Presidente pediu melhorias nas forças armadas, primeiro-ministro promete combate à corrupção.
A nova liderança chinesa para os próximos dez anos WANG ZHAO/AFP
O novo Presidente chinês, Xi Jinping, apelou neste domingo a um “grande renascimento da nação chinesa” e a uma melhoria da capacidade do Exército para “vencer combates”.
No seu primeiro discurso
solene enquanto chefe de Estado, Xi disse que a nova liderança chinesa
vai continuar a bater-se pela “causa do socialismo com as cores da
China” e quer “realizar o sonho de um grande renascimento da nação
chinesa”.
Falando aos delegados da Assembleia Nacional
Popular (ANP), o mais alto dirigente da segunda potência mundial
declarou que “todos os soldados e oficiais do Exército popular e da
polícia militar chinesa devem, guiados pelo Partido, ser capazes de
vencer combates e ter por objectivo um Exército forte e disciplinado”.Num momento em que as relações entre Pequim e Tóquio estão tensas devido a uma disputa territorial no mar da China oriental, o Presidente Xi insistiu que o Exército deve “melhorar as suas capacidades para executar as suas missões e defender resolutamente a soberania e a segurança nacionais”
XI Jinping foi escolhido para suceder a Hu Jintao na liderança do PC chinês e na Presidência do país, e o número dois do partido, Li Keqiang, foi designado primeiro-ministro.
Depois do discurso de Xi, Li Keqiang deu a sua primeira conferência de imprensa na qualidade de chefe de Governo, reafirmando, no essencial, as orientações do seu antecessor Wen Jiabao. “Aquilo que o mercado pode fazer devemos deixar nas mãos do mercado. Aquilo que a sociedade pode fazer bem devemos deixar a sociedade fazer” e ao Governo resta ocupar-se “daquilo que lhe cabe”, explicou.
Li anunciou que até ao final de 2013 estará concluída a reforma do muito contestado sistema de "reeducação pelo trabalho” que permite a detenção de uma pessoa até um máximo de quatro anos sem julgamento. Prometeu também uma redistribuição equitativa dos benefícios do crescimento da China e um combate “sem tréguas” à corrupção.
fonte: publico.pt