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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

PARTIDOS DEMOCRÁTICOS NA GUINÉ-BISSAU AGENDAM MARCHA PARA 07 E 08 DEZEMBRO.

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Bissau 05 Dez 17 (ANG) – O Vice-coordenador do Colectivo dos Partidos Politicos Democraticos anunciou para os dias 7 e 8 proximos a marcha pacifica para exigir ao Chefe de Estado o cumprimento do Acordo de Conacri e a demissão do Primeiro-ministro.

Nuno Gomes Nabian que falava hoje em conferência de imprensa do Colectivo de 18 partidos informou terem solicitado ao Ministério do Interior autorizacâo, mas aquela instituição devolveu-lhes.

“Assim com ou sem autorização deste ministerio a marcha dos dias 07 e 08 vai ser mesmo uma realidade, manifestou o líder da APU-PDGB, integrante do colectivo”.

“Apelo aos cidadãos que lutam pelo respeito da constituição a saírem as ruas na quinta e sexta-feira próximas para manifestação, que queremos que continue ate que José Mario Vaz encontre solução para a crise que o próprio criou”.

Em relação a missão da CEDEAO que esteve este fim-de-semana no pais Idrissa Djalo líder do partido da Unidade Nacional (PUN), disse foi muito importante em termos de avaliação da implementação do Acordo de Conacri.

“O comunicado final desta missão representa um grande passo para a resolução da crise que o chefe de Estado e os seus colaboradores tem alimentado na Guiné-Bissau nos últimos anos “,frisou

Djalo disse que basicamente o comunicado disse entre outros que o Acordo de Conacri não está a ser cumprido, os três meses concedido ao Chefe de Estado para resolver a crise internamente terminaram a muito, que a liberdade de manifestar não deve ser negociada e ainda da necessidade da realização das legislativas na data prevista.

Em relação as eleições, o líder da União para a Mudança (UM) disse terem advertido a CEDEAO que não vão aceitar que este governo “ilegal e Inconstitucional” realize as próximas legislativas.

“Tem que ser o Executivo resultante do Acordo de Conacri a realizar as futuras eleições em 2018”, vincou Agnello Regala que pediu a comunidade Internacional para estarem atentos a todo o desenrolar do processo.

Conosaba/NG/MSC/JAM

Zimbabué: era Mugabe continua...sem Mugabe.

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Emmerson Ngangagwa, novo Presidente do Zimbabué na cerimónia de investidura do governo 4/12/2017 à la State House, à Harare, 4 décembre 2017.REUTERS/Philimon Bulaway
O novo Presidente do Zimbabué Emmerson Mnangagwa prestou hoje juramento e deu posse ao novo executivo, com apelos à unidade, para relançar a economia do país, onde 90% da população está desempregada.



Antigo vice-Presidente, ex ministro da Justiça, das Finanças, da Defesa, presidente do parlamento, responsável pela segurança do Estado e pelas últimas eleições, o Presidente Emmerson Mnangagwa de 75 anos, investido a 24 de Novembro, três dias depois da demissão do Robert Mugabe com 93 anos, por pressão dos militares e após 37 anos de poder, vai terminar o mandato do Presidente cessante, antes de novas eleições presidenciais e legislativas previstas até Agosto de 2018, mas é o candidato do partido de Mugabe a ZANU-PF - União Africana Nacional do Zimbabué - Frente Patriótica, no poder desde a independência do país em 1980, de que é o novo presidente.
A grave crise económica que o Zimbabué vive, foi despoletada no inicio dos anos 2000, devido à controversa reforma agrária, que levou à expulsão do país milhares de farmeiros brancos.
Oficialmente 90% da população está desempregada e o país minado pela corrupção não tem liquidez, o que levou o novo Presidente a lançar na semana passada um ultimato de três meses, para que as empresas e particulares repatriem os capitais ilegalmente saídos do país.
Mas o facto de o novo governo incluir militares de alto escalão (que se reformaram para integrar este executivo) bem como antigos ministros e membros da velha guarda de Robert Mugabe, poderá afastar os potenciais investidores.
O governo de 22 membros hoje empossado (menos 11 do que o anterior) não inclui nenhum membro da oposição e é a manutenção da era Mugabe, segundo o seu líder Morgan Tsvangirai.
O executivo tem como novo chefe da diplomacia o general Sibusiso Moyo, que a 15 de Novembro anunciou na televisão estatal a intervenção militar, que culminou na demissão de Mugabe, e é citado num relatório da ONU sobre a pilhagem dos recursos naturais na RDC, o novo ministro da agricultura, é o general da Força Aérea Perence Shiri, que com o actual Presidente dirigia a tristemente célebre divisão militar Gukurajundi, formada na Coreia do Norte, que causou cerca de 20 mil mortos em 1983, durante operações de repressão nas regiões de Matabeleland , no oeste do Zimbabué e Midlands no centro.
Estes militares viram-se assim recompensados pelo seu papel determinante na demissão de Robert Mugabe e na ascensão de Emmerson Mnangagwa, que quando tomou posse afirmou que o Zimbabué vivia o auge de uma nova democracia.
fonte: RFI

ANGOLA: Ó JOÃO, OLHA O PASSARINHO!

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Acabar com a corrupção em Angola seria como acabar com as vogais na língua portuguesa. Essa peregrina ideia de querer pôr, em Angola, os corruptos a lutar contra a corrupção é digna dos bons alunos que o regime do MPLA formou ao longo de 42 anos, contando – é claro – com o apoio de alguns exímios professores portugueses.

Por Orlando Castro
Ocombate à corrupção em Angola apresenta resultados mais baixos do que seria de esperar? Essa de chamar combate à fantochada do reino do MPLA, agora sob o comando do soba-maior João Lourenço, não passa de uma piada de belo efeito mediático.
Apesar dos “esforços”, traduzidos na produção de legislação, muitas das leis estão viciadas à nascença, com graves defeitos de concepção e formatação, o que as torna “ineficazes”.
O combate à corrupção está enfraquecido por uma série de deficiências resultantes da falta de uma estratégia nacional de combate a esta criminalidade complexa, bem como à manutenção de um regime nado e criada sob o manto da corrupção.
Nenhum Governo angolano até hoje estabeleceu, objectivamente, uma política de combate à corrupção no seu programa eleitoral, limitando-se apenas a enumerar um conjunto de considerandos vagos, de intenções simbólicas, de formas eufemísticas que mais não são do que atestados de menoridade a todos nós.
Mas do que é que estávamos à espera? Que os corruptos lutassem contra a corrupção que, aliás, é uma das suas mais importantes mais-valias? E mesmo que anunciassem medidas concretas, nunca seriam para cumprir. Por alguma coisa Angola em 42 anos teve só três presidentes da República e um só partido no Poder.
As poucas iniciativas legislativas tomadas, as mais vastas ementas de boas intenções, não têm travado a corrupção. Não têm nem terão. Este crime é, em Angola, uma forma impune e imune de ser milionário, de ser donos de escravos, de se estar podre por dentro mas brilhante por fora.
Tudo isto acontece pela manifesta cobardia tanto da comunicação social como da sociedade civil, para acompanhar os processos de produção de legislação e denunciar a má qualidade dos diplomas, a péssima formação dos políticos, dos gestores, dos empresários e de toda a ávida alcateia que mama no erário público.
Na política angolana existe uma total e criminosa (mas impune) irresponsabilidade dos eleitos face aos eleitores e as promessas de combate à corrupção nada mais significam, em termos práticos, de uma garantia de que é possível caçar elefantes com uma chifuta.
Para acabar com esta realidade, seria – para começar – necessário que a Assembleia Nacional fosse formada por políticos honestos (não um, mais um, alfobre da corrupção) que não temessem fiscalizar os actos do Governo, o registo de interesses de deputados e membros do Governo, criando um regime de incompatibilidades aos membros que integram os gabinetes governamentais.
Mais uma vez o Presidente João Lourenço resolveu falar do combate à corrupção. Falou. Falou bem. Mas, neste como em outros assuntos, apenas mudam as moscas…
Os angolanos, na generalidade e em teoria, são contra a corrupção, mas no dia-a-dia acabam por pactuar (até por questões de mera sobrevivência) com ela. Por isso continuamos sem saber como é que se pode combater algo que, em sentido lato, já é uma instituição do regime e do partido que o forma. Falha nossa, certamente.
“No nível simbólico, abstracto, toda a gente condena a corrupção, mas no nível estratégico, no quotidiano, as pessoas acabam por pactuar com a corrupção, até nos casos mais graves, de suborno”, disse o politólogo Luís de Sousa, co-autor, com João Triães, do livro “Corrupção e os portugueses: Atitudes, práticas e valores”.
Não sabemos o que se chamará ao facto de quando alguém se candidata a um emprego lhe perguntarem a filiação partidária. Será corrupção? E quando dizem que “se fosse filiado no MPLA teria mais possibilidades”? Ou quando se abrem concursos para cumprir a lei e já se sabe à partida quem vai ocupar o lugar?
Paulo Morais, na apresentação deste livro, afirmou que a obra confirma que “os portugueses são algo permissivos” relativamente à corrupção, o que considera ser uma herança da “lógica corporativa do tempo de Salazar”.
Se o cidadão anónimo é permissivo por ter sido influenciado pela “lógica corporativa do tempo de Salazar”, quem terá influenciado – no caso de Angola – os presidentes, os ministros, os políticos, os administradores, os banqueiros, os gestores, os generais, os patrões?
“A estrutura de poder actual é, basicamente, a estrutura de poder do doutor Oliveira Salazar. É uma estrutura que se mantém e nos asfixia”, disse Paulo Morais, realçando que, enquanto perdurar esta lógica, “os grandes interesses ficam na mão do grande capital”.
Nesta matéria as similitudes entre Portugal e Angola são mais do que muitas. Afirmar que os níveis de corrupção existentes em Angola superam tudo o que se passa em África, conforme relatórios de organizações internacionais e nacionais credíveis, é uma verdade que a comunidade internacional, Portugal incluído, reconhece mas sem a qual não sabe viver.
Aliás, basta ver como os políticos e as grandes empresas, portuguesas e muitas outras, investiram forte no clã Eduardo dos Santos como forma de fazerem chorudos negócios… até com a venda limpa-neves. Basta estar atentos para ver que já estão a fazer o mesmo com a equipa de João Lourenço.
Com este cenário, alguém se atreverá a dizer ao actual dono do poder angolano, João Lourenço, que é preciso acabar mesmo com a corrupção porque, se assim não for, será a corrupção a acabar com Angola?
Seja como for, a corrupção pode até ser uma boa saída para a crise angolana. Isto porque, como demonstram as teses oficiosas da comunidade internacional, é muito mais fácil negociar com regimes corruptos do que com regimes democráticos e sérios.


Quanto ao povo, esse tem de continuar a aprender a viver sem comer.
fonte: jornalf8.net

ANGOLA: “GOLPE DO BAÚ” DA TOTAL, ACUSA ISABEL DOS SANTOS.

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A empresária Isabel dos Santos afirmou hoje que a petrolífera francesa Total pretende ficar com os postos de abastecimento mais rentáveis da Sonangol Distribuidora, num acordo com o grupo petrolífero estatal angolano. O tempo (e não será muito) dirá se ela tem razão. Provavelmente tem.

Isabel dos Santos, que até 16 de Novembro foi Presidente do Conselho de Administração do grupo Sonangol, tendo sido então exonerada pelo chefe de Estado, João Lourenço, assumiu esta posição através do Twitter, uma das redes sociais que desde a sua saída da petrolífera tem utilizado para explicar o trabalho realizado em 17 meses.
De acordo com a empresária e filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, 85% do lucro da Sonangol Distribuidora, a subsidiária do grupo para a distribuição de combustíveis refinados, “vem de 75 postos de abastecimento”.
“E são esses que a Total pediu para ficar com eles. Vamos ver os próximos capítulos”, escreveu Isabel dos Santos, numa resposta, por sua vez, ao texto publicado no Twitter pelo actual ministro da Comunicação Social de Angola, João Melo, abordando o contrato assinado na segunda-feira, em Luanda, entre a nova administração da Sonangol, liderada por Carlos Saturnino, e a petrolífera francesa Total.
“O anúncio dos novos investimentos da Total em Angola é uma excelente notícia. Destaco também, em particular, a perspectiva da entrada da referida companhia na área da distribuição, tão logo o mercado seja liberalizado. O desmantelamento dos monopólios é imperioso”, lê-se no ‘post’ colocado pelo ministro João Melo.
As petrolíferas Sonangol e Total assinaram segunda-feira vários acordos de cooperação, entre os quais uma “joint-venture” para a importação e distribuição em Angola de produtos refinados do petróleo.
Os acordos foram assinados em Luanda pelo Presidente do Conselho de Administração da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol), Carlos Saturnino, e pelo presidente director-geral da Total, Patrick Pauyanné.
Patrick Pauyanné manifestou satisfação pelo novo impulso que Angola dá à área dos petróleos, muito afectada com o baixo preço do petróleo, que dá mostras de alguma melhoria com um preço um pouco acima dos 60 dólares por barril.
“Hoje assinamos vários acordos entre os quais o novo impulso para a exploração no bloco 48, que é um bloco em águas ultra-profundas, no qual teremos uma parceria com a Sonangol. Encontramos condições para avançar com o projecto no bloco 17, Zínia na fase 2. Quero agradecer ao presidente do conselho de administração da Sonangol por isso ter sido possível e lançar o projecto”, frisou.
Patrick Pauyanné sublinhou que, sendo a Total o primeiro operador do país, com uma produção diária de mais de 600 mil barris, era importante que se reunisse com o novo presidente da Sonangol.
Recorde-se, entretanto, o que o mesmo Patrick Pouyanné, CEO da Total, disse sobre a liderança de Isabel dos Santos na petrolífera nacional: “A Sonangol está a fazer exactamente aquilo que nós fizemos. Quando o preço do petróleo caiu todos sentimos dificuldades. A sua prioridade tem sido a transformação e equilíbrio das contas, o que tem sido positivo e permite voltar a pensar no desenvolvimento”.
Por sua vez, referindo-se à gestão de Isabel dos Santos, Eldar Saetre, CEO da Statoil disse: “Estamos em Angola há 26 anos e por isso temos uma grande experiência neste mercado que tem sido muito importante para a nossa empresa. Sempre tivemos uma relação muito próxima com a Sonangol e queremos mantê-la por muito tempo. Por isso estamos para ficar e encontrar novas oportunidades de colaboração com a Sonangol”.
Também Clay Neff, presidente da Chevron África afirmou no contexto do desempenho da anterior PCA: “Vemos as mudanças que a Sonangol está a fazer com muitos bons olhos. Existe uma colaboração muito positiva entre a Sonangol, a Chevron e os outros membros da indústria para melhorar as condições de investimento em Angola”.
Folha 8 com Lusa

Guiné-Bissau: Colectivo ameaça nomear Augusto Olivais.

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José Mário Vaz, presidente da Guiné-BissauSEYLLOU / AFP
A Guiné-Bissau corre o risco de ter dois governos a partir da próxima semana. O Colectivo dos Partidos Democráticos da Guiné-Bissau ameaça investir Augusto Olivais como primeiro-ministro e confirmou a realização de manifestações na quinta e sexta-feira.




Se até dia 12 de Dezembro, José Mário Vaz, presidente da Guiné-Bissau, não formar um Governo conforme com o Acordo de Conacri, “vamos pedir ao seu substituto legal no quadro da Constituição da Guiné-Bissau para nomear Augusto Olivais” chefe de Governo, afirmou Idrissa Djaló, do Partido de Unidade de Nacional.
Em conferência de imprensa, os líderes da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau e do Partido da Unidade Nacional, Nuno Gomes Nabiam e Idrissa Djaló respectivamente, prometem solicitar o Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau para investir Augusto Olivais como primeiro-ministro. Segundo o Colectivo dos Partidos Democráticos da Guiné-Bissau foi este o nome legalmente escolhido no âmbito do Acordo de Coankry.
Para pressionar o chefe de Estado, para quinta e sexta-feira, estão previstas marchas pacíficas que segundo a organização “vão continuar até ao dia que José Mário Vaz arranjar solução para a crise que ele próprio criou”, corroborou Nuno Nabian, da formação Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau e vice-coordenador do espaço dos partidos democráticos.
A delegação de alto nível da CEDEAO que, esteve este fim-de-semana em Bissau, numa missão de avaliação, concluiu que, depois de 5 meses, não se verificam progressos na aplcação do Acordo de Conacri e não afastou a possibilidade de aplicação de sanções na cimeira de Abuja, no próximo dia 16 de Dezembro, para obrigar a implementação do Acordo de Conakri.
Aliu Candé, em serviço especial para a RFI

Violência contra separatistas alastra-se nos Camarões.

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Milhares de pessoas estão a fugir de distritos anglófonos dos Camarões desde que Governo declarou guerra contra os separatistas do país. Cidadãos acusam as forças governamentais de violação sexual, mortes e perseguição.
fonte: DW África
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Protesto de separatistas a 1 de outubro no distrito anglófono de Buea
Na estrada Kumba-Mamfé, na região anglófona dos Camarões, no sul do país, o movimento diminuiu drasticamente. É por meio desta estrada que os bens comerciais da Nigéria são trazidos para os Camarões e vice-versa.
A comerciante Takem Ethel, de 32 anos, diz que muitos negócios da região foram suspensos desde que o Presidente camaronês, Paul Biya, declarou guerra aos grupos separatistas no final da semana passada.
"O número de postos de controlo é simplesmente insustentável. Como o Presidente anunciou que estava lutando contra terroristas, é como se ele tivesse libertado seus leões famintos, chamados militares, da sua cova. Aqueles que querem morrer podem viajar. Ainda tenho uma vida pela frente, então não vou me mudar", disse.
A situação é ainda mais tensa nas cidades de Mamfé e Eyumojock, onde pelo menos seis soldados e um polícia foram mortos na semana passada. O Governo dos Camarões diz que muitos combatentes separatistas estavam a ser treinados naquelas cidades e na fronteira com a Nigéria. Mamfé também é da cidade natal de Julius Ayuk Tabe, o homem que diz ser o primeiro Presidente da Ambazónia, o nome dado ao Estado que os separatistas afirmam ter criado. 
Peter Ayuk, residente de Mamfé, diz que a maioria dos jovens está a fugir da forte presença dos militares e que muitos deles não conseguem localizar os seus parentes.
"A aldeia do atual Presidente está em chamas. Os militares estão a queimar casas. Todos os jovens estão escondidos nas florestas. Não sei do meu pai e da minha mãe, não os vejo desde que os militares começaram a perseguir-nos. Por favor, as pessoas devem ajudar-nos. Os jovens estão a ser mortos. Alguns são levados e os corpos deixados no mato", lamentou.
Militares negam denúncias
Nyeke George Likiye, membro da sociedade civil no sudoeste dos Camarões, escreveu ao Governo denunciando que as tropas estão a cometer atrocidades contra a população. "Eles estão fazendo seu trabalho em proporções excessivas. Algumas prisões são arbitrárias. As pessoas estão sendo torturadas, espancadas. Isso não é correto", diz.
USA New York UN Paul Biya
Paul Biya, Presidente dos Camarões
O general Melingui Noma, um dos maiores oficiais dos Camarões, nega as denúncias e afirma que os militares estão a proteger a população.
"Desde que a crise começou, não houve aumento do número de militares nas unidades. Sabemos que, se quisermos superar essa crise, temos que garantir que a população está conosco. Não podemos perseguir as pessoas se quisermos informações delas", sublinhou.
A violência entrou em erupção nos Camarões quando os separatistas iniciaram uma campanha para a independência completa da região anglófona, que foi declarada mais tarde, a 1 de outubro. No entanto, o Presidente Paul Biya rejeitou a declaração de independência e advertiu contra qualquer ideia de dividir o país.

Moçambique: Mocímboa da Praia foi palco de novo ataque.

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Atacantes mataram duas pessoas, incendiaram casas e destruíram uma igreja, anunciou a polícia. Quatro pessoas ficaram feridas. Polícia nega relação deste episódio de violência com os ataques de outubro em Cabo Delgado.
fonte: DW África
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O novo ataque em Mocímboa da Praia, na província nortenha de Cabo Delgado, ocorreu na semana passada (29.11), cerca de dois meses depois da onda de violência que as autoridades atribuem a extremistas islâmicos.
"Um grupo de atacantes vandalizou casas, estabelecimentos e uma igreja cristã", nas aldeias de Mitumbate e Makulo, em Mocímboa da Praia, anunciou Inácio Dina, porta-voz da do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM). "Quatro pessoas ficaram feridas e duas morreram", acrescentou.
O porta-voz negou qualquer ligação entre este episódio de violência e o ataque de outubro. "Não queremos relacionar prematuramente estes ataques com aquele de 5 de outubro", afirmou Inácio Dina. Entretanto, "a segurança e a ordem pública" foram restabelecidas na região, garantiu o porta-voz da PRM.
A 5 e 6 de outubro, dois homens armados atacaram três postos da polícia em Mocímboa da Praia, nas proximidades com a fronteira tanzaniana. No balanço, morreram pelo menos dois agentes e outros quarto elementos das forças de segurança, além de um número incerto de atacantes que diferentes dados das autoridades colocam acima das 10 vítimas.
Autoridades identificaram suspeitos
Entretanto, o governo distrital de Mocímboa da Praia anunciou na segunda-feira (04.12) a identificação de dois suspeitos de organizarem os ataques de outubro, cujo paradeiro é desconhecido,
Mosambik Mocímboa da Praia
Governo distrital de Mocímboa da Praia identificou dois suspeitos dos ataques
Nuro Adremane e Jafar Alawi, dois moçambicanos, constam de um documento entregue pelo administrador ao governo provincial de Cabo Delgado na última semana e citado pelo jornal estatal Notícias.
Ao mesmo grupo é atribuída a autoria de dois homicídios e de um incêndio que destruiu 27 casas de uma aldeia naquele distrito, na última semana, acrescentou Rodrigo Puruque, administrador de Mocímboa da Praia.
O governo distrital refere que os suspeitos estudam doutrinas religiosas na Tanzânia, Sudão e Arábia Saudita, onde alegadamente recebem treinos militares e aprendem a manusear armas de fogo e armas brancas, fora do controlo das instituições formais.
Na sequência da violência em outubro, em Mocímboa da Praia, as autoridades fizeram cerca de 50 detenções e ordenaram o encerramento de três mesquitas que, alegadamente, seriam frequentadas pelos extremistas islâmicos envolvidos nos ataques.
Entretanto, o Presidente moçambicano Filipe Nyusi afastou em outubro Graça Tomás Chongo do cargo de chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Nyusi exonerou também Júlio dos Santos Jane do cargo de Comandante-Geral da PRM para o nomear Diretor-Geral do Serviço de Informações e Segurança do Estado SISE, dispensando desse cargo Lagos Lidimo.


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