurar como combatentes em pé de igualdade com os europeus juntos dos quais mataram e morrem por, corrobore-se, uma causa que não era sua. ”Recentes documentos, entretanto, disponibilizados, mostram que a presença dos africanos foi muito maior do que parecia expectável”, assinala Eugénio Costa Almeida, acrescentando que (…) “a participação de expedicionários africanos (soldados e carregadores) junto das forças anglo-francesas se elevou a mais de 500.000 indivíduos; (…) entre os mais de 1.186.000 tropas francófonas mortas em combate, cerca de 71.100 eram provenientes das colónias francesas da Argélia, Madagáscar, Marrocos, Senegal e Tunísia”. Ao longo dos tempos, milhares de africanos morreram para ajudar os europeus. Quantos europeus morreram para ajudar os africanos? Pois. Essa é outra história da nossa História comum… Em 2016, Sidiki Kaba, presidente da Assembleia dos Estados parte do Estatuto de Roma, tratado fundador do Tribunal Penal Internacional (TPI), apelou à África do Sul e ao Burundi para reconsiderarem as suas decisões de retirada daquela instância. Hipocrisia ao seu mais alto nível. Em síntese, dir-se-ia que o Ocidente vende as armas, os africanos matam-se e o TPI condena os… africanos! Enquanto existir carne negra para morrer e riquezas para roubar, os países ditos civilizados cá estarão prontos para vender arsenais em nome da… justiça. O antigo Presidente da Libéria, Charles Taylor, foi condenado a 50 anos de prisão pelo Tribunal especial das Nações Unidas para a Serra Leoa, pelos crimes cometidos na guerra civil de 1991-2002, descritos pelo juiz na leitura da sentença como “os mais abomináveis” na história da humanidade. Taylor, que insistiu estar inocente, fora dado como culpado numa decisão judicial histórica, em 11 acusações de uma série de crimes de guerra – de violações a assassínios ao uso de soldados crianças – devido ao apoio que deu aos rebeldes da Frente Revolucionária na Serra Leoa durante a guerra civil em que morreram dezenas de milhares de pessoas. Foi o primeiro antigo chefe de Estado a ser condenado por crimes de guerra num tribunal internacional desde os julgamentos de Nuremberga, no pós II Guerra Mundial. Os procuradores pediam uma sentença de 80 anos de prisão, que reflectisse “a gravidade dos crimes” cometidos e o “papel principal” que Taylor teve, argumentando ainda que a idade e o débil estado de saúde do arguido não deveriam ser considerados como factores na tomada de decisão da sentença por parte dos juízes. A defesa argumentou por seu lado que aquele termo de prisão era “manifestamente desproporcionado e excessivo” e que o tribunal concluíra apenas na culpa do ex-Presidente num “papel indirecto”, o de ajudar os rebeldes e não na sua liderança. Na altura, segundo dados do Instituto de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (Sipri), o comércio internacional de armas tinha aumentado 24% nos últimos cinco anos. Pois é. O TPI julga (alguns) criminosos de guerra que, embora não sendo fabricantes de armas, lhe dão o uso para que elas foram feitas. E se os maiores exportadores mundiais são os EUA, a Rússia, a Alemanha, a França e Grã-Bretanha, não deveriam estes países serem igualmente julgados pelo TPI? A Índia tornou-se o maior importador de armas do mundo (representa 10% do comércio mundial), seguida de Coreia do Sul, Paquistão, China e Singapura. Segundo os autores do estudo, a Índia ultrapassou a China como maior comprador graças em grande parte ao facto de a indústria bélica chinesa ter crescido muito nos últimos anos. Um outro estudo divulgado por um centro de estudos de Londres indicava que os gastos militares asiáticos superaram os europeus pela primeira vez em 2012. Stephanie Blencker, da Sipri, afirmou que a China estava prestes a integrar o grupo dos cinco maiores vendedores de armas do mundo, sobretudo devido às suas vendas ao Paquistão. Por outro lado, o coronel Theoneste Bagosora, acusado de ser o “cérebro” do genocídio ruandês de 1994, que causou mais de 800.000 mortos, foi condenado no dia 18 de Dezembro de 2008 a prisão perpétua pelo TPI para o Ruanda. Achamos muito bem, apesar de a justiça teimar (quando teima, e teima poucas vezes) em actuar à posteriori e não como meio profiláctico. É que, pensamos, para os milhares de mortos já nada adiantou a prisão de Theoneste Bagosora ou de Charles Taylor. Nenhum destes (e de muitos outros) criminosos fabrica armas. Elas vão lá parar, a troco de petróleo ou de diamantes, enviadas pelo Ocidente que é onde elas se fabricam. Aliás, se Omar al-Bashir ou Thomas Lubanga, por exemplo, não existissem teriam de ser fabricados para que a indústria de armamento, que não é africana, pudesse continuar a ter lucros fabulosos. O TPI considerou que Theoneste Bagosora foi o principal instigador do genocídio ruandês que, em 100 dias, vitimou mais de 800.000 pessoas. E, enquanto o TPI se entretém a fazer esta justiça (sem dúvida importante), outros genocídios continuam a acontecer, sem que se tomem medidas profilácticas. Por cada genocídio que acabe, outro tem necessariamente de nascer. É disso, ou também disso, que vivem os países mais ricos do mundo. Com a diferença que os criminosos dão a cara, enquanto os instigadores e municiadores se acobardam nos areópagos da alta política ocidental. Outros dois oficiais do exército ruandês foram condenados à mesma pena, igualmente por genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade. “O tribunal condena Bagosora, Aloys Ntabakuze, Anatole Nsengiyumva a prisão perpétua”, afirmou na altura o presidente norueguês do tribunal, Erik Mose. E então os outros? Os europeus, os norte-americanos, os russos ou os israelitas não deveriam também ser condenados? Foi feita justiça? Foi, com certeza. E, portanto, todos podem dormir descansados até aos próximos julgamentos. É que, com tanta hipocrisia internacional, não vão faltar casos para julgar e – é claro – milhões de vítimas para somar ao rol dos que não contam para nada. Veja-se, por exemplo, o caso da Síria. De acordo com a acusação, Bogosora anunciou em 1993, ao fechar a porta a negociações com os rebeldes tutsis da Frente Patriótica ruandesa, que ia regressar ao país para “preparar o apocalipse”, ou seja, o genocídio. Hoje todos sabem que há outros generais a “preparar o apocalipse” mas, apesar disso, estão caladinhos. Lá vão vendendo as armas, trazendo petróleo e diamantes e depois reclamam justiça e decretam umas prisões perpétuas. Enquanto existir carne negra para morrer e riquezas para roubar, os países ditos civilizados lá estarão prontos para vender arsenais em nome da… justiça. (*) Com agências e RTP (*) Com agências e RTP

ANGOLA: ATÉ OS ESQUIMÓS APLAUDIRAM.

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De acordo com o órgão oficial do MPLA (Jornal de Angola), o representante permanente de Angola junto da União Africana (UA) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), Miguel César Domingos Bembe, reiterou que o país condena veementemente todas as formas de violência motivadas por ódio étnico, religioso, racial ou qualquer outro tipo de discriminação. Consta que os esquimós presentes, depois de lhes explicarem o que é Angola, aplaudiram a afirmação. Falando na “sessão aberta do Conselho de Paz e Segurança da UA dedicada aos crimes de ódio e o combate à ideologia do genocídio em África e que assinalou o 30º aniversário do genocídio contra os tutsis” no Ruanda, realizada na quinta-feira, em Adis Abeba, o diplomata angolano enfatizou a necessidade de se aprender com os erros do passado e trabalhar incansavelmente para evitar que tais atrocidades voltem a acontecer no continente. Recorde-se que Miguel César Domingos Bembe, quando falou da “necessidade de se aprender com os erros do passado” estava a pensar no exemplo do antigo Presidente do MPLA, Agostinho Neto, que apesar de ser considerado herói nacional (do MPLA) foi o responsável pelo genocídio de 80 mil angolanos nos massacres do 27 de Maio de 1977. Não se esqueceu, é claro (é para isso que lhe pagam) de recordar que “Angola viveu uma guerra fratricida até Abril de 2002, que devastou a sua população, causou graves problemas sociais e deixou muitas sequelas na vida das famílias”, tendo por isso um conhecimento profundo das consequências nefastas da violência para o desenvolvimento harmonioso das populações. E então o genocídio de Maio de 1977? Pois é. O patrão não deixa falar nisso. Miguel César Bembe apontou que o desenvolvimento integral e inclusivo é o actual sinónimo da paz, com evidências inequívocas nas transformações estruturais do ponto de vista político, económico, social e cultural que caracterizam a nova Angola. Também aqui – para melhor entendimento dos esquimós presentes – poderia citar um exemplo esclarecedor: O reino do MPLA (também chamado de Angola) apenas tem 20 milhões de pobres… O diplomata destacou que o país está firmemente empenhado em promover a tolerância, a inclusão e o respeito pelos direitos humanos, que são pilares fundamentais do processo do desenvolvimento nacional, contribuindo para a construção de uma África próspera e pacífica. Será que Miguel César Bembe preencheu o formulário certo para candidatar a sua afirmação ao Anedotário Nacional 2024? Não se esqueça senhor embaixador (na Etiópia) que numericamente a concorrência é potente, para além de já ser conhecido o principal favorito à vitória: João Manuel Gonçalves Lourenço. “Reafirmamos, por isso, o apoio da República de Angola às iniciativas promovidas pela União Africana destinadas a prevenir e combater crimes de ódio e genocídio, através da cooperação entre os Estados-membros. Esta cooperação visa não só combater a impunidade e prevenir a recorrência destes crimes, mas também procurar a paz duradoura, a justiça, a verdade e a reconciliação”, acrescentou Miguel César Bembe, apesar dos longos bocejos da assistência. Para alcançar os referidos objectivos, o diplomata esclareceu que Angola considera imperativo reforçar os sistemas judiciais nacionais e garantir que os autores de crimes de ódio e genocídio sejam responsabilizados, sendo levados à justiça e que as vítimas devem receber o apoio de que necessitam para reconstruir as suas vidas. Miguel César Bembe sublinhou a necessidade de todos os Estados-membros da União Africana redobrarem esforços para implementar, eficazmente, medidas preventivas, promover o diálogo intercultural e construir sociedades inclusivas e resilientes. O diplomata realçou que a República de Angola considera fundamental que as políticas educativas nacionais desenvolvidas pelos Estados-membros possam produzir cidadãos livres de preconceitos étnicos, regionais e religiosos e que estejam empenhados em proteger os Direitos Humanos. O embaixador sugeriu que a UA introduza no seu roteiro anual acções concretas com base no tema de 2024, denominado “Formar africanos para o Século XXI: construir sistemas educativos resilientes para aumentar o acesso à aprendizagem inclusiva, de qualidade e contínua em África”. O representante permanente de Angola junto da União Africana (UA) e da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) fundamentou que as causas subjacentes ao genocídio, incluindo o ódio étnico, a intolerância e o incitamento à violência, são os verdadeiros obstáculos à estabilidade e ao desenvolvimento sustentável no continente africano, que só podem ser superados através do diálogo inclusivo, da educação, de uma cultura de paz e de respeito mútuo, com o objectivo de construir sociedades verdadeiramente pacíficas. “Neste contexto, o Governo da República de Angola, em colaboração com a UA e a UNESCO, têm vindo a organizar o ‘Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-Violência – Bienal de Luanda’, cuja 4ª Edição está prevista para o ano de 2025”, pontualizou Miguel Bembe. O diplomata referiu que a Bienal de Luanda visa fomentar uma cultura de paz, prevenir a violência social, promover a resolução pacífica de conflitos e incentivar o intercâmbio cultural em África, o diálogo intergeracional e a construção de sociedades inclusivas e resilientes. Miguel Domingos Bembe reafirmou o apoio da República de Angola aos esforços da União Africana e da comunidade internacional para promover a paz, a segurança e os Direitos Humanos em todo o mundo, especialmente em África. Folha 8 com JA

Agricultura: OS EXEMPLOS DA NAMÍBIA E DE ANGOLA.

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A Namíbia alcançou 45% de auto-suficiência alimentar, pela primeira vez em 15 anos, graças à produção sustentada dos agricultores e ao apoio do Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas aos sistemas alimentares, anunciou hoje esta entidade. No caso de Angola, também foi totalmente auto-suficiente antes do MPLA ter comprado o país, em 1974… ANamíbia, uma nação desértica, reduziu significativamente as importações de alimentos, especialmente de cereais básicos como o milho, o painço e o trigo, comunicou o PAM. “Esforços de colaboração entre agricultores, processadores agrícolas e acordos de comercialização da indústria impulsionaram a produção agrícola, o acesso ao mercado e a sustentabilidade geral”, referiu. O Conselho Agronómico da Namíbia (NAB, na sigla em inglês), que regula o movimento de produtos agronómicos e hortícolas, aumentou as restrições às importações para proteger os produtores locais da concorrência e para promover a auto-suficiência alimentar através da promoção da quota de mercado, de produtos especiais controlados e de esquemas de comercialização de cereais, segundo o comunicado de imprensa do PAM. “O objectivo é expandir as operações, aumentar a produção agrícola e impulsionar a Namíbia para a auto-suficiência alimentar, diminuindo simultaneamente a dependência das importações”, afirmou o director executivo do NAB, Fidelis Mwazi. Segundo Mwazi, o compromisso do conselho é “implementar um programa robusto de substituição de importações, para criar um ambiente e um mercado prósperos para os agricultores locais”. O PAM está a promover sistemas alimentares “de ponta a ponta” na Namíbia, fornecendo tecnologia inteligente para o clima, sementes resistentes à seca, investimento em infra-estruturas, energia limpa, acesso ao mercado e formação agrícola, segundo a entidade. “Ao longo dos anos, o PAM tem vindo a complementar as prioridades do Governo da Namíbia na expansão da produção interna de alimentos, facilitando parcerias e investimentos que permitem ao país captar maior valor do sistema alimentar, bem como fortalecer sistemas e estruturas que demonstram eficiência e eficácia para cumprir este mandato”, declarou o representante e director no PAM nesta nação que faz fronteira com Angola, George Fedha. O PAM presta apoio técnico ao Governo para ajudar a fortalecer a cadeia de valor dos sistemas alimentares, bem como acelerar a transformação rural com vista a alcançar a ‘Fome Zero’. ANGOLA, OS CAMINHOS DA DERROCADA… Vejamos o que sobre Angola escreve o insuspeito e mais do que credível Paulo Lukamba Gato, na linha – aliás – do que há anos o Folha 8 tem afirmado. «Se quisermos de facto resolver os problemas económicos e sociais do nosso país, temos de reunir coragem para fazermos um diagnóstico científico do real estado da Nação. Só assim serão conhecidas as causas do desastre económico e social do nosso país desde a independência em 1975. Cinquenta anos depois, já não se pode apontar o dedo acusador ao colono, até porque a elite política do país desde a independência, tem mantido excelentes relações com a antiga potência colonial, a ponto de Portugal se ter tornado no cofre mais seguro para guardar os recursos aqui saqueados. Fica assim claro que os dirigentes angolanos são os únicos responsáveis da situação que prevalece no país. Costuma dizer-se que errar é humano, reconhecer o erro é ter carácter, agora persistir no erro é uma escolha, é uma opção consciente. Para os mais novos que por razões óbvias desconhecem o nível de desenvolvimento económico de Angola antes da independência, resolvi trazer alguns dados estatísticos que podem ajudar os jovens a encontrar outras referências e sobretudo para que saibam que a situação que o nosso país vive hoje não pode ser considerada de NORMAL porque de facto não é, senão, vejamos como era Angola em 1974, nas vésperas da independência: Era o segundo maior produtor mundial de açúcar. Era o terceiro maior produtor mundial de café; Era o quarto maior produtor mundial de algodão; Era o primeiro exportador africano de carne bovina; Era o segundo exportador africano de sisal; Era o segundo maior exportador mundial de farinha de peixe; Por via do Grémio do Milho, Angola tinha a melhor rede de silos de África; Tinha o CFB – Caminho de Ferro de Benguela a funcionar em pleno, do Lobito ao Dilolo-RDC, o CFM – Caminho de Ferro de Moçâmedes, do Namibe até Menongue, o CFA – Caminho de Ferro de Angola, de Luanda até Malange e o CFA – Caminho de Ferro do Amboim, de Porto Amboim até à Gabela; Tinha no Lobito estaleiros de construção naval da SOREFAME; Tinha pelo menos três fábricas de salchicharia; Tinha pelo menos quatro empresas produtoras de cerveja, de proprietários diferentes; Tinha pelo menos quatro fábricas diferentes de tintas; Tinha pelo menos duas fábricas independentes de fabricação ou montagem de motorizadas e bicicletas; Tinha pelo menos seis fábricas independentes de refrigerantes, nomeadamente da Coca-Cola, Pepsi-Cola e Canada-Dry, bebidas alcoólicas à base de ananás ou de laranja. E havia ainda a SBEL, Sociedades de Bebidas Espirituosas do Lobito; Tinha a fábrica de pneus da Mabor General Tinha três fábricas de açúcar, a da Tentativa, a da Catumbela e a do Dombe Grande. Era o maior exportador mundial de banana, graças ao Vale do Cavaco. Tinha uma linha de montagem da Hitachi, dos óleos alimentares da Algodoeira Agrícola de Angola. Tinha a indústria pesqueira da Baía Farta e de Moçâmedes, e a EPAL, fábrica de conservas de sardinha e de atum.” A verdade é que passados 50 anos desde a independência, os nossos dirigentes conseguiram a proeza de transformar um país EXPORTADOR em país que vive exclusivamente das IMPORTAÇÕES. A pergunta hoje é: O QUE FALTA A ANGOLA PARA VOLTAR A PRODUZIR RIQUEZA E BEM-ESTAR PARA OS ANGOLANOS?» fonte: folha8

[Governo] 4 mulheres, 2 generais, um procurador-geral…: Raio X da equipe de Ousmane Sonko.

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O novo Primeiro-Ministro, Ousmane Sonko divulgou, esta sexta-feira, 5 de abril de 2024, uma lista dos 25 ministros e 5 secretários de Estado que compõem o seu novo governo. Uma nova equipe unida e heterogênea. Fluoroscopia governamental “Sonko I”. A espera foi longa. O suspense agora foi levantado. Nomeado na noite da tomada de posse do Chefe de Estado, dia 2 de Abril, o Primeiro-Ministro Ousmane Sonko acaba de revelar a lista da primeira equipa governamental. Fiéis à sua promessa de racionalização e redução do estilo de vida do Estado, Bassirou Diomaye Faye e o seu Primeiro-Ministro Ousmane Sonko contaram com uma equipa reduzida de 25 ministros e 5 secretários de Estado que serão responsáveis por operar as rupturas anunciadas pelo novo Presidente da República. A natureza heterogénea da nova equipa governamental, composta por personalidades de origens diversas, com muitas surpresas, justifica de alguma forma a sua longa gestação. Como Bassirou Diomaye Faye havia sublinhado durante o seu primeiro discurso como presidente eleito, na segunda-feira, 25 de março, o primeiro governo da 3ª alternância colocado sob o selo da “ruptura” é efetivamente composto por “homens e mulheres de valor e virtude”. De homens e mulheres senegaleses, do interior e da diáspora, conhecidos pela sua competência, pela sua integridade e pelo seu patriotismo. Reorganização e fusão de departamentos ministeriais O governo “Sonko I” é, de facto, composto, na sua esmagadora maioria, por personalidades que estão a dar os primeiros passos no aparelho de Estado mas que já gozavam, na sua maioria, de uma certa notoriedade adquirida através de realizações ou de uma atuação profissional deslumbrantena carreira. Os homens certos foram claramente promovidos para os cargos certos sem qualquer consideração, dando prioridade à competência em detrimento do compromisso político. Uma ruptura com velhas práticas. Além disso, foram realizados vários rearranjos e fusões de departamentos ministeriais para chegar a este governo mais rígido (25 contra 34 sob Macky) e relativamente jovem. Por exemplo: o Ministério das Autarquias Locais foi fundido com o do Urbanismo com o novo nome, Ministério do Urbanismo, Comunidades Territoriais e Planeamento Regional chefiado por Balla Moussa Fofana. O novo ministro, Dr. Mabouba Diagne, também chefiará o Departamento de Agricultura e Soberania Alimentar, que está vinculado ao da Pecuária. O sector da Cultura também já não tem um ministério completo. Integra, de facto, outros dois ministérios que se fundiram para dar origem: o Ministério dos Desportos, Juventude e Cultura que a Sra. Khady Diène Gaye terá a honra de dirigir. O mesmo formato para o Comércio agora ligado à Indústria num ministério chefiado por Serigne Gueye Diop. 4 mulheres, dois generais e um defensor geral Outros pontos notáveis do governo “Ousmane Sonko I”, a presença de quatro (4) mulheres em cargos de alta responsabilidade. São elas: Yacine Fall (Ministro da Integração Africana e dos Negócios Estrangeiros), Maïmouna Dièye (Ministro da Família e Solidariedade), Fatou Diouf (Ministério das Pescas, Infraestruturas Marítimas e Portuárias) e Khady Diène Gaye (Ministro dos Desportos, Juventude e Cultura) . Dois generais das forças armadas senegalesas juntam-se ao governo. Trata-se do antigo Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (Cemga), General Birame Diop que reencontra os seus antigos homens, foi promovido ao cargo de Ministro das Forças Armadas. O seu irmão de armas, o general Jean Baptiste Tine, antigo Alto Comandante da Gendarmaria Nacional, é nomeado Ministro do Interior e da Segurança Pública. No departamento de justiça, o conjunto Bassirou Diomaye Faye-Ousmane Sonko escolheu o ex-promotor público de Abdoulaye Wade e procurador-geral do Supremo Tribunal, Ousmane Diagne. O seu compromisso com a independência da justiça senegalesa e a sua integridade certamente pesaram na balança no momento da escolha. PASTEF em força No geral, o PASTEF ocupa um lugar de destaque na nova equipa governamental. Oito dirigentes do partido ocupam ministérios soberanos no governo. São eles: Maimouna Dieye (Família), Khady Diene Gaye (Desporto e Cultura) Yacine Fall (Ministro da Integração Africana e dos Negócios Estrangeiros), Birame Souleye Diop (Ministros do Petróleo e Energia), Daouda Ngom (Ministro do Ambiente), Olivier Boucal (Ministro da Função Pública), Malick Ndiaye (Ministro dos Transportes Terrestres e Aéreos), Aliou Sall (Ministro das Comunicações e Telecomunicações). Notamos a presença de aliados como Cheikh Tidiane Dièye (Ministro da Hidráulica e Saneamento), Abdourahmane Diouf (Ministro do Ensino Superior) e Moustapha Guirassy (Ministro da Educação) foram ''servidos''. A este respeito, o primeiro-ministro Ousmane Sonko já tinha anunciado a cor sublinhando claramente à atenção dos membros do Pastef e aliados que não haverá “partilha do bolo”. Os ausentes notáveis são: Aminata Touré, Aïda Mbodji, Habib Sy entre outros. Segundo as últimas informações, o ex-primeiro-ministro e supervisor de campanha do candidato Bassirou Diomaye Faye, abordado no Ministério dos Negócios Estrangeiros, teria recusado a oferta. Entretanto, outras nomeações para agências e direcções nos próximos dias, o primeiro-ministro Ousmane Sonko convidou a sua nova equipa a começar a trabalhar rapidamente. fonte: seneweb.com

[Presidencial] Parabéns de Viviane Chidid a Bassirou Diomaye Faye.

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A cantora Viviane Chidid também se juntou à onda de parabéns ao novo presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye. “Gostaria de estender as minhas sinceras felicitações a Sua Excelência o Sr. Bassirou Diomaye Faye pela sua eleição como Presidente da República do Senegal. Aproveito também esta oportunidade para saudar a participação significativa da juventude dinâmica e do povo senegalês neste processo democrático. A sua determinação e vontade são a pedra angular da democracia senegalesa. Desejo-lhe o melhor nas suas funções presidenciais e espero ver o Senegal avançar em direcção a um futuro de prosperidade, paz e desenvolvimento. Viva o Senegal”, declarou Viviane Chidid em sua conta no Instagram. fonte: seneweb.com

Costa do Marfim: Alassane Ouattara e Guillaume Soro reencontram-se no maior segredo.

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Segundo informações da Africa Intelligence, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, e o opositor Guillaume Soro falaram por telefone no final de março. Um contato sem precedentes depois de mais de cinco anos de frieza gélida entre os dois homens. O telefonema foi mantido no maior sigilo. Segundo informações da Africa Intelligence, o chefe de Estado da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, conversou por telefone com o opositor Guillaume Soro na noite de sexta-feira, 29 de março. O intercâmbio foi realizado por iniciativa do ex-presidente da Assembleia Nacional da Costa do Marfim, enquanto Alassane Ouattara tinha regressado a Abidjan poucas horas antes, após uma estadia de duas semanas em França (AI, 21/03/24). Esta primeira entrevista, que durou pouco mais de quarenta minutos, foi seguida de uma segunda troca telefónica entre os dois homens na manhã de sábado, 30 de março. "Reconciliação" Durante estas duas chamadas, Guillaume Soro, exilado desde 2019, falou diretamente dos seus “arrependimentos”, ao mesmo tempo que se mostrou disposto a trabalhar pela “reconciliação”. Por sua vez, Alassane Ouattara disse estar pronto para “perdoá-lo”. Os dois homens também concordaram em voltar a discutir para definir os contornos que esta “reconciliação” poderia tomar. Estes contactos surgem quase um mês depois da libertação, no final de fevereiro, por Alassane Ouattara de vários tenentes presos de Guillaume Soro, como o seu antigo influente diretor de protocolo, Souleymane Kamaraté, vulgo "Soul To Soul". Uma declaração saudada por Guillaume Soro durante o seu intercâmbio com o presidente da Costa do Marfim. Esta é a primeira troca entre Alassane Ouattara e Guillaume Soro em quase cinco anos. Rompendo com o chefe de Estado, o antigo líder estudantil deixou a Costa do Marfim em Fevereiro de 2019 para preparar a sua candidatura às eleições presidenciais, marcadas para o ano seguinte. Acusado de “tentar atacar a autoridade do Estado e a integridade do território nacional”, acabou por não conseguir concorrer ao cargo supremo. No dia seguinte à reeleição de Alassane Ouattara, em Novembro de 2020, Guillaume Soro apelou publicamente, a partir de Paris, ao exército marfinense para “agir” contra a “ditadura do clã de Alassane Ouattara”. Quase clandestinidade Um passeio que despertou a ira da presidência da Costa do Marfim. Alvo de um mandado de detenção internacional emitido pelo sistema de justiça da Costa do Marfim, o fundador da Générations et peuple solidaires (GPS) viveu em virtual clandestinidade durante quase quatro anos. Ele ficou notavelmente na Bélgica, Suíça, Espanha, Emirados Árabes Unidos e até na Rússia (AI, 11/04/22). Durante 2023, também esteve localizado no Tajiquistão (AI, 16/11/23). Em Novembro passado, fez uma aparição pública muito notável em Niamey, onde foi recebido com todas as honras pelo presidente da transição, General Abdourahamane Tchiani. Desde então, foi instalado entre a capital nigeriana e Bamako. Tem um apoio sólido dentro da junta maliana, e particularmente do chefe da Segurança do Estado (SE), Modibo Koné. Se Alassane Ouattara e Guillaume Soro não mencionaram directamente nesta fase um regresso formal do adversário à Costa do Marfim, o assunto figurou implicitamente nas discussões. Alassane Ouattara não descarta a possibilidade de lhe conceder um passaporte costa-marfinense com vista a abrir a porta a tal cenário. Há vários meses que o presidente da Costa do Marfim já cobre os custos de saúde de vários familiares de Guillaume Soro presentes em Abidjan. Para já, o antigo primeiro-ministro continua condenado à prisão perpétua pelo Tribunal de Justiça de Abidjan, a partir de junho de 2021, por “conspiração” e “tentativa de ataque contra a ‘autoridade estatal’. A sua residência em Abidjan, bem como alguns dos seus bens foram confiscados pelo Estado da Costa do Marfim. Paz fala Desde 2019, várias tentativas de mediação para tentar reconciliar Guillaume Soro e Alassane Ouattara falharam. Em 2021, o presidente congolês, Denis Sassou-Nguesso, que conhece pessoalmente Guillaume Soro há mais de duas décadas, dispôs-se a patrocinar tal manobra (AI, 09/06/21). Chegou a conhecer secretamente Guillaume Soro, em Genebra, em setembro de 2021 (AI, 27/09/21). Mais recentemente, o chefe de Estado togolês, Faure Gnassingbé, também abordou o assunto com o acordo de Alassane Ouattara, com quem conversou em Fevereiro durante uma breve estadia em Abidjan. Faure Gnassingbé aconselhou nomeadamente Guillaume Soro a parar os ataques públicos contra o presidente da Costa do Marfim. Tal como Denis Sassou-Nguesso, Faure Gnassingbé também é um velho conhecido do antigo chefe da Federação Estudantil e Escolar da Costa do Marfim (Fesci): conheceram-se em 2002, quando Lomé acolheu as conversações de paz entre o governo

Macron prestará homenagem nacional em 15 de abril a Maryse Condé.

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Emmanuel Macron prestará uma homenagem nacional à escritora Maryse Condé, voz da literatura francófona de Guadalupe, no dia 15 de abril na Biblioteca Nacional da França, anunciou o Eliseu na noite de sexta-feira. A homenagem será realizada no site do BNF na rue Richelieu, disse a presidência, confirmando informações do site Outremers360. Maryse Condé morreu na noite de segunda para terça-feira, aos 90 anos, em Apt (Vaucluse), após uma vida de combate humanista e exploração das identidades negras e das Índias Ocidentais. Nascida em Pointe-à-Pitre em 11 de fevereiro de 1934, escreveu cerca de trinta livros, principalmente ficção, sobre a história da África e sua diáspora, o legado da escravidão e as identidades negras. Seu grande sucesso nas livrarias é “Ségou”, um afresco em dois volumes (1984 e 1985) sobre o declínio do império Bambara, no Mali, desde o século XVIII até a chegada dos colonizadores franceses. "Gigante das letras, Maryse Condé soube pintar tristezas e esperanças, de Guadalupe à África, do Caribe à Provença. Numa linguagem de luta e de esplendor, única, universal", escreveu o presidente da República ao anunciar sua morte. O presidente do conselho departamental de Guadalupe, Guy Losbar, apelou a “uma homenagem nacional, proporcional ao seu talento incomensurável”. Tendo vivido em vários países africanos (Costa do Marfim, Gana, Guiné e Senegal), Maryse Condé criticou os limites do conceito de “negritude” proposto pelo martinicano Aimé Césaire e pelo senegalês Léopold Sédar Senghor. De 1995 a 2005, dirigiu o Centro de Estudos Francófonos da Universidade de Columbia, em Nova York. Tornou-se então uma figura intelectual nos Estados Unidos, país de onde deixou definitivamente em 2013, para se aposentar numa aldeia no Luberon, Gordes, no sul de França. fonte: seneweb.com

Senegal: Quando a eleição de Diomaye Faye faz sonhar numa parte de África nas mãos de velhos autocratas.

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“Bassirou Diomaye Faye tinha dois anos quando Paul Biya se tornou presidente” . Nos Camarões, o slogan faz sucesso nas redes sociais, por vezes ilustrado pelo rosto quase jovem do novo chefe de Estado senegalês e pelo do seu homólogo camaronês de 91 anos. Faye foi eleito em 24 de março, aos 44 anos, duas semanas depois de sair da prisão. Na quarta-feira, nomeou o seu mentor Ousmane Sonko, o principal opositor do regime cessante de Macky Sall, como primeiro-ministro. Biya está à frente dos Camarões há mais de 41 anos e teve muitos opositores violentamente reprimidos ou presos. Atrás do vizinho Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, de 81 anos, que governa a Guiné Equatorial com mão de ferro há mais de 44 anos, detém a medalha de prata pela longevidade no poder de um chefe de Estado vivo, fora das monarquias. Faye e Sonko fazem, portanto, sonhar as oposições e a juventude em África, mas a manutenção no poder de autocratas envelhecidos, por vezes sucedidos pelos seus herdeiros, pode facilmente abalar as esperanças nascidas ao lado de Dakar. Na África, metade da população tinha menos de 18,6 anos segundo a ONU em 2021. No mesmo ano, a idade média dos seus chefes de estado era de 66 anos, segundo estatísticas da revista francesa Jeune Afrique. Embora a televisão e a rádio estatais dos Camarões tenham transmitido de forma esparsa a vitória de Faye, debates muito populares nos meios de comunicação independentes rapidamente fizeram a comparação. "O Senegal está a falar com as mãozinhas da ditadura (...), com estes fanáticos pretensiosos (...) que subjugam os adversários (...), com estes juízes que infligem sentenças arbitrárias. Mas a roda está a girar, ”, alerta o colunista Aristide Mono em uma dessas partidas da Rádio Equinoxe. -"Sacrifícios"- “Não foram as armas que afugentaram Macky Sall (...), foram as armas políticas bem afiadas de actores políticos experientes, determinados e prontos a fazer sacrifícios (...) que suscitaram o apoio e a mobilização do povo” , entusiasma-se Denis Emilien Atangana, quarenta anos, presidente da Frente Democrática Camaronesa (FDC), num fórum de discussão no WhatsApp. No Chade, o presidente de transição Mahamat Idriss Déby Itno felicitou “o povo senegalês por ter dado uma grande lição de maturidade e democracia ao resto do mundo”. No entanto, este general tinha sido proclamado pelo exército, aos 37 anos, chefe de Estado à frente de uma junta de 15 generais em 2021, após a morte do seu pai Idriss Déby Itno que reinou com uma mão. por 30 anos. Após uma transição de 18 meses prolongada por dois anos, ele está quase certo de vencer as eleições presidenciais de 6 de Maio, depois de o seu regime ter reprimido violentamente e amordaçado toda a oposição nas ruas e eliminado toda a concorrência antes da votação. O seu principal adversário, Yaya Dillo, foi morto no final de fevereiro por soldados no assalto ao seu partido, com um "tiro na cabeça à queima-roupa", segundo a oposição, depois as candidaturas de outros potenciais rivais foram invalidadas. “Diomaye e Sonko seriam chadianos, já teriam morrido há muito tempo”, afirma à AFP o opositor Avocksouma Djona Atchénémou. “Ditaduras” A vitória do Sr. Faye "inspira e faz sonhar as pessoas, mas veio à custa de grandes sacrifícios (...) porque a luta política na África francófona exige resistência e consistência, as únicas armas para derrotar a armadura das ditaduras apoiadas pelo antigas potências coloniais", irrita à AFP Max Kemkoye, uma das principais figuras da oposição chadiana. "Parabéns ao Nelson Mandela do Senegal! Eles saíram da prisão para ganhar as eleições diretamente", maravilha-se um internauta chadiano no Facebook. “Bassirou Faye nunca teria tido uma oportunidade no Benin”, diz Nourou Dine Saka Saley, do Partido Democrata, num vídeo no Tik Tok. “Todos sonham em alcançar o mesmo feito nos nossos países”, acrescenta este opositor a Patrice Talon, presidente beninense durante quase oito anos e acusado de uma viragem autoritária aos 65 anos. No Togo, Faure Gnassingbé acaba de devolver aos deputados, sob pressão da oposição e da sociedade civil, uma nova Constituição que lhe permitiu, segundo os seus detractores, permanecer no poder. “Tenho a certeza de que um dia o povo togolês será libertado como no Senegal, mas temos de lutar”, afirma Akouwa Avligan, um farmacêutico de trinta e poucos anos de Lomé. A vitória de Faye demonstra "que África precisa das suas jovens gerações de líderes, não da geração de Museveni, déspotas cansados", disse Bobi Wine, 42 anos, um dos opositores mais virulentos de Yoweri Museveni, 79 anos, que governa o Uganda há mais de 38 anos. anos e um de seus filhos é cotado para sucedê-lo. fonte: seneweb.com

Camarões: Após a nomeação de um treinador pelo ministério, Eto'o também nomeará o seu próprio treinador.

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Em conflito aberto com o Ministro dos Desportos dos Camarões, Samuel Eto'o, presidente da Fecafoot, foi autorizado pelo comité de emergência deste último a nomear o seu próprio treinador nas próximas 72 horas. Em total contradição com o governo local, que nomeou o seu próprio. Um conflito aberto entre Samuel Eto'o e Narcisse Mouelle Kombi. Um comitê de emergência da Federação Camaronesa pediu no sábado a Samuel Eto'o que nomeasse o futuro técnico de Camarões dentro de 72 horas. Uma decisão que vai contra a do Ministro do Desporto camaronês, que nomeou o seu próprio. No entanto, Mouelle Kombi garantiu na sexta-feira que o belga Marc Brys seria de facto o futuro treinador. Não reconhecendo o pessoal nomeado pelo ministério, Samuel Eto'o nomeará, portanto, o seu próprio. De qualquer forma, foi o que decidiu o comitê de emergência do Fecafoot, baseado, segundo ele, nos textos oficiais. “Por unanimidade dos membros presentes, a Comissão de Emergência recomenda ao presidente da Fecafoot que lhe submeta, em aplicação dos artigos 4.º do decreto n.º 2014/384, de 26 de setembro de 2014 e 40.º n.º 11 dos estatutos da Fecafoot, propostas para o nomeação dos membros das estruturas de gestão das seleções nacionais de futebol no prazo de setenta e duas (72) horas", escreve a federação em comunicado de imprensa. fonte: seneweb.com

Senegal: A bomba salarial - o legado envenenado de Macky para Diomaye (por Arona Oumar KANE).

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Em Maio de 2022, a folha de pagamento mensal da administração pública senegalesa aumentou de 77,6 mil milhões para 106,2 mil milhões de FCFA (fonte DPEE1), um aumento de 38,6% em relação ao mês anterior. De uma vez só ! Por um aumento de “apenas” 2% da força de trabalho, o que significa que foram feitos aumentos salariais massivos a favor dos agentes da administração pública, por um extraordinário aceno de varinha mágica. Um aumento de 5 pontos de índice também foi concedido às pensões nesta excepcional explosão de generosidade. Este acontecimento raro, senão inédito, em todo o mundo, e que deveria ter desencadeado um debate nacional ou, pelo menos, uma desconfiança parlamentar, passou como uma carta pelo correio. Nem os actores políticos, incluindo os da oposição radical, nem os economistas daqui e de outros lugares, nem mesmo os “procuradores” das instituições financeiras internacionais, tão rápidos nas injunções, pararam no que, no entanto, diz respeito a um verdadeiro terramoto orçamental. O que nos chamou a atenção para esta informação foi a nossa atividade como editora de software. Com efeito, desenvolvemos uma ferramenta de análise de dados económicos que nos permite realizar estudos aprofundados sobre os dados publicados pelos governos. Foi treinando os nossos modelos com dados recolhidos do DPEE que detectámos inúmeras anomalias estatísticas nas contas públicas da República do Senegal, incluindo este aumento repentino na folha de pagamentos da administração pública. Direcção de Previsões e Estudos Económicos Nenhum país do mundo, incluindo os mais abastados, pode resistir a um tal choque nas suas finanças públicas sem consequências mais ou menos a longo prazo. Isso nunca acontece, é totalmente irracional e irresponsável. Porque, recorde-se, não estamos aqui a falar de simples bónus pontuais, mas de salários e pensões, ou seja, de benefícios sociais que os beneficiários esperam que sejam preservados. Numa economia que luta para produzir riqueza numa base endógena e numa mobilização lenta e muito insuficiente de recursos internos, a única forma de cobrir estes custos adicionais de pessoal é recorrer à dívida. A menos que as novas autoridades encontrem uma solução milagrosa ou decidam dizer a verdade ao povo senegalês sobre esta verdadeira bomba que está apenas à espera de explodir, resta-nos continuar com esta dívida exponencial - outro “legado para as gerações futuras” do Presidente Macky Sall - e isto, até uma possível cessação dos pagamentos, com todos os riscos de desestabilização social e de segurança que isso acarreta para o nosso país. Os recursos internos, as doações orçamentais e outras “ajudas” ao desenvolvimento que conseguimos mobilizar, no âmbito das orientações de governação e de política económica que temos observado até agora, não serão suficientes para manter esta massa salarial no longo prazo. Os salários aumentam pelo crescimento, pela riqueza criada numa economia em progresso, e não pela dívida. No contexto económico da época, teria sido mais lógico congelar os salários ou pelo menos indexá-los à taxa de crescimento ou à inflação. Contudo, em 2022, o PIB tinha caído acentuadamente face a 2021, com uma taxa de crescimento a cair de 6,5% para 4,2%, uma variação de -36,5%, sob os efeitos combinados da pandemia de Covid 19 e da guerra na Ucrânia. Aumentar os salários, quase simetricamente, em 38,6% neste contexto é uma loucura. A exposição de motivos da lei das finanças de 2024, voltando a este forte aumento dos salários do setor público, invoca a necessidade de dar um impulso aos salários num contexto de inflação muito elevada. Este argumento é tanto menos relevante quanto o aumento maciço dos salários é um agravante da inflação. Isto acontece quando aumentamos drasticamente a procura sem uma oferta equivalente. Lei simples do mercado. Assim, à inflação importada, para um país com um défice perpétuo na balança comercial, apanhado na turbulência de riscos geopolíticos, acrescenta-se a inflação endógena causada por uma decisão irracional do executivo: um aumento artificial dos salários. A questão que se coloca então é saber por que razão foi realizado este forte aumento espontâneo dos salários, totalmente voluntário por parte do governo, que ninguém exigiu e com a qual os beneficiários, que devem ter saltado ao ver o recibo de vencimento, nem sequer se atreveram a sonhar. A lógica económica parece duvidosa ainda que, como sempre, os colaboradores do Presidente Macky Sall tenham tentado elogiar os efeitos benéficos sobre a economia do aumento do poder de compra dos funcionários públicos, embora estes últimos não representem apenas cerca de 1% do a população. A verdade, quando analisamos o contexto desta dopagem salarial, é que saíamos das eleições autárquicas de Março de 2022 onde o campo presidencial tinha sofrido um revés significativo, com derrotas em bastiões emblemáticos como Dakar, Guédiawaye, Ziguinchor ou Kaolack, e que caminhamos para as eleições legislativas de julho de 2022, também de alto risco para a maioria cessante. Este aumento salarial, surgido do nada, a meio do ano, não incluído no orçamento e completamente desproporcionado, surge, portanto, como uma monumental operação de compra de consciência que teve como alvo os agentes da administração pública, bem como as suas famílias e os seus beneficiários. , num contexto eleitoral desfavorável à coligação Benno Bokk Yaakaar. O mais grave neste caso é que os arquitectos desta gigantesca fraude económica não pararam por aí. A operação deu frutos nas eleições legislativas: a maioria do ABY foi salva, por pouco, é claro, mas mesmo assim salva. Repetiram então a manobra às vésperas da eleição presidencial, desta vez de forma muito mais discreta, mas com a mesma dose de irracionalidade. No pânico de uma derrota iminente que nos valeu a tentativa de golpe constitucional de 3 de Fevereiro de 2024, outro aumento maciço dos salários da função pública também foi realizado às escondidas. No final de Janeiro de 2024, a folha de pagamento mensal, que se mantinha estável em torno de 106 mil milhões desde a grande reavaliação de Maio de 2022, subitamente saltou novamente para ultrapassar a marca de 131,5 mil milhões de FCFA, um salto de 25%! Por outro lado, ao contrário da reavaliação de 2022, observa-se também um aumento substancial do quadro de pessoal, aumentando o número de funcionários públicos de 176.620 em dezembro de 2023 para 179.071 em janeiro de 2024, ou seja, um recrutamento líquido de 2.451 agentes, o que representa um aumento de 14% na força de trabalho em um mês! Por último, os números publicados pelo DPEE revelam também um montante invulgarmente elevado de custos de hospitalização para agentes do Estado, de 4,5 mil milhões de FCFA, apenas no mês de Janeiro, enquanto a média mensal para esta rubrica de despesas ronda os mil milhões. Mesmo no auge da pandemia de Covid 19, onde as hospitalizações tiveram logicamente um aumento muito acentuado, estivemos muito longe deste nível de despesa. Nada no actual contexto sanitário permite explicar este desembolso de 4,5 mil milhões em Janeiro, a menos que os valores zero observados nos meses de Novembro e Dezembro justifiquem a regularização dos pagamentos em atraso nestes dois meses. Em todos os casos, estas irregularidades estatísticas indicam, na melhor das hipóteses, falta de seriedade na gestão das contas públicas e, na pior das hipóteses, manipulações contabilísticas sinónimas de peculato. Recapitulemos: Em maio de 2022, entre as eleições autárquicas e as legislativas, a função pública recrutou mais 2% de agentes, aumentou os salários dos funcionários públicos em quase 40% e aumentou o índice de pensões em 5 pontos base. Em Janeiro de 2024, a poucas semanas das eleições presidenciais, num contexto eleitoral ainda mais tenso para o poder, foram recrutados cerca de 2.500 novos agentes - dos quais seria interessante saber em que bases, em que sectores, em que perfis e para que o que precisa – e um aumento salarial de 25% em relação à média de 2023. Estes custos adicionais com pessoal, além de serem moralmente inaceitáveis ​​e economicamente infundados, não têm fundamento jurídico. Na verdade, as leis financeiras que autorizam as despesas do Estado durante o ano limitam o montante das despesas com pessoal. Para o ano de 2024, o limite máximo é fixado em 1.442 mil milhões2 de FCFA. No entanto, ao aumentar a folha de pagamento mensal para 131,5 mil milhões, ultrapassamos este montante em quase 136 mil milhões de FCFA ao longo dos 12 meses, excluindo despesas de hospitalização. Claramente, este é um caso de flagrante violação da lei por parte do poder executivo. Os fundos públicos foram assim utilizados, como acontece frequentemente no nosso país, nomeadamente através da explosão da dívida ao longo do tempo, para alcançar um objectivo político imediato e deixar-nos com um peso orçamental que teremos de suportar durante muito tempo. A gestão opaca e a astúcia a que o regime do Presidente Macky Sall nos habituou e de que o público em geral teve um vislumbre assustador no relatório do Tribunal de Contas sobre a gestão do fundo Force COVID19, sugerem que surpresas desagradáveis ​​aguardam o novo administração. Uma dessas surpresas será sem dúvida a situação das contas públicas, até agora escondidas sob uma teia de mentiras sobre os números e a orientação orçamental, segundo os comunicados de imprensa a que o último ministro do Orçamento nos habituou. Este brilhante produto da administração senegalesa, apresentado como um génio financeiro, é na realidade um grande artista na manipulação de números. Na Assembleia Nacional, para defender os seus orçamentos, como nos meios de comunicação social para o promover e educar, as suas manifestações, aparentemente eloquentes, baseiam-se muitas vezes em postulados fantasiosos que lhe permitem dizer tudo e qualquer coisa sobre o orçamento sem ser contestado pelos seus interlocutores. . Os financiadores governamentais passam o tempo em aviões, indo incansavelmente aos mercados internacionais para angariar fundos para garantir, entre outras coisas, o pagamento de salários. Missões para as quais um famoso ex-jornalista e escritor, defendendo o candidato Amadou Ba, nos explicou recentemente que é também uma oportunidade para os ministros responsáveis ​​pelas finanças encherem os bolsos com milhares de milhões em comissões e que tudo isto seria completamente normal. É útil recordar que o pagamento destas comissões está incluído nas despesas correntes afetas ao serviço da dívida, na rubrica Juros e Comissões. Em 2023, estes encargos ascenderam a 424 mil milhões de FCFA. Então, se acreditarmos neste senhor, parte desses valores iria para o bolso do ministro responsável pelas finanças, além do seu salário e tudo mais! É difícil saber se estamos realmente andando de cabeça para baixo ou se somos apenas pura e simples invenções. Ainda assim, estas afirmações são tão graves que merecem esclarecimentos por parte do governo. A prosperidade e a estabilidade do Senegal serão medidas pela capacidade dos seus líderes para adoptarem uma gestão prudente e transparente das finanças públicas, garantindo que as decisões económicas sejam tomadas no interesse geral e não como instrumentos de estratégia eleitoral. Esta operação de adulteração orçamental pode ser comparada a um assalto cometido por salteadores de estrada, uma verdadeira sabotagem pela qual os autores devem responder perante os tribunais. É imperativo que o povo senegalês seja informado deste grave ataque aos seus interesses e que todos os responsáveis, homens e mulheres, envolvidos neste crime, a começar pelo próprio Presidente Macky Sall, sejam responsabilizados. A transferência de poder é o momento em que ex-líderes trabalham para deixar o país antes de ficarem preocupados. Alguns, ficamos sabendo pela imprensa, já se mudaram e abrigaram suas famílias, enquanto aguardavam para passar o serviço e se juntar a eles em seus locais de exílio dourado. Seria lamentável se estes delinquentes saíssem do país sem explicar as suas ações. O Presidente Macky Sall disse recentemente, em resposta a uma pergunta da BBC, que não ia pedir desculpa ao povo senegalês porque, segundo ele, não foi cometida nenhuma culpa. Isso é um. Muito claro. Um problema muito pesado e com consequências graves. Sob a sua liderança, foi levada a cabo uma operação de sabotagem sem precedentes contra as nossas finanças públicas, pondo em perigo a segurança económica e a estabilidade da Nação. Ele havia feito um juramento que o obrigava. Jurou “desempenhar fielmente o cargo de Presidente da República do Senegal, observar e observar escrupulosamente as disposições da Constituição e das leis...”. É claro que o seu comportamento durante todo o seu ensino estava longe de refletir esse juramento. Agora que o estrago está feito, as novas autoridades terão a missão, além de garantir que as responsabilidades sejam estabelecidas e as sanções administradas, de restaurar a ordem nas contas. A tarefa será difícil porque esta nova situação complica “O Projecto” e as expectativas são numerosas, as populações impacientes. O Presidente Diomaye Faye terá, portanto, muito que fazer para nos tirar deste atoleiro orçamental. É óbvio que terão de ser tomadas medidas difíceis que devem ser compreendidas e aceites por todos. Esta sabotagem das contas públicas não deve ser vista como um problema a resolver pelo novo presidente, mas como um problema de todos nós. O Presidente Bassirou Diomaye Faye não é responsável por isso, não foi ele quem o causou, e para resolvê-lo de forma segura e definitiva, objetivamente não poderá evitar medidas difíceis e impopulares. Será necessário proceder a uma purga orçamental em grande escala, começando pela anulação, pelo menos parcial, dos aumentos e dos recrutamentos fantasiosos que foram realizados nas condições descritas. Os senegaleses como um todo são vítimas desta agressão e terão de permanecer unidos, ajudar as novas autoridades com a sua compaixão e compreensão. Terão de compreender as questões e aceitar o sacrifício necessário para colocar o país novamente no caminho certo. Qualquer outra atitude tornará a tarefa ainda mais difícil e as consequências do fracasso seriam de natureza completamente diferente. Deus me livre. No entanto, não devemos nos enganar quanto à realidade das coisas. Quando os efeitos das primeiras medidas impopulares começarem a ser sentidos, veremos líderes da nova oposição a circular nas televisões e nas redes sociais para nos lembrar até que ponto o ex-presidente Macky Sall foi um bom líder, ao mesmo tempo. fibra social, próxima do povo, que não poupou esforços para aliviar o sofrimento das populações. Já podemos adivinhar suas diatribes feitas de inverdades e manipulações. Será necessário um trabalho de desconstrução para cortar esta propaganda pela raiz. Os elementos da linguagem devem ser identificados e minados para que o povo não seja enganado e permaneça unido em torno do Presidente Bassirou Diomaye Faye. Este trabalho de desconstrução da propaganda não deve ser deixado ao pessoal político. Pelo contrário, qualquer cidadão consciente das questões e convencido da necessidade de o governo tomar decisões difíceis deve espalhar a boa palavra à sua volta para contrariar a dialética daqueles que tentarão obter daí benefícios políticos. Os jovens, em particular, por serem os principais arquitectos desta alternância, devem apropriar-se deste trabalho de monitorização e sensibilização. Devem falar com os pais, com os colegas, com os taxistas, com o lojista da esquina, com o comerciante do mercado ou com o pessoal doméstico, convencê-los, explicar a responsabilidade do antigo regime na situação actual e educar sobre as medidas correctivas indispensáveis. O governo, por sua vez, deve demonstrar transparência, levar adiante as ideias e proibir qualquer forma de improvisação. Ele deve ter um plano de recuperação claro, custoso e com prazo determinado, com um roteiro que todos tenham em mente. Será necessário delinear claramente as medidas que serão tomadas para regressar à ortodoxia e à seriedade orçamental, especificar o seu alcance, as suas consequências negativas imediatas, os seus benefícios a longo prazo e as medidas compensatórias para os mais vulneráveis ​​que poderão ser afectados por esta situação essencial. trabalho de atualização. Neste tema, como em tudo o resto, será necessário ter a cultura de monitorização e avaliação das políticas públicas, através da implementação de indicadores mensuráveis ​​e relevantes e, sobretudo, da tomada em consideração desses indicadores. A Representação Nacional, que mais uma vez se distinguiu pela sua ineficiência, tem a oportunidade de restaurar a sua imagem danificada abrindo uma investigação parlamentar a estes crimes económicos. Deve educar-nos sobre este recrutamento massivo de 2.451 novos funcionários públicos realizado em Janeiro de 2024 e pedir ao Ministro da Saúde e ao da função pública que expliquem os 4,5 mil milhões gastos em custos de hospitalização. Os ministros da economia que validaram estas medidas antieconómicas, bem como os responsáveis ​​pelas finanças que as implementaram, devem ser ouvidos. Além disso, uma das primeiras tarefas que o novo governo terá de enfrentar será preparar uma lei de finanças modificativa para o ano de 2024, a fim de realizar uma revisão do orçamento que se concentrará principalmente numa redução drástica das despesas operacionais. Estas despesas absorvem milhares de milhares de milhões de FCFA todos os anos, boa parte dos quais serve apenas para manter a clientela política. Os deputados, qualquer que seja a sua filiação política, devem, por uma vez, demonstrar um mínimo de patriotismo e apoiar o novo governo nesta acção necessária para corrigir as contas. Constrangido pelos prazos legais de dissolução da Assembleia Nacional, o Presidente da República deverá, nos próximos meses, poder contar com o apoio de todos os deputados para aprovar as primeiras medidas do seu governo. Os representantes do povo terão de demonstrar espírito de superação para superar as divisões partidárias e combater os reflexos naturais da oposição sistemática. Têm também uma oportunidade única de entrar na história pela porta da frente, tal como os membros do Conselho Constitucional. Cidadãos conscientes das questões, apoiantes da acção governamental e individualmente envolvidos no trabalho de reconstrução; autoridades administrativas responsáveis, sinceras e dedicadas; representantes do povo que colocam o país à frente do partido. Esta é a alquimia que precisaremos construir para tirar o país da confusão em que foi lançado. Não há alternativa a este acordo tão necessário. Qualquer outra atitude, de qualquer um dos lados, conduzir-nos-á inevitavelmente a um maior fracasso. Arona Oumar KANE Engenheiro de software Bangath Systems - Dacar E-mail: arona.kane@bangath.com WhatsApp: +221 77 588 64 26 X: @mbangath Fontes: - Painéis da Economia Senegalesa pelo DPEE - Lei 2023-18 de 15 de dezembro de 2023 relativa à lei financeira para o ano de 2024 - Cálculos e Análises com SIADE, Sistema Integrado de Análise de Dados Econômicos da Bangath Systems fonte: seneweb.com

Comunicação em tempos de guerra e crise em Burkina: Capitão Traoré toma uma decisão importante.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
No Burkina Faso, o Conselho de Ministros de 4 de Abril adjudicou um contrato no valor de 500 milhões de Francos CFA à empresa IM PRINT para garantir a sua comunicação em tempos de guerra e crise. “O Lote 1 diz respeito à implementação da comunicação em tempos de crise, no valor de cem milhões (100.000.000 francos CFA, e o Lote 2, para a implementação da Estratégia de Comunicação de Guerra, no valor de quatrocentos milhões (400.000.000 FCFA), detalha o comunicado de imprensa final que sanciona a reunião do governo. O Capitão Traoré parece ter integrado esta citação frequentemente utilizada por Alain Foka que diz que: “A história da caça deve deixar de ser contada apenas do ponto de vista do caçador”. fonte: seneweb.com

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