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EXPULSÃO DE TRÊS DIPLOMATAS FRANCESES DO BURKINA: A espessa nuvem entre Ouaga e Paris não está pronta para se dissipar.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Este é um novo arrepio nas relações já bastante geladas entre o Burk...

terça-feira, 2 de abril de 2019

A cada 4 horas, Brasil registra um caso de colisão de aviões com aves.

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Órgão da FAB registrou 2.222 ocorrências de colisão nos últimos 12 meses. No período, 75 aeronaves ficaram danificadas depois do incidente

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  • Foto mostra restos de uma ave presa em um Boeing  no aeroporto Santos Dumont (RJ)
  • Foto mostra restos de uma ave presa em um Boeing no aeroporto Santos Dumont (RJ)

    Reprodução/WhatsApp
    O Brasil registrou 2.222 ocorrências de "bird trike", como é chamado no setor aeronáutico as colisões de aviões com aves, nos últimos 12 meses. É como se a cada 4 horas, um avião batesse contra pássaros em algum momento do voo.
  • Os dados são de um relatório do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão da FAB (Força Aérea Brasileira), com base no registro de ocorrências com aves feitas por pilotos e outros profissionais do setor da aviação no Brasil entre abril de 2018 e abril de 2019.
  • Danos no motor da aeronave da Azul após sugar uma ave
  • Nesta segunda-feira (1º), por exemplo, um avião Boeing 737 da Gol precisou cancelar a decolagem em Recife (PE) depois de algumas aves serem sugadas pelos motores, causando danos no equipamento. No sábado (30) uma outra aeronave, um A-320 da Azul, sugou um pássaro quando decolava de um aeroporto em Belém (PA).
    "Colisão com aves realmente tem ocorrências diárias, ainda mais num pais como o nosso, que tem grande quantidade de aves, isso não é uma coisa incomum", diz Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos.
  • "Colisão com aves realmente tem ocorrências diárias, ainda mais num pais como o nosso"
    Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica
    Do total de ocorrências registradas, 75 acabaram resultando em danos nos aviões e 137 em alguma tomada de decisão do piloto em relação ao voo, por exemplo, abortar a decolagem, pousar a aeronave por precaução ou corrigir uma instabilidade no avião causada pelo impacto com aves.
  • "Quando acontece um bird strike normalmente acarreta algum dano, ou uma tomada de atitude do piloto, que, no mínimo vai causar atrasos, pois é preciso fazer uma inspeção", afirma o piloto e diretor de segurança de voo do Sindicato dos Aeronautas, João Henrique Ferreira Varella.
    Urubus, carcarás, gaivotas, garças, andorinhas e até pombos são as aves que mais frequentemente são identificadas após a colisão, entretanto, na maioria dos casos não foi possível identificar a ave que provocou a ocorrência.
  • Ainda segundo o Cenipa,  34% dos incidentes com aves ocorreram no momento do pouso do avião, outros 26% no momento da decolagem, como ocorreu com este avião da Azul no último sábado em Belém (PA). O restante dos casos aconteceu entre as fases de voo ou estacionamento da aeronave.
    "A maior frequência de ocorrências na decolagem ou aterrisagem são normalmente com pássaros relativamente pequenos e que não causam grandes danos, mas há também ocorrências em altitudes maiores, com urubus e outras aves, aí sim uma colisão desta é bastante preocupante", explica Catalano.
    Varella, que é piloto, lembra que as aeronaves de grande porte, são resistentes e os pilotos, preparados para lidar com situações como a do voo da Gol e da Azul, e lembra que normalmente o voo precisa voltar ou ser abortado, apenas por uma medida de precaução, devido aos padrões de segurança das companhias aéreas.
  • Uma ave pode derrubar um avião?

    A resposta para esta pergunta, segundo especialistas ouvidos pelo R7 é que depende. O risco que uma ave pode causar em um avião varia de acordo com o tamanho e até mesmo a quantidade de aves com que a aeronave colidiu.
  • "A probabilidade disto é muito, muito, muito pequena"
    João Varella, piloto
    "Geralmente para derrubar um avião, precisa ser um pássarode um tamanho relativamente grande ou uma quantidade maior de pássaros. Aves pequenas, mas em grande quantidade, praticamente não afetam em nada o desempenho da aeronave, podendo causar uma sujeira, a quebra de uma coisa ou outra, mas nada que seja fatal", afirma Catalano.
    Um dos casos mais famosos em que uma aeronave foi colocada em risco após bater contra aves foi em janeiro de 2009. O caso do voo US-1549 que chegou até ser representado no filme "O Milagre do Rio Hudson".
  • Pilotos fizeram um pouso de emergência no rio Hudson em Nova York em 2009
  • Pilotos fizeram um pouso de emergência no rio Hudson em Nova York em 2009

    andycarvin/Flickr
    Um Airbus A320 com 150 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes, teve os dois motores danificados por uma revoada de gansos, seis minutos depois de decolar do aeroporto La Guardia, em Nova York, Estados Unidos. O piloto conseguiu fazer um pouso de emergência no rio Hudson, em uma das principais metrópoles do mundo, sem deixar nenhuma vítima fatal.
    "Uma revoada pode colocar uma aeronave em uma situação extremamente crítica, mas a probabilidade disto é muito, muito, muito pequena. Normalmente tem que se retornar por precaução, mas os danos causados são contornados e são treinados pelos pilotos para que eles saibam agir neste tipo de emergência", conclui Varella.

Senegal: Cerimônia de investidura - Macky Sall convoca o mundo para assistir.

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A posse do presidente Macky Sall, eleito no primeiro turno da eleição presidencial em 24 de Fevereiro para um segundo e último mandato de 5 anos, está programado esta manhã no centro de exposição do pólo urbano Diamniadio.

Uma cerimônia inscrita no decoro republicano no qual o destaque é a tomada de posse do Presidente da República, que é, segundo o historiador e arquivista palaeografico Saliou Mbaye ", uma marca de sistema político senegalês e um evento que tende para a coesão nacional ".

O carácter solene do evento pauta que pelo menos 15 chefes de Estado e de governo chegaram a Dakar entre domingo e segunda-feira para participar. Roch Marc Christian Kaboré, chefe de Estado Burkinabé, é o primeiro líder Africano de pôr o pé no Senegal neste domingo, seguido pelo seu homólogo malgaxe, Andry Rajoelina.

Em série são os presidentes da República Democrática do Congo (RDC) Félix Tshisekedi, o da Nigéria Muhammadu Buhari, bem como os seus homólogos da Guiné Bissau José Mário Vaz  da Guiné-Bissau e do Mali, Ibrahim Boubacar Keita. Está presente também o presidente guineense Alpha Condé, o liberiano Georges Weah e o etíope Sahle-Work Zewde.

Alassane Ouattara da Costa do Marfim, o presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, Faure Gnassingbe do Togo, Denis Sassou Nguesso (Congo), bem como os seus homólogos da Gâmbia Adama Barrow, Mauritânia Mohammed Ould Abdelaziz e Paul Kagame do Ruanda também chegou a Dakar .

O chefe do governo de Gana Yaw Osafo Maafo e o primeiro-ministro do Gabão Julien Nkoghe Békalé também chegou a Dakar. Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy e ex-primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, também estão no Senegal para participar da cerimônia de posse do presidente Macky Sall.

O texto do juramento

"Diante de Deus e da nação senegalesa, juro estar ´pronto para executar fielmente o cargo de Presidente da República do Senegal, de observar e fazer observar escrupulosamente as disposições da Constituição e as leis, dedicar todas as minhas forças para defender as instituições constitucionais, integridade territorial e independência nacional, sem poupar esforços para alcançar a unidade africana. "

fonte: seneweb.com

Lourenço e Putin abordam produção de armas russas em Angola.

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Presidente angolano em Moscovo para estreitar relações com a Rússia

Presidente angolano em Moscovo para estreitar relações com a Rússia
O Presidente João Lourenço deixou esta segunda-feira,1, Luanda com destino a Moscovo, capital da Rússia, onde realiza uma visita oficial até ao dia 4 de Abril.
Dos vários acordos que o estadista angolano prevê assinar com o Governo russo o destaque vai para a vertente militar onde a Rússia manifesta-se disponível em expandir a sua indústria de armamento.

Enquanto o próprio Lourenço admitiu em entrevista à agência de notícias russa TASS na quarta-feira, 27, que gostaria de produzir armas russas em Angola, analistas dizem que o país pode servir de placa giratória para a expansão de Moscovo na região.
O especialista em relações internacionais Augusto Bafua Bafua considera que a Rússia quer fazer de Angola “uma placa giratória na expansão sua indústria de armamento na região”, enquanto Angola quer ter um parceiro privilegiado no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Para o economista José Severino, o investimento russo será benéfico para Angola devendo este país aproveitar a alta tecnologia da indústria metalúrgica e metalo-mecânica pesada da Rússia.
No último encontro entre João Lourenço e Vladimir Putin, realizado na áfrica do Sul, em Julho de 2018, os dois estadistas tinham destacado a necessidade de expandir a cooperação para além das áreas da indústria extractiva
Em Moscovo, João Lourenço terá um encontro com Vladimir Putin e conversações ao mais alto nível entre delegações dos dois países, tendo em vista o reforço e alargamento da cooperação.
Está prevista, também, a ida do Presidente à sede do Parlamento russo, a Duma, bem como ao mítico Teatro Bolshoi.
A agenda inclui igualmente um fórum empresarial para homens de negócios dos dois países.
Destaca-se ainda a cerimónia de condecoração do Presidente Vladimir Putin com a Ordem Agostinho Neto, a ter lugar no Kremlin, na quinta-feira à tarde.
fonte: VOA

    João Lourenço na Rússia com indústria bélica na agenda.

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    Agenda da visita oficial de quatro dias de João Lourenço à Rússia gera críticas em Luanda. Alguns setores da sociedade angolana estão contra a instalação da indústria bélica no país.
    fonte: DW África
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    O Presidente de Angola, João Lourenço, iniciou esta segunda-feira (01.04) uma visita oficial de quatro dias à Rússia, para negociar a instalação de uma fábrica de armas em Angola e condecorar o seu homólogo russo, Vladimir Putin, com a Ordem Agostinho Neto, a mais alta distinção do Estado angolano.
    Em Luanda, a condecoração e o futuro da indústria bélica está a gerar críticas por parte da sociedade civil angolana. O especialista em questões internacionais Augusto Báfuabáfua não tem dúvidas: a visita do Presidente angolano à Federação Russa é "estratégica".
    "João Lourenço começa a sua visita para um país estratégico que é a Rússia, um país que, para além de ser um dos mais fortes aliados em matéria de segurança, de provimento de material bélico para as nossas forças, mas também é um país que tem emprestado o seu saber nas áreas económicas como a industria extractiva", considera Báfuabáfua.
    Russland Präsident Putin
    Presidente russo, Vladimir Putin
    Mas é a área bélica que está a dar que falar em Angola. Alguns cidadãos dizem não ver necessidade de se instalar uma indústria de armas no país.
    O politólogo João Lucombo concorda e receia que muitas destas armas poderão parar nas mãos de criminosos.  "A instalação de uma fábrica de armas por mais que gere emprego, acho que não seria prioridade absoluta porque nós temos uma sociedade com índice de criminalidade muito elevada e com uma instalação de fábrica a tendência é de vermos mais armas nas ruas e isso não é prioridade para Angola", sustenta.
    “Industria bélica não é prioridade para Angola”
    Também para Augusto Báfuabáfua uma empresa bélica não é prioridade, apesar de reconhecer que há necessidade de Angola se proteger contra fenómenos mundiais como o terrorismo. Augusto não vê com os melhores olhos uma indústria de armas em Angola e afirma que há questões que não se podem descurar: "Há grupos terroristas por aí."
    Outra questão que está a ser criticada é a condecoração do Presidente russo Vladimir Putin, em Moscovo, na próxima quinta-feira (04.04), em pleno dia de comemoração de paz e reconciliação em Angola. 
     
    Ouvir o áudio03:32

    João Lourenço em moscovo para negociar instalação da indústria bélica em Angola

    Mas Augusto Báfuabáfua vê a distinção com normalidade: "Todos estes factos é que fazem com que a relação com a Russia sejam acima do normal e é natural que por causa desta história, desta riqueza, deste acervo é que João Lourenço condecora Vladimir Putin com Ordem de Mérito Agostinho Neto. Vladimir Putin é actualmente considerado por várias revistas, incluindo a "Times", que é o cidadão do ano, é o político do ano é uma das pessoas mais poderosas que há neste mundo."
    O primeiro a ser condecorado com a Ordem de Mérito Agostinho Neto foi o Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa, que em março efetuou uma visita de quatro dias a Angola.  
    Lourenço e Putin devem assinar acordos em várias áreas
    A delegação angolana ficará em terras russas por quatro dias e deverão assinados vários acordos de cooperação nos domínios das pescas, agricultura, tecnologia de informação, bem como um pedido de pacote financeiro à Rússia.  
    Em Moscovo, o Presidente angolano discursará no Parlamento russo e também será realizado um fórum empresarial entre os dois países. As relações entre ambos os Estados remontam a 1976, um ano após a proclamação da independência de Angola.  
    A Rússia foi a fabricante do primeiro satélite angolano lançado, no Cazaquistão, a 26 de dezembro de 2017 – evento muito festejado em Luanda. O Angosat 1 custou aos cofres do Estado perto de 270 milhões de euros e desapareceu dias depois.
    Em abril de 2018, o governo russo anunciou a construção do Angossat 2, com previsão de lançamento para 2020.
    O politólogo João Lucombo entende que o governo russo deve aproveitar a visita do chefe de Estado angolano para prestar explicações sobre o satélite. "O Presidente João Lourenço, na qualidade de representante do povo angolano, tem essa obrigatoriedade de procurar saber diante das autoridades russas e sobretudo do seu alto mandatário, o Presidente Putin, como está esse processo, defende."

    “ANGOLA É UMA CLEPTOCRACIA”

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    O presidente da empresa Africa Growth Corporation, Scott Mortman, que mantém um diferendo judicial com Angola, recomendou hoje ao Fundo Monetário Internacional e ao executivo norte-americano que ponderem se o dinheiro dos contribuintes deve ser usado para “subsidiar a cleptocracia” angolana.

    “Opadrão de Angola é de conduta irregular e a sua prática de renegar os compromissos para com os investidores e empresas estrangeiros levantam sérias dúvidas sobre se o Governo de Donald Trump e as instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, devem continuar a usar o dinheiro dos contribuintes para subsidiar a cleptocracia angolana”, escreve Scott Mortman no site informativo Real Clear Politics.
    Para Scott Mortman, que tem um diferendo judicial com as autoridades norte-americanas devido à alegada expropriação ilegal de terrenos por parte de membros do Governo angolano, é o presidente de uma empresa que faz investimentos imobiliários a preço controlado em vários países africanos, entre os quais Angola e Namíbia.
    “Deve ser dado tempo ao Presidente João Lourenço, mas depois de um ano e meio na Presidência ele já devia estar mais perto de atingir os objectivos anti-corrupção e pró-transparência”, escreve o empresário e advogado, que critica a libertação de Jean-Claude de Bastos de Morais por dar a ideia de uma fuga autorizada na sequência da recuperação de parte do dinheiro canalizado para o Fundo Soberano.
    “O Presidente Lourenço ainda tem de cumprir as suas promessas de reformas, e o tempo pode estar a esgotar-se; os investidores e as empresa estrangeiras querem ver progressos, não apenas pronunciamentos públicos, antes de ignorarem décadas de corrupção e má gestão pelo Governo angolano”, conclui o empresário.
    O empresário suíço-angolano Jean-Claude Bastos de Morais, que se encontrava em prisão preventiva, em Luanda, desde 24 de Setembro de 2018, foi libertado a 22 de Março.
    Jean-Claude Bastos de Morais, sócio de José Filomeno dos Santos, filho do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos, estava em prisão preventiva no âmbito da investigação à gestão do Fundo Soberano de Angola. José Filomeno dos Santos, que tinha sido detido no mesmo dia, foi libertado dois dias depois.
    Num caso que ameaça fazer explodir a enciclopédia propagandística do Governo de João Lourenço no que concerne ao combate à corrupção, uma companhia norte-americana iniciou uma acção num tribunal em Washington contra importantes figuras angolanas a quem acusa de burla e quebra de contracto.
    A acção em tribunal foi movida pela Africa Growth Corporation e entre as personalidades acusadas pela companhia conta-se o antigo governador de Luanda, .general Higino Carneiro, bem como os generais João Maria de Sousa, ex-procurador-geral da República, António Francisco Andrade e os seus filhos, o capitão Kenehle Andrade e a procuradora da República Natasha Andrade Santos.
    A República de Angola é também citada como conivente pela burla avaliada em dezenas de milhões de dólares e envolvendo propriedades imobiliárias de apartamentos. O caso deu entrada no tribunal em Washington DC no passado dia 15 de Novembro de 2017.
    A Africa Growth Corporation especializa-se na criação de companhias de investimento no mercado imobiliário na África Austral e na aquisição, operação e financiamento de bens imobiliários.
    O presidente da empresa é Scott Mortman que, segundo diz o seu perfil no portal da companhia, para além de representar clientes em redor do mundo como advogado, foi durante “vários anos conselheiro do Governo em comércio internacional e investimentos”.
    Scott Mortman é também um defensor da “necessidade de maiores investimentos privados na África Sub-sahariana”.
    A disputa envolve a compra pela companhia americana de várias propriedades em Angola, incluindo prédios de apartamentos que foram posteriormente alugados e que, segundo alega, foram posteriormente transferidos ilegalmente para a procuradora Natasha Andrade Santos.
    O caso terá que envolver o estudo de uma complicada rede de negócios que envolve uma companhia angolana, Illico, que pertence à companhia ADV, que controla a esmagadora maioria das acções na AGVP, proprietária de um dos edifícios em causa e que é gerida por seu turno pela Africa Growth Corporation.
    A Illico tem direitos sobre um terreno onde foi construído um projecto de apartamentos. O general Higino Carneiro teria autorizado a transmissão desse terreno (que era propriedade do Estado) para a filha do general Andrade.
    Ainda está por esclarecer o modo como o general António Francisco Andrade se tornou subitamente director da Illico, através de uma série de manobras que os investidores americanos dizem ser fraudulentas e envolvendo o consenso e a cobertura das autoridades judiciais angolanas.
    A Procuradoria-Geral da República teria ignorado uma queixa apresentada pela AGVP sobre as acções ilegais que privaram a AGVP dos seus direitos.


    Folha 8 com agências

    ANGOLA: ESCRAVATURA, INGERÊNCIA E NEOCOLONIALISMO.

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    As relações entre Portugal e Angola mais do que analisadas pelas Ciências Económicas, Sociológicas, Antropológicas, Políticas ou Históricas, deveriam ser averiguadas e dissecadas num divã, por um terapeuta, não necessariamente judeu, hirsuto ou entendido na interpretação de sonhos, mas competente na análise dos processos fisiológicos escatológicos e nas relações incestuosas ainda que proibido de prescrever ópio ou folhas de coca.

    Por Brandão de Pinho
    Portugal e Angola comportam-se como aqueles casais desavindos em que a imaturidade transborda transversal, oblíqua, enfim, plena e totalmente. Países imaturos, povos imaturos e relações ainda mais imaturas. À mercê dos demais.
    Quando há algum assunto difícil para decidir, ao contrário do que pessoas, instituições e organizações assertivas e responsáveis fazem, estes dois estados independentes entram num tal estado de histeria que trazem à baila todo um rol de assuntos não resolvidos e cumulativos, descentrando-se das coisas que deveriam efectivamente ser tratadas. Tal como nos casais imaturos e sem coragem para enfrentar as agruras quotidianas e inerentes à sua condição. Os psicólogos costumam aconselhar esses casais a fazerem uma lista de problemas a resolver e na discussão cingirem-se a essa. Racionalmente e sem divagações.
    Portugal nunca teve coragem de pedir desculpas a Angola e aos Angolanos – como os franceses por exemplo fizeram em relação às suas colónias – pelos séculos de colonização racista; promoção e conivência da escravatura desumana cujo epílogo foram os navios negreiros transatlânticos que transportaram milhões de seres humanos para as Américas como se animais se tratassem; pelo facto de, desdenhando as capacidades e potencialidades dos angolenses, não terem proporcionado aos numerosos povos austrais as ferramentas consolidadas de educação e formação cívica de forma a que – mantendo as suas tradições, cultura e línguas – pudessem ser cidadãos esclarecidos e aptos para enfrentar os desafios dos novos tempos; mas acima de tudo pela maneira como consideraram que as crianças, as mulheres, as pessoas, só porque diferentes, eram obrigatoriamente inferiores e repulsivas.
    Portugal nem sequer tratou a realeza nativa – com a qual tinha acordos e tratados comerciais para o tráfego de escravos – partindo do principio que a pele escura e lábios grossos e uma cultura necessariamente diferente – pois o Deserto do Saara impediu que os valores mediterrânicos e do crescente fértil pudessem chegar tão a Sul do continente – configurariam uma menorização como que decretada divina e oficialmente.
    Se para com a classe alta angolense era assim nem vale a pena imaginar o que pensariam os portugueses dos povos nativos. Como seus iguais só na parte da capacidade de evangelização porque de resto verificou-se uma exploração bárbara e uma sobranceria baseada em falaciosos sentimentos de superioridade racial. Mas não esqueçamos que essa superioridade racial e exploração era apanágio daqueles tempos, nestas terras do quadrado austral e povos escravizavam-se uns aos outros pelo que Portugal apenas tratou do transporte atlântico. Angolanos caçavam angolanos e levavam-nos para as feitorias lusitanas.
    Mas Angola também ainda não teve coragem de solicitar esse pedido de desculpas – até porque não tem fundamentos morais suficientes para isso – sobretudo porque a classe política e administrativa que a representa teve comportamentos – e quiçá ainda tem – ainda mais infames para com o povo de Angola do que os tugas.
    Um e outro país enterram a cabeça na areia mas não olvidam -como países imaturos que são – e entre-dentes deixam escapar azedumes, comentários tão extemporâneos quanto desnecessários e perdem oportunidades e tempo para estreitar laços baseados na confiança mútua.
    Portugal tem tal sentimento de culpa que se torna ridiculamente condescendente com Angola e literalmente faz tudo o que esta lhe pedir mesmo que tenha de obrigar um órgão independente como é o Ministério Público Português a subordinar-se aos interesses políticos… ou melhor, económicos de alguns. Este comportamento é uma extensão neocolonialista de um passado que se julgava enterrado. Desta vez o acordo com a “monarquia angolana actual” não é tão arrogante, altivo e sobranceiro, pelo contrário, mas uma ínfima parte de Angola colhe benefícios subtraídos à grande parte do povo. Agora a princesa angolana não precisa de se sentar em cima de uma escrava porque o vice-rei português não lhe cedeu uma cadeira numa audiência em que tratariam de armistícios e negociatas de tráfego humano, mas a realidade é terrificamente semelhante e repetida. Como aliás enaltecem os historiadores e saberá SAR El-rei D. João, o exonerador.
    Portugal através de uma ministra luso-angolana – mas que nunca visitou oficialmente o seu outro país – obrigou o seu Ministério Público a acocorar-se e isto não quer dizer que em situações excepcionais os países não tenham de se borrifar para os seus órgãos judiciais e abrir excepções como os EUA, o Reino Unido e o Canadá também fazem quando lhes é conveniente.
    Desta forma compreende-se que SAR João Lourenço tenha encarcerado um ex-aspirante ao trono e o seu lacaio Jean Claude, para melhor defender os interesses da pátria e o seu erário tão vorazmente delapidado pelos marimbondos. Parece que foi um processo impróprio de um estado de bem e que demonstrou a fragilidade e fraqueza da Justiça Angolana mas não sejamos ingénuos ao ponto de pensar que não pode haver excepções. Pode. E deve. Porque Angola vive um tempo excepcional quase como se estivesse em Estado de Sítio pois a corrupção endémica tornou o país perigosamente degenerescente a tal ponto que a própria república e soberania podem estar ameaçadas.
    E a prova desta premissa (a das excepções) é que a democracia parlamentarista mais antiga do mundo (excepto a Islândia ao que parece) vai engolir em seco e irá fazer algo mais grave do que uma ingerência na Justiça. Vai pôr em causa os princípios democráticos mais sagrados e perverter o resultado de um referendo ainda que repetindo-o porventura. Talvez a solução seja fazer um referendo para se saber se tempos excepcionais podem suspender temporária e ocasionalmente processos democráticos. E depois então referendar de novo o Brexit.
    Voltando ao assunto da relação dos portugueses com angolanos, permitam-me que conte uma de muitas histórias exemplificativas que fui ouvindo. Há uns 10 anos umas palavras ficaram-me a ecoar na cabeça saídas da boca imunda de um acabado e desvairado professor primário – formado numa instituição universitária ao nível das piores de Angola e que em simultâneo publicava um jornal de sua propriedade onde escrevia notícias e artigos de opinião (com tantos erros gramaticais e de semântica, para não falar do conteúdo, que eu já nem me ria e sinceramente até tinha vergonha que alguém de fora pudesse ler esse Pasquim), editava, era director, comercial, fotógrafo, cobrador de assinaturas e mestre tipógrafo. As suas palavras foram mais ou menos assim: “… se eu fosse mais novo pegava nas minhas maquinetas de tipografia, levava-as para Angola e enchia-me de dinheiro lá…”
    É óbvio que a esse e outros, as coisas correram mal e claro que a culpa, depois, nunca era deles mas sim dos matumbos. Às vezes parece-me que pese embora a amizade e o carinho que Portugal e os Portugueses têm por Angola, de uma forma geral, ainda há essa mentalidade de colonizador em que se desvaloriza sobremaneira as capacidades dos angolanos.
    Infelizmente temo que por vezes tenham razão. Esta cultura de corrupção transversal a toda a sociedade e em todos os processos corrói o povo e promove mais o chico-espertismo do que o mérito, trabalho e seriedade. Mas é possível mudar as mentalidades com educação e verdadeira Formação Cívica desde que haja uma campanha consertada que comprometa todos os vectores da sociedade. Quanto à educação patriótica emepéliana é desnecessária, pelo menos nesta fase.
    Tenho andado a ler muita coisa sobre as civilizações da Mesopotâmia, sobretudo a suméria, babilónia e assíria que antecederam por alguns anos a grande e africaníssima civilização do Egipto e algumas coisas marcaram-me profundamente e vou partilhá-las com o meu amigo leitor porque de certa forma ajudam a perceber o que se passa no Quadrado.
    Estes povos andavam sempre em guerra e não podiam confiar uns nos outros nem mesmo casando as filhas com homólogos na sequência de acordos de paz. Angola nem pode confiar nos vizinhos austrais, nem em russos, nem nos chineses e em relação aos americanos tem que usar de diplomacia que eu chamo de Salazarista – na medida em que o beirão conseguiu negociar em simultâneo com ingleses e alemães em plena guerra e até com regimes comunistas como era o caso da China (que ao tempo causavam urticária ao fascismo) – pois o Tio Sam só mete dinheiro se os matumbos se tornarem lacaios obedientes e sofrerem das suas dores! Para os americanos não faz sentido que um país de merda – perdão, mas esta é a tradução da palavra inglesa que Trump usou para designar os países em desenvolvimento – possa ter as suas próprias linhas diplomáticas e as suas convicções! Grande lata! Espero que João Lourenço esteja à altura e dê uma resposta adequada a essa tentativa de ingerência estrangeira.
    Nessa vasta zona onde hoje está sobretudo o Iraque, a religião aparece mais como forma de o Estado controlar o comportamento do povo do que propriamente para suprir problemas existenciais e preencher o seu desejo de espiritualidade (curiosamente saiu um estudo há uma semana a comprovar exactamente esse papel de Deus nas Civilizações), pois à medida que as cidades cresciam, os seus habitantes perdiam vínculos de família e clã que eram verdadeiramente a estrutura que controlava, condicionava e aferia os indivíduos de forma a que a ordem social não fosse abalada. Angola como demonstrado na “Operação Resgate” quer instituir uma religião de estado mais ortodoxa e confiável, no caso a Católica, não vá as outras começarem a dar ideias perniciosas e abalar o “status quo”.
    Para terminar que isto já vai longo e eu tinha-me proposto escrever um texto curto e grosso, a criação mais extraordinária das civilizações “De-Entre-os-Dois-Rios”, mais do que a escrita, do que a roda e a agricultura foi o célebre compêndio de leis conhecido como Código de Hamurabi. Tudo bem que as civilizações de então não eram minimamente comparáveis em termos de complexidade com as de agora (basicamente as Leis de Hamurabi versavam sobre cumprimentos de contratos, roubos e receptação, escravos, estupros, ajuda a fugitivos e muito curiosamente sobre a difamação e falsos testemunhos pagos com muitas chicotadas e com graves consequências) mas a impressão com que fiquei foi de que não havia margem para grandes injustiças numa sociedade plenamente estruturada e organizada assente em 3 classes (excluindo nobreza e clero): a dos homens livres e proprietários de terras e suponho que pequenos artesãos também (e que não dependiam do palácio e do templo); a classe mediana onde se incluíam funcionários públicos, que tinham certas regalias no uso de terras; e finalmente na base, a dos escravos, que podiam ser comprados e vendidos até que conseguissem – eles próprios – comprar sua liberdade, e neste caso chamo a atenção do leitor, na medida que há meia dúzia de milhares de anos até os escravos poderiam melhorar a sua condição sócio-económica para além de estarem protegidos pelo Código, enquanto que os escravos no território de Angola, antes e depois da chegada de Diogo Cão eram-no para toda a vida e sem direitos comparáveis.
    Eram animais que serviam para determinados fins como uma ovelha serve para dar lã, leite, crias e carne e um burro servia para calcorrear as veredas e picadas montanhosas e transportar carga de um lado para o outro fomentando o fenómeno que mais contribuiu para a dispersão de ideias, desenvolvimento e riqueza – o comércio. De certa forma hoje uma grande franja da população angolana que vive abaixo do limiar da pobreza, sendo livre é mais escrava do que outrora só que o amo agora é o dinheiro que serve para consumir e comprar bens e serviços que os governos sabiamente fizeram considerar essenciais, mesmo sendo supérfluos. Uma coisa é certa, os escravos não passavam fome…


    Tenho a certeza que se em Angola vigorasse este código, seriámos o país mais poderoso de África, apesar do princípio implícito de “olho por olho, dente por dente” parecer cruel e desumano. Mas garanto que se a magistratura e instituições de justiça angolanas estivessem sob um escrutino tão rigoroso e severo como o daqueles tempos – em que a pena para decisões injustas proferidas pelos juízes era paga com a vida – as pessoas não só confiariam no sistema como deixariam de prevaricar e importunar a ordem social.
    fonte: folha8

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