
Pedro Pires, antigo Presidente de Cabo Verde.
O ex-chefe de Estado cabo-verdiano, que recebeu em novembro o Prémio Mo Ibrahim, pela boa governação em África, salientou, que o continente em geral e a África Ocidental, em particular, vão enfrentar dificuldades devido à crise financeira internacional.
"A crise económica e financeira internacional terá reflexos em todos os países, em todos os continentes. O que vai variar é a intensidade dos reflexos, menor ou maior, neste ou naquele país. Se há uma crise financeira, se há uma redução da produção e se há uma redução da procura, está claro que tem impacto em qualquer sítio, mesmo numa economia tão pujante como a da China", afirmou.
Lembrando que essa mesma crise vai trazer problemas sociais, como menos emprego e menos recursos, Pedro Pires alertou para a necessidade de os governos terem de, nos respetivos países, antecipar medidas para a combater.
Sobre se a atribuição do Mo Ibrahim lhe trará mais responsabilidades em África, o ex-Presidente cabo-verdiano admitiu que sim, mas não de forma especial.
"O prémio é africano, atribuído a um africano. Certamente que dá um bocadinho mais de responsabilidade, mas não dá responsabilidade especial. Eu não vou assumir nenhuma responsabilidade especial. Vou continuar a fazer o que tenho feito", concluiu.
Noutro teor, o ex-Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, duvidou hoje da existência de regimes ditatoriais em África, sustentando que esta é uma ideia "perigosa" importada do exterior e que pode minar a estabilidade de um país.
"Essa vossa teoria (dos países desenvolvidos) de regimes ditatoriais que devem ser mudados pela força, e se necessário, pela força exterior, é uma má teoria e é péssima. As soluções são internas. Quando nós obrigamos a uma solução externa, é uma espécie de enxertia que pode ter rejeições, como na Física e Biologia", defendeu.
fonte: RFI
"A crise económica e financeira internacional terá reflexos em todos os países, em todos os continentes. O que vai variar é a intensidade dos reflexos, menor ou maior, neste ou naquele país. Se há uma crise financeira, se há uma redução da produção e se há uma redução da procura, está claro que tem impacto em qualquer sítio, mesmo numa economia tão pujante como a da China", afirmou.
Lembrando que essa mesma crise vai trazer problemas sociais, como menos emprego e menos recursos, Pedro Pires alertou para a necessidade de os governos terem de, nos respetivos países, antecipar medidas para a combater.
Sobre se a atribuição do Mo Ibrahim lhe trará mais responsabilidades em África, o ex-Presidente cabo-verdiano admitiu que sim, mas não de forma especial.
"O prémio é africano, atribuído a um africano. Certamente que dá um bocadinho mais de responsabilidade, mas não dá responsabilidade especial. Eu não vou assumir nenhuma responsabilidade especial. Vou continuar a fazer o que tenho feito", concluiu.
Noutro teor, o ex-Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, duvidou hoje da existência de regimes ditatoriais em África, sustentando que esta é uma ideia "perigosa" importada do exterior e que pode minar a estabilidade de um país.
"Essa vossa teoria (dos países desenvolvidos) de regimes ditatoriais que devem ser mudados pela força, e se necessário, pela força exterior, é uma má teoria e é péssima. As soluções são internas. Quando nós obrigamos a uma solução externa, é uma espécie de enxertia que pode ter rejeições, como na Física e Biologia", defendeu.
fonte: RFI