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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

OPINIÃO: RECUSO A “CHOVER NO MOLHADO”, REPETIÇÃO NÃO !!! (é preciso mergulhar mais fundo, e repensar)

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                                         Pina - um pensador, um patriota, sempre por uma Guiné melhor!

Há uma semana recusei um convite como orador, para um evento cultural/comemorativo da Independência da Guiné-Bissau, nos 45 anos pós Luta de Libertação Nacional.
E não foi fácil “evitar” este tempo de antena/reflexão, mas pelo sim e pelo não, pensei não estar presente e ponto final.
Na base desta recusa está um evitamento meu em ter de “chover no molhado”. Dizendo sem acrescentar quase nada, discursar a separar ainda dentro da boca todo fel existente na msn e algum veneno escondido com rabo de fora, debaixo da língua!
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Devo acrescentar, que não é nada confortável, para quem tem que dizer, comportar deste modo usando travagem desta natureza política nas palavras, penso sempre em manter sentido de oportunidade e consequente equilíbrio temporal nos assuntos “quentes”, aguardando oportunidade mais serena, sem acrescentar lenha na “fogueira” pré-eleitoral, por uma questão de bom senso (…)
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Durante décadas temos registado “discursos” político-social sobre a Independência da Guiné-Bissau, numa memória já pesada, falácia de governantes e de políticos parlamentares, contrapondo a realidade triste do País, sempre ignorado, preferindo fazer sempre uma abordagem vazia, sem objectividade quase nenhuma, diria antes, cheia de "subjectividade/incertezas ", conjugado com uma negação inconsciente do próprio líder, parecendo o próprio desconhecer o País real!?
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Ouvimos quase sempre do mesmo pensamento do interior da "garrafa" nada transparente. Vira o disco e toca o mesmo, qualquer “diferença” vinda do exterior é registada, isolada, para a seguir o autor ser perseguido em vez de analisado/compreendido, mas não, entram a “matar” suas ideias.
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Quase nenhum político quer assumir o óbvio dentro do País, mas quase todos ou na sua maioria, políticos e elite dominadora, manifestam do mesmo ADN de rejeição ou negação de partilha de ideias em busca do melhor proveito para a Nação!?
Não é de admirar, pois este conflito de interesse centra-se no lucro ou migalhas financeiras, que cada um tem a receber dos projectos em curso, enquanto o País vai ficando para trás, acredite se quiser!
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Facto é, que na realidade perderam o pé, não adianta saberem nadar sem a esperança ou a segurança de ver "terra à vista", é triste, mas são vítimas duma cegueira irracional, provocada pelo dinheiro, só.
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Penso ainda, que preciso assumir este discurso “ausente” ou mesmo esta minha ausência como sinal de “desgaste psicológico, deveras preocupado com este silêncio, pretendo a ausência, para compreender melhor o ambiente tóxico entre Guineenses há mais de quarenta anos, assente numa descrença social do Povo Guineense.
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Hoje o Povo submetido aos mesmos de sempre (um pecado nacional e descrédito na Democracia), já sem força sistémica do Estado de Direito, para corrigirmos tudo de novo, este Povo quer fugir debaixo dos pés de carrascos arrogantes e frios (políticos), obcecados na subtracção do património material, só.
Então Camaradas, desta vez e por mais uns dias, resolvi manter meu lápis com o bico partido, bó purdãm, pá Deus partym ideias, kkkkkk (…)
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VIVA A GUINÉ-BISSAU, VIVA A LIBERDADE E DEMOCRACIA!!!
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Djarama. Filomeno Pina.

OPINIÃO: “ÉDIPO POLÍTICO” MAL RESOLVIDO, UMA TENTAÇÃO DE MATAR O “PAI” EM TUDO.

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                                          Pina: um pensador, um analista de fundo político, um patriota!

Falamos de uma impotência crónica na base deste impulso permanente, agindo sobre o individuo, ou seja, como motivo frustrante em “política” activa. Tudo isto é real, incontornável, sendo a realidade pouco transparente, que ao mesmo tempo aparece no traço intelectual como impotência mascarada do líder, perante os obstáculos da governação, revelando “cego” na sua visão política, projectando o mal nos outros, sem a capacidade de introspecção politica dos seus próprios actos, só.
Uma liderança inconsciente dos filhos frustrados, abusadores do regime, regressam à rua na versão habitual de conflito político, mais uma vez exibindo loucura duma revolta cega investida contra um “pai “ ideológico, reconhecido pelo nome de – PAIGC – no entanto, é justo frisar aqui, que para além desta sigla clássica carregada de excesso condenatório, há outros motivos ou grupos corruptos fora de partidos políticos, igualmente importantes na avaliação traçada acerca desta impotência e incapacidade de gestão do País, i. é, no tocante ao projecto de desenvolvimento sustentado, um sonho sem vida fora do papel, por enquanto só na garganta enquanto promessa eleitoral, logo depois é a treta dum conflito político sem volta a dar, estamos acostumados a tempo inteiro a isto, neste regime de não-pensamento realista, para sairmos da crise, pelos vistos um doce preferido de muitos líderes, que até se fingem preocupados com o Povo, se vivessem a própria vida nas condições em que vive o nosso Povo, iríeis jurar que esta crise não duraria mais do que três dias!?
PAIGC - Partido resistente e inspirador, funciona também como contentor de amor e de ódio, na revolta contida dos políticos Guineenses, reconhecidos dum tempo passado com idade pouco mais de meio século, aos dias de hoje, são responsáveis de actos infelizes, que prejudicaram dentro e fora a sua família política, e quase um país inteiro após a independência, com investidas infelizes dos próprios filhos frustrados, que vêm como triunfo e ou principal objectivo, a morte do “pai”, uma transferência que não há meio de cessar sua investida perigosa, bloqueando o desenvolvimento do nosso País.
Um complexo inconsciente de difícil tradução politica tem sido impulsionador dum ódio residual na relação política, funcionando para os indivíduos afectados como energia negativa no espaço da luta pelo poder, tudo isto como facto causador duma relação perversa estabelecida com a memória de Amílcar Lopes Cabral e não só, até à data presente, sentimos esta realidade como um facto que assombra consciências adormecidas num ódio silencioso uns contra os outros, inveja maldosa e impulso para o crime de consciência por omissão ou , no activo por uma questão de aceitação teórica ou análise baseada numa observação política sistematizada dum percurso político do PAIGC no terreno, uma das forças políticas pioneiro de toda revolução politica na Guiné-Bissau e Cabo Verde, uma confusão de máscaras a usar e escolha divisionista latente!
Recordo-vos camaradas, que só pergunta quem sabe!
Colados numa congestão de leituras politicas, neste teatro aberto, existe arte causadora de símbolo vivo de amor e ódio e consequente transformação, causadora da investida inglória dos filhos revoltados, e no fundo duplamente revoltados por rejeição brutal desta circunstância adversa, insólita e perversa, por um lado a rejeição do “pai” como ressentimento dos filhos, por outro lado, uma tentativa frustrada de tentarem acolhimento temporário, onde também são rejeitados pelos “tios”, escapatória da relação na reconstituição dos imagos parentais africanos, Guineenses, em que a figura de “tio” é uma imagem cultural forte!?
Relação difícil entre “pai “e filhos consome a presença de “tio” emprestado, enfraquecendo a figura do partido, com cicatrizes de balas, facadas, resistente a venenos caseiros nesta luta pelo poder, matando símbolos centrados no “pai”, que por acaso é o PAIGC, referência do Povo Guineense, o mais forte com poderes vários sobre o País no seu todo.
Produziu líderes com estrutura inconsciente facilmente activada, funcionam identificados por grupos de iguais, identificados por pré-conceito político cultural ou “historinhas” a maior parte das vezes de mentiras inventadas, para alimentar velhas emoções xenófobas do tempo da revolução nas zonas libertadas, que ainda hoje são motivo de desavenças entre grupos políticos ou não, inflamados por pré-conceitos muitas vezes só na cabeça de quem os tem.
Quando são verbalizados por qualquer descuido do líder, se se atreve a pô-los cá fora é “abatido”, reprovado, reconhecido na sua maioria e afastado de liderança visível, no entanto estimado e acolhido nos grupos de iguais, se tal não acontece ou deixando de ser visível, significando que estamos perante contexto de liderança maquiavélico, de pior impacto social, ao sermos representados por um líder xenófobo, preconceituoso, pior ainda, quando bem implantado no lugar chave da política do desenvolvimento económico do País, i. é, porque vencem os maus e mandam em nós, como djylas da política no poder (Empresários politizados), por estas e por outras igualmente, vamos indo igualmente como peças da mediocridade, somos e estamos tramados há décadas a esta parte, e infelizmente…

Políticos preconceituosos, que na sua maior parte desconhecem os motivos da sua própria revolta por natureza, esperemos que este artigo de opinião, funcione como estimulação do inconsciente, venha a acordar gente arrogante e fria na sua prepotência e maldade descarregadas sobre o Povo. Enfim, que venham, nunca é tarde para engrossar o movimento da paz e desenvolvimento social, cultural, político e económico ao serviço do Estado que queremos, Democrático!
Ver gente assim, convencida dum poder inalterável, lembra a história do louco que quis evacuar para sujar a “deus”, mas ao tentar acabou pendurado de cabeça para baixo com as fezes a escorrer e, mais não sei. Dizem que este infeliz se lembrou de imitar o morcego, num acto irreflectido, pretendeu expulsar as fezes de modo a atingir o rosto mais alto do único símbolo vivo da consciência colectiva, alto subiu com tanto ódio, que pior foi sua queda, trajado de político, acabou escorregando, ficou atolado a sete palmos do chão, enterrando -se a si próprio, no subterrâneo da sua consciência, o monstro bélico contido no pré-conceito e emoção psicótica, num teatro de falsidades, mentiras, em nada coerente com o que se diz ou vão dizendo da realidade, na verdade lembram-nos todos eles – um bando de morcegos pendurados, expulsando suas fezes, que escorregam pelo corpo abaixo até à cabeça - enquanto alimentam delírios de grandeza centrados na imagem falsa, de frustrados, entretêm-se movidos pelo - complexo de “Édipo-político” mal resolvido - causador deste investimento de perseguição aos símbolos positivos ou tudo que é bom e do melhor entre nós, a ser destruído por impulso invejoso e outros, onde o “pai” é o inimigo número um, que no entanto não há coragem para assumirem em guerra aberta, em público, por isso todos vivem atrás de máscaras, que alguns vão perdendo nesta vida cruzada de cães e gatos atrás do mesmo osso, ora um, ora outro, vão- se revezando no poder, mas, coitado do Povo, que não dorme descansado! Mesmo assim não os incomoda nada este desconforto e fedor dum conflito inventado, conseguem continuar na contradição política, fazer disso um lugar de relaxamento, para recarregar energia negativa no meio desta briga de “namorados” corruptos - onde vem o diabo e não escolhe! - ainda assim, comem tudo o que conseguem, resguardados num sentimento perverso de agradar, agradando a estranhos.
Pensam que conseguem comprar um lugar vitalício dentro ou longe de Casa, mas o futuro incerto, provoca ansiedade e, infelizmente, fazem vítimas à custa de sacrificar este País, tomados pela obsessão espiritual continuada contra os próprios irmãos, assistimos a um circulo fechado da inveja odiosa entre políticos, parece mentira, mas não, isto dói mas é esta a nossa verdade, estamos perante um – complexo de “Édipo Político” mal resolvido, que continua fazendo vitimas – k’témenty hê ka bybymtydu yágu dy Pymdjykyty, kumé ñutru na komtynua na Terra (…)
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Complexo de “Édipo-Político” mal resolvido entre os lideres continua a ter influência péssima, com vitimas na presente conjuntura, não deixa de ser um conflito oriundo dum tempo que não é deste tempo, arrastando um ódio transversal que chega a ser responsável por tantas mortes num passado ainda bem presente entre nós, confundidos de muita coisa continuamos, na caça às bruxas.

Acredito que muitos lideres enquanto pensadores activos no exercício da sua liderança, assumem os fantasmas do passado, tais pré-conceitos activados, em vez de, olhos nos olhos, resolvermos um País inteiro, que nô djunta, de todos, mas não, quase nunca a racionalidade impera, dando lugar à desgovernação no seu todo, temos um País em constante ataque cíclico e quebra de perspectivas de desenvolvimento sustentado. Só temos um único caminho, assumirmos a mudança de mentalidade, quem vem por bem, é para servir e não o contrário, penso.
O bom senso dito e escrito, reconhece que vale a pena pensar primeiro, e só depois agir, acredite, contra factos não há argumentos.
Aqui deixo mais um artigo meu, na perspectiva de análise escolhida, para expor e avaliar uma dificuldade política de raiz, que afecta ainda hoje vários contextos do desenvolvimento conflitual da história política do PAIGC no terreno, desde a luta de libertação nacional aos nossos dias. Uma análise psico-social do comportamento político, associado a complexo modo do agir por impulso de natureza politica, como influencia da estrutura mental do individuo, sua personalidade, que integra determinado público politizado ou não, independentemente da filiação partidária, visto aqui como actor influenciável ou que move influência através da sua liderança sobre os outros...
Apresento apenas parte da minha reflexão de longos anos em síntese, sobre política guineense desde a luta de libertação nacional aos nossos dias, infelizmente uma herança negativa pesada, que temos de digerir sem complexos, pois hoje então, exponho aqui parte importante dum longo percurso de reflexão, que acabo de partilhar, só.
Se o leitor a apreciar ou a usar num contexto de exposição literária qualquer, que faça bom proveito a todos (nesta perspectiva de análise politica), rsrsrs, mas peço, cite o autor sff, srsrsr (...)
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Djarama. Filomeno Pina.

Polícia encontra cocaína escondida em caixas de bananas no Texas.

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Polícia encontra cocaína escondida em caixas de bananas no Texas


Uma elevada quantidade de droga foi encontrada escondida dentro de várias caixas de bananas que tinham sido doadas ao Departamento de Justiça Criminal do Texas, nos Estados Unidos.
Cerca de 45 caixas de fruta foram entregues às autoridades por estarem já maduras. Mas conta o Departamento numa publicação de Facebook, quando os agentes foram recolher os alimentos "descobriram alguma coisa estranha". "Uma das caixas era diferente das outras. Cortaram as amarras, libertaram a caixa e quando a abriram em vez de um monte de bananas, estava um monte de droga", diz o post. Os agente notificaram as autoridades de imediato e esperaram por instruções. Quando a substância em pó branco foi testada confirmou-se que se tratava de cocaína. Ao todo foram encontrados 540 pacotes de cocaína dentro do carregamento, o que perfaz um valor de rua de cerca de 18 mil dólares (R$ cerca de 72 mil). Foi aberta uma investigação para tentar apurar a origem da droga.
fonte: noticiasaominuto.com

Analistas alertam para riscos da dependência de Angola do financiamento chinês.

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Segundo especialistas, alto endividamento de Angola irá limitar futuros investimentos. Empenho chinês no país é reconhecido, mas custos das obras teriam sido altos. Reformas de João Lourenço estariam a resultar.
fonte: DW África
Angola Bucht von Luanda mit Skyline (DW/V. T.)
Vista parcial da capital angolana, Luanda
A consultora Fitch Solutions considerou este domingo (23.09) que o modelo de empréstimos pagos com petróleo, muito usado pela China no financiamento a África, nomeadamente a Angola, vai aumentar no continente, mas alerta para os riscos para ambos.
"Enquanto os empréstimos pagos em petróleos reduzem os riscos de pagamento para os financiadores chineses, evitando confiarem na capacidade do Governo angolano para cumprir as obrigações de pagar a dívida, salientamos que os altos níveis de endividamento em Angola, representando uns estimados 71,4% do PIB em 2018, vão limitar a capacidade para apoiar projetos de infraestruturas e restringir o crescimento da indústria da construção nos próximos anos", escrevem os analistas.
China-Afrika-Gipfel in Peking (DW/S. Mwanamilongo)
Fórum China-África, em Pequim
Numa nota sobre a crescente dependência de Angola do financiamento chinês, que vai chegar a mais de 40% da dívida total no seguimento de um acordo de financiamento de 11 mil milhões de dólares para 78 projetos de infraestruturas acordados em setembro, em Pequim, a Fitch Solutions escreve que "os custos de servir a dívida vão aumentar e, com o declínio das receitas petrolíferas, o orçamento deverá manter-se em défice até 2027".
Apesar dos riscos deste modelo, a Fitch Solutions reconhece que o apoio chinês a África, em geral, e a Angola, em particular, deverá acentuar-se devido às dificuldades de financiamento que os países africanos enfrentam devido aos altos níveis de dívida pública a que se sujeitaram no seguimento da descida dos preços das matérias-primas, desde 2014, e ao consequente impacto nas contas públicas e no crescimento económico, que chegou a atirar Angola para uma recessão desde 2016 e que se prolongou ainda no primeiro trimestre deste ano.
"Este acordo reflete, ainda assim, o considerável empenho da China no desenvolvimento das infraestruturas em Angola, que tem sido um dos maiores beneficiários do financiamento chinês na África subsariana", lê-se na nota enviada aos investidores.
Angola chinesische Baufirma in Benguela (DW/N. sul Angola)
Reconstrução dos caminhos de ferro de Benguela foi feita por uma empresa chinesa
Papel da China
"A China é o maior financiador estrangeiro de infraestruturas em Angola, num total de 22,4 mil milhões de dólares, segundo a nossa base de dados, e o financiamento chinês foi fundamental para o progresso dos maiores projetos de infraestruturas - incluindo os 6,4 mil milhões de dólares para o novo Aeroporto de Luanda, os 4,5 mil milhões para o projeto da central hidroelétrica de Caculo Cabaça e a reconstrução dos caminhos de ferro de Benguela, orçados em 1,8 mil milhões de dólares", acrescentam os analistas.
Estes e outros financiamentos fizeram o setor da construção crescer quase 17,5% ao ano entre 2008 e 2017, segundo a consultora Fitch Solutions, mas o ritmo deverá abrandar para quase um terço (6,4%) até 2027.
"O pacote de ajuda financeira de 11 mil milhões de dólares, que vale um sexto do total prometido para a África subsariana no Fórum de Cooperação China África, é prova deste empenho chinês, mas os altos níveis de dívida pública, as decrescentes receitas petrolíferas e o limitado espaço orçamental para apoiar o desenvolvimento de infraestruturas vai manter o crescimento económico abaixo do potencial", concluem os analistas.
U.S. Dollarnoten (picture alliance/J. Greve)
Endividamento sensato
Também este domingo, a consultora Economist Intelligence Unit (EIU) alertou para a necessidade de Angola "endividar-se de forma sensata" sob perigo de entrar em situação de incumprimento financeiro, ou 'default', devido ao alto nível de endividamento. 
"O pagamento da dívida já é a maior rubrica de despesa em Angola e o país tem de equilibrar a sua necessidade de investimento com o endividamento sensato, se quiser evitar uma situação de 'default'", escrevem os peritos da unidade de análise económica da revista britânica The Economist.
Segundo uma nota enviada aos investidores sobre a relação entre China e Angola, os analistas advertem sobre o novo pacote de financiamento de 11 mil milhões de dólares, acordado entre as autoridades dos dois países no Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), que decorreu no princípio do mês em Pequim, e no qual o Presidente de Angola, João Lourenço, participou pessoalmente.
USA Washington Internationaler Währungsfond Logo Finanzkrise Griechenland (AP)
Entrada da sede do FMI, em Washington DC
"O novo pacote de crédito da China é significativo; no entanto, apesar de ajudar a desbloquear financiamento para pagar os tão necessários investimentos, também vai aumentar o fardo da dívida nacional", vinca a EIU, notando que o acordo é alcançado numa altura em que Angola já garantiu 4,5 mil milhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em dezembro do ano passado, segundo os números oficiais citados pela unidade de análise económica da Economist, Angola devia à China mais de 21 mil milhões de dólares, "dos quais 5,2 mil milhões de dólares para o Banco de Importações e Exportações da China, e o restante a bancos públicos".
Este método, nota a EIU, "tem atraído críticas dentro e fora de Angola, principalmente em relação a importação de materiais e mão de obra chineses, que faz pouco pela criação de empregos locais e pelo desenvolvimento do setor nacional da manufatura".
O mesmo acontece, concluem os analistas, com os termos dos pagamentos dos empréstimos, "que levantam preocupações sobre se os empréstimos são realmente benéficos para Angola".
Angola Benguela-Bahn
(DW/N. Sul D'Angola)
Caminhos de Ferro de Benguela
Mais transparência e responsabilidade nos investimentos
Angola precisa de mais transparência e responsabilidade no investimento em infraestruturas, onde gastou 87,5 mil milhões de dólares nos últimos 15 anos sem grandes resultados, sugere um estudo do Instituto de Relações Internacionais britânico. 
Estas são algumas das reformas sugeridas para corrigir as principais falhas apontadas, como a fraca supervisão do investimento público, excesso de ambição e orçamentos irrealistas, além de erros no planeamento ao nível da viabilidade ou dos riscos de corrupção. 
"Os projetos privilegiaram em excesso o transporte em detrimento de outras áreas de infraestruturas. Além disso, o financiamento pró-cíclico resultou na acumulação de dívida pública e acentuou uma vulnerabilidade estrutural à flutuação do preço do petróleo", escreve o autor, Søren Kirk Jensen.
Berlin Joao Lourenco Präsident Angola (DW/Cristiane Vieira Teixeira)
João Lourenço
Intitulado "Angola's Infrastructure Ambitions Through Booms and Busts - Policy, Governance and Reform" ("As Ambições de Infraestrutura de Angola ao Longo dos Altos e Baixos - Políticas, Governação e Reformas, " na tradução literal para o português), a análise do Chatham House centra-se no período entre 2003 e 2016. 
Este coincide com o pós-guerra civil, quando o Governo angolano avançou com um programa de reparação, expansão e modernização das suas infraestruturas para promover o desenvolvimento social e económico. 
O regime de José Eduardo dos Santos foi ajudado pelo impulso económico dado não só pelas receitas da exploração do petróleo, mas também pela disponibilidade de crédito para financiamento destas obras, sobretudo oferecido pela China. 
Altos custos da corrupção
Mas Jensen analisou em detalhe o investimento feito nas redes de eletricidade e de estradas e concluiu que a relação custo-benefício relativamente ao investimento de 87,5 mil milhões de dólares entre 2002 e 2015 é reduzida. 
O serviço de eletricidade continua sem chegar a mais de metade da população e sofre de falhas frequentes e a rede viária foi reparada ou ampliada a um ritmo inconsistente.  
Numa estimativa aproximada, o especialista em assuntos africanos estima que cada quilómetro de estrada construído ou reabilitado terá custado, no pico do investimento, entre 2006 e 2008, perto de 682.762 dólares.
Segundo Soren, estudos do Banco Mundial e da organização não-governamental Transparência Internacional encontraram sinais de que os custos de construção e manutenção de estradas são maiores em países com níveis mais altos de corrupção. 
"Esta constatação parece sustentar a noção de que os custos unitários são mais elevados em Angola do que no resto do continente, porque Angola tem sofrido ao longo do tempo de altos níveis de corrupção", acrescenta.
Avanços e novas perspectivas
O autor do relatório entende que as reformas introduzidas pelo Presidente angolano, João Lourenço, desde a sua entrada em função em 2017, vão no sentido de melhorar a governação e combater a corrupção. 
"As reformas anunciadas incluem algumas que abordam direta e indiretamente a governação de infraestrutura, embora estas ainda devam ser desenvolvidas em detalhe e implementadas", como a criação de um novo Ministério da Economia e do Planeamento, exemplifica. 
Søren Kirk Jensen enumera algumas medidas necessárias, como tornar operacional o Portal Nacional de Contratação Pública e inventariar todos os processos de licitação em andamento, além de divulgar o registo das construtoras envolvidas em projetos de obras públicas. 
Defende também que Angola deve adotar normas internacionais de transparência, como divulgar elementos como o âmbito do projeto, o custo e a data de conclusão e os investimentos devem ser acompanhados de estudos de impacto social e viabilidade económica.

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