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sábado, 23 de maio de 2015

Guiné-Bissau: Recomeça reconciliação da sociedade guineense.

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Cinco anos depois a Guiné-Bissau retoma a reconciliação nacional. O pároco de Buba já faz os primeiros contactos na qualidade de presidente da comissão preparatória da Conferência Nacional de Reconciliação.


Militares guineenses e o ex-chefe do exército da Guiné-Bissau, António Indjai

A comissão foi empossada na última segunda-feira (18.05) pelo presidente do Parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, com a tarefa de fazer um verdadeiro esforço de reconciliação com o passado de maneira a transformar o presente do país.
A DW África falou sobre o tema com Domingos da Fonseca, pároco de Buba, no sul do país, e também vigário geral da diocese de Bafatá, no centro.
DW África: Esta Conferência Nacional de Reconciliação entre os Guineenses é algo desejável agora que o país está num processo de paz?
Domingos da Fonseca (DF): Mais que desejável, eu diria até urgente porque o país tem vivido momentos de crises profundas que deixou mágoas e feridas nos corações dos guineenses. Essa situação não pode continuar no tempo e no espaço, porque não ajuda no processo de desenvolvimento.
DW África: Portanto, é necessário um verdadeiro esforço de reconciliação na Guiné-Bissau?
DF: É fundamental, é mesmo indispensável.
DW África: Isso significará esquecer o passado de maneira a transformar o presente do país?
Soldado envolvidos no último golpe de Estado, em 2012
DF: Não se trata de esquecer o passado, trata-se de reconciliar-se com o passado. Todos nós temos de assumir o nosso passado, ninguém pode ficar escondido. E assumir o nosso passado significa refletir profundamente sobre o nosso passado, tomar consciência do nosso passado e sermos capazes de nos reconciliar com o nosso passado. Só assim é que poderemos começar a escrever a nova página da nossa história.
DW África: Perdoar significa esquecer?
DF: Perdoar não significa esquecer. Até uma ferida escondida pode sarar, mas fica sempre a cicatriz. Perdoar significa compreender o outro e libertar-se da prisão interior e psicológica e ser capaz, também, de libertar o outro da sua situação. E quando o outro é chamado a libertar-se, dá-se um processo de reconciliação com o nosso passado. E torna-se possível o prosseguimento da nossa história.
DW África: A comissão que foi empossada e presidida pelo senhor já tinha sido criada em 2010.
DF: Fez o trabalho e foi interrompido a partir do golpe de 12 de abril de 2012, mas já tinha feito um bom trabalho. Trata-se agora de ver o que foi feito e quais serão os próximos passos.
DW África: E já tem ideia de quando será realizada essa Conferência Nacional sobre a Reconciliação?
DF: Ainda é muito cedo para me pronunciar sobre o assunto. Não me quero precipitar, dar falsos passos.
DW África: Como cidadão guineense, o que acha que essa Comissão de Reconciliação Guineense deverá fazer?
Bissau, a capital do país
DF: Continuar o trabalho inciado pela outra comissão, dando um novo impulso, uma nova dinâmica. É sobretudo de auscultação. Para começarmos temos de ter a capacidade, sobretudo, de escutar, de ouvir, uma escuta imparcial. Ouvir e deixar as pessoas exprimirem os seus sentimentos recalcados há anos, porque sofreram injustiças, foram humilhadas, etc. É permitir que as pessoas falem. A comissão tem de criar essa cultura de ouvir sem tomar nenhuma posição. A partir dessa escuta é que se poderá fazer uma análise e preparar a conferência nacional.
DW África: Mas a reconciliação não poderá ser uma "caça às bruxas"?
DF: Absolutamente. Uma "caça às bruxas" já não faz parte da reconciliação. É um projeto antagónico. Por isso digo que todos têm de ser implicados, os militares, para-militares, o poder tradicional, o poder jurídico, tudo tem de ser implicado no processo. Para mim é um processo terapeutico, é uma cura, porque quem co-habita com o sentimento de ódio é uma pessoa doente.
DW África: E a sociedade civil guineense está preparada para perdoar?
DF: Está a ser preparada, já começou a ser informada em 2010, o trabalho não é de hoje. As nossas rádios locais, diocesanas e eclesiáticas já estão a trabalhar nesse sentido de mudar a mentalidade guineense e já se sente essa mudança.
#dw.de

Libéria: O papel de Camarões em tempos difíceis é reconhecido.

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O Chanceler Shoniyin (à esquerda) elogia Camarões por seu papel na Libéria e Embaixador GANG (à direita) faz o seu discurso no Dia da Unidade Nacional do seu país.

O Ministro de Negócio Estrangeiro Elias Shoniyin disse que os liberianos vão se lembrar de Camarões como um amigo Africano verdadeiro por seu papel desempenhado durante a epidemia de Ebola.
Em seu discurso na marcação da ocasião à observância do 43º Dia da Unidade Nacional de Camarões realizada em um hotel local, na quarta-feira, o ministro Shoniyin lembrou que enquanto a maioria dos países foram fechando as portas de suas embaixadas por medo do vírus Ebola, a embaixada de Camarões permaneceu aberta.

Além disso, o chanceler lembrou que Shoniyin um médico camaronês, Patrick Nshamdze que serviu no Hospital St. Joseph Catholic durante a crise Ebola, perdeu a vida.
Estas duas instâncias colocam o Camarões na história da Libéria e será sempre lembrado, declarou Shoniyin.

Camarões fez todas estas coisas apesar de que ele estava enfrentando ameaças terroristas de Boko Haram, juntamente com a instabilidade na República Centro-Africana.
Sobre a crise do Boko Haram, Shoniyin salientou a necessidade de esforços concertados entre os países africanos para ajudar a restaurar a paz e a estabilidade na Nigéria e outros países vizinhos, incluindo Camarões.

Em seu discurso do Dia da Unidade Nacional, o Embaixador camaronês acreditado na Libéria, Beng'yela GANG prosseguiu o elogio ao governo e ao povo da Libéria para a sua resiliência na luta contra o flagelo Ebola.

Ele disse que a vitória da Libéria não só limitou-se a seus limites territoriais, mas a sua assistência à Serra Leoa para ajudar a combater a doença.

Ele lembrou o falecimento do Dr. Nshamdze, em sua luta contra o vírus Ebola.
O Embaixador GANG falou sobre a questão da Boko Haram, e disse que, o grupo militante islâmico tem nos últimos tempos lançado uma série de ataques contra os agricultores da República dos Camarões, os aldeões, e outros, o que causou o encerramento de mais de 150 escolas.

Finalmente, o embaixador GANG referiu o valor de Camarões para interromper os ataques do Boko Haram, reconhecendo que a França, UE, Reino Unido, EUA e outros comprometeram-se a apoiar a força multi-nacional a ser formado na África para expulsar o grupo terrorista.
Apesar da promessa, o embaixador GANG disse que uma resposta rápida é necessária para combater a ameaça do Boko Haram.

#liberianobserver.com

Líder da oposição no Burundi e seu segurança são assassinados.

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Zedi Feruzi, presidente da União para a paz e a democracia (UPD), foi assassinado quando voltava para casa no bairro de Ngagara.

                                                                                  Foto: AFP Carl de Souza                                                                                             

O líder de um pequeno partido da oposição no Burundi foi morto junto com seu guarda-costas por desconhecidos neste sábado em Buyumbura. Zedi Feruzi, presidente da União para a paz e a democracia (UPD), foi assassinado quando voltava para casa no bairro de Ngagara. Seu corpo ensanguentado e o de um policial que era seu guarda-costas podiam ser vistos na frente da residência, segundo o jornalista da AFP que esteve no local.

Feruzi foi vítima de vários disparos, um deles na cabeça. Ele estava caminhando quando foi atacado, explicou um vizinho que não viu a cena, mas que estava próximo do lugar. "Escutamos cerca de vinte tiros, todo mundo se jogou no chão, algumas pessoas viram um carro Toyota fugindo", completou.

Segundo um jornalista do país, que estava discutindo com a vítima no momento dos disparos e ficou ferido no ataque, os assassinos usavam "uniformes policiais da guarda presidencial". O jornalista disse que se esconderá por medo de também ser assassinado. A presidência desmentiu as acusações. Se disse "chocada" e pediu que "se esclareça o caso urgentemente, de modo que os culpados sejam processados pela justiça".

Pequeno partido de oposição, a UPD se dividiu em determinado momento, e uma de suas correntes aproximou-se do partido no poder, o CNDD-FDD. No entanto, a UPD voltou, há pouco tempo, a integrar a oposição.

#diariopernambuco.com.br

EUA Suspendeu treinamento para as forças do Burundi.

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Os EUA suspenderam seu programa de treinamento para manutenção da paz para as tropas do Burundi PHOTO / ARQUIVO

Os Estados Unidos suspenderam seu programa de treinamento para manutenção da paz para as tropas do Burundi, disse o Departamento de Estado.

A porta-voz Marie Harf acrescentou que os EUA continuam a apoiar as tropas do Burundi estacionadas em Mogadíscio como parte da Missão da União Africana na Somália (Amisom).

Ela advertiu, no entanto, que "continuou a instabilidade e a violência no Burundi, nomeadamente a prática de violações dos direitos humanos e abusos por parte das forças de segurança, o que poderia pôr em risco a capacidade do Burundi para continuar a contribuir para a missão de paz da Amisom."

Financiamento dos EUA para militares do Burundi não foi cortado, A Sra. Harf disse em resposta à pergunta de um repórter. Os EUA também não anunciaram qualquer redução na ajuda ao desenvolvimento ao Burundi, que atualmente totaliza cerca de US $ 46 milhões há um ano.

A administração de Obama está respondendo de uma maneira calibrada para a situação incerta em Burundi. Mas a resposta dos EUA também parece contraditório em alguns aspectos.

Terceiro mandato

Momentos depois de anunciar a ação punitiva na defesa da paz, Sra Harf disse que,  as autoridades norte-americanas disseram  "entender que membros das forças armadas agiram profissionalmente e de forma neutra durante o recente protesto."

Ela observou o relato da imprensa que diz que dois soldados do Burundi foram mortos a tiros ", enquanto agindo para proteger os civis durante conflitos com a polícia."

Os EUA expressam suas "mais sinceras condolências à família e amigos desses soldados", acrescentou ela.

Washington já havia manifestado sua oposição à decisão do Presidente Pierre Nkurunziza de tentar um terceiro mandato. Insistência do Sr. Nkurunziza para permanecer no poder viola um acordo que certificou o fim de uma sangrenta guerra civil no Burundi, nota dos EUA.

A administração Obama também condenou a recente tentativa por parte de alguns líderes militares do Burundi para derrubar o governo do Sr. Nkurunziza.

#africareview.com

Colóquio Internacional revisita a história da Casa dos Estudantes do Império.

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(Foto: Jorge Monteiro/Portal de Angola)
(Foto: Jorge Monteiro/Portal de Angola)
Em 1943 foram criadas a Casa dos Estudantes de Moçambique ( Coimbra ) e a Casa dos Estudantes de Angola ( Lisboa ). No ano seguinte surgem outras casa de jovens africanos a estudar em Portugal. A criação da Casa do Estudantes do Império de acordo com a nota informativa da Organização, foi proposta e cito por ” proposta do ministro das Colónias e apoiada pelo Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa.
Além da sede em Lisboa e da delegação em Coimbra, houve uma mais tardia e efémera delegação no Porto. A Casa cedo subverteu as expectativas oficiais de um corpo obediente e alinhado com a ideologia imperial”, conforme e citando o documento de apresentação da Organização. Mas hoje na histórica Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, a História da Casa dos Estudantes do Império (CEI ) cruzou o olhar da Memória, recebeu e evocou testemunhos e figuras históricas que passaram e viveram na Casa dos Estudantes do Império, foram lembradas e recordadas quer pelo seu envolvimento político, quer pelo seu posicionamento face a História dos seus países.
Como refere o documento introdutório e citando o mesmo, ” pela Casa ( ou melhor pelas Casas ) passaram jovens de diferentes proveniências geográficas, de diferentes etnias e com diversas posições político-ideológicas. Juntos defenderam a liberdade e a independência da Casa num país fascista. Muitos deles viriam a participar nas lutas de libertação nacional, alguns dos quais em posições de destaque como militantes e dirigentes, outros como participantes na construção dos novos países africanos independentes”.
E neste primeiro dia, Olhares transversais de Investigadores de diferentes origens e especialistas em Ciências Sociais e das Humanidades, revisitaram a História, o que foi o Colonialismo, os Legados e a Memória. 11 painéis temáticos integram este Colóquio Internacional e o objectivo é reler o passado, mas como disse Victor Ramalho, actual Secretário-Geral da UCCLA, ” não há futuro sem memória”. E por isso entre a perspectiva de análise e estudos das Comunicações apresentadas, o debate gerou questões pertinentes dos conferencistas participantes, quer pelas possíveis contradições existentes à época, quer pelos conflitos internos e da luta e do pensamento em estratégias que visavam o despertar de uma consciência nacionalista, mas também a atitude crítica face a um sistema político que era necessário combater.
Luís de Almeida (actual Embaixador de Angola junto da CPLP), Tomás Medeiros (Médico santomense) (Foto: Jorge Monteiro/Portal de Angola)
Luís de Almeida (actual Embaixador de Angola junto da CPLP), Tomás Medeiros (Médico santomense) (Foto: Jorge Monteiro/Portal de Angola)
E foi o período entre 1944 e 1965 que foi e será discutido ao longo destes dias, mas também será o testemunho de militantes da causa que amanhã farão reunir à tarde o Olhar histórico-político de Edmundo Melo Rocha ( Médico angolano ), Fernando Mourão ( Professor de Arquitectura), Humberto Traça ( General e antigo Adido de Defesa da Embaixada de Angola em Portugal ), Manuel Videira ( Médico angolano ), Tomás Medeiros ( Médico santomense ) e Rute Magalhães, num debate moderado pela Investigadora Cláudia Castelo, num painel intitulado ” A Casa por quem a viveu “. No período da manhã e neste sábado, o tema ” Os Movimentos Estudantis no desmoronar dos vários Impérios Coloniais ” e a ” Circulação Transnacional de actores, Textos e Ideias Anticoloniais e a Emergência dos Modernos Nacionalismos Asiásticos e Africanos ” abrem o segundo dia de trabalhos deste Colóquio Internacional sobre a antiga Casa dos Estudantes do Império numa perspectiva temporal e reflexiva do que foi o Império Colonial, os Movimentos AntiColoniais, a análise da PIDE-DGS e o percursos percorridos no contexto social, político e cultural. Olhar o passado, é também uma forma de quebrar tabus, abrir horizontes e sentir o mundo num quadro global de múltiplos desafios.
Embaixador Luís de Almeida, Escritoir e Jornalista Gabiel Baguet Jr, Médico angolano Manuel Videira (Foto: Jorge Monteiro/Portal de Angola)
Embaixador Luís de Almeida, Gabiel Baguet Jr, Dr Manuel Videira (Foto: Jorge Monteiro/Portal de Angola)
Hoje cruzaram-se abraços e apertos de mão entre Luís de Almeida( actual Embaixador de Angola junto da CPLP ) e João Boal, entre estes e Edmundo Melo Rocha e Tomás Medeiros, passando por Humberto Traça, Júlio Correia Mendes, Filipe Zau ( actual Reitor da Universidade Independente de Angola e antigo Conselheiro Cultural da CPLP em Lisboa ), Aida Freudenthal, Manuel Videira e o curioso é que no tema ” Os Filhos da Casa “, serão oradores Ana Maria Mesquita, Ricardo Costa, Fidel Reis, Francisco Viana e Sandra Monteiro.
(Foto: Jorge Monteiro/Portal de Angola)
(Foto: Jorge Monteiro/Portal de Angola)
É o cruzamento de várias gerações e o testemunho de um lado da História. Como alguém disse no Colóquio, ainda há um longo caminho a percorrer face à Casa dos Estudantes do Império. Há documentos para reler, estudos para fazer e recolha de outros testemunhos para ouvir. A História não é estática e as dinâmicas sociais também não.(Portal de Angola)
por Gabriel Baguet Jr, Jornalista/Escritor
Fotos de Jorge Monteiro/Arquivo Portal de Angola

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