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sexta-feira, 4 de março de 2022
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Guerra na Ucrânia: A "posição ponderada" de Angola e de Moçambique.
Afinal, de que lado estão Angola e Moçambique em relação à guerra na Ucrânia? Os dois países abstiveram-se, esta semana, durante a votação na Assembleia Geral das Nações Unidas de uma resolução de repúdio à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A resolução foi aprovada por 141 dos 193 Estados-membros. Cinco votaram contra, incluindo a Rússia, e 35 países abstiveram-se. A China, Cuba, a África do Sul, a Tanzânia, a Namíbia, Angola e Moçambique estão entre as abstenções.
"A posição de Angola e de Moçambique é bastante ponderada", comenta Emília Pinto, especialista em assuntos internacionais.
As preocupações de Angola e Moçambique
Emília Pinto lembra que a grande preocupação de Moçambique, neste momento, é o combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, no norte do país.
"A prioridade do Governo é garantir e manter a paz e segurança ao nível interno para só depois poder intervir em questões externas", explica.
Quanto a Angola, a posição do país pode ter duas interpretações, diz a especialista. A primeira está ligada à realização de eleições gerais em agosto deste ano.
"O país está a canalizar esforços para receber observadores internacionais, para canalizar apoios e investimentos para o próprio processo eleitoral. Então, convém não causar um desconforto diplomático."

A China faz investimentos multimilionários no continente. Estima-se que, só em Angola, em 2019, os investimentos diretos ultrapassavam os 2,8 mil milhões de dólares. Na África do Sul, iam além dos 6,1 mil milhões
A segunda interpretação, não menos importante, segundo Emília Pinto, são as fortes ligações económicas e comerciais que várias nações africanas, incluindo Angola, têm com o Estado chinês, visto como próximo da Rússia.
Para não esfriar as relações, "convém, agora, ter uma posição neutra. Manter os aliados por perto e com relações cordiais", entende Pinto.
Resolução é prejudicial?
Osvaldo Mboco, professor de Relações Internacionais da Universidade Técnica de Angola (UTANGA), frisa ainda que o Estado angolano opta tradicionalmente pela diplomacia na resolução dos conflitos internacionais.
"O facto de o Estado angolano se ter abstido não implica que se alinhou com a Ucrânia ou com o Ocidente, que vai impondo sanções por várias questões, muito menos defendeu a Rússia. Absteve-se porque é uma das prerrogativas que existem ao nível do processo de votação: voto contra, a favor e abstenção."
A África do Sul justificou a sua abstenção na votação desta semana com a necessidade de aprofundar o diálogo. A resolução das Nações Unidas a condenar a invasão russa da Ucrânia poderá criar uma divisão "mais profunda" entre as partes em conflito, considerou o Governo sul-africano.
fonte: DW Africa
Moçambique: Mexidas no Governo "só para acomodar interesses".
Adriano Maleiane toma posse esta sexta-feira (04.03) como novo primeiro-ministro de Moçambique. Substitui no cargo Carlos Agostinho do Rosário, que ocupava a posição desde janeiro de 2015.
Para Ivone Soares, deputada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), o principal partido da oposição, a indicação de Maleiane é acertada.
"É um governante com créditos firmados, uma pessoa competente. É um tecnocrata de mão cheia, que conhece o trabalho que faz, e tem presença. Não é uma pessoa que será abafada por seja quem for", considera da deputada.
As mudanças no Executivo de Filipe Nyusi não ficaram por aqui. No despacho da Presidência da República, divulgado na tarde de quinta-feira (03.03), Nyusi nomeou ainda Max Tonela,que dirigia o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, para o cargo de ministro da Economia e Finanças.
Carlos Mesquita, que desde 2020 dirigia o Ministério da Indústria e Comércio, passa para o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos. E Lídia Cardoso, que até então era vice-ministra da Saúde, passa a ministra do Mar, Águas Interiores e Pesca.
No entanto, há também novas caras nas nomeações.
Carlos Zacarias, que já foi Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo, foi indicado para o cargo de ministro dos Recursos Minerais e Energia. Silvino Moreno é o novo ministro da Indústria e Comércio e Amílcar Tivane será vice-ministro da Economia e Finanças.
O porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a segunda maior força política da oposição, mostra-se apreensivo quanto à remodelação governamental.
Não está em causa a competência dos ministros ora nomeados, ou exonerados, comenta Augusto Pelembe, o problema é mais vasto: "Ainda que os ministros fossem tão bons, as pessoas tornam-se incapazes estando dentro do sistema político do regime da FRELIMO", a Frente de Libertação de Moçambique.
Acomodação de interesses
Para Pelembe, as remodelações feitas por Filipe Nyusi não passam de uma mera acomodação de interesses individuais.
"Tem sido comum os chefes de Estado, quando chegam ao final do mandato, acomodar os seus que ainda não tinham tido pão", diz o político, acrescentando que este "é mais um ato para acomodar os seus do que para trazer soluções para o povo moçambicano", conclui o porta-voz do MDM.
A deputada da RENAMO Ivone Soares apela aos recém-nomeados para que arregacem as "mangas", porque, segundo avisa, "oque nós queremos como moçambicanos é que o país avance com soluções concretas para os problemas quotidianos do país".
Um Presidente "incompetente"
A ativista social Fátima Mimbire concorda que as mexidas devem se refletir no desenvolvimento do país, porque, segundo observa, o país tem "um Presidente despreparado para um país com o nível de complexidade de problemas que nós temos".
Mimbire diz que Nyusi é "um Presidente todo-poderoso, porque é presidente do partido, do país, presidente de tudo, mas, no final do dia, é um incompetente".
A ativista estranha, por outro lado, a indicação de Carlos Mesquita para o Ministério da Obras Públicas. Mimbire também considera que se trata de uma "acomodação" de interesses. "Não se trata aqui de colocar alguém que vai dinamizar o Ministério e fazer coisas extraordinárias", antevê a também jornalista.
Todos unidos antes da reunião do Comité?
Mimbire acredita que, com estas mudanças, Filipe Nyusi estará a preparar a sua máquina partidária, tendo em conta o próximo encontro do Comité Central da FRELIMO.
"É preciso que se vá à reunião do Comité Central com uma perspetiva de reconciliação, de que estão todos inclusos. Então, é como se estivéssemos a acomodar outros interesses para dizer que a FRELIMO está unida e coesa", observa.
A DW África tentou obter uma reação do partido governamental, a FRELIMO, mas o porta-voz desta formação política, Caifadine Manasse, não atendeu as ligações.
fonte: DW Africa
Boris Johnson acusa Putin de ameaçar "segurança de toda a Europa".
© Lusa O primeiro-ministro britânico acusou hoje o Presidente russo de "ameaçar diretamente a segurança de toda a Europa", na sequência do bombardeamento de uma central nuclear pelas forças russas na Ucrânia.
Boris Johnson disse que as ações de Vladimir Putin eram irresponsáveis, de acordo com um comunicado divulgado depois de uma conversa telefónica com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
O primeiro-ministro do Reino Unido prometeu convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU "nas próximas horas".
Também o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse ter falado com Zelensky, na sequência dos ataques russos que causaram um incêndio nas instalações da maior central nuclear da Europa, em Zaporizhzhia, no centro da Ucrânia.
"Estes inaceitáveis ataques por parte da Rússia devem cessar de imediato", escreveu Trudeau na rede social Twitter.
As autoridades ucranianas já garantiram que os seis reatores de Zaporizhzhia não foram afetados e que o incêndio atingiu apenas um edifício e um laboratório do local.
Zelensky acusou já Moscovo de recorrer ao "terror nuclear" e de "querer repetir" a catástrofe de Chernobyl.
A central de Chernobyl, local do pior desastre nuclear civil da história, em 1986, entretanto desativada, mas depósito de detritos nucleares, caiu nas mãos das tropas russas na semana passada.
"Centenas de milhares de pessoas sofreram as consequências [de Chernobyl], dezenas de milhares foram retiradas. A Rússia quer repetir isso e já está a tentar", afirmou Zelesnky.
"A Ucrânia conta 15 reatores nucleares. Se ocorrer uma explosão, é o fim de tudo. O fim da Europa. É a evacuação da Europa", advertiu.
Para o Presidente ucraniano, "apenas uma ação europeia imediata pode travar as tropas russas. É preciso impedir a morte da Europa num desastre nuclear".
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
Leia Também: Zelensky acusa Moscovo de recorrer ao "terror nuclear"
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fonte: www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas