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NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Como a oposição driblou as fraudes e venceu a eleiçao na Venezuela.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Lilian Tintori, esposa do líder da oposição venezuelana preso Leopoldo Lopez, celebra com os candidatos da coligação dos partidos da oposição venezuelana, durante uma coletiva de imprensa sobre a eleição em Caracas - 06/12/2015(Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Se a Venezuela é uma ditadura, ou algo próximo disso, como a oposição conseguiu ganhar as eleições legislativas deste domingo, 6 de dezembro? A explicação passa pelas características únicas do autoritarismo chavista, mas também pela eficiente estratégia que a oposição adotou para reduzir o dano das maracutaias eleitorais no resultado final.
O presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em 2013, criou um estilo de governar que tirava sua legitimidade de uma aprovação popular aparentemente inabalável, confirmada seguidas vezes por meio do voto. Em dezessete anos de governo chavista, foram realizadas dezesseis eleições - para presidente, para governador, para prefeito, para a Assembleia Nacional, além de plebiscitos. O ex-presidente Lula se referia a isso quando disse, em 2005, que na Venezuela havia "democracia em excesso". Nada mais falso. As eleições, na Venezuela, servem para dar um verniz democrático ao regime, mas elas não transcorrem de maneira livre e justa.
As condições para a campanha eleitoral são desiguais. O governo utiliza em peso os recursos públicos para garantir a dependência da população em relação ao Estado, por meio de programas distributivistas (as chamadas misiones), do inchaço da máquina pública, e da criação de milícias, que emprega até idosos, cuja missão é defender a "revolução". Além disso, o governo controla os canais de TV abertos - mesmo os que não pertencem ao Estado não se atrevem a fazer críticas ao governo, para não perder a outorga, como já ocorreu no passado. Só há um jornal diário no país que questiona as políticas governamentais. Mas o mais grave é a ausência de independência entre os poderes. O Executivo, sob o sistema chavista, controla o Ministério Público e os tribunais, desde a primeira instância até o Tribunal Supremo de Justiça. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) é totalmente subserviente aos mandos do governo. E a cada eleição, o órgão máximo da justiça eleitoral cria novas dificuldades para a oposição ou fecha os olhos para violações evidentes da lei.
As eleições deste ano, por exemplo, já estavam viciadas muito antes da abertura das urnas, porque o peso dos distritos eleitorais foram alterados, com base em supostas modificações demográficas, com o único propósito de favorecer os candidatos chavistas. Distritos com grande número de eleitores da oposição passaram a ter direito a menos cadeiras na Assembleia, enquanto aqueles de maior controle chavista ganharam mais vagas.
Ao longo da jornada eleitoral deste domingo, a reportagem de VEJA percorreu mais de duas dezenas de centros de votação na capital, Caracas. Nos bairros mais pobres, havia sempre um toldo vermelho com cabos eleitorais chavistas a poucos metros dos centros de votação. Em um caso, o toldo estava exatamente em frente ao local de votação. Isso é absolutamente irregular pelas regras eleitorais do país, que proíbe a campanha boca de urna a menos de 200 metros dos centros de votação, mas a Guarda Nacional Bolivariana e a polícia nada faziam para coibir o fenômeno.
O regime chavista se utiliza também da estratégia da intimidação para afastar os eleitores da oposição. Os venezuelanos desconfiam que o voto, na verdade, não é secreto, pois é preciso fazer a identificação biométrica antes de se dirigir para a urna eletrônica. Essa desconfiança tem razão de ser: no passado, as assinaturas para um referendo que pretendia revogar o mandato de Hugo Chávez foram tornadas públicas por um deputado chavista e utilizadas para demitir funcionários públicos e excluir empresários de licitações governamentais. Valendo-se dessa desconfiança, alguns colectivos chavistas, como são chamadas as gangues armadas ligadas ao governo, ocuparam centros de votação em diversos pontos do país. É possível imaginar o temor dos eleitores de votar em um lugar tomado por civis armados e hostis. Até o meio-dia do dia 6, havia quinze centros de votação nessas condições. O CNE ignorou esses episódios.
Mas o momento mais delicado e vulnerável a fraudes é o do fechamento dos centros de votação e das urnas. Em outras eleições, muitas urnas permaneciam abertas por várias horas mesmo depois de as portas dos centros terem sido fechadas para os eleitores. Quando caía a noite e as ruas se esvaziavam, chegavam ônibus cheios de pessoas trazidas por militantes chavistas que eram levadas para dentro dos centros de votação com o propósito de votar ilegalmente pelos eleitores que não haviam comparecido às urnas.
Nas eleições deste domingo, a oposição fez uma complexa operação para impedir este tipo de fraude.
Organizou-se uma vasta rede de observadores (testigos, ou testemunhas), cadastrados junto ao CNE, cuja missão era permanecer dentro dos centros de votação após o encerramento do pleito até que se fechassem as urnas. Este momento é importante por dois motivos: primeiro, porque permite aos observadores conferir a contagem eletrônica dos votos, que é impressa instantaneamente, e segundo porque lhes dá a chance de exigir, como manda a lei, que se abra mais da metade das urnas onde se depositam as cédulas de papel que servem para auferir a votação digital.
Além dos testigos, alguns partidos políticos de oposição mantiveram milhares de observadores na maioria dos centros de votação do país. Esses cidadãos enviavam mensagens de texto com informações simples sobre o andamento da votação, inclusive com alertas de fraude, para os "bunkers" da oposição. As mensagens eram recebidas e catalogadas automaticamente por programas de computador.
Toda essa rede de informantes permitiu à oposição ter uma noção muito acurada dos resultados da eleição muito antes do anúncio oficial do CNE, que só foi feito depois da meia-noite. Às 23h, na sede de um partido em Caracas, os militantes já comemoravam em voz baixa o que estimavam ser a vitória de 113 deputados de oposição. Apesar de otimistas, davam como certo que algumas dessas cadeiras seriam solapadas de última hora na contagem da CNE, especialmente nos centros de votação em que a diferença de votos entre o candidato chavista e o de oposição era pequena.
Quanto à tática de levar militantes para votar na calada da noite em nome de eleitores que se abstiveram, a reportagem de VEJA presenciou uma cena interessante na favela de La Vega, em Caracas. Um pouco antes de o centro de votação instalado no colégio Amanda de Schnell ser fechado, a rua em frente já estava ocupada por moradores tomando batidas com rum e dançando funk. Eram todos eleitores da oposição, em um bairro que já foi majoritariamente chavista. Sua função ali era impedir que falsos eleitores fossem trazidos para o centro de última hora. Os moradores estavam certos de se preocupar. Afinal, o centro foi fechado às 19h e, apesar de não haver mais nenhum eleitor votando, um capitão do exército dizia para os observadores, como quem sugeria que era hora de ir para casa: "Ainda vai demorar muito para as urnas serem fechadas".
A fiscalização urna por urna feita por militantes da oposição e a coragem da população foi o que garantiu o resultado. Seria muito difícil para o CNE manipular os números em nível nacional depois disso. Foi a vitória da informação.
#veja.com.br
Lilian Tintori, esposa do líder da oposição venezuelana preso Leopoldo Lopez, celebra com os candidatos da coligação dos partidos da oposição venezuelana, durante uma coletiva de imprensa sobre a eleição em Caracas - 06/12/2015(Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Se a Venezuela é uma ditadura, ou algo próximo disso, como a oposição conseguiu ganhar as eleições legislativas deste domingo, 6 de dezembro? A explicação passa pelas características únicas do autoritarismo chavista, mas também pela eficiente estratégia que a oposição adotou para reduzir o dano das maracutaias eleitorais no resultado final.
O presidente venezuelano Hugo Chávez, morto em 2013, criou um estilo de governar que tirava sua legitimidade de uma aprovação popular aparentemente inabalável, confirmada seguidas vezes por meio do voto. Em dezessete anos de governo chavista, foram realizadas dezesseis eleições - para presidente, para governador, para prefeito, para a Assembleia Nacional, além de plebiscitos. O ex-presidente Lula se referia a isso quando disse, em 2005, que na Venezuela havia "democracia em excesso". Nada mais falso. As eleições, na Venezuela, servem para dar um verniz democrático ao regime, mas elas não transcorrem de maneira livre e justa.
As condições para a campanha eleitoral são desiguais. O governo utiliza em peso os recursos públicos para garantir a dependência da população em relação ao Estado, por meio de programas distributivistas (as chamadas misiones), do inchaço da máquina pública, e da criação de milícias, que emprega até idosos, cuja missão é defender a "revolução". Além disso, o governo controla os canais de TV abertos - mesmo os que não pertencem ao Estado não se atrevem a fazer críticas ao governo, para não perder a outorga, como já ocorreu no passado. Só há um jornal diário no país que questiona as políticas governamentais. Mas o mais grave é a ausência de independência entre os poderes. O Executivo, sob o sistema chavista, controla o Ministério Público e os tribunais, desde a primeira instância até o Tribunal Supremo de Justiça. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) é totalmente subserviente aos mandos do governo. E a cada eleição, o órgão máximo da justiça eleitoral cria novas dificuldades para a oposição ou fecha os olhos para violações evidentes da lei.
As eleições deste ano, por exemplo, já estavam viciadas muito antes da abertura das urnas, porque o peso dos distritos eleitorais foram alterados, com base em supostas modificações demográficas, com o único propósito de favorecer os candidatos chavistas. Distritos com grande número de eleitores da oposição passaram a ter direito a menos cadeiras na Assembleia, enquanto aqueles de maior controle chavista ganharam mais vagas.
Ao longo da jornada eleitoral deste domingo, a reportagem de VEJA percorreu mais de duas dezenas de centros de votação na capital, Caracas. Nos bairros mais pobres, havia sempre um toldo vermelho com cabos eleitorais chavistas a poucos metros dos centros de votação. Em um caso, o toldo estava exatamente em frente ao local de votação. Isso é absolutamente irregular pelas regras eleitorais do país, que proíbe a campanha boca de urna a menos de 200 metros dos centros de votação, mas a Guarda Nacional Bolivariana e a polícia nada faziam para coibir o fenômeno.
O regime chavista se utiliza também da estratégia da intimidação para afastar os eleitores da oposição. Os venezuelanos desconfiam que o voto, na verdade, não é secreto, pois é preciso fazer a identificação biométrica antes de se dirigir para a urna eletrônica. Essa desconfiança tem razão de ser: no passado, as assinaturas para um referendo que pretendia revogar o mandato de Hugo Chávez foram tornadas públicas por um deputado chavista e utilizadas para demitir funcionários públicos e excluir empresários de licitações governamentais. Valendo-se dessa desconfiança, alguns colectivos chavistas, como são chamadas as gangues armadas ligadas ao governo, ocuparam centros de votação em diversos pontos do país. É possível imaginar o temor dos eleitores de votar em um lugar tomado por civis armados e hostis. Até o meio-dia do dia 6, havia quinze centros de votação nessas condições. O CNE ignorou esses episódios.
Mas o momento mais delicado e vulnerável a fraudes é o do fechamento dos centros de votação e das urnas. Em outras eleições, muitas urnas permaneciam abertas por várias horas mesmo depois de as portas dos centros terem sido fechadas para os eleitores. Quando caía a noite e as ruas se esvaziavam, chegavam ônibus cheios de pessoas trazidas por militantes chavistas que eram levadas para dentro dos centros de votação com o propósito de votar ilegalmente pelos eleitores que não haviam comparecido às urnas.
Nas eleições deste domingo, a oposição fez uma complexa operação para impedir este tipo de fraude.
Organizou-se uma vasta rede de observadores (testigos, ou testemunhas), cadastrados junto ao CNE, cuja missão era permanecer dentro dos centros de votação após o encerramento do pleito até que se fechassem as urnas. Este momento é importante por dois motivos: primeiro, porque permite aos observadores conferir a contagem eletrônica dos votos, que é impressa instantaneamente, e segundo porque lhes dá a chance de exigir, como manda a lei, que se abra mais da metade das urnas onde se depositam as cédulas de papel que servem para auferir a votação digital.
Além dos testigos, alguns partidos políticos de oposição mantiveram milhares de observadores na maioria dos centros de votação do país. Esses cidadãos enviavam mensagens de texto com informações simples sobre o andamento da votação, inclusive com alertas de fraude, para os "bunkers" da oposição. As mensagens eram recebidas e catalogadas automaticamente por programas de computador.
Toda essa rede de informantes permitiu à oposição ter uma noção muito acurada dos resultados da eleição muito antes do anúncio oficial do CNE, que só foi feito depois da meia-noite. Às 23h, na sede de um partido em Caracas, os militantes já comemoravam em voz baixa o que estimavam ser a vitória de 113 deputados de oposição. Apesar de otimistas, davam como certo que algumas dessas cadeiras seriam solapadas de última hora na contagem da CNE, especialmente nos centros de votação em que a diferença de votos entre o candidato chavista e o de oposição era pequena.
Quanto à tática de levar militantes para votar na calada da noite em nome de eleitores que se abstiveram, a reportagem de VEJA presenciou uma cena interessante na favela de La Vega, em Caracas. Um pouco antes de o centro de votação instalado no colégio Amanda de Schnell ser fechado, a rua em frente já estava ocupada por moradores tomando batidas com rum e dançando funk. Eram todos eleitores da oposição, em um bairro que já foi majoritariamente chavista. Sua função ali era impedir que falsos eleitores fossem trazidos para o centro de última hora. Os moradores estavam certos de se preocupar. Afinal, o centro foi fechado às 19h e, apesar de não haver mais nenhum eleitor votando, um capitão do exército dizia para os observadores, como quem sugeria que era hora de ir para casa: "Ainda vai demorar muito para as urnas serem fechadas".
A fiscalização urna por urna feita por militantes da oposição e a coragem da população foi o que garantiu o resultado. Seria muito difícil para o CNE manipular os números em nível nacional depois disso. Foi a vitória da informação.
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ANGOLA: Isabel, compre a Time!
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
P ara este ano surgem nomes como Angela Merkel, Vladimir Putin e Donald Trump. Se, digamos, estes nomes são poucos dignos de ombrear numa lista em que seria obrigatório incluir José Eduardo dos Santos, já se aceitaria que o presidente vitalício de Angola disputasse o título com Abu Bakr Al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico.
Os últimos vencedores foram os homens e mulheres que combateram o Ébola (2014), o Papa Francisco (2013) e Barack Obama (2012).
Todos nós desejávamos que, este ano, a Time se lembrasse de Eduardo dos Santos, uma personalidade que, há décadas, tem sido o timoneiro de todas as qualidades e intervenções que mudaram o curso do mundo. Francamente. Incluir Putin, por exemplo, e esquecer o “escolhido de Deus” é um manifesto atentado contra uma personalidade, Eduardo dos Santos, que só em África deixa a quilómetros de distância dirigentes como N’Krumahn, Nasser, Amílcar Cabral, Senghor, Boigny, Hassan II ou Nelson Mandela.
Não fosse a “visão estratégica” do Presidente José Eduardo dos Santos e, reconheça-se, a democracia, a reconciliação, a igualdade, a liberdade, a equidade social já há muito tinham colapsado em todo o mundo.
O mundo e a Time têm de perceber, de uma vez por todas, que também na economia, tal como em todas as outras vertentes da vida, e da morte, dos angolanos, Deus tem em Eduardo dos Santos o seu escolhido. Poucos são os que se podem gabar de chefiar um clã que representa quase 100 por cento do Produto.
Interno Bruto dos seus países.
Além disso, José Eduardo dos Santos não chegou ontem à liderança de um país que é um paradigma celestial. Ele, o nosso “escolhido de Deus”, tinha 37 anos quando, a 21 de Setembro de 1979, foi investido no cargo, sucedendo António Agostinho Neto, que tinha morrido poucos dias antes, em Moscovo na sequência de uma intervenção divulgada como cirúrgica… no sentido clínico.
Capitaneados por aquele que deveria ser a Personalidade Mundial 2015, alguns angolanos continuarão a ser cada vez mais ricos e outros, pouco relevantes para o caso, continuarão a ser cada vez mais pobres. Embora seja assim há 40 anos, certo é que, como tudo na vida, não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe.
Até agora o líder do MPLA (partido que governa Angola desde 1975), presidente da República não eleito nominalmente e Titular do Poder Executivo, José Eduardo dos Santos, mostra que não brinca em serviço e que não descansará enquanto não for escolhido como personalidade mundial e, é claro, não conquistar um mais do que merecido Prémio Nobel.
Em abono do apoio que aqui manifestamos a José Eduardo dos Santos, lembramos que, de quando em vez, o Presidente revela um humor inaudito, visível quando exorta os seus súbditos a, nem mais nem menos, “não pactuar com a corrupção e com a apropriação de meios do erário público ou do partido”.
“Hoje é voz corrente equiparar a pessoa investida em funções políticas a um homem sem palavra, desonesto e sem escrúpulos. É necessidade absoluta assumir atitudes positivas que desfaçam essa imagem pálida e inconveniente de forma a dar credibilidade, valorizar e repor a nobreza da função dos dirigentes políticos”, diz Eduardo dos Santos com a mesma veemência com que, por exemplo, condena a cultura da morte ou do assassinato.
Como nos recordamos, a Time elegeu o Papa Francisco como Personalidade do Ano em 2013 “por arrancar o papado do palácio e o levar para as ruas” e por “dosear o julgamento e a misericórdia”.
Esperamos que rapidamente, para ontem, aquele conceituada revista oiça quem sabe da matéria, no caso o Pravda (Jornal de Angola), e não tenha dúvidas em colocar no primeiro lugar do pódio o mais merecedor dessa designação: José Eduardo dos Santos.
Aliás, os argumentos para a escolha do Papa podem ser os mesmos para reconhecer Eduardo dos Santos. Nós ajudamos. “Desde que assumiu funções, em 1979, o Presidente de Angola ocupou exactamente o centro das conversas fulcrais dos nossos tempos: sobre a riqueza e a pobreza, a equidade e a justiça, a transparência, a modernidade, a globalização, o papel das mulheres, a natureza do casamento, as tentações do poder”.
Todos, angolanos e cidadãos do mundo (da Coreia do Norte à Guiné-Equatorial) desejavam que este ano a revista se lembrasse de uma personalidade como Eduardo dos Santos que, há décadas, tem sido o timoneiro de todas as qualidades e intervenções que foram atribuídas ao Papa. Aliás, até no âmbito religioso, importa realçar que o Presidente de Angola é mesmo considerado “o escolhido de Deus”.
Prevemos que a todo o momento, esperada que é a rectificação dos nomeados feita pela prestigiada (não tanto como o “Jornal de Angola”, obviamente) revista norte-americana, o embaixador itinerante do regime, Luvualu de Carvalho, afirme que a inclusão do “querido líder” “não surpreende, tendo em conta a ressonância e a grande atenção que a presidência de Eduardo dos Santos desperta em todo o mundo, e arredores”.
Seja como for, certo é que quando a escolha recair em Eduardo dos Santos, a Time dirá que “o líder do MPLA, do Governo e Presidente da República, tornou-se ao longo de décadas a voz da consciência, com a atenção centrada na compaixão”, podendo mesmo ser chamado de “Pai do Povo”.
Na sua declaração, Luvualu de Carvalho considerará “um sinal positivo que um dos reconhecimentos mais prestigiosos no âmbito da imprensa internacional seja atribuído a quem anuncia no mundo valores espirituais, religiosos, morais, éticos e sociais eficazmente a favor da paz e de uma maior justiça.”
Por seu lado, o Eduardo dos Santos explicará que não procura fama nem sucesso, que faz simplesmente o seu trabalho de anúncio do Evangelho do amor que nutre por todos. Se isto atrai milhões e milhões de angolanas e de angolanos o Presidente sente-se feliz. Se esta escolha “da Figura do Ano” significa que muitos compreenderam – pelo menos implicitamente – esta mensagem, com certeza que isto o fará sentir-se feliz.
E todos ficaremos francamente felizes. Distinguir o representante de Deus, o “escolhido de Deus”, seria uma forma de mostrar ao mundo quanto ele é superior a todos.
#http://jornalf8.net
A revista norte-americana Time já anunciou a famosa lista de candidatos à personalidade do ano. Mais uma vez registra-se um atentado à inteligência da humanidade. Impõe-se por isso que, como fez com a Forbes, a rainha santa Isabel compra a Time para que a verdade seja reposta.
Por Orlando CastroP ara este ano surgem nomes como Angela Merkel, Vladimir Putin e Donald Trump. Se, digamos, estes nomes são poucos dignos de ombrear numa lista em que seria obrigatório incluir José Eduardo dos Santos, já se aceitaria que o presidente vitalício de Angola disputasse o título com Abu Bakr Al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico.
Os últimos vencedores foram os homens e mulheres que combateram o Ébola (2014), o Papa Francisco (2013) e Barack Obama (2012).
Todos nós desejávamos que, este ano, a Time se lembrasse de Eduardo dos Santos, uma personalidade que, há décadas, tem sido o timoneiro de todas as qualidades e intervenções que mudaram o curso do mundo. Francamente. Incluir Putin, por exemplo, e esquecer o “escolhido de Deus” é um manifesto atentado contra uma personalidade, Eduardo dos Santos, que só em África deixa a quilómetros de distância dirigentes como N’Krumahn, Nasser, Amílcar Cabral, Senghor, Boigny, Hassan II ou Nelson Mandela.
Não fosse a “visão estratégica” do Presidente José Eduardo dos Santos e, reconheça-se, a democracia, a reconciliação, a igualdade, a liberdade, a equidade social já há muito tinham colapsado em todo o mundo.
O mundo e a Time têm de perceber, de uma vez por todas, que também na economia, tal como em todas as outras vertentes da vida, e da morte, dos angolanos, Deus tem em Eduardo dos Santos o seu escolhido. Poucos são os que se podem gabar de chefiar um clã que representa quase 100 por cento do Produto.
Interno Bruto dos seus países.
Além disso, José Eduardo dos Santos não chegou ontem à liderança de um país que é um paradigma celestial. Ele, o nosso “escolhido de Deus”, tinha 37 anos quando, a 21 de Setembro de 1979, foi investido no cargo, sucedendo António Agostinho Neto, que tinha morrido poucos dias antes, em Moscovo na sequência de uma intervenção divulgada como cirúrgica… no sentido clínico.
Capitaneados por aquele que deveria ser a Personalidade Mundial 2015, alguns angolanos continuarão a ser cada vez mais ricos e outros, pouco relevantes para o caso, continuarão a ser cada vez mais pobres. Embora seja assim há 40 anos, certo é que, como tudo na vida, não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe.
Até agora o líder do MPLA (partido que governa Angola desde 1975), presidente da República não eleito nominalmente e Titular do Poder Executivo, José Eduardo dos Santos, mostra que não brinca em serviço e que não descansará enquanto não for escolhido como personalidade mundial e, é claro, não conquistar um mais do que merecido Prémio Nobel.
Em abono do apoio que aqui manifestamos a José Eduardo dos Santos, lembramos que, de quando em vez, o Presidente revela um humor inaudito, visível quando exorta os seus súbditos a, nem mais nem menos, “não pactuar com a corrupção e com a apropriação de meios do erário público ou do partido”.
“Hoje é voz corrente equiparar a pessoa investida em funções políticas a um homem sem palavra, desonesto e sem escrúpulos. É necessidade absoluta assumir atitudes positivas que desfaçam essa imagem pálida e inconveniente de forma a dar credibilidade, valorizar e repor a nobreza da função dos dirigentes políticos”, diz Eduardo dos Santos com a mesma veemência com que, por exemplo, condena a cultura da morte ou do assassinato.
Como nos recordamos, a Time elegeu o Papa Francisco como Personalidade do Ano em 2013 “por arrancar o papado do palácio e o levar para as ruas” e por “dosear o julgamento e a misericórdia”.
Esperamos que rapidamente, para ontem, aquele conceituada revista oiça quem sabe da matéria, no caso o Pravda (Jornal de Angola), e não tenha dúvidas em colocar no primeiro lugar do pódio o mais merecedor dessa designação: José Eduardo dos Santos.
Aliás, os argumentos para a escolha do Papa podem ser os mesmos para reconhecer Eduardo dos Santos. Nós ajudamos. “Desde que assumiu funções, em 1979, o Presidente de Angola ocupou exactamente o centro das conversas fulcrais dos nossos tempos: sobre a riqueza e a pobreza, a equidade e a justiça, a transparência, a modernidade, a globalização, o papel das mulheres, a natureza do casamento, as tentações do poder”.
Todos, angolanos e cidadãos do mundo (da Coreia do Norte à Guiné-Equatorial) desejavam que este ano a revista se lembrasse de uma personalidade como Eduardo dos Santos que, há décadas, tem sido o timoneiro de todas as qualidades e intervenções que foram atribuídas ao Papa. Aliás, até no âmbito religioso, importa realçar que o Presidente de Angola é mesmo considerado “o escolhido de Deus”.
Prevemos que a todo o momento, esperada que é a rectificação dos nomeados feita pela prestigiada (não tanto como o “Jornal de Angola”, obviamente) revista norte-americana, o embaixador itinerante do regime, Luvualu de Carvalho, afirme que a inclusão do “querido líder” “não surpreende, tendo em conta a ressonância e a grande atenção que a presidência de Eduardo dos Santos desperta em todo o mundo, e arredores”.
Seja como for, certo é que quando a escolha recair em Eduardo dos Santos, a Time dirá que “o líder do MPLA, do Governo e Presidente da República, tornou-se ao longo de décadas a voz da consciência, com a atenção centrada na compaixão”, podendo mesmo ser chamado de “Pai do Povo”.
Na sua declaração, Luvualu de Carvalho considerará “um sinal positivo que um dos reconhecimentos mais prestigiosos no âmbito da imprensa internacional seja atribuído a quem anuncia no mundo valores espirituais, religiosos, morais, éticos e sociais eficazmente a favor da paz e de uma maior justiça.”
Por seu lado, o Eduardo dos Santos explicará que não procura fama nem sucesso, que faz simplesmente o seu trabalho de anúncio do Evangelho do amor que nutre por todos. Se isto atrai milhões e milhões de angolanas e de angolanos o Presidente sente-se feliz. Se esta escolha “da Figura do Ano” significa que muitos compreenderam – pelo menos implicitamente – esta mensagem, com certeza que isto o fará sentir-se feliz.
E todos ficaremos francamente felizes. Distinguir o representante de Deus, o “escolhido de Deus”, seria uma forma de mostrar ao mundo quanto ele é superior a todos.
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