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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Senegal: Xi Jinping espera que sua visita aprofunde as relações sino-senegalesas

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O presidente chinês, Xi Jinping, espera que a visita de dois dias que fará ao Senegal, a partir de sábado, "aumente a relação mútua, consolide a amizade e aprofunde a cooperação". Sino-senegalês para "progredir mais os dois países".

O presidente da República Popular da China é esperado no sábado no Senegal para uma visita de Estado de 48 horas, a primeira viagem do líder chinês à sub-região.

Em uma tribuna publicada na edição de sexta-feira do diário nacional Le Soleil, intitulada na língua nacional wolof "Su nu Jappo la Chone et le Sénégal", o líder chinês observa primeiro que as relações sino-senegalesas têm conhecido " "altos e baixos" em 47 anos.

Mas apesar de tudo, "apoio, amizade e cooperação, a aproximação dos corações sempre foi a dimensão essencial" das relações entre os dois países, referiu ele.

Ele disse que, em 2005, "uma nova página foi aberta com o restabelecimento das relações diplomáticas entre nossos dois países", após a decisão do Senegal de romper relações diplomáticas com Taiwan.

"A China apóia o Senegal em seus esforços para seguir um caminho de desenvolvimento adaptado às realidades nacionais, e o Senegal apóia fortemente a China em questões que afetam seus interesses vitais", disse Xi Jinping.

Congratulou-se com o facto de que "a confiança política mútua" entre o seu país e o Senegal "está em constante fortalecimento", sendo a cooperação mutuamente benéfica entre os dois países traduzida nos seus olhos como "resultados tangíveis", enquanto "a coordenação continua próxima nas principais questões internacionais ".

"As relações entre a China e o Senegal deram um grande passo à frente, passando da parceria de amizade e cooperação de longo prazo para a parceria estratégica global", disse o presidente chinês.

Na opinião de Xi Jinping, o Senegal e a China "devem permanecer comprometidos com a igualdade e a confiança mútua" e considerar "as relações bilaterais numa perspectiva de longo prazo", enquanto "apoiando firmemente e afetando interesses vitais e grandes preocupações ".

Nesta perspectiva, a China "pretende aumentar as trocas de experiências com o Senegal sobre governança e compartilhar as experiências bem-sucedidas que adquiriu durante os 40 anos de reforma e abertura em termos de desenvolvimento industrial, recuperação rural e luta contra a pobreza para um melhor desenvolvimento de ambos os países ", prometeu o Presidente da República Popular da China.

O líder chinês também recusou o novo esboço das relações sino-senegalesas, pedindo aos dois países que "fortaleçam os laços de amizade" entre seus dois povos.

fonte: seneweb.sn

BRASIL: Ex-apresentadora acusa Globo de racismo: 'Chibatadas contemporâneas'.

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Já a Globo diz que "a acusação não procede"

Ex-apresentadora acusa Globo de racismo: 'Chibatadas contemporâneas'

HÁ 8 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
FAMA DEMISSÃO
  A ex-apresentadora do Vídeo Show Alinne Prado acusou a Globo de racismo e fez um desabafo sobre sua demissão no Instagram.
"Apesar de ser a primeira negra a sentar na bancada do programa, fui demitida sob a justificativa de que, apesar de gostarem muito do meu trabalho, precisavam de alguém mais neutro (sic) do que eu. E como estavam passando por uma crise, eles precisavam enxugar o quadro de repórteres (que depois da minha saída aumentou). Nunca falei disso publicamente, mas me dói demais ver isso acontecer. São as chibatadas contemporâneas. Não nos deixam ocupar a sala da casa grande, por mais qualificados que sejamos", disparou.
De acordo com o Jornal do Brasil, a declaração foi dada em resposta a uma seguidora, que criticou a falta de representatividade na emissora.
Em nota, a Globo afirmou que "a acusação não procede", já que Alinne atuou por seis anos na casa, com passagens por quatro programas. A empresa diz que sua saída ocorreu simplesmente porque "o contrato chegou ao fim e não foi renovado". Algo "comum a qualquer outro profissional", segundo a emissora.
"Não é nada contra as meninas do Vídeo Show. Inclusive as sigo e sou fã delas. É contra a colonização do nosso imaginário. Só podemos aparecer na TV se for em situação de subserviência e sofrimento. E sempre como cota. É contra acharmos que não existe racismo. Que tudo isso é mimimi. Enquanto os não negros cruzarem os braços e fecharem seus olhos para isso, continuaremos a ser amordaçados, chicoteados, invisibilizados e mortos", completou a jornalista.
Confira a nota da Globo na íntegra:
"A trajetória de Alinne Prado na Globo por si só mostra que essa acusação não procede. Durante seis anos, Alinne Prado passou por quatro programas na Globo. E em todos pode atuar em diferentes funções, como repórter ou apresentadora. Alinne entrou em 2011 na Globonews, onde ficou até 2012, quando foi transferida para o Entretenimento da Globo para ser umas das repórteres do programa Encontro Com Fátima Bernardes. Em 2015, Alinne teve a oportunidade de integrar o time do Vídeo Show fazendo reportagens e apresentando o programa, onde permaneceu até 2017. Com os ajustes no Vídeo Show, Alinne ainda foi escalada para trabalhar na equipe de reportagem do Mais Você, no ano passado, por dois meses. Após essa passagem pelo programa, seu contrato chegou ao fim e não foi renovado, numa dinâmica comum a qualquer outro profissional ou empresa."
fonte: noticiasaominuto

ANGOLA: ELA ATORMENTA JLO! (FREUD EXPLICARIA?)

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O Presidente angolano, João Lourenço, revogou, alterou ou mudou a gestão de contratos e projectos aprovados pelo antecessor, José Eduardo dos Santos, no valor de 21.000 milhões de dólares, só nos últimos três meses. Projectos e contratos esses que mereceram a aprovação servil e, por isso, incondicional, de um dos mais emblemáticos ministros do anterior presidente. De seu nome, João Lourenço.

De acordo com dados compilados pela Lisa, a primeira das alterações de fundo aconteceu com a publicação, a 2 de Abril, do despacho presidencial 37/18, através do qual o chefe de Estado colocou nas mãos da ministra do Ordenamento do Território e Habitação, Ana Paula de Carvalho, a coordenação do Plano Director Geral Metropolitano de Luanda, para desenvolver, em 15 anos, a “nova” capital, elaborado pela empresa de Isabel dos Santos.
O projecto prevê investimentos, de acordo com informação veiculada aquando da apresentação, em 2015, de 15.000 milhões de dólares (12.890 milhões de euros), até 2030.
Na altura foi apresentado publicamente pela própria empresária e filha do então Presidente angolano, enquanto directora-geral da Urbinveste, empresa que o elaborou.
Nessa versão, o Plano Director Geral Metropolitano de Luanda, projectando a capital angolana para 12,9 milhões de habitantes em 2030, previa a construção de 13 novos hospitais e 1.500 escolas, além de 1,4 milhões de casas e um sistema de comboio suburbano com 210 quilómetros.
A propósito das mexidas que está a incutir, nomeadamente as exonerações daquela que se tornou uma espinha na garganta do general João Lourenço, uma espécie de Jonas Savimbi dos tempos actuais, Isabel dos Santos, da liderança da petrolífera Sonangol, em Novembro, e de José Filomeno dos Santos, no Fundo Soberano de Angola, em Janeiro, João Lourenço garantiu a 1 de Junho que não foram exonerados dos cargos por serem filhos do ex-Presidente, José Eduardo dos Santos.
É claro que não. Sobretudo Isabel dos Santos, foi exonerada por ser má empresária? Por ser corrupta? Por leva carradas de dinheiro para o estrangeiro? Por denegrir a honorabilidade do país? Por não investir em Angola? Não. Foi exonerada porque isso era o que o populismo do novo “querido líder” impunha.
Pôr Isabel dos Santos na sarjeta significava a simpatia de um país inteiro. E João Lourenço facturou sobre essa onda. Com 20 milhões de angolanos a aprenderem a viver sem comer, JLo só se preocupou em dar-lhes o prazer de verem Isabel ser escorraçada. Passada essa euforia o povo verá que, afinal, saiu Isabel mas eles continuam de barriga vazia. Aliás, se alguns não a têm totalmente vazia devem-no a Isabel e não a João Lourenço.
“Eu não mexi em filhos do ex-Presidente, mexi em cidadãos angolanos. São cidadãos angolanos, estão sujeitos, tanto como os outros, às mesmas regras. Nesses oito meses não foram exoneradas apenas duas pessoas”, afirmou o chefe de Estado, a 1 de Junho.
Exoneradas com que critérios? Os únicos que se conhecem são políticos. Isabel dos Santos não tinha actividades políticas. Por isso o país ainda espera explicações sobre as eventuais razões técnicas, empresariais, de administração, de gestão que possam justificar as decisões de João Lourenço.
Seguiu-se nova revogação, por decreto de 28 de Junho, assinado por João Lourenço, neste caso do projecto de construção e concessão, por 30 anos, do porto da Barra do Dande, alternativo ao de Luanda. Trata-se de uma obra de 1.500 milhões de dólares (1.290 milhões de euros), entregue por José Eduardo dos Santos – por decreto presidencial publicado uma semana antes de João Lourenço tomar posse como Presidente – à empresa Atlantic Ventures, associada à empresa Isabel dos Santos, e que previa a emissão de uma garantia soberana, naquele valor.
A decisão, que implicou a abertura de um novo procedimento, foi justificada com o incumprimento da legislação dos concursos públicos, mas a Atlantic Ventures já veio a público, esta semana, garantir que todo o processo foi feito com transparência e que a concessão “insere-se na concessão de serviços públicos portuários e está sujeita ao regime especialmente previsto, quer na Lei da Marinha Mercante, Portos e Actividades Conexas, quer na lei que estabelece as Bases Gerais das Concessões Portuárias”.
Recorde-se que neste caso da Atlantic Ventures, emblemático da gestão autocrática de João Lourenço, a decisão foi aprovada sem contestação em Conselho de Ministro presidido por José Eduardo dos Santos e no qual, aliás, participou um ministro que viria a ser a grande figura de Angola – João Lourenço…
Menos de duas semanas depois, um despacho de 12 de Julho, novamente assinado pelo Presidente angolano, excluiu duas empresas do consórcio encarregue da construção, por mais de 4.500 milhões de dólares (3.870 milhões de euros), da barragem de Caculo Cabaça, no rio Kwanza e que será a maior do país, uma das quais associada directamente a Isabel dos Santos.
Esse despacho aponta, no que parece ser um novo paradigma da governação de João Lourenço, a “necessidade da modificação subjectiva” do consórcio responsável pela obra, com a “saída das empresas CGGC & Niara Holding Limitada e da Boreal Investment Ltd”, justificada com o “objecto do contrato e do seu equilíbrio financeiro”.
“Necessidade da modificação subjectiva” é, objectivamente, definição digna de registo.
Com esta decisão, fica como “parte única” no contrato com o Estado angolano, e “respectivas prestações e responsabilidades”, a empresa China Ghezouba Group Company.
A CGGC & NIARA Holding Limitida tem sido referenciada como uma empresa de direito angolano, fundada a 23 de Maio de 2013, e cujos sócios são a sociedade 2I’S – Sociedade de Investimentos Industriais SA, com sede no endereço de uma das residências privadas de Isabel dos Santos e a CGGC – Engenharia de Angola, representada por Zhou Cheng, cada um com 50% do capital.
É claro que, do ponto de vista da “necessidade subjectiva”, o anterior membro do governo em que tudo se passou, na circunstância objectiva o ministro a Defesa e vice-presidente do MPLA, João Lourenço, passou pela responsabilidade inerente aos seus cargos como uma virgem santíssima.
João Lourenço completa a 23 de Agosto o primeiro ano após a sua eleição como terceiro Presidente da República de Angola e a 8 de Setembro ascende à liderança do MPLA, partido no poder desde 1975 e liderado desde 1979 por José Eduardo dos Santos.

A subjectividade do PIP

OPrograma de Investimentos Públicos (PIP) definido pelo Governo angolano vai receber praticamente o dobro do inicialmente programado no Orçamento Geral do Estado (OGE), com a aprovação de um crédito adicional de quase 420 milhões de euros. Afinal o OGE está em constante mutação, assim como o manancial de contas e gastos à moda do MPLA.
Em causa está um decreto assinado pelo Presidente João Lourenço, com data de 13 de Julho, aprovando um crédito adicional ao OGE de 2018, para “suportar as despesas relacionadas com a conclusão e inscrição”, no PIP de obras dos ministérios da Construção e Obras Públicas, da Energia e Águas, do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, do Ordenamento do Território e Habitação, e da Saúde.
Para o efeito, o mesmo decreto aprova a abertura de um crédito adicional suplementar no valor de 123.576 milhões de kwanzas (417 milhões de euros), mas estipula que “deve ser atribuído faseadamente, em função das necessidades de pagamento e após esgotadas todas as verbas atribuídas inicialmente”. O documento não adianta, como convém, que obras serão incluídas no PIP deste ano. Isso depende dos interesses de cada momento.
No OGE em vigor, aprovado em Fevereiro, o Governo inscreveu uma dotação global de 179.055 milhões de kwanzas (605 milhões de euros, à taxa de câmbio actual) com os projectos PIP, nomeadamente a reabilitação de dezenas de quilómetros de estrada.
Só a construção da infra-estrutura urbana da centralidade do Kilamba, no município de Belas, arredores de Luanda, com 10.000 fogos, está orçada, em 2018, em 15.825 milhões de kwanzas (54 milhões de euros).
Considerado um dos maiores projectos do género em África, a cidade de Kilamba, inaugurada em Julho de 2011, já conta com 20.005 apartamentos construídos, estando por isso concluída a primeira de três fases do projecto.
O Plano Director da Cidade do Kilamba, cuja construção está a cargo de empresas chinesas, abrange uma área de 54 quilómetros quadrados e prevê a construção de 710 edifícios, 24 creches, nove escolas primárias, oito escolas secundárias e 50 quilómetros de vias.
Vivem nesta centralidade 55.000 pessoas, que contam com vários serviços de apoio social, nomeadamente um centro de saúde.
O Estado procura agora parceiros para avançar com a sua expansão até aos 90.000 apartamentos, conforme prevê o plano inicial, através de parcerias público-privadas, investimento privado e cooperativas, tendo em conta as limitações ao investimento público, devido à crise.


Folha 8 com Lusa

ANGOLA: FARRA VAI ACABAR QUANDO FOR PRECISO PAGAR O FIADO.

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Angola fechou hoje dois financiamentos, no total de 280 milhões de dólares (239,5 milhões de euros), atribuídos pelo grupo Banco Mundial (BM), adicionais ao segundo Projecto de Desenvolvimento Institucional para os sectores da água e da agricultura comercial. Recorde-se que, por exemplo, em Fevereiro o BM já tinha financiado outros 70 milhões de dólares (56,4 milhões de euros), para reforço da construção de infra-estruturas básicas sociais, designadamente hospitais e postos médicos, bem como residência para enfermeiros e professores.

Oacordo de financiamento foi rubricado em Luanda, entre o ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, e o representante do Banco Mundial em Angola, Olivier Lambert.
Na sua intervenção, Olivier Lambert referiu que o financiamento adicional de 150 milhões de dólares (128,3 milhões de euros) vai contribuir para aumentar a cobertura do serviço de abastecimento de água e nove cidades, Lubango (província da Huíla), Ndalatando (Cuanza Norte), Dundo (Lunda Norte), Luena (Moxico), Cuito (Bié), Huambo (Huambo), Malange (Malange) e Uíge (Uíge).
Trata-se de um financiamento através do International Bank for Reconstruction and Development (IBRD), do grupo Banco Mundial, e visa ainda alargar as actividades de apoio e reforço institucional ao subsector do saneamento, através da implementação de um projecto-piloto, sendo beneficiários 1,2 milhões de pessoas nas nove cidades citadas, com serviços públicos de ligação de água domiciliária.
No que se refere ao Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial, Olivier Lambert disse que os 130 milhões de dólares (111,2 milhões de euros) vão contribuir para o aumento da produtividade e o acesso ao mercado dos beneficiários elegíveis ao longo dos corredores rodoviários Luanda-Bengo-Cuanza Norte-Malange e Luanda-Cuanza Sul-Huambo e norte da Huíla, principais elos de ligação da área agrícola do planalto central aos mais importantes mercados urbanos de Luanda.
“Para além da assistência técnica e do apoio financeiro aos agricultores elegíveis e às pequenas e médias empresas do sector das agro-indústrias nas áreas do projecto, este apoiará as infra-estruturas rurais e um ambiente favorável à agricultura comercial”, referiu o representante do Banco Mundial em Angola, salientando que este projecto deverá dar um forte contributo para a agenda de diversificação económica que, há décadas, o Governo promete implementar.
Segundo Olivier Lambert, este projecto conta ainda com o co-financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento, um empréstimo de 79 milhões de euros.
Por sua vez, o ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira, disse que o financiamento vai ajudar o país, que enfrenta o grande desafio da diversificação da economia, ma medida em que são projectos que estão enquadrados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2018-2022.
Archer Mangueira salientou que com estes projectos estão a ser seguidas premissas do Estado, no sentido da captação de financiamentos externos, para colmatar o défice existente de poupança interna.
“Vamos agora pedir aos sectores para que implementem esse projecto com rigor, que criem também capacidades institucionais, que permitam uma gestão eficiente dos recursos que serão postos à disposição”, frisou.

BM financia, financia mas vai cobrar

OBanco Mundial disponibilizou um outro financiamento de 70 milhões de dólares (56,4 milhões de euros), para reforço da construção de infra-estruturas básicas sociais, designadamente hospitais e postos médicos, bem como residência para enfermeiros e professores. O acordo financeiro foi assinado em 6 de Fevereiro de 2018, em Luanda, pelo ministro Archer Mangueira.
Este financiamento, destina-se a reforçar o Projecto de Desenvolvimento Local (PDL), a ser implementado nos próximos três anos, pelo Fundo de Apoio Social (FAS), em coordenação com o Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado.
Trata-se de um fundo adicional, aos anteriores cerca de 87 milhões de dólares (69,9 milhões de euros), disponibilizado pelo Banco Mundial, que vai igualmente beneficiar projectos ligados ao desenvolvimento de economia local, nomeadamente nos sectores da agricultura e comércio.
Em declarações à imprensa, Archer Mangueira considerou que o acordo vem “num bom momento”, tendo em conta que vai reforçar a capacidade institucional no domínio do desenvolvimento local.
“Ultimamente foram aprovados um conjunto de projectos, visando exactamente a criação de capacidades a nível do desenvolvimento local para um atendimento muito mais cuidado das nossas comunidades, por essa razão também aprovou recentemente o regime financeiro local e neste momento estamos todos empenhados em criar as condições materiais, humanas e institucionais para a sua concretização”, disse o ministro.
Por sua vez, o director-geral do FAS, Santinho Figueira, disse que o PDL vai ainda financiar os agentes de desenvolvimento comunitário e sanitário, uma iniciativa piloto que será executada nas províncias do Uíge, Bengo, Luanda, Moxico, Malange e Lunda Sul.
Segundo o responsável, a última componente do projecto está virada para a capacitação dos membros das administrações locais.
Os anteriores cerca de 87 milhões de dólares já disponibilizados financiaram, num período de cinco anos, projectos nas componentes acima referenciadas.
Recorde-se que, em Julho de 2017, o Banco Mundial desceu a classificação de Angola para país de renda média-baixa, o penúltimo dos quatro níveis com que a instituição classifica as economias mundiais, pelos rendimentos em função da população. Assim, Angola passou de país de renda anual média-alta, equivalente a entre 3.956 a 12.235 dólares de Renda Nacional Bruta “per capita”, para o nível média-baixa, que se situa entre 1.006 e 3.955 dólares por habitante.
No caso de Angola, a economia nacional ficou marcada pela alta taxa de inflação, acima dos 40%, e pelas consecutivas desvalorizações do kwanza, face ao dólar.
O grupo Banco Mundial é uma agência especializada independente do Sistema das Nações Unidas e principal financiador de projectos nas áreas da saúde, educação, ambiente, agricultura e economia a países em desenvolvimento, precisamente em função dos rendimentos de cada Estado-membro.
Vejamos o (nosso) país real. Por cada mil nados vivos em Angola, morrem 156 crianças até aos cinco anos de idade, de acordo com relatório da Organização Mundial de Saúde. Esta é mais uma medalha de mérito no peito (já de si atestado de medalhas semelhantes) de José Eduardo dos Santos mas que, se descontarmos as promessas e os catálogos de intenções, já estão a passar para o peito de João Lourenço.
Angola aparece assim, e com todo o mérito, nos primeiros lugares mundiais da mortalidade infantil, sendo também o país com a segunda mais baixa esperança de vida. Coisa pouca, não é Presidente João Lourenço?
Repetimos. Por cada 1.000 nados vivos morrem em Angola 156,9 crianças até aos cinco anos, apresentando por isso a mais alta taxa de mortalidade mundial.
Além disso, em cada 100.000 nados vivos em Angola morrem 477 mães, neste caso distante da Serra Leoa, onde para a mesma proporção morrem 1.360 mulheres. Certamente que, também nesta matéria, é caso para dar os parabéns ao ex-rei de Angola, bem como a todos os seus acólitos, internos (entre os quais estava João Lourenço) e externos.
A OMS, que não levou em conta os dados antagónicos dos especialistas do regime, refere igualmente que a esperança média de vida à nascença em Angola cifrou-se nos 52,4 anos, apenas à frente da Serra Leoa, com 50,1 anos.
Mas, é claro, que a OMS não percebe nada desta matéria. É que, segundo os dados mais credíveis do mundo (os do MPLA), a esperança média de vida no país passou a estar fixada em 60,2 anos. Vejam se aprendem, ok?
Ainda segundo regime, as mulheres angolanas aspiram agora a viver até aos 63 anos e os homens até aos 57,5 anos.
Segundo a OMS, em Angola, a expectativa de uma vida saudável à nascença é de apenas 45,8 anos, igualmente uma das mais baixas do mundo. Mas alguém acredita? Claro que não. Basta olhar para o paradigma dos angolanos – o clã dos milionários.
Mais uma vez sem levar em conta quem sabe (continuamos a falar do comité da especialidade do MPLA), a OMS refere que perto de metade da população angolana (49%) tinha acesso a fontes de água potável, o que é o segundo pior registo em 47 países africanos, enquanto o acesso a saneamento abrange 52%, a 11ª posição no mesmo grupo.
Esquece-se a OMS de dizer, mas o regime não vai em cantigas e di-lo com todas as letras, que a culpa de tudo isto é do colonialismo português. Apesar de independente há 42 anos, este tempo ainda só foi suficiente para enriquecer a família dos altos dignitários, generais e companhia, do MPLA.
Estima-se ainda que cada angolano com mais de 15 anos consome por ano o equivalente a 7,6 litros de álcool, e que a cada 1.000 angolanos não infectadas por HIV, com idades entre os 15 e os 49 anos, surgiram em uma média de 2,1 novos casos da doença.
Folha 8 com Lusa

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