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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Carlos Gomes anuncia candidatura à Presidência da Guiné-Bissau.

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O antigo Primeiro-Ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, anunciou no fim-de-semana, que é candidato independente às eleições presidenciais de 24 de Novembro, para “restituir a confiança” aos cidadãos, das instituições do Estado e ainda a credibilidade internacional do país.

Carlos Gomes foi afastado da corrida em 2012 por um golpe 
Fotografia: DR
Numa cerimónia, num hotel de Bissau, perante dezenas de apoiantes, na sua maioria jovens, Carlos Gomes Júnior afirmou que em Dezembro próximo completa 70 anos, mas será já Presidente da Guiné-Bissau, por acreditar que será o eleito nas eleições presidenciais de 24 de Novembro.
O antigo Primeiro-Ministro guineense disse que “desta vez será diferente”, em alusão às presidenciais de 2012, nas quais foi afastado, através de um golpe de Estado militar, quando se preparava para disputar a segunda volta do pleito, contra Kumba Ialá, entretanto já falecido.
Na intervenção, Carlos Gomes Júnior saudou os antigos companheiros de luta política “por uma Guiné-Bissau melhor”, destacando o “líder carismático Kumba Ialá”, de quem disse ter a certeza de que, se estivesse vivo, estaria naquela sala onde anunciou a candidatura à Presidência da República.
“Não somos inimigos, somos adversários políticos”, observou Gomes Júnior, salientando ter pensado muito durante os anos em que viveu fora do país, na sequência do golpe militar.
Gomes Júnior afirmou que chegou mesmo a pensar abandonar a vida política para se dedicar à família, mas, tendo em conta “a situação caótica” da Guiné-Bissau e os apelos que tem recebido, entendeu que deve retomar a vida política.
Sobre a candidatura às presidenciais de 24 de Novembro, o antigo Primeiro-Ministro ressalvou que será “independente, livre, nacional e suprapartidária”, juntando todos os guineenses que “queiram abrir novos horizontes de uma Guiné-Bissau mais solidária”.
Se for eleito Presidente, Carlos Gomes Júnior prometeu ser um chefe de Estado que vai restaurar a confiança dos cidadãos no país, no Estado de direito democrático, nas instituições, autoridade moral, a credibilidade dos titulares de cargos públicos, disse.
“O Presidente deve ser um exemplo, uma referência do exercício das suas funções, agindo sempre com ética e integridade na defesa de interesses nacionais”, sublinhou Gomes Júnior, também conhecido por Cadogo.
“Acreditem em mim, comigo faremos da Guiné-Bissau um grande país”, afirmou Cadogo, para receber palmas e vivas dos apoiantes vestidos com 't-shirts' brancas com a sua esfinge, nas quais se podia ler: “Cadogo Presidente”.

fonte: JornaldeAngola

ANGOLA: OPINIÃO - Artesãos do jogo.

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Resultado de imagem para FOTO Caetano Júnior, aRTESÃO DO jOGO
Caetano Júnior

Já não se fazem Palancas como antes. É, pelo menos, a ideia que fica do rescaldo da prestação no Egipto, onde o combinado nacional deixou uma imagem desoladora e assinou uma propaganda tosca do futebol angolano. E para encontrar quem ergueu com honra e dignidade o símbolo nacional que é a bandeira nem é necessário um mergulho tão fundo no passado, ao ponto de trazer à conversa Ndunguidi, Jesus, Fusso, Sarmento, Napoleão, Luvambo, Garcia, Saavedra, Carlos Pedro ou outro futebolista do mesmo contexto. Basta, para atestá-lo, um recuo aos anos 1990.
A dado trecho da década de 90 começa um dos mais deslumbrantes instantes do futebol angolano, puxados, principalmente, por Armando Machado, então presidente da FAF, e o finado Carlos Alhinho, como coordenador das Selecções Nacionais. Também foram tempos de aperto financeiro, mas de futebol-confiança: alegre, jogado a toda a dimensão do terreno e de levar o “mundo” à Cidadela, porque de previsível vitória. 
Angola via o seu futebol reconhecido não pela opulência dos estádios, mas devido à qualidade que as selecções davam a observar e à magia que libertavam os futebolistas que o faziam fluir. A bola rolava impelida por toques de padrão já refinado para a época e os resultados eram, em geral, directamente proporcionais à exuberância espalhada em campo. Uma marca transversal a todas as Selecções, então sob a supervisão de Carlos Alhinho: Sub-17, Sub-20, Sub-23 e Honras. Quem viveu testemunhou-o, a menos que o não fizesse por mera birra.
Foram, também, tempos em que, internamente, as competições “bombaram”, à custa da arte e do engenho de futebolistas da igualha de Castela, Neto, Marito, Pedro Rodrigues, Hélder Vicente, Chico Diniz, Zé Gordo, Rosário, Agó, Filipe, Fuidimau, Jonas, Ndulo, Mendonça, Assis, Nsilulu, Lucau, Bolefo, Mwanza, Yamba Asha, Julião, Zico, Cacharamba, Quinzinho, Paulão, Betinho, Bodunha, Dé, Renato, Aurélio, Jamba... 
Aos santos da casa, estes operadores de milagres, que, com exíguos recursos, edificaram monumentos ao futebol angolano, juntava-se a legião estrangeira, diamantes já lapidados que Carlos Alhinho foi desenterrar em prospecções na Europa, em Portugal, particularmente. São exemplos Fua, Wilson (o Palanca Branca), Tatá, Diogo, Amadeu, Luís Carlos, Johny, Luisinho, David, Tó Brandão, Miguel Pereira ... E foi, pois, com naturalidade que Angola chegou ao seu primeiro CAN, em 96, na África do Sul, e ao segundo, em 98, no Burkina Faso. E a até agora única presença num Mundial (Alemanha-2006) pode ter sido ainda o corolário de todo o trabalho iniciado por Armando Machado e Carlos Alhinho. 
Os feitos consagraram a escolha pela prospecção de talentos, feita com a inclusão, no projecto, de treinadores como Sabu e Oliveira Gonçalves. Uma opção que desembocou também na conquista, em 2001, em Addis Abeba, do Africano de Sub-20 (e na consequente presença no Mundial da Argentina, no mesmo ano). Ao processo não foi preciso chamar “scouting” - como agora - para se rodear de sucesso, comprovado, igualmente, na produção de jogadores dos segmentos “Sub”, como Totó, Acácio, Victor, Loló, Kikas, Maninho Loyd, Bifex, Matuaia, Miloy, De Vigor, Vidal ou os mais altos expoentes Mantorras e Akwá. 
Soa até a injustiça deixar no esquecimento um nome que seja desse conjunto de artesãos do jogo, fundadores de uma era que se revelou dourada para o “desporto-rei” no país. Um período durante o qual o exercício em campo acabou, a médio/longo prazo, por produzir resultados capazes de fazer escorrer lágrimas de emoção até do rosto do mais insensível dos angolanos. 
Ao tempo, só por merecer espaço na convocatória, o jogador tinha o ânimo igual ao de quem recebeu doses cavalares de droga, tal era o sonho dos futebolistas de fazerem parte de um tão restrito grupo. Não foi por acaso que Manuel Rabelais, então nas vestes de locutor, numa partida dos Palancas Negras, gritou “até Minhonha sobe”, referindo-se, muito provavelmente, às transformações operadas na atitude ofensiva do jogador, em quem pouquíssimos apostavam. Muitas vezes, a diferença está na mentalidade ou na causa por detrás da acção do profissional.
Também ontem, como hoje, a FAF enfrentou problemas financeiros, que lhe transtornaram a organização e travaram ou adiaram projectos e realizações. A determinada altura, o então presidente chegou a viver na pele e na alma a fúria dos adeptos, a incompreensão da opinião pública e a pressão da Imprensa, que lhe dedicou apertada vigilância, não lhe permitindo veleidades. Mesmo assim, Machado nunca perdeu o “cabo”. Pelo contrário, teve-o sempre “bem enfiado”, como certa vez disse. Ele e colaboradores (entre estes, Geovetty Barros, Luís Prata, Jesus, Dantas Cardoso, Rui Costa, Valente Silva ...) procuraram encarar de frente os problemas e buscar soluções, sem tentar jamais escudar-se em desmentidos, para criar verdades fugazes, de curta duração. 
No passado, tivemos, realmente, futebolistas que, além de jogarem “p'ra caraças”, estiveram comprometidos com as causas. E os dirigentes desportivos eram, decididamente, menos oportunistas e muito mais empenhados. Ou não? Infelizmente, do Egipto não chegaram acções, gestos, atitudes ou resultados que o desmentissem. Pelo menos até ao apito final do marroquino J. Redouane.

fonte: JornaldeAngola

CAN 2019: Senegal e Argélia apuraram-se para a final.

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Senegal, com a estrela Sadio Mané, apurou-se para a final do CAN 2019
Mohamed Abd El Ghany/Reuters

Já conhecemos os dois finalistas do Campeonato Africano das Nações de futebol que decorre em território egípcio: Senegal e Argélia. No Cairo, os senegaleses e os argelinos venceram respectivamente a Tunísia e a Nigéria.



Senegal-Argélia, eis a final do Campeonato Africano das Nações edição 2019 que vai decorrer no Estádio Internacional do Cairo a 19 de Julho, na capital egípcia.
Senegal venceu no prolongamento
Os senegaleses não tiveram tarefa fácil frente à Tunísia no Estádio 30 de Junho no Cairo. Frente aos tunisinos, que estavam no Grupo de Angola na primeira fase da competição, o Senegal não entrou da melhor forma. Habituados a impor o seu ritmo, os ‘Leões da Teranga’entraram timidamente no encontro com o ritmo lento que era favorável aos tunisinos. No entanto a primeira parte acabou com um empate sem golos.
A segunda parte foi terrível para os adeptos. A Tunísia obteve uma grande penalidade aos 72 minutos apos uma bola na mão do defesa central senegalês Kalidou Koulibaly. Os adeptos das ‘Águias de Cartago’ passaram da euforia do golo… à decepção visto que Ferjani Sassi falhou a marcação da grande penalidade.
Sete minutos depois, foi a vez dos adeptos senegaleses passarem da felicidade à decepção visto que Henri Saivet falhou também uma grande penalidade. Estes falhanços levaram as duas equipas ao prolongamento.
A sorte no entanto esteve do lado do Senegal que marcou um golo… Aliás foi um tunisino, o defesa Dylan Bronn, que marcou na própria baliza e ofereceu o triunfo aos senegaleses aos 100 minutos de jogo. Os senegaleses venceram por 1-0 após prolongamento e vão disputar a 2ª final no seu historial. Recorde-se que em 2002 o Senegal perdeu na final frente aos Camarões na marcação das grandes penalidades por 3-2, isto após o empate sem golos no fim do tempo regulamentar e do prolongamento.
Argélia derrotou Nigéria nos últimos segundos
A segunda meia-final decorreu no Estádio Internacional do Cairo entre nigerianos e argelinos. Na primeira parte o jogo até foi equilibrado e as duas equipas não arriscavam para não sofrer o primeiro tento do encontro.
A sorte bateu à porta dos argelinos visto que, apos um cruzamento do avançado Riyad Mahrez, o defesa nigeriano William Troost-Ekong acabou por empurrar a bola na própria baliza aos 39 minutos de jogo.
A segunda parte acabou também por ser equilibrada. Poucas ocasiões tanto para um lado como para o outro, aliás o destaque vai para a falta de riscos que cada uma das seleções teme em pegar.
A sorte nigeriana acabou por vir do VAR - Vídeo Árbitro - visto que o árbitro gambiano Bakary Papa Gassama assinalou uma grande penalidade a favor da Nigéria apos uma mão na bola do defesa Aïssa Mandi. Na marcação da grande penalidade o avançado Odion Ighalo não tremeu e empatou o encontro aos 72 minutos de jogo.
O jogo acabou por ser decidido no tempo adicional com um livre directo do avançado argelino Riyad Mahrez. O resultado final fixou-se em 2-1 para a Argélia no fim do tempo regulamentar.
A Argélia apurou-se para a 3ª final, sendo que já venceu uma em 1990 e perdeu outra em 1980.
A final do Campeonato Africano das Nações de futebol decorre a 19 de Julho no Estádio Internacional do Cairo, na capital egípcia.
fonte: RFI

Guiné-Equatorial: Dissolução de ONG equato-guineense mostra aumento da repressão da sociedade civil.

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ONG equato-guineense "Centro de Estudos e Iniciativas para o Desenvolvimento" dissolvida pelas autoridades de Malabo. Amnistia Internacional citica a medida e diz que marca "uma repressão crescente" da sociedade civil.

fonte: DW África
Äquatorial-Guinea Militärparade (DW/R. Graça)

Foto de arquivo: Parada militar na Guiné Equatorial
A Amnistia Internacional (AI) criticou (09.07.) a dissolução da organização não-governamental (ONG) equato-guineense "Centro de Estudos e Iniciativas para o Desenvolvimento" (CEID) pelo Governo do país, considerando que marca "uma repressão crescente" da sociedade civil.
"As autoridades na Guiné Equatorial devem anular imediatamente a sua decisão de dissolverem uma notável organização da sociedade civil e permitir que os defensores dos direitos humanos e ativistas trabalhem sem medo de represálias", lê-se num comunicado divulgado pela AI seu portal 'online'.
A responsável da AI para a África Ocidental, Marta Colomer, considera que a atitude do Governo da Guiné Equatorial representa uma "violação flagrante do direito de associação".
"Forçar o encerramento de uma ONG é uma violação flagrante do direito de associação e mostra uma falta de compromisso pelo Governo da Guiné Equatorial em pôr um fim à sua longa história de assédio e intimidação de defensores de direitos humanos e de ativistas da sociedade civil", diz Colomer, citada pelo mesmo comunicado.
Perseguição de ativistas
Logo Amnesty International
Para a responsável, ao ordenar a dissolução da ONG, as autoridades da Guiné Equatorial "mostram que não enfrentam com seriedade o fim da perseguição a defensores dos direitos humanos".
Na sexta-feira, dia 05 de julho, o ministro do Interior e das Coletividades Locais publicou um decreto no qual revogava a autorização de associação concedida ao CEID. No decreto, o ministro acusou a organização de realizar "atividades políticas" nos últimos anos, o que para os responsáveis governamentais está em conflito com os estatutos de organizações não-políticas.
A AI assinala que os defensores dos direitos humanos na Guiné Equatorial "estão cada vez mais" sob ataque do Governo, destacando vários casos no comunicado divulgado. Entre os exemplos está o caso de Alfredo Okenve, que é também vice-presidente do CEID e que em março foi detido após ter sido proibido de receber uma condecoração pelo seu trabalho na luta pelos direitos humanos, e Joaquín Elo Ayeto, do partido (CPDS), detido desde fevereiro e que alegadamente terá sido sujeito a tortura pelas forças policiais.
Quatro décadas no poder
Teodoro Obiang, Präsident Äquatorialguinea (picture-alliance/Zumapress/C. Mahjoub)
O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, assinala este ano quatro décadas à frente do país, com a AI a pedir que assegure que o seu Governo aja para "respeitar, proteger, promover e cumprir os direitos humanos de todos no país".
A Guiné Equatorial tem tido uma história turbulenta de golpes e tentativas de golpes desde a sua independência da Espanha, em 1968.
O Governo de Teodoro Obiang Nguema, 77 anos, no poder desde 03 de agosto de 1979, é regularmente acusado de violações dos direitos humanos pelos seus opositores e organizações internacionais.
A Guiné Equatorial é, desde julho de 2014, membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, que integra ainda Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste
Karte Äquatorialguinea POR
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Fim da pena de morte aguarda decisão do Parlamento
O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, afirmou esta quarta-feira que o projeto de lei para a abolição da pena de morte no país já foi entregue ao parlamento, a solução legal para não realizar um referendo no país.  
Falando aos jornalistas durante a cerimónia de entrada do Partido para o Desenvolvimento da Guiné Equatorial (PDGE, no governo) na Internacional Democrata do Centro (IDC), Teodoro Obiang explicou que o fim da pena da morte, exigência da organização e de outras estruturas internacionais como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), está "em fase de conclusão".
"Parece um pequeno passo, mas é complexo", explicou Obiang, salientando que a pena de morte está consagrada na Constituição equato-guineense e, caso a opção fosse uma emenda, o diploma "teria de ser submetido a referendo". 
Em vigor está uma moratória que tem impedido a concretização das condenações, disse o Presidente equato-guineense. 
 "Conseguir isto [o fim da pena de morte] parece um pequeno passo para a comunidade internacional, mas é algo importante" para a Guiné Equatorial, acrescentou.
Um dos regimes mais fechados do mundo
Äquatorialguinea Malabo People s Palace (Imago/robertharding/M. Runkel)
Palácio do Povo em Malabo
O Presidente equato-guineense, que é acusado de liderar um dos regimes mais fechados do mundo apoiado no dinheiro da produção do petróleo, afirmou também que o Governo está a trabalhar "para promover a reconciliação entre todos os cidadãos da Guiné Equatorial".
"Estamos convencidos que a convivência entre todos faz-nos mais fortes como sociedade e é, sem dúvida alguma, o caminho para conseguir uma Guiné Equatorial mais próspera e mais desenvolvida", afirmou, comentando a sexta ronda de negociações com os opositores, muitos deles exilados.
Sem indicar dados mais concretos das negociações, o chefe de Estado da Guiné Equatorial elogiou os "resultados positivos da última amnistia" para os opositores e recordou os "indultos para todos os exilados".
Além disso, Obiang prometeu ajuda do regime para que os opositores "possam regressar" ao país: "Se qualquer cidadão da Guiné estiver fora do país, conta com o apoio do Governo para regressar, para que se insira na sociedade".
A abolição da pena de morte foi um dos compromissos assumidos pela Guiné Equatorial quandoa aderiu à CPLP, na cimeira de Díli em julho de 2014, e as autoridades equato-guineenses têm insistido que, desde então, está em vigor uma moratória sobre a pena capital e nunca mais houve execuções judiciais. 

Guiné-Bissau: Carlos Gomes Júnior anuncia candidatura presidencial.

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Ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau anunciou, este sábado (13.07), que será um candidato independente nas próximas eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.

fonte: DW África
Portugal Guinea Bissau Carlos Gomes Junior in Lissabon (DW/Joao Carlos)

Carlos Gomes Júnior
Perante uma plateia de algumas dezenas "camaradas", Carlos Gomes Júnior anunciou que irá lançar-se oficialmente à corrida pelo cargo de chefe de Estado da Guiné-Bissau.
Vídeos que circulam nas redes sociais, mostram parte da cerimónia em que "Cadogo", como é vulgarmente conhecido no país, confirmou seu retorno ativo ao cenário político do país.
"Depois de cogitações e hesitações, aqui está o vosso 'Cadogo' de volta," disse.
Referindo-se ao período em que esteve exilado em Portugal e ao seu antigo partido, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), disse: "Desde que cheguei, a atual direção do PAIGC desconhece a presença do ‘Cadogo' em Bissau".
Cipriano Cassamá (Braima Darame)
Cipriano Cassamá
Em seguida, o político guineense acrescentou, "por isso, serei um candidato independente. Serei um candidato do povo da Guiné-Bissau".
Gomes Junior garantiu que irá apresentar brevemente o lançamento da sua candidatura oficial. "Neste documento, deixarei plasmadas as principais ideias sobre a minha visão do país, a minha estratégia e ideias de cooperação com outras entidades e instituições e a essência da minha candidatura presidencial," descreveu.
"Vou para esta batalha com a profunda convicção de que em primeiro lugar estão o nosso país, a nossa democracia, o nosso sistema político e as condições de vida do guineense," concluiu.
A candidatura de 'Cadogo' surge depois que, na passada quarta-feira (10.07), o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, anunciou sua candidatura às presidenciais e prometeu convidar o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, para o cargo de primeiro-ministro.
Carlos Gomes Júnior liderou o PAIGC durante 12 anos seguidos. O ex-primeiro-ministro, deposto no golpe militar em abril de 2012, retornou a Bissau em janeiro de 2018, depois de cinco anos de asilo político em Portugal.
A candidatura surge num momento em que voltou ao debate o caso do alegado desvio dos 12 milhões de dólares (cerca de 10,68 milhões de euros) oferecidos à Guiné-Bissau por Angola, em 2011, quando ‘Cadogo’ liderava o executivo guineense.

ANGOLA: O QUE PODEMOS FAZER PELO REINO DE SUA EXCELÊNCIA?

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Não perguntem o que Angola pode fazer por vós, mas sim o que vocês podem fazer por Angola. Esta frase, pirateada no bom sentido a John F. Kennedy, poderá ser a nova máxima a ser escolhida pelo Presidente da República, ouvido o Titular do Poder Executivo e, obviamente, o Presidente do MPLA.

Aqui fica o modesto (quiçá ingénuo) contributo do Folha 8. O indiano Prahlad Jani (à esquerda na… foto) diz que não come nem bebe há mais de 70 anos. Mestre em ioga, Jani é uma lenda na Índia e tudo indica que, pela mão de João Lourenço, irá ensinar este método aos angolanos de modo a que, de uma vez por todas, o Folha 8 pare de azucrinar o MPLA dizendo que os angolanos continuam a ser gerados com fome, a nascer com fome e a morrer, pouco depois, com fome.
O governo indiano, certamente atento ao impacto do assunto, resolveu descobrir, ou tentar – pelo menos, se o que ele diz é verdade ou se Jani é apenas um farsante. Quando tinha 83 anos (está prestes a fazer 90), ficou 14 dias a ser observado e filmado por uma equipa de 30 médicos escolhida pelo Ministério da Defesa indiano. Segundo os testemunhos, ele não ingeriu (nem expeliu…) nada durante esse tempo.
Estamos, no entanto, convencidos de que a credibilidade de Prahlad Jani teria saído reforçada se os médicos (que deveriam ser cubanos) tivessem sido escolhidos pelo “escolhido de Deus” (José Eduardo dos Santos) ou pelo seu sucessor (João Lourenço).
É que, qualquer que seja o líder do MPLA, é dono da verdade, facto que só por si seria uma garantia para o mundo.
E é baseado neste caso que, até prova em contrário, continua a animar a comunidade (mais ou menos) científica, que o Presidente da República (João Lourenço), certamente com a colaboração institucional do Presidente do MPLA (João Lourenço) e do Titular do Poder Executivo (João Lourenço) pretende ensinar os angolanos a, pelo menos, viver sem comer.
Até agora, sobretudo porque os angolanos são uns desmancha-prazeres, os resultados em Angola não são animadores. Todos os que tentaram seguir (embora, como no tempo colonial, voluntariamente obrigados) o método de Prahlad Jani estiveram muito perto mas, quando estavam quase lá… morreram.
Já em 2006 o Discovery Channel fez um documentário sobre Prahlad Jani que, na altura, concordou em ser filmado durante dez dias e também foi analisado por médicos e cientistas, que não chegaram a uma conclusão nem presenciaram nenhuma impostura.
Data, aliás, dessa altura a tese de José Eduardo dos Santos de que seria capaz de pôr os angolanos a viver sem comer. Como não encontrou voluntários, obrigou-os pela força da miséria e do desemprego a enveredarem por esse caminho. João Lourenço segue a mesma metodologia.
Os médicos apenas atestaram que Prahlad Jani estava com a saúde perfeita após o jejum. Depois da nova experiência, Jani deu uma conferência de Imprensa no hospital Ahmedabad. “Eu estou forte e saudável porque é assim que Deus quer que eu esteja”, disse ele.
Jani tem preparado o mesmo discurso para a altura em que chegar a Angola. Sabe-se que dirá: “Eu estou forte e saudável porque é assim que João Lourenço quer que eu esteja”.
Prahlad Jani explica que retira os nutrientes de uma substância chamada “amrit”, produzida no céu-da-boca e que significa “sem morte”, “néctar divino”, “bebida dos deuses” ou “a bênção de JLo”.
Segundo Prahlad Jani, essa substância é produzida pelas glândulas pineal e pituitária, estimuladas por técnicas avançadas de ioga.
“Nada que os angolanos não possam adoptar”, conclui o mui nobre e sempre leal (e bem alimentado) dono de Angola.

O nosso (não o deles) país

Mais de 160 crianças morreram em 2018, na província do Bié, centro de Angola, devido a má nutrição severa (fome em português entendível), segundo dados divulgados em 14 de Janeiro de 2019 pela responsável do Centro Nutricional Terapêutico local, Dulce Cufa.
Tal como o anterior presidente, João Lourenço deve ter sido informado destes dados depois de uma frugal refeição à base de trufas pretas, caranguejos gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e uma selecção de queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas, com cinco vinhos diferentes, entre os quais um Château-Grillet 2005…
Também no mesmo dia, certamente por mera coincidência, ficou a saber-se que o Estado/MPLA iria investir 111 milhões de euros na construção de um novo complexo hospitalar, para as Forças Armadas Angolanas, obra aprovada por despacho do Presidente da República, João Lourenço.
Dulce Cufa, citada pela Angop, avançou que no ano passado foram diagnosticadas com a doença e tratadas 1.022 crianças, maioritariamente de famílias com menos condições sociais.
O desmame precoce, a carência alimentar e patologias prolongadas são os principais factores no surgimento da doença, indicou a responsável, salientando que palestras sobre prevenção e combate à má nutrição têm sido realizadas nas comunidades.
Em 2018, dados governamentais davam conta que Angola tinha uma taxa de desnutrição crónica na ordem dos 38 por cento, com metade das províncias do país em situação de “extrema gravidade de desnutrição”, onde se destacava o Bié, com 51%.
As províncias do Bié com 51%, Cuanza Sul com 49%, Cuanza Norte com 45% e o Huambo com 44% foram apontadas, na altura, pela chefe do Programa Nacional de Nutrição, Maria Futi Tati, como as que apresentavam maiores indicadores de desnutrição.
“São cerca de nove províncias que estão em situação de extrema gravidade de desnutrição, sete províncias em situação de prevalência elevada e duas províncias em situação de prevalência média”, apontou Maria Futi Tati, em Junho de 2018.
O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, diz que o mundo não está a ganhar a guerra contra a fome a nível global e relativizou os dados que mostram que há menos pessoas na pobreza. África conhece bem esta realidade. Angola também. Os dirigentes angolanos também… não.
Um relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) indicava que, em Angola, 23,9% da população passa fome. No relatório de 2018, a FAO refere que cerca de 821 milhões de pessoas no mundo passam fome, o que se traduz num aumento quando comparado com os dados de há dez anos.
Em Angola, segundo a FAO, “23,9% da população passa fome”, o que equivale a que “6,9 milhões de angolanos não tenham acesso mínimo a alimentos”. Reparou Presidente João Lourenço? 6,9 milhões?
“Não nos podemos deixar levar; não estamos a ganhar a luta contra a fome global”, disse Akinwumi Adesina durante a sua intervenção numa conferência sobre agricultura na Universidade Purdue, em Indianapolis.
As declarações de Akinwumi Adesina surgiram poucos dias depois da divulgação de dados sobre a descida do número de pessoas que vivem com menos de 2 dólares por dia, mas o presidente do BAD vincou que os números das Nações Unidas, que mostra uma subida das pessoas com fome, de 777 milhões em 2015 para mais de 820 milhões em 2017.
Perante uma plateia de investigadores, líderes empresariais, decisores políticos e doadores, o banqueiro defendeu mais ajuda desta comunidade e lembrou o compromisso de investir 24 mil milhões de dólares na agricultura africana nos próximos 10 anos, o maior esforço de sempre.
Cerca de 821 milhões de pessoas no mundo passam fome, revelou a ONU, traduzindo um aumento para níveis de há dez anos que se sente mais na América do Sul e na maior parte de África, disse a FAO no relatório sobre o estado da segurança alimentar e nutrição de 2018, em que se confirma a tendência para o aumento da fome no mundo pelo terceiro ano consecutivo, passando de 804 milhões em 2016 para 821 milhões em 2017.
Angola, Moçambique e Guiné-Bissau estão entre os países africanos onde os choques climáticos – mas não só – foram uma das causas de crises alimentares em 2017, segundo a avaliação global sobre segurança alimentar e nutricional (SOFI 2018), elaborada por cinco agências da ONU, incluindo a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A avaliação é pessimista, realçando que os objectivos de erradicação da fome em 2030 estão em risco, face ao crescimento da situação de fome, que atingiu 821 milhões de pessoas em 2017, ou seja, um em cada nove habitantes do mundo.

Gozar com a nossa chipala

Recordemos que a então Directora Adjunta da FAO, Maria Helena Semedo, enalteceu em 6 de Novembro de 2014, em Luanda, o contributo de Angola nas acções que visam o combate à fome e erradicação da pobreza. Viu-se. Já temos 20 milhões de pobres.
De acordo com a responsável, que falava depois da audiência com o então ministro da Agricultura, Afonso Pedro Canga, Angola foi dos primeiros países do continente que contribuiu com mil milhões de Kwanzas (USD 10 milhões), para o fundo Fiduciário Africano de Solidariedade, de apoio aos países africanos no combate à fome e à pobreza.
Maria Helena Semedo disse que o contributo de Angola e de outros países membros do continente tem permitido à FAO apoiar e desenvolver vários projectos de extrema importância a nível do continente africano.
O encontro, segundo Maria Helena Semedo, permitiu informar o ministro da necessidade de se trabalhar nas estatísticas agrícolas, para permitir uma tomada de decisão sustentada e reforço da estrutura de pesquisa e extensão rural.
Maria Helena Semedo informou o ministro que a FAO tinha então aprovado um projecto avaliado em dois bilhões de dólares para apoiar os países africanos que estavam seriamente afectados com o flagelo da Ébola, para a melhoria da segurança alimentar das suas populações.
“Este financiamento vai permitir melhorar a qualidade da segurança alimentar e nutricional dos países membros que têm sido afectados”, referiu.
Quanto aos programas do Executivo angolano que visam o combate à fome e pobreza, disse que o Estado/MPLA se tem empenhado para cumprir com as metas que visam a erradicação da má nutrição da população e conseguiu reduzir a taxa de desnutrição de 78% em 1990-92 para… 18% em 2014.
fonte: folha8

ANGOLA: A MESMA DOENÇA, A MESMA RECEITA. E O DOENTE… MORRE.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...



O banco Standard considera que o programa de reformas estruturais em Angola, juntamente com o fortalecimento do sector petrolífero, são cruciais para garantir o regresso à estabilidade macroeconómica, depois de três anos de recessão. Ou seja, repete a João Lourenço o que já aconselhava a José Eduardo dos Santos.

“Oprograma de reformas estruturais, combinado com iniciativas para fortalecer o sector petrolífero, continuam críticas para ajudar ao regresso da estabilidade macroeconómica”, lê-se no relatório de Julho sobre as economias africanas.
No documento, elaborado pelo departamento de estudos económicos do Standard Bank, os analistas dizem que a pressão na balança de pagamentos “vai continuar a ser uma característica da economia angolana”, cujas exportações de petróleo valem 96% do total.
Importa, contudo, salientar que a situação se deve ao facto – tantas vezes esquecido – de que o MPLA aina não teve tempo para pôr o país em ordem. Isto porque só está no Poder há… 44 anos.
Na análise aos principais desenvolvimentos financeiros em Angola, os analistas do Standard Bank vincam que o mercado cambial angolano deverá receber algum apoio da recente aprovação de mais um desembolso do Fundo Monetário Internacional (FMI), no valor de quase 250 milhões de dólares (221 milhões de euros), elevando o total de ajuda financeira já recebida para 1,24 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros).
Considerando que Angola não deverá voltar a emitir dívida pública em moeda estrangeira, “como parte dos esforços de consolidação orçamental”, o Standard Bank afirma ainda que “o Banco Nacional de Angola deve abrir contas de capital como instrumento para atrair fluxos estrangeiros de capital para o mercado de dívida em moeda local, o que poderia aliviar as pressões de liquidez da moeda estrangeira” enquanto as reformas não surtem o efeito desejado de atrair investimento directo estrangeiro para diversificar a economia”.
A moeda angolana terminou a semana a cair frente ao euro (391,404 kwanzas/euro) e renovou os mínimos históricos face ao dólar (347,667 kwanzas/dólar) que tinham sido alcançados a 01 de Julho, segundo o Banco Nacional de Angola.
Em Janeiro, um euro equivalia a 352,828 kwanzas, enquanto o dólar era transaccionado a 310,158 kwanzas, mas a situação tem piorado desde então e na sexta-feira o euro estava a valer entre os 500 e 520 kwanzas, o mesmo acontecendo ao dólar, trocado entre os 430 e 440 kwanzas no mercado paralelo.
Em 2018, o Standard Bank considerou que o crescimento económico de Angola nesse ano seria “bastante mais lento” que os 4,9% previstos pelo Governo. O FMI esperava então um crescimento de 2,2%. Como sempre, boas (para os mesmos) contas faz o Executivo.
A unidade de análise económica do Standard Bank considerava que o crescimento económico de Angola serua “bastante mais lento” que os 4,9% previstos pelo Governo no Orçamento do Estado, mas sem apresentar uma previsão concreta.
“Com várias pressões sobre as reservas externas a manterem-se este ano, esperamos que o crescimento do Produto Interno Bruto seja bastante mais lento que a previsão do Governo no Orçamento para este ano (2018)”, escreveram então os analistas.
Por sua vez, o Fundo Monetário Internacional esperava um crescimento de 2,2% em 2018, o que representaria uma forte aceleração face aos 1% de 2017, mas ainda assim abaixo das necessidades de Angola para implementar medidas de diversificação e desenvolvimento económico.
No documento, os analistas diziam que “melhorar a gestão da dívida pública e da dívida avalizada pelo Estado, aligeirando as pressões sobre o serviço da dívida, juntamente com os esforços de consolidação orçamental” será um aspecto fundamental para melhorar a dinâmica económica de Angola.
A emissão de dívida pública no valor de 2 mil milhões de dólares e a moratória de seis meses sobre o repatriamento de capitais “podem ajudar a trazer algumas reservas estrangeiras para o mercado”, considerava o Standard Bank.
As iniciativas do Presidente João Lourenço para melhorar o cumprimento das regras internacionais e de governação “têm o potencial para aligeirar as preocupações com a fuga de capitais e possivelmente permitir o regresso de fundos que podem ter sido tirados ilegalmente do país”, concluíam os analistas.
Angola vive uma grave crise financeira e económica, decorrente da quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional, situação que se reflecte ainda na falta de divisas no país, o que dificulta nomeadamente as importações, provocando várias restrições na gestão de moeda estrangeira.
O país enfrenta também dificuldades cambiais, tendo o BNA aumentado a venda de divisas (euros) à banca comercial angolana, que está sem acesso a dólares face à suspensão das ligações com correspondentes bancários internacionais.
Entre Agosto de 2016 e Julho de 2017, o banco central – que é o único fornecedor de divisas à banca comercial – aumentou a injecção de moeda estrangeira no mercado cambial primário, com vendas directas aos bancos.

No tempo da outra… “senhora”

Estávamos em Junho de 2017. A analista do Standard Bank que, supostamente, seguia Angola considerou em declarações à Lusa que o país não estava a fazer investimentos significativos nos sectores não petrolíferos, falhando assim a diversificação económica necessária para evitar choques externos. Samantha Singh julgava ter descoberto a pólvora.
“A economia não se diversificou suficientemente; as autoridades fizeram alguns esforços em 2009 e 2010, mas depois os preços do petróleo subiram novamente e os esforços não continuaram”, considerou Samantha Singh.
Para a analista que seguia o mercado angolano, “o Governo percebe a importância da diversificação económica e a maioria das autoridades do país percebe que tem de acelerar a diversificação e há melhoramentos nos investimentos em agricultura e na manufactura, mas não são significativos”.
Ou seja, o Governo teria de fazer, mas este do MPLA que está no poder há 44 anos, nunca o fará. Por alguma razão há dezenas de anos, mas sobretudo a partir de 2002, todos aqueles que pensam com a cabeça certa reivindicam a urgência dessa diversificação económica.
Questionada sobre se a diversificação económica, uma das apostas repetidamente prometidas pelo Presidente da República, com a aprovação do Titular do Poder Executivo e do Presidente do MPLA, mas nunca concretizada numa escala minimamente suficiente que permita proteger o país da volatilidade dos preços das matérias-primas, poderia avançar com um novo Presidente da República, Singh disse que “tem de se esperar para ver”.
“O novo Presidente vai querer tomar o pulso, não avançando para reformas bruscas, mas os mercados têm uma perspectiva relativamente positiva porque também o povo quer uma mudança; ele pode melhorar algumas coisas, até porque as autoridades, de uma forma geral, sabem o que tem de ser feito, mas tem de se esperar para ver”, disse Samantha Singh.
Questionada na altura sobre se o recurso a um programa de assistência financeira do FMI seria uma boa aposta, a analista sedeada em Joanesburgo disse que “Angola já tem seguido as recomendações do FMI, nomeadamente na questão da redução dos subsídios aos combustíveis e à desvalorização da moeda, e, de uma forma geral, nos aspectos orçamentais sugeridos pelo Fundo”.
Angola “já tem cumprido, até certo ponto, as recomendações do Fundo, e é sempre possível recorrer a assistência financeira, mas para já tem ajuda da China”, vincou a analista, lembrando que Angola é o terceiro maior fornecedor de petróleo à China, a seguir à Rússia e à Arábia Saudita.
“A China tem muita influência no país, como aliás noutros países africanos, e isso deverá continuar por um longo período de tempo”, vaticinou.
Folha 8 com Lusa

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