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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Morreu o homem que salvou o mundo.

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O ex-militar sovitético Stanislav Petrov, em 2013


O ex-militar sovitético Stanislav Petrov, em 2013 OLIVER KILLIG/EPA

Em 1983, um militar soviético ignorou um alerta de ataque nuclear norte-americano, acreditando que se tratava de um falso alarme. A decisão evitou um conflito que poderia ter custado milhões de vidas. 

Stanislav Petrov, um antigo militar soviético que terá evitado o início de uma guerra nuclear entre Moscovo e Washington em 1983, morreu aos 77 anos. 

Petrov estava aos comandos de um centro soviético de detecção de lançamento de mísseis balísticos quando, na madrugada de 26 de Setembro de 1983, viu num ecrã um aviso do disparo de vários projécteis norte-americanos. 

O ex-militar recusou passar a informação aos seus superiores, o que teria desencadeado um ataque nuclear em resposta. Petrov, como disse anos depois em várias entrevistas, estava convicto de que o alerta tinha sido gerado por engano. 

“Tinha toda a informação [a sugerir que se estava perante um ataque norte-americano]. Se tivesse enviado a informação pela cadeia de comando acima, ninguém a teria posto em causa”, disse à BBC em 2013. 

“Tudo o que tinha a fazer era pegar no telefone, accionar a linha directa para os nossos mais altos comandantes, mas não consegui mexer-me. Senti-me sentado numa frigideira a ferver”, contou. 

Petrov estava certo, como percebeu minutos depois. Os Estados Unidos não tinham lançado qualquer míssil nuclear, e o alerta automático tinha sido emitido por engano depois de um satélite espião ter confundido um reflexo do sol nas nuvens com o brilho do disparo de um projéctil. 

Apesar de ter sido alvo de uma reprimenda, o antigo oficial acabaria por ser elogiado e distinguido por Moscovo, recebendo ainda vários prémios internacionais, incluindo das Nações Unidas. 

Petrov morreu a 19 de Maio, em Moscovo. A morte só foi divulgada esta segunda-feira, depois de o realizador alemão Karl Schumacher ter telefonado à família por ocasião do seu aniversário.

fonte: publico.pt

Adão Minjy, o cantor angolano das vinte línguas.

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O jovem define-se como a voz da versatilidade africana. O amor, a solidariedade e a firmeza são os seus temas preferidos. Adão Minjy quer contribuir para o resgate dos valores africanos através da música.
fonte: DW ÁFRICA
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Adão Minjy
Foi no "Largo do Amor", no centro da cidade de Luanda, onde conversámos com Adão Minjy. Vestido com a tradicional camisa africana, calças de ganga e calçado preto, o jovem músico estava acompanhado da sua guitarra. "Definiria-me como a voz da versatilidade linguística em África", identificou-se Adão Minjy.
A sua versatilidade manifesta-se em mais de 20 línguas nacionais, africanas e internacionais, como o kimbundo, kikongo, ubundo, swahili, lingala, zulo, inglês, francês, espanhol, entre outros idiomas. A versatilidade de Minjy também se manifesta em mais de 10 estilos musicais: "canto afro-jazz, zouk, reggae, semba, kilapanga, rumba, entre outros estilos", explica o cantor.
Como muitas estrelas da música internacional, Adão Minjy também descobriu o seu talento na igreja. Aos cinco anos, os seus pais levavam-no à congregação religiosa onde começou a dar os primeiros passos no mundo da música.
"Sempre se acostumaram a levar-me à igreja, onde aprendi a cantar. Quando tinha cinco anos de idade, conforme eles contam, já fazia parte de grupos corais infantis e cresci a cantar na igreja. E estou aqui a desenvolver a minha veia artística", lembra o músico.
O trabalho de Adão Minjy tem ganho dimensão nacional e internacional. Com 15 anos de experiência, o músico diz que tem mais de 200 composições. Muitas delas já foram apresentadas em palcos angolanos e estrangeiros.
"Um dos palcos de referência que pisei foi na trienal de Luanda, o Palácio de Ferro, organizada pela Fundação Sindika Dokolo. Ao nível de África, já cantei também em Joanesburgo e estamos a conquistar outros países”, assegura Adão Minjy.
Um disco para breve
Na música, Adão Minjy também tem como objetivo "o resgate da cultura angolana e africana". Isto porque atualmente "poucos fazem músicas para preservar a cultura, mas sim com fins comerciais", explica o artista.
O seu primeiro trabalho discográfico deve ser lançado em breve, mais ainda "está no segredo dos deuses", sublinha.
Adão Minjy diz que, quando o disco estiver pronto, os amantes da música poderão ouvir sobretudo uma mensagem de "amor ao próximo, solidariedade, confiança e determinação naquilo que fazemos".

GUINÉ-BISSAU: LILICA BOAL, A ETERNA DIRETORA DA ESCOLA-PILOTO DO PAIGC.

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Escolhida por Amílcar Cabral para dirigir, em Conacri, a escola que preparava os filhos dos combatentes para a independência, Maria da Luz "Lilica" Boal agradece hoje "a sorte" de ter participado na luta de libertação.
 
Maria da Luz "Lilica" Boal nasceu em 1934 no Tarrafal de Santiago, dois anos antes de o Governo português criar a Colónia Penal naquele concelho cabo-verdiano para encarcerar os presos políticos que se opunham ao regime.
 
Foi durante os tempos de aluna universitária na capital portuguesa, Lisboa, onde frequentava a Casa dos Estudantes do Império, que passou a identificar-se cada vez mais com os ideais da libertação.
 
Em 1961, ano em que começou o conflito armado em Angola, um grupo de estudantes africanos das então colónias portuguesas fugiu de Portugal, rumo à luta pela independência. Entre eles estava Lilica Boal, então com 26 anos e mãe de uma bebé de 17 meses.
 
Depois de passar pelo Gana e pelo Senegal, onde tratava os feridos de guerra que aí chegavam por Ziguinchor, na fronteira, Lilica Boal assumiu a direção da Escola-Piloto do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), inaugurada em 1965, em Conacri, para acolher os filhos combatentes e os órfãos de guerra. A professora era também responsável pela elaboração dos manuais escolares.
 
DW África: Em junho de 1961, ano do início do conflito armado em Angola, integrou um grupo de estudantes africanos que fugiu de Portugal para continuar a luta pela independência noutros destinos. Recorda-se dessa travessia?
 
Lilica Boal (LB): Recordo-me muito bem. Nessa altura estava a preparar a minha tese para a licenciatura em História e Filosofia. Frequentava muito a Casa dos Estudantes do Império e, a partir daí, organizou-se essa saída de um grupo de estudantes dos diferentes países, mas mais de Angola, que se queriam juntar aos movimentos de libertação.
 
Saímos de Lisboa para o Porto e, no dia seguinte, muito cedo, partimos em direção à fronteira espanhola. Mas, em Espanha, a polícia já estava à nossa espera. Fomos chamados para a polícia e cada um ia fazendo a sua declaração. Entretanto, terá havido uma intervenção da Igreja Protestante, porque depois ficámos instalados numa igreja do Conselho Ecuménico das Igrejas. Portugal já tinha pedido a Espanha para nos mandar de volta. [Mas] fomos libertados em Espanha e seguimos para Paris.
 
Entretanto, houve comunicação com outros países de África, com o Gana. E aí [o Presidente] Kwame Nkrumah prontificou-se a mandar um avião para nos ir buscar à Alemanha. Chegados ao Gana fomos alojados num liceu. Era um grupo de cerca de 50 jovens estudantes. Tivemos oportunidade de contactar vários dirigentes dos outros países [como os angolanos Viriato Cruz e Lúcio Lara]. Foi aí que eu me encontrei, pela primeira vez, com Amílcar Cabral que, por acaso, conhecia muito bem a minha família do Tarrafal.
 
DW África: Como foi esse primeiro encontro com Amílcar Cabral?
 
LB: Foi muito bom. Ele era uma pessoa de uma simplicidade extraordinária, um grande pedagogo. Falando com ele uma pessoa sentia-se muito mais livre e convicta daquilo que poderíamos fazer. Ele perguntava a cada um o que é que queria fazer a partir daí. Eu estava casada com um estudante angolano de medicina, o Manuel Boal, que foi no grupo de angolanos que foram para a frente no Congo-Kinshasa, para a criação de uma frente de saúde para apoiar os feridos de guerra de Angola.
 
Eu tinha um bebé de 17 meses. Naquele contexto, não quisemos trazer a bebé. Não sabíamos para onde íamos, o que é que ia acontecer. Foi realmente o momento mais duro, ter que separar-me da bebé. Então mandei a minha filha para a minha mãe, que vivia no Tarrafal, e nós fomos.
 
Do Gana fomos para Conacri, onde estava a base do PAIGC. E de lá eu preferi ir para o Senegal para poder ter contacto com a família. Fiquei integrada no PAIGC, a trabalhar no "bureau" do partido.
 
Lilica Boal
Lilica Boal fala com saudades dos tempos em que era diretora da Escola-Piloto em Conacri
 
DW África: E no Senegal trabalhava na mobilização de cabo-verdianos para o PAIGC?
 
LB: Sim. Muitas vezes, o Pedro Pires e eu saíamos naqueles autocarros para contactar a comunidade cabo-verdiana. Não falávamos com muitas pessoas, mas, mesmo assim, discutíamos a situação do país naquele momento e aquela onda de independências que estávamos a viver - no Senegal, na Guiné-Conacri, no Gana, na Costa do Marfim. Discutíamos a possibilidade de também nós conseguirmos lutar para conseguir a independência de Cabo Verde.
 
Mas, no "bureau", eu também trabalhava na administração de finanças e contactava com os feridos de guerra que vinham do norte da Guiné-Bissau, através de Ziguinchor. Tínhamos um lar dos combatentes, onde eles ficavam alojados. E, estando aí, em contacto com a minha filha - porque mais tarde a minha mãe conseguiu ir até ao Senegal levar-ma, mas nessa altura ela já tinha cinco anos – eu fazia esse trabalho de educação no Senegal e em Conacri.
 
A Escola-Piloto foi criada depois do Congresso de Cassacá [em 1964]. No entanto, como eu estava preocupada com o problema da minha filha, só em 1969 assumi a direção da Escola-Piloto em Conacri.
 
DW África: Que era uma escola fundada por Amílcar Cabral a pensar na formação de quadros que viriam a conduzir os destinos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde quando estes fossem independentes.
 
Bildergalerie 40 Jahre Nelkenrevolution 40 Jahre UnabhängigkeitLilica Boal recorda Amílcar Cabral como "um grande pedagogo"
 
LB: Uma das grandes decisões desse congresso foi realmente a criação de uma escola que pudesse receber os órfãos de guerra e os filhos dos combatentes com o objetivo de dar uma formação já virada para a criação do tal "homem novo" de que falava Amílcar Cabral.
 
DW África: E o que era mais importante ensinar aos alunos?
 
LB: Ensinávamos Português e depois introduzimos também o Francês e o Inglês. Íamos até à sexta classe, mas os alunos mais avançados tiveram realmente muitas facilidades quando foram estudar para o estrangeiro. Porque nós conseguimos bolsas para a formação deles a partir da sexta classe. Mandámos alunos para Cuba, para a então União Soviética, para a Alemanha Democrática, para a Checoslováquia. E dávamos também História, a nossa História. Os manuais que nós elaborávamos eram virados para a Geografia e a História da Guiné e Cabo Verde.
 
DW África: Em apenas dez anos, o PAIGC formou mais quadros do que o regime colonial em 500 anos. A "arma da teoria" era tão ou mais importante que a luta armada?
 
LB: Sim, a preocupação de Cabral era essa. Ele dizia-me mesmo: "Se eu pudesse, fazia uma luta só com livros, sem armas." Era a melhor maneira de preparar os quadros para o futuro. E, dentro da escola, havia realmente uma relação estreita entre professores e alunos, de respeito mútuo. Isso continuou até hoje. Quando encontro um antigo aluno da Escola-Piloto é sempre um momento gratificante.
 
DW África: As zonas libertadas foram visitadas por vários grupos, por exemplo de jovens. Como foram as reações a esta sociedade sui generis, a este modelo único que encontraram na Guiné?
 
LB: Ficavam encantadas. Nas zonas libertadas, a comunidade era unida e recebia bem os visitantes. As pessoas eram de uma gentileza fora de série. Quando eu me levantava de manhã já havia um balde de água ao sol para aquecer para eu não tomar banho com água fria. Foram coisas que me marcaram.
 
Lilica Boal
Lilica Boal durante a visita de uma delegação soviética à Escola-Piloto do PAIGC em Conacri, em 1965
 
DW África: Há algum episódio durante a luta de libertação nacional que a tenha marcado em especial?
 
LB: Há um que conto sempre porque me marcou. Naquela saída de Paris para a Alemanha íamos em autocarros. E nós saímos de Portugal apenas com um saquinho de cinco quilos. Na altura, como era uma saída clandestina, não tínhamos a hora exata da saída de autocarro. Então, eu saí para ver umas montras. Quando voltei, os camaradas já estavam no autocarro. E eu procuro o meu saco. "Onde é que está o meu saco?" Disseram-me: "O Pedro [Pires] é que levou". Porque o camarada Pires, pensando que uma senhora precisa mais de um saco do que um homem, deixou o saco dele e levou o meu. Para mim, isso é a prova do altruísmo do Pires que me marcou.
 
DW África: E como foi o dia em que soube da Revolução dos Cravos em Portugal, a 25 de Abril de 1974? Como é que recebeu essa notícia?
LB: Foi uma coisa que parecia pólvora. Quando soubemos dessa revolução, eu entrava numa sala de aula e dizia: "revolução em Portugal!" Era como se tivéssemos acendido um fósforo. Toda a sala se levantava! Passei de turma em turma a informar dessa revolução. Eu sinceramente não estava à espera daquilo naquele momento e certamente os alunos também não.
 
Isso foi uma das coisas que me marcou. Outra foi quando, após esse período, os militares começaram a deitar abaixo aviões portugueses. Cada vez que tínhamos informação de aviões que tinham ido abaixo, eu ia também às salas de aula e os alunos pintavam logo um avião e uma maca com feridos de guerra a serem transportados.
 
Outro momento que me marcou foi quando a Titina Silá [guerrilheira do PAIGC], que vinha de Ziguinchor para vir assistir às cerimónias fúnebres de Amílcar Cabral, morreu ao atravessar o rio. Quando me contaram que a Titina tinha morrido eu não queria acreditar.
 
DW África: E quase 40 anos depois da proclamação da independência de Cabo Verde a luta valeu a pena?
 
LB: Se valeu! Porque eu que conheci um Cabo Verde em que eu, para fazer o liceu, tive de ir a São Vicente, porque não havia um único liceu em Santiago. Agora eu vou ao Tarrafal e vejo o liceu com todas as condições que tem agora, vejo os jovens frequentando o liceu, com uniforme, com uma cantina.
 
Tive muita sorte. Primeiro, pela oportunidade de ter participado nessa caminhada. E, segundo, por ter chegado ao fim com vida para ver o que estou a ver agora. Valeu a pena.
 
Fonte: DW África

MNE DA GUINÉ-BISSAU ACUSA PORTUGAL DE "DESPREZO QUASE CANINO" SOBRE SITUAÇÃO DA RTP.

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Por nós o governo da Guiné-Bissau deve pôr um ponto final nessa palhaçada, ou seja, cortar definitivamente as emissões desses órgãos de manipulação e desinformação sobre a realidade do nosso país. Os fascistas ainda não perceberam que a Guiné-Bissau mudou, ainda acham que são donos dos nossos destinos, enfim.
 
Noutro dia ouvimos o MNE de Portugal a condicionar as negociações  com o governo da Guiné-Bissau, disse que o governo de Portugal só sentaria a mesa de negociações se as emissões da RDP-África e RTP África fossem retomadas no nosso país. Mas que falta de respeito! Isso é inadmissível, trata-se de um insulto à nação guineense, por outro lado a Guiné-Bissau, não é obrigada ter emissões de RDP-África e RTP-África no seu território e  consumir constantemente  informações nojentas e tóxicas. Chega! Esses órgãos não fazem falta nenhuma na Guiné-Bissau, o governo deve manter-se firme e não ceder as chantagens e pressões da máfia lusófona e fascistas que a todo custo querem nos impor emissões nocivas para seus próprios proveitos. 
 
Se os tugas fascistas não ganhassem nada com RDP África e RTP África na Guiné-Bissau, não estaria stressados com a suspensão das emissões desses órgãos no território nacional, ficaram desesperados e pediram a ONU, UE, UA, CPLP e alguns bajuladores nacionais e estrangeiros para convencerem o governo liderado por Umaro Embaló para reatar as emissões desses órgãos, mas não tiveram sucesso, esse nega causa a ira nos sectores conservadores lusos, razão pela qual, adotaram a postura acima referida. Tugas fascistas foronta ohhh, tugas fascistas forontaaaa, toki é pidi ONU, UE, CPLP, e utrus sufas e bariduris di padja pa é papia ku guvernu di nô terra pa i tem pacensa é liga RDP i RTP África pa i bata ôbido na nô terra, ma bons fidjus di terra maça lata. Assim propi, Viva JOMAV! Viva governo da Guiné-Bissau! Abaixo bajuladores e alienados,
 
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau acusou hoje as autoridades de Portugal de "um desprezo quase canino" face à ausência de respostas a propostas para negociar o protocolo de transmissão da RTP e RDP naquele país.
 
"O que há é apenas a suspensão das emissões no quadro da ausência de resposta a várias e várias iniciativas para o diálogo e para a revisão do acordo" que regula a transmissão da RTP e RDP usando os meios das estações públicas da Guiné-Bissau, disse o ministro Hélder Vaz Lopes, à margem de uma cerimónia, em Lisboa, para assinalar os 44 anos da independência.
 
"Houve um desprezo quase canino, permitam-me a expressão. Nós somos um Estado, não somos outra coisa qualquer", acrescentou, dizendo também que "quando se pretende espezinhar o Estado da Guiné-Bissau e colocar o país na situação de ter de ceder por ser país mais pobre, estamos a afrontar o povo da Guiné-Bissau".

Em causa está a suspensão das emissões da rádio e televisão públicas portuguesas usando as antenas da rádio e televisão públicas da Guiné-Bissau, uma situação regulamentada por um protocolo entre os dois governos, que a Guiné-Bissau quer rever.
 
"As emissões [da RTP e RDP] não estão cortadas, estão acessíveis às pessoas, como outros canais, estamos a falar das emissões emitidas pelas antenas nacionais", disse o MNE guineense, salientando que em Portugal a estação pública de rádio e televisão também não passa as emissões das suas congéneres guineenses e que "as emissões em território nacional são uma questão de soberania".
 
Questionado sobre onde está o impasse que tem arrastado esta situação, Hélder Vaz Lopes resumiu: "nós enviámos cartas, estamos a aguardar resposta, não sabemos onde está o impasse, terão de ser os senhores [jornalistas] a avaliar. Na primeira carta propusemos uma data e um local, na segunda disponibilizámo-nos para ser em qualquer lado, portanto digam-me os senhores onde está o impasse".
 
Sobre os profissionais da RTP e RDP no país, o MNE garantiu que "não estão impedidos de trabalhar", uma vez que isso teria de ser feito através de um ato legal do qual não tem conhecimento.
 
Para Hélder Vaz Lopes, a questão resume-se à vontade do país progredir.
 
"Desejamos migrar para Televisão Digital Terrestre, temos uma estratégia, queremos dar passos em frente, queremos implementar uma estratégia sem sermos cerceados em nome da liberdade de imprensa, de maldades... não há maldades nenhumas, queremos é progredir enquanto país, como todos os outros", concluiu o diplomata.
 
A 30 de junho, o ministro da Comunicação Social guineense anunciou a suspensão das atividades da RTP na Guiné-Bissau, alegando a caducidade do acordo de cooperação no setor da comunicação social assinado entre Lisboa e Bissau.
 
O ministro justificou a decisão da suspensão das atividades da rádio e televisão portuguesas no país com questões técnicas.
 
Na semana passada, o primeiro-ministro guineense mostrou-se convicto de que a situação estaria ultrapassada até ao fim do ano.
 
Lusa, em http://www.dn.pt

Dissidente do PAIGC quer enterrar machado de guerra.

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Imagem de Arquivo.

SEYLLOU SEYLLOU / AFP

O grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC organizou um encontro para pensar o futuro do partido histórico da Guiné-Bissau. Rui Diã de Sousa, antigo ministro e um dos 15 deputados dissidentes, defende que é altura de “enterrar o machado de guerra” e unir o partido.




O grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC organizou um encontro, que começou no domingo e termina esta terça-feira, sob o lema "reflexão para salvação do PAIGC de Amílcar Cabral", o fundador do partido e pai das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde.
O encontro acontece depois de o PAIGC ter organizado a sua Universidade de Verão e de estar a preparar as comemorações de mais um aniversário do partido em Gabu, esta terça-feira.
A reunião, numa unidade hoteleira de Bissau, é palco para uma discussão dos estatutos do PAIGC e também uma ocasião para os militantes, de costas voltadas com a atual direcção, esgrimirem argumentos.
Exprimindo-se em crioulo, Rui Diã de Sousa, antigo ministro e um dos 15 deputados dissidentes, disse que o momento não é mais de troca de acusações sobre quem realmente fomentou a crise no seio do PAIGC: se os 15 deputados ou se a direcção liderada por Domingos Simões Pereira.
Diã de Sousa afirmou que a hora é de reunificar o partido e de prepará-lo para os próximos embates eleitorais.
O responsável disse, ainda, que o melhor a ser feito neste momento é que as duas partes em disputa enterrem o machado de guerra, promovam um diálogo franco, com paciência e tolerância.
Rui Diã de Sousa sublinhou que se persistir a guerra no seio do PAIGC, o mais certo é o partido ir irremediavelmente parar à oposição nas próximas eleições de 2018.
Oiça aqui a reportagem de Mussá Baldé, correspondente em Bissau.
Correspondência da Guiné-Bissau
fonte: RFI

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