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quinta-feira, 13 de junho de 2019

"Famílias guineenses sobrevivem graças aos emigrantes".

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Solange Barbosa, presidente da Associação Guineense e Amigos da Guiné-Bissau em Hamburgo, na Alemanha, relatou à DW África as dificuldades que muitos guineenses enfrentam para sustentar suas famílias na Guiné-Bissau. O país vive uma crise política crónica que está a travar o Estado, maior empregador, que não consegue pagar salários aos funcionários públicos.

fonte: DW África

Guiné-Bissau prevê construção de nova central fotovoltaica a partir de julho.

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O governante da da Guiné-Bissa adiantou que a central fotovoltaica que vai ser construída a partir de julho, em Gardete, tem um prazo de construção de 18 meses.


A nova central fotovoltaica da Guiné-Bissau poderá começar a ser construída em julho, logo que seja assinado o contrato com a empresa vencedora da empreitada, disse esta terça-feira o secretário de Estado da Energia guineense.
O concurso para aquela central, com uma potência de 20 MegaWatts (MW), foi lançado em maio, decorrendo a avaliação das 17 propostas concorrentes, devendo em breve ser elaborado o relatório preliminar que indicará o vencedor, adiantou à Lusa, em Lisboa, o secretário de Estado da Energia da Guiné-Bissau, João Saad, à margem da abertura do 21.º Fórum de Energia de África (AEF 2019).
A central “pode começar a ser construída logo após a assinatura do contrato com a empresa vencedora”, apontou João Saad, admitindo que isso possa acontecer em julho, já que o acordo terá de ser assinado pelo novo governo, que ainda não tomou posse.

Três meses depois das eleições legislativas, a 10 de março, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau ainda não foi indigitado pelo Presidente guineense e o novo governo também não tomou posse devido a um novo impasse político, que teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.
Questionado sobre os efeitos deste impasse na atividade económica, João Saad adiantou que está a afetar “em larga medida” e esperou que se resolva em breve para se conseguir “resgatar o tempo perdido ” e conseguir “dar um salto de trampolim” em termos económicos.
A central fotovoltaica que vai ser construída em Gardete, a 15 quilómetros da capital Bissau, tem um prazo de construção de 18 meses, adiantou o governante guineense.
Esta é uma das três centrais apoiadas pelo Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD) que aprovou um financiamento de cerca de 38 milhões de euros na Guiné-Bissau para a construção da central fotovoltaica de Bissau e duas mini centrais de 1 MW em Canchungo e Gabu.
João Saad salientou que o país está a empreender uma “reforma da energia” para colmatar o problema de produção energética que “é muito deficitária”.

As questões regulatórias e de enquadramento ambiental são outros dos problemas que o governo guineense quer resolver, acrescentou.
fonte: observador.pt

Portugal e ONU não encontram razões para Guiné-Bissau ainda não ter formado Governo.

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"Não compreendemos porque é que esse Governo ainda não foi formado", lança Augusto Santos Silva. Também a ONU já interrogou o PR e pergunta porque ainda não indigitou o primeiro-ministro.

Augusto Santos Silva destaca a importância da colaboração entre Portugal e o país africano
ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
Portugal e a ONU não compreendem por que ainda não há novo Governo na Guiné-Bissau, disse esta terça-feira o chefe da diplomacia portuguesa, considerando existirem “todas as condições” para o presidente guineense indigitar o primeiro-ministro e marcar eleições presidenciais.
“Não compreendemos porque é que esse Governo ainda não foi formado”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, à margem de um encontro com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na sede da organização em Nova Iorque.
O governante português afirmou que as eleições legislativas de 10 de março determinaram “uma relação de forças” na Assembleia Nacional Popular, com a vitória do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC, liderado pelo antigo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira).

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que a Guiné-Bissau é um dos pontos de principal preocupação da política externa portuguesa e constatou que, tanto Portugal como a ONU não encontram razões para a não existência de um Governo novo no país.
Os responsáveis do Governo português e da ONU questionaram, na reunião, “porque é que o Presidente da República da Guiné-Bissau [José Mário Vaz] ainda não indigitou o primeiro-ministro ou a primeira-ministra”. “Felizmente, as Forças Armadas têm-se mantido completamente à margem da conflitualidade política e insisto, do nosso ponto de vista, há todas as condições para avançar na formação de um Governo e na marcação de eleições (…) presidenciais”, salientou o ministro português.
Santos Silva referiu que o processo de Guiné-Bissau oferece tranquilidade aos parceiros internacionais, já que “as eleições foram muito participadas, decorreram de forma muito serena e foram consideradas eleições completamente transparentes e regulares por todos os observadores internacionais”.
Portugal continua interessado na cooperação com Bissau depois de ter colaborado na realização das eleições de 10 de março: “Basta notar que os boletins de voto foram impressos em Portugal”, comentou o ministro. “Nós não somos parte do processo político da Guiné-Bissau, mas gostaríamos imenso de regressar a um nível de cooperação que já tivemos no passado, que é muito importante e proveitoso para os dois países, mas que implica que haja um Governo em plenitude de funções”, defendeu Augusto Santos Silva.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, deverá nomear em breve um novo enviado especial para a Guiné-Bissau, depois de José Viegas Filho ter terminado o mandato em 16 de maio.
A ONU está presente na Guiné-Bissau com a missão UNIOGBIS, que viu uma extensão do mandato pelo Conselho de Segurança até fevereiro de 2020, mas que deverá acabar no final do próximo ano.
O arrastamento do processo eleitoral da Guiné-Bissau esteve no centro de várias reuniões do Conselho de Segurança da ONU, que deu um prazo até janeiro de 2019 para a realização de eleições e que, no anúncio da data de 10 de março, considerou que essa era a última data aceitável.

Depois da vitória do PAIGC nas eleições legislativas, o Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15) e o Partido de Renovação Social (PRS) assinaram, a 13 de março, um acordo de incidência parlamentar e governativa para a estabilidade da Guiné-Bissau.
fonte: observador.pt

"Medidas punitivas" para quem crie obstáculos à normalidade constitucional na Guiné-Bissau.

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Angola pediu no Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) "medidas punitivas" para pessoas e entidades que continuem a criar obstáculos à normalização da vida constitucional na Guiné-Bissau.
fonte: DW África
Flaggen African Union AU (picture alliance/landov)

"Esta delegação chama a atenção do Conselho de Paz e Segurança para que continue a acompanhar a atual crise política e a manifestar-se pronto para tomar as medidas necessárias no sentido de evitar um eventual agravamento da situação com a adoção de medidas punitivas para indivíduos ou entidades que continuem a criar obstáculos à normalização da vida constitucional na Guiné-Bissau", pode ler-se na intervenção feita pela representação angolana na reunião do Conselho de Paz e Segurança da União Africana, a que a agência de notícias Lusa teve acesso.
O Conselho de Paz e Segurança da União Africana reuniu-se na terça-feira (11.06.) em Addis Abeba, Etiópia, para analisar a situação da Guiné-Bissau.
Angola está o cumprir o seu terceiro mandato no Conselho de Paz e Segurança da União Africana.
Nomeação do primeiro-ministro?
Afrikanische Union Logo
Na declaração, Angola refere que três meses depois das eleições legislativas o Presidente guineense, José Mário Vaz, "ainda não procedeu à nomeação do primeiro-ministro, mesmo depois da instalação da Assembleia Nacional Popular", a 18 de abril.
"Perante esta crescente crise política que já dura há mais de quatro anos e a consequente degradação económica em função do aumento do défice público que ultrapassou consideravelmente o objetivo orçamental, a delegação angolana nota com preocupação e pela primeira vez repetidos casos de insubordinação de certos membros do Governo às ordens do primeiro-ministro em exercício", salienta.
Angola refere também o aumento da contestação pública "com marchas populares e vigílias" e o surgimento de "forte indícios de ações ligadas ao narcotráfico e ao crime organizado, com probabilidades graves e perigosas ao terrorismo regional".
Mandato de "Jomav" termina
DW-Interview mit José Mário Vaz, Präsident von Guinea-Bissau (DW/B. Darama)
José Mário Vaz
A representação angolana referiu também que o mandato do Presidente guineense termina a 23 de junho e que as eleições presidenciais devem ocorrer, segundo a lei eleitoral, entre "23 de outubro e 25 de novembro".
"A problemática da eleição do primeiro-ministro e a necessidade da marcação das eleições presidenciais nos prazos estabelecidos colocam a Guiné-Bissau numa verdadeira encruzilhada política, de cuja gestão poderá depender o seu futuro imediato", referiu Angola, salientando que o país vai precisar mais do que nunca do apoio da comunidade internacional para evitar que a situação evolua para "níveis preocupantes de instabilidade política e constitucional com consequências imprevisíveis".
A delegação angolana apelou também às autoridades guineenses, em especial ao Presidente José Mário Vaz, para "trabalharem de forma construtiva, respeitando os resultados das eleições parlamentares e em concordância com a Constituição".
Três meses depois das eleições legislativas, a 10 de março, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau ainda não foi indigitado pelo Presidente guineense e o novo Governo também não tomou posse devido a um novo impasse político, que teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.
Composição da mesa do Parlamento
Guinea-Bissau Assembleia Nacional Popular Parlament (Getty Images/AFP/A. Balde)
O Presidente guineense, José Mário Vaz, alega que só vai dar posse ao primeiro-ministro e ao Governo depois de ultrapassada a situação na composição da mesa do Parlamento.
Depois de Cipriano Cassamá, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ter sido reconduzido no cargo de presidente do parlamento, e Nuno Nabian, da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, para segundo vice-presidente do Parlamento.
O Madem-G15 recusou avançar com outro nome para cargo e apresentou uma providência cautelar para anular a votação, mas que foi recusada pelo Supremo Tribunal de Justiça. Por outro lado, o Partido de Renovação Social (PRS) reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da assembleia.
Recorde-se, que o Parlamento da Guiné-Bissau está dividido em dois grandes blocos, um, que inclui o PAIGC (partido mais votado nas legislativas, mas sem maioria), a APU-PDGB, a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, com 54 deputados, e outro, que juntou o Madem-G15 (segundo partido mais votado) e o PRS, com 48.
 
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"Famílias guineenses sobrevivem graças aos emigrantes"

ANGOLA: DIFERENTES MAS IGUAIS

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A Human Rights Watch (HRW) denunciou hoje casos de discriminação e estigmatização a crianças portadoras de albinismo na província de Tete, alertando para as consequências psicológicas da rejeição de albinos naquela província do centro de Moçambique. Em Angola, os albinos continuam a enfrentar “problemas e barreiras” que vão desde a dificuldade de inserção no emprego e no sistema de ensino, à falta de assistência social e medicamentosa.

“As crianças que vivem com o albinismo na província central de Tete são amplamente discriminadas, estigmatizadas e frequentemente rejeitadas na escola, na comunidade e, por vezes, pelas suas próprias famílias”, lê-se num relatório daquela organização não-governamental, divulgado hoje.
Além do estigma e discriminação, segunda a HRW, há casos de crianças albinas na província de Tete que não possuem material escolar adequado, principalmente os menores com problemas de visão.
“Os estudantes com albinismo que também têm baixa visão não têm acesso a materiais de aprendizagem apropriados, como livros escolares grandes, tempo extra para exames ou lugares junto ao quadro”, refere o documento.
Para a organização, apesar de os casos de raptos e assassínios de portadores de albinismo terem reduzido no país, entre as famílias das crianças albinas o medo ainda existe e algumas proíbem os filhos de frequentarem as aulas.
O relatório da Human Rights Watch lembra que o caso mais recente ocorreu em Maio, quando uma criança albina de 11 anos foi raptada e assassinada em Murrupala, na província de Nampula, e, dias depois, o seu corpo foi encontrado sem membros, numa mata.
A onda de ataques contra portadores de albinismo teve o seu pico em Moçambique entre 2014 e 2015. Durante aquele período, a HRW diz ter recebido relatos de pelo menos 100 ataques registados em 2015, casos cujas causas estão associadas à superstição.
“Ao tomar medidas para garantir que as crianças com albinismo possam receber educação enquanto continuam investigando e processando os responsáveis pelos ataques, Moçambique tem a oportunidade de demonstrar ainda mais seu compromisso em garantir a segurança, a inclusão e a dignidade das pessoas com albinismo”, lê-se no relatório, que destaca, no entanto, passos significativos do Governo na luta pelos direitos das pessoas com albinismo.
No relatório, elaborado entre Julho de 2018 e Maio de 2019, a Human Rights Watch entrevistou perto de 60 pessoas, entre portadores de albinismo, activistas sociais, directores de escolas e representantes de organizações baseadas em Moçambique, além de quadros do Governo moçambicano.

E como é em Angola?

Os albinos em Angola continuam a enfrentar “problemas e barreiras” que vão desde a dificuldade de inserção no emprego e no sistema de ensino, à falta de assistência social e medicamentosa, advertiu há um ano a Associação de Apoio aos Albinos de Angola.
A informação foi transmitida pelo presidente da Associação, Manuel Vapor, durante uma palestra realizada no dia 13 de Junho de 2018, em Luanda, a propósito do dia mundial para a consciencialização sobre o Albinismo.
De acordo com aquele responsável, ainda há casos de discriminação no país e grande parte dos albinos em Angola não tem emprego e encontra dificuldades para adquirir cremes de protecção da pele, pedindo por isso ao Ministério da Saúde a subvenção desses fármacos.
“Porque o protector solar nas farmácias, o preço, é elevadíssimo e então gostaríamos que também ficassem naqueles produtos a custo zero e subvencionados pelo Governo. Por isso é preciso que o ministério ponha a mão neste caso, porque principalmente os adultos que não trabalham têm grande dificuldade”, disse.
Manuel Vapor referiu, igualmente, que o país “carece de uma política virada à pessoa albina”, que no seu entender deveria ser superintendida pelo Ministério da Saúde, exemplificando que as consultas nos hospitais ainda são feitas “graças ao bom senso dos dermatologistas”.
As consultas, acrescentou, são feitas com recurso às “parcerias” que a associação criou junto dos dermatologistas, no sentido de responderem às “necessidades diárias” da pessoa albina.
Durante a sua intervenção, o presidente da Associação de Apoio aos Albinos de Angola, considerou também que a falta de informação sobre o albinismo faz persistir o preconceito na sociedade angolana.
“Porque se desde tenra idade e sobretudo nos manuais escolares do ensino de base se começar a ministrar matérias sobre o albinismo, essas situações não deveriam colocar-se e a criança já não veria o albino como um fantasma e haveria melhor familiarização”, realçou.
No capítulo do emprego, aquela associação defende que o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTESS) encontre mecanismos que “pelo menos reservassem vagas exclusivas” para a pessoa albina.
“Reconhecemos que o emprego no país está difícil, mas é possível o ministério adoptar esse mecanismo, porque muitos associados estão vulneráveis e isso agrava ainda mais a sua condição de saúde, devido à falta de cuidados”, adiantou.
A consciencialização à pessoa com albinismo e o albinismo no campo científico foi o tema desta palestra, animada pelo dermatologista e director do serviço de Dermatologia e Venereologia do Hospital Américo Boavida, Juliano Isaías.
Na ocasião, o responsável lamentou a situação de carência de albinos para aquisição de cremes de pele, tendo revelado que a unidade hospitalar acompanha regularmente cerca de 300 doentes albinos, na sua maioria com cancro de pele.
“E os nossos serviços ambulatórios continuam a registar novos casos, sobretudo ligados a lesões de pele em crianças e adultos”, explicou.
A Associação de Apoio aos Albinos de Angola conta com cerca de 600 associados e tem representações em seis das 18 províncias do país.

Nada pior do que ser africano e albino

ATanzânia viveu nos finais de 2016 uma onda de ataques contra albinos, considerados por alguns a cura de doenças e, por outros, o símbolo do azar, da maldição e da bruxaria.
Said Abdallah, uma menina de 10 anos, teve os braços cortados depois de ser tacada por homens que a acusaram de ser uma “bruxa amaldiçoada”. Mas o real motivo pela qual Said foi agredida foi ser albina. A Tanzânia é o país de África com o maior número de albinos.
Principalmente nas áreas rurais, acredita-se que a ausência de melanina na pele, no cabelo e nos olhos, principais causas que levam ao albinismo, são sinais de maldição e azar. A intensificação dos problemas de intolerância fez com o que o governo da Tanzânia passasse a abrir centros de acolhimento a albinos por todo país. Muitos são expulsos de suas próprias casas porque as suas famílias têm vergonha de criá-los.
De acordo com a Associação de Albinismo da Tanzânia, foram registados em 2016 oito mil albinos no país, entre homens, mulheres e crianças. Acredita-se, contudo, que essa população é muito maior já que a maioria dos albinos se esconde ou não se declara albina com medo da repressão.
“Muitos albinos fogem das suas vilas com medo de serem esquartejadas e terem os seus órgãos vendidas por traficantes”, explicou a jornalista Ana Palacios ao jornal britânico “Metro”. De acordo com a jornalista, alguns acreditam que “os órgãos de albinos podem ser usados em poções mágicas”.
Enquanto para alguns a doença é vista como uma maldição; para outros, os albinos são milagrosos. “Eles são estuprados porque alguns acreditam que eles carregam a cura da Sida. Eles são alienados da sociedade por serem considerados mágicos”, enfatiza Ana Palacios.
Algumas famílias africanas acreditam que as crianças brancas são um “estigma” e, dessa forma, eles passam a ser “maltratados” e “menos alimentados”. Muitos, inclusive, não recebem o tratamento necessário e acabam como vítimas do cancro de pele.

Dramas que têm de acabar

Opescador Mtobi Namigambo vive na ilha de Ukerewe, na Tanzânia. Situada a três horas de distância de Mwanza, segunda maior cidade do país, a ilha remota já foi tida como um santuário para albinos. Mas a situação mudou.
Um dos filhos de Namigambo, May Mosi, com quatro anos de idade, é albino. Quando tinha três meses, escapou de uma tentativa de sequestro. “Tinha ido pescar no lago. A minha mulher e as crianças estavam sozinhas na casa quando foram atacadas”, conta o pai, acrescentando que “ela pulou pela janela e correu com May em busca de um local seguro, deixando as outras duas crianças para trás. Elas não sofreram nada.”
“Os agressores estavam à procura de May”, diz a esposa do pescador: “O meu marido estava fora, pescando, e eles sabiam disso. Por isso vieram. Após eu pular pela janela, eles ainda vieram atrás de mim e gritei por socorro. Só desistiram quando acordei os vizinhos.”
O albinismo é um distúrbio congénito caracterizado pela ausência de pigmento na pele, cabelos e olhos devido a uma deficiência na produção de melanina pelo organismo. Em alguns casos também provoca problemas de visão. O distúrbio é raro, afectando uma em cada 17 mil pessoas aproximadamente.
No Brasil, por exemplo, haveria (embora não haja dados oficiais) entre 10 mil e 12 mil pessoas com albinismo. Entre elas está o compositor e multi-instrumentista Hermeto Paschoal, reverenciado por músicos de jazz em todo o mundo.
Pouco presente no mundo ocidental, o albinismo, no entanto, é comum na África Subsaariana. Na Tanzânia e em outros países africanos, especialmente no leste do continente, há muitos. E eles sofrem perseguições.
Em algumas regiões, são tidos como demoníacos e perigosos. Na Tanzânia, alguns acreditam que poções feitas utilizando partes dos corpos dos albinos trariam sorte e riqueza.
Como resultado, perto de uma centena de albinos foram mortos no país nos últimos anos. Segundo grupos que fazem campanha em sua defesa, apenas dez pessoas foram presas em consequência desses assassinatos.
Nos últimos anos, houve várias iniciativas para tentar conscientizar a população e romper preconceitos e superstições em torno do albinismo. Em 2012, na África do Sul, uma modelo albina foi destaque no continente quando desfilou pelas passarelas da Africa Fashion Week.
Na Tanzânia, o governo também lançou campanhas de conscientização. Mas o problema persiste, especialmente em regiões remotas como a ilha Ukerewe, onde vivem May e sua família.
“Nós apelamos ao governo por mais iniciativas para educar a comunidade aqui (na ilha)”, diz Namigambo, pai de May. “No passado, as autoridades faziam seminários sobre albinismo. Faziam muita diferença, mas agora não mais.”
A ONG Under the Same Sun (em tradução livre, Sob o Mesmo Sol), que actua junto da população albina da ilha, diz que o lugar não é tão seguro como alguns imaginam. Alfred Kapole, presidente da sucursal regional da Tanzania Albinism Society, nativo da ilha, foi obrigado a fugir para Mwanza.
“Ele foi um dos primeiros albinos a levar o seu caso aos tribunais após um líder local ter tentado matá-lo para ficar com seu cabelo”, diz Vicky Ntetema, directora da ONG Under the Same Sun. Ele lamenta que esse tipo de experiência seja comum entre albinos no país.
No centro da cidadezinha de Sengerema, a 60 km de Mwanza, uma estátua mostra um casal que não tem albinismo segurando um bebé albino. A mãe da criança coloca na cabeça do filho um chapéu de abas largas para protegê-lo do sol. O monumento também traz 139 nomes de pessoas albinas que foram mortas, atacadas ou cujos corpos foram roubados dos cemitérios.
Um representante da sociedade de albinos de Sengerema, Mashaka Benedict, diz que mesmo pessoas com certo nível educacional acreditam que partes dos corpos dos albinos podem trazer riqueza.
“Se isso é verdade, por que não somos ricos?”, pergunta. E acrescenta: pessoas importantes estão por trás do “comércio da morte”. É por isso que pouquíssimas foram presas, acusadas ou condenadas: “Como poderia um pobre oferecer fortunas por um pedaço de um cadáver? Os envolvidos são empresários e políticos.”
A polícia, por sua vez, diz que faz o que pode. “São casos complicados porque a maioria dos incidentes ocorre em regiões remotas, onde não há electricidade, por exemplo”, diz o chefe de polícia de Mwanza, Valentino Mlowola. “Isso dificulta a identificação dos infractores durante a noite. Investigamos cada caso e cada alegação, mas não é simples,” explica.
Apesar das dificuldades, activistas persistem na luta para combater o preconceito e a ignorância. Num evento organizado para promover os direitos dos albinos, uma artista com albinismo cantou: “Estamos sendo mortos como animais. Por favor, rezem por nós”.


Folha 8 com Lusa

Presidente de CV quer livre circulação de caboverdianos em Portugal.

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Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, tira selfie com o seu homólogo cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, e populares no Mindelo, São Vicente, a 11 de Junho de 2019.


O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, desafia Portugal a abolir vistos para cabo-verdianos e pede apoio para resolução dos problemas dos cabo-verdianos em São Tomé e Príncipe. O presidente caboverdiano recebia o seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, no quadro das festas do Dia de Portugal.  




O chefe de Estado caboverdiano, Jorge Carlos Fonseca, pede a Portugal a abolir os vistos para os cabo-verdianos.
Jorge Carlos Fonseca, que exerce actualmente a Presidência da CPLP, está focado na mobilidade entre os países lusófonos e desafia as autoridades portuguesas.
(...) Se nós aqui em Cabo Verde, abolimos os vistos, para todos os cidadãos da União Europeia, incluindo os portugueses, naturalmente, porque não, a par desse acordo de Mobilidade geral, não antecipamos um acordo afim, a nível bilateral, entre os dois, Portugal e Cabo Verde?"    
Por outro lado, o chefe de Estado cabo-verdiano pediu ajuda de Portugal para para apoiar cabo-verdianos em São Tomé e Príncipe.
O Presidente da República Jorge Carlos Fonseca durante o seu discurso oficial das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidade portuguesas, que decorrem no arquipélago.
fonte: lusa

Cabo Verde: Vistos dominaram visita de presidente português.

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Da esquerda para a direita Ulisses Correia e Silva, Marcelo Rebelo de Sousa, Jorge Carlos Fonseca e António Costa, respectivamente, no Mindelo, Cabo Verde, a 11 de Junho de 2019.
O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, cumpriu nesta quarta-feira, 12 de Junho, uma visita privada à Brava, ilha cabo-verdiana do Sotavento, de onde é oriunda a família do seu anfitrião, Jorge Carlos Fonseca, que insistira nesta deslocação. A questão da isenção de vistos para cabo-verdianos voltou a dominar as conversações entre as entidades dos dois países.





Presentes no arquipélago estiveram tanto o presidente como o primeiro-ministro de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, respectivamente.
Esta deslocação prendia-se com os festejos do Dia de Portugal, de Camões e das comunidades portuguesas.
O evento após Portalegre, no Alentejo, em Portugal, foi também assinalado em Cabo Verde.
E isto nomeadamente no Mindelo, ilha de São Vicente, nesta terça-feira 11 de Junho de 2019.
Ao longo das comemorações a questão da ambição cabo-verdiana de conseguir a isenção de vistos para Portugal veio à tona.
Portugal voltou a argumentar com o facto de fazer parte do Espaço Schengen e, por isso, não estar em condições de negociar a reciprocidade pedida por Cabo Verde nesta matéria.
E isto quando o chefe de Estado cabo-verdiano já insistira em garantir a mobilidade dos cidadãos no espaço da CPLP, Comunidade dos países de língua portuguesa, Cabo Verde que preside actualmente o bloco lusófono.
Entre a lógica da União Europeia e as contingências do espaço da CPLP o primeiro-ministro português, António Costa, lamentou que nos anos 90 não se tivesse salvaguardo as relações privilegiadas como teriam feito outros países.
fonte: lusa

Guerrilheiros da RENAMO ameaçam matar líder do partido caso não renuncie ao cargo.

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fonte: DW África
Guerrilheiros da RENAMO, principal partido da oposição em Moçambique, exigem demissão do líder Ossufo Momade, ameaçando de morte o dirigente caso não acate a exigência de renúncia.
Foto de arquivo: Elementos da RENAMO na Gorongosa
Guerrilheiros da RENAMO, principal partido da oposição em Moçambique, exigiram esta quarta-feira (12.06.) a demissão do líder da organização, Ossufo Momade, ameaçando de morte o dirigente caso não acate a exigência de renúncia, acusando-o de estar a destruir o partido.
"Se ele não quer sair, nós vamos matar, vamos atacar Ossufo, [que] estragou o nosso partido", declarou Mariano Nhungue Chissinga, que se apresentou como general e comandante na Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), numa conferência de imprensa na serra de Gorongosa.
Mariano Nhungue Chissingue estava ladeado de vários supostos guerrilheiros da RENAMO, empunhando armas do tipo AK-47 e vestidos à civil. Os jornalistas presentes na conferência puderam ainda ver vários guerrilheiros parados na mata.
Acusações contra Momade
Mosambik RENAMO Oppositionspartei neuer Vorsitzender Ussufo Momade (DWA. Sebastiao)
Ossufo Momade
Os revoltosos acusam Ossufo Momade de ter matado dois brigadeiros do "quartel-general" da guerrilha da RENAMO e de ter removido os delegados provinciais e distritais para destruir o partido a mando dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE).
"O homem está a ser usado, é do SISE", acusou Mariano Nhungue Chissingue.
Ossufo Momade entregou nomes de familiares e amigos sem ligação à RENAMO para ocuparem cargos de chefia nas Forças de Defesa e Segurança moçambicanas em detrimento de oficiais que estão nas bases da guerrilha do partido, prosseguiu Mariano Nhungue Chissingue.
Momade ignora apelos
Segundo este elemento da RENAMO, em conluio com o SISE, Momade tem ignorado apelos para um protesto mais vigoroso contra as irregularidades no recenseamento para as eleições gerais de 15 de outubro.
Mariano Nhungue Chissingue afirmou que os "comandos" da RENAMO vão escolher um novo líder no dia 10 ou 15 de julho e que nenhum guerrilheiro do partido vai aceitar o desarmamento e desmobilização enquanto Ossufo Momade se mantiver no cargo.
"Nós não temos presidente, mas não nos provoquem. Estamos armados e temos forças", avisou.
Esclarecimentos na quinta-feira
José Manteigas, Sprecher von RENAMO Nationalrat in Beira (DW/Arcénio Sebastião)
José Manteigas
À agência de notícias Lusa, o porta-voz da RENAMO, José Manteigas, desdramatizou as declarações do general da RENAMO, afirmando que falou hoje com Ossufo Momade sobre a vida corrente do partido, remetendo mais informações para uma conferência de imprensa na quinta-feira (13.06.).
"Não tenho conhecimento de qualquer tipo de agitação. Ainda hoje falei com o general Ossufo Momade, que estava sereno e tranquilo, a tratar de questões da vida corrente do partido", disse José Manteigas.
Questionado se o general que falou hoje (12.06.) aos jornalistas pertence à guerrilha da RENAMO, Manteigas remeteu explicações para a conferência de imprensa.
O porta-voz esclareceu que a RENAMO está a trabalhar na candidatura de Ossufo Momade e do partido à presidência e às às eleições gerais.
"Oportunamente, indicaremos a data do depósito da candidatura de Ossufo Momade ao cargo de Presidente da República", acrescentou.

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