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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Brasil: Misto de FHC e Jânio, e de saia - falando da candidata à eleição presidencial de outubro de 2014 no Brasil.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Misto de FHC e Jânio, e de saia. 20832.jpeg
Candidata Marina Silva

Marina Silva prega uma menor presença do Estado na economia, o que significa adicionais privatizações, a recuperação do tripé macroeconômico, o mercado como o definidor dos investimentos, agências reguladoras técnicas, enfim, conceitos e medidas aplicadas por FHC no passado. A autonomia do Banco Central e a diminuição da atuação dos bancos estatais não foram aplicadas no passado, mas devem ter a aprovação de FHC.
Escrito por Paulo Metri   
 O parágrafo único do artigo primeiro da Constituição diz que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição". Desta forma, como é possível dar autonomia a um órgão de governo que não dá garantia alguma de que satisfará aos interesses do povo? Pelo contrário, esta medida tem o intuito de transformá-lo em um órgão autônomo com relação à vontade do povo, mas subordinado ao mercado financeiro. Será o paraíso dos "rentistas". Quando a diretoria do Banco Central é demissível a qualquer momento pela presidente, que tem mandato popular, é mais provável que a vontade popular esteja sendo cumprida.
No mundo dos negócios, é comum se ouvir que "não existe almoço de graça". Assim, o suporte financeiro do Itaú e de outros bancos privados para a campanha de Marina tem como contrapartida, no caso de ela ser eleita, a menor participação dos bancos do Estado em financiamentos, mesmo que eles ofereçam melhores condições para o povo. Para os ideólogos de Marina, a expressão "agências reguladoras técnicas" significa que argumentos sociais, estratégicos e geopolíticos nunca devem ser considerados, prevalecendo somente os aspectos econômicos e financeiros sob o ponto de vista das empresas. Aliás, não é muito diferente de como muitas delas, hoje, atuam.
 De qualquer forma, eu não deveria estar fazendo críticas ao programa de governo de Marina, sem dizer a que versão eu me refiro, porque ela troca de opinião com certa frequência. Já é bastante conhecido que Marina colocou, no seu programa de governo, ser favorável ao casamento gay e à criminalização da homofobia. 24 horas depois, por imposição do pastor Malafaia, mudou de opinião. Se eleita, pastores vão ter domínio das decisões da presidente? Recentemente, posicionou-se contrária à transposição do Rio São Francisco, mas, segundo jornais, já mudou de opinião, o que começa a não mais causar espanto.
Na minha percepção, Marina mente sem prurido. Pois, para ela, não importa o conteúdo de uma promessa, desde que haja um ganho real de votos, que é a diferença entre os votos ganhos e os votos perdidos devido à fala. Enfim, ninguém conhece a verdadeira Marina, que só se mostrará depois de eleita, se tal ocorrer.
 Parece também que ela não tem bons assessores, pelo menos na área de energia, sobre a qual ela falou algumas veleidades. Marina disse que "o petróleo é um mal necessário em todo o planeta" e, por isso, irá tirar a prioridade do Pré-Sal. Ela não sabe que a maior parte da produção do Pré-Sal será para exportação. Esta parcela varia a cada ano, mas será sempre a maior parcela. Assim, ela vai abrir mão da imensa geração de divisas, que irá nos permitir importar mais e ter acesso a novas tecnologias, e da maior geração de recursos para o royalty e o fundo social, além da grande ajuda na impulsão de toda a economia com as encomendas do setor petrolífero. Sem investir no Pré-Sal, ficará mais difícil ter altas taxas de crescimento do PIB.
 Ela disse também que "a política energética será realinhada com foco nas fontes renováveis e sustentáveis". A candidata supõe erradamente que um mercado elétrico, que demanda cerca de 3.000 MW novos de energia a cada ano, possa ser satisfeito por energia eólica e solar. Demonstra não saber que estas energias são mais caras que, por exemplo, a energia hidroelétrica, resultando no encarecimento dos produtos e serviços brasileiros para exportação e no recrudescimento da inflação. São mais caras por serem intermitentes e sazonais. Portanto, para instalá-las, é preciso ter unidades em "stand by", que possam fornecer energia nos períodos sem vento e sem sol. No caso da solar, há o agravante de a tecnologia fotovoltaica ainda estar cara.
 Notar que Aécio é tão neoliberal quanto Marina e não cresceu nas pesquisas. Assim, a razão que justifica a sua ascensão, além do empurrão dos institutos de pesquisa e da mídia, que têm a missão de expulsar o PT do poder, pode ser o fato de que ela gera um sentimento de piedade no eleitorado pela forma de surgimento da sua candidatura e pela sua fragilidade. Ela é herdeira do espólio político de Eduardo Campos, morto de forma trágica, com grande comoção popular. Além disso, é mulher, negra, franzina, aparentando estar subnutrida, foi empregada doméstica e analfabeta até os 16 anos.
 Marina sabe que não possui estrutura partidária para governar e a proposta de nova política não irá resolver, pois precisaria, antes, de um novo povo, mais alimentado, com mais saúde, mais alfabetizado, desfrutando de novos canais de informação, mais democráticos, o que permitiria maior politização da sociedade e, consequentemente, melhor escolha de seus representantes. Por falar nesses pontos, o governo Dilma está providenciando a melhoria de muitos deles, o que significará, se houver continuidade, votações mais conscientes e melhores representantes do povo no futuro.
Contudo, hoje, existe um Congresso com a maioria de representantes de grupos de capital, com os quais Marina não conseguirá aplicar a sua nova política, a menos que se subordine aos interesses destes grupos. Pode-se argumentar qualquer candidato que for eleito terá esta dificuldade, o que nos leva a concluir que, no Brasil de hoje, os candidatos ainda têm que fazer acordos com o capital para poderem governar. Assim sendo, o que irá os diferenciar serão suas alianças preferenciais. Exatamente neste ponto, reside uma das maiores virtudes dos governos Lula e Dilma, pois eles mantiveram muitos acordos reprováveis com o capital, como com os bancos, mas começaram a construção de uma sociedade mais consciente e com maior possibilidade de proteger seus próprios interesses.
 Se Marina pensa que, eleita, os congressistas terão que obedecê-la, como a uma rainha absolutista, senão ela renunciará e "retornará nos braços do povo", é bom ela se lembrar do que aconteceu com o ex-presidente Jânio Quadros. Marina tem como inspiradores ideológicos de suas posições o Itaú, a Natura, o Greenpeace e o World Wildlife Fund, além dos tucanos. Com estas ligações, não há possibilidade de ser uma presidente para o povo. Acredita ser beneficiada pela providência divina, mas, se fosse um verdadeiro Messias, uma estadista, não fecharia acordo para capturar votos de incautos para, em troca, entregar o país a aproveitadores de toda espécie. Ela não ajudará a arrefecer a tensão da luta de classes, pelo contrário, ela a aumentará, o que poderá ser sentido através da maior violência dentro da sociedade.
 A direita está em uma sinuca de bico, pois tem um candidato confiável, no sentido de fazer acordos e cumpri-los, de não ser rebelde, não se achar um iluminado, não acreditar que a providência divina o escolheu para uma missão, que não repudia a velha política - aliás, a única que existe. Mas, para tristeza da direita, está preso a um baixo patamar de intenção de voto. Será que ela, irresponsavelmente, continuará a insuflar a candidatura Marina?
Paulo Metri é conselheiro do Clube de Engenharia e colunista do Correio da Cidadania.

Autor do Blog: http://paulometri.blogspot.com.br/
# extraído do pravda.ru

Síria: Repetição da barbárie que só agora choca.

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Repetição da barbárie que só agora choca. 20835.jpeg

O mundo está indignado e perplexo, com muita razão, em função da barbárie que tomou conta de parte da Síria e do Iraque onde se formou um Estado Islâmico sob o controle de yihadistas. A barbárie, como não poderia deixar de ser, choca.

Por Mário Augusto Jakobskind
Só que tem um fato que não deve ser esquecido. Há pelo menos três anos na Síria, extremistas têm praticado crimes hediondos, nos mesmos moldes que os dos grupos que estabeleceram o Estado Islâmico.
Quem viu ficou horrorizado, e não é para menos, com o degolamento de soldados sírios capturados por extremistas apoiados pelo Ocidente. Repetiram a dose agora com dois jornalistas norte-americanos e ameaçam matar mais. Dão recado em vídeo a Barack Obama, que na prática favorece mais a quem eles combatem do que a eles mesmos.
Em fevereiro de 2012, o emirado islâmico criado no bairro Baba Amro, na cidade síria de Homs, criou um tribunal religioso que condenou mais de 150 pessoas ao degolamento. A barbárie foi efetivada, mas o Ocidente continuou apoiando as forças que lutavam pela derrubada do Presidente Bashar al Assad.
O Ocidente não reagiu como agora. Será por quê? É que valia tudo para derrubar o que líderes europeus e norte-americanos consideravam importante, ou seja, o Presidente Bashar Assad, só mencionado como ditador.
Empenharam-se ao extremo no apoio a terroristas que produziam a barbárie. Criou-se um clima ao estilo dos dias que antecederam a primeira invasão norte-americana britânica no Iraque com a demonização de Saddam Hussein.
Os fatos que resultaram no surgimento e fortalecimento dos jihadistas de alguma forma lembram outros acontecimentos históricos envolvendo os Estados Unidos. No Afeganistão, por exemplo, deram toda força a Osama Bin Laden para combater os soviéticos que foram chamados pelas autoridades afegãs da época para evitar o caos, como justificavam.
O Departamento de Estado e o Pentágono não pensaram duas vezes e se aliaram aos grupos que anos mais tarde se transformaram em terroristas. Para muitos não houve propriamente uma transformação, pois o grupo de Bin Laden sempre foi terrorista, mas só que contava com o apoio irrestrito estadunidense. Era ainda tempo de Guerra Fria e qualquer um que aparecesse para combater o inimigo principal, no caso os soviéticos, eram benvindos.
Na Síria, segundo denúncias de fontes fidedignas, os extremistas que queriam derrubar o "ditador" Bashar al Assad não foram apenas fortalecidos pelo Ocidente como, inicialmente, também treinados até pelo serviço secreto israelense Mossad. Naquele momento, com a divisão instalada na região, que perdura até hoje, quem mais lucrou e lucra é a indústria da morte, ou seja, os fabricantes de armamentos.
Este grupo que sempre lucrou com qualquer tipo de conflito no mundo, através de seus protegidos no Congresso, os próprios parlamentares que receberam subsídios financeiros em suas campanhas, começou a se articular no sentido de exigir a ação militar ocidental mais contundente. Como se bombardeios garantissem o derrocamentos dos jihadistas, que se aproveitam até das mal traçadas fronteiras estabelecidas pelos antigos colonialistas para tentar impor as suas ideias de sangue e ódio.
No plano interno da Grã Bretanha e Estados Unidos estão reinstalando com toda a força o clima de medo, como nos dias posteriores as ações terroristas de 11 de setembro de 2001. Embora jovens, sobretudo britânicos, tenham sido detectados como participantes de ações com marcas de barbárie, praticadas pelos jihadistas, não há indícios de que ao retornarem aos seus países de origem vão deflagrar ações terroristas. Mas as autoridades decidiram assim e está acabado. Torna-se até difícil convencer ao contrário.
Mas não importa, com indícios ou sem, os Estados britânico e norte-americano aproveitam o embalo do medo para agir passando por cima dos tradicionais valores democráticos.
Anos atrás, na própria Grã-Bretanha, que enfrentava ações terroristas do ETA, não foi necessária a utilização de métodos semelhantes aos das ditaduras civis militares que predominavam na América Latina nos anos 70, como todos sabem, com o total apoio dos Estados Unidos.
Ou seja, o Estado britânico combateu o ETA sem passar por cima da Constituição e sem necessidade de romper com os valores democráticos, como acontece agora.
Mas hoje, aproveitando a situação de instabilidade na área internacional, os governos britânico e estadunidense passam por cima de tudo para impor o que acreditam ser o certo. Em outras palavras, combatem o terror com terror internacional na base do prender, arrebentar, bombardear, invadir etc. sem se importar com as consequências.
Na prática, os povos são os mais atingidos pelas medidas decretadas para combater o terror, medidas que muitas vezes em vez de combater acabam gerando mais violência.
Já no Brasil se aproxima a data do primeiro turno presidencial e com projeções dos institutos de pesquisas indicando que haverá uma disputa voto a voto num provável segundo turno em 26 de outubro próximo. Resta agora aguardar e lembrar que os resultados das pesquisas só serão mesmo para valer quando faltarem poucos dias para a realização do pleito. Tem sido assim ao longo da história das últimas eleições.
Uma pergunta que não quer calar: quando sai a conclusão final sobre a causa do acidente que vitimou o então candidato do PSB, Eduardo Campos e seus assessores?
Corre a versão segundo a qual a forma com que o avião baixou como bola de fogo indica que ocorreu alguma explosão em pleno voo. Especialistas indicam que quando um avião cai os corpos não são dilacerados, como aconteceu, podendo permanecer intactos. Já quando explode no ar os corpos são dilacerados e para serem reconhecidos só mesmo por testes de DNA.
Se junta a isso o silêncio sobre a não gravação de diálogos na caixa preta, o mistério aumenta e dá margem a especulações de várias naturezas.
Na história mundial há muitos acidentes que dão margem a especulações que perduram ao longo do tempo, como aconteceu com o panamenho Omar Torrijos e o equatoriano Jaime Roldós.
Mário Augusto Jakobskind, jornalista e escritor, correspondente do jornal uruguaio Brecha; membro do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (TvBrasil); preside a Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI - seus livros mais recentes: Líbia - Barrados na Fronteira; Cuba, Apesar do Bloqueio e Parla (no prelo).
Direto da Redação é um fórum de debates, do qual participam jornalistas colunistas de opiniões diferentes, dentro do espírito de democracia plural, editado, sem censura, pelo jornalista Rui Martins.
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