Postagem em destaque

O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

sábado, 28 de maio de 2011

Unicef e Japão distribuem livros escolares para crianças da Guiné-Bissau.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Projeto do Unicef, em parceria com o governo japonês, distribui livros escolares para 300 mil crianças na Guiné-Bissau.  Da Redação, com Rádio ONU.

Bissau - Miraide Bassam e Floriano Cherno nunca tiveram livros. Na região de Quinara, na Guiné-Bissau, onde vivem, é comum as crianças terem pouco ou nenhum contato com qualquer tipo de material didático.

Por meio de um projeto do Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, em parceria com o governo do Japão, 300 mil crianças ganharam livros escolares na Guiné Bissau este ano.

Miraide, de 11 anos, contou à Rádio ONU o que achou da novidade. "Gostei muito. Sinto-me muito feliz de ter recebido os livros", disse.

O inspetor regional de Educação, Júlio Iala, lembrou a chegada dos livros na região. "Você podia ver mesmo a satisfação das crianças. O dia que o caminhão trouxe os materiais, as crianças e o próprio diretor que estavam na escola abandonaram e ajudaram a descarregar o carro", contou.

O inspetor contou que a entrega do material didático teve grande impacto na qualidade das aulas. "Você pode imaginar como os nossos professores são artistas. Sem nenhum livro de leitura ou de concretização das aulas, davam as suas aulas, alguns até tiravam do seu bolso e fotocopiavam livros para poder ter dois ou três livros na sala de aula. É um alívio para a educação, porque não se pode fazer ensino de qualidade sem material didático", afirmou.

Com sorte, algumas famílias mais abastadas também fotocopiam livros. Mas a maioria só consegue pagar pela cópia de um ou dois exemplares, de modo que as crianças dificilmente chegam a ter o material completo.

Mesmo o custo de fotocópias é um grande fardo para as famílias. O presidente da Associação dos Pais e Encarregados da escola de Miraide e Floriano, Luis da Silva, falou sobre a dificuldade de pagar pelo material didático.

"Para nós, essa recepção foi um milagre. Tiraram de nós um fardo muito pesado. A recepção de livros é um alívio em termos econômicos. O dinheiro que gastaríamos, por exemplo, na compra de um livro dá para fazer outras coisas em casa com a família", explicou.

Além da entrega de mais de 1 milhão de livros, o projeto também inclui aulas de alfabetização de adultos. A chefe do Programa de Educação do Unicef na Guiné Bissau, Tomoko Shibuya, falou sobre os benefícios do curso.

"Já apoiamos cerca de 3 mil adultos, a maioria são mulheres. Depois de sair desse curso, começaram a escrever carta, a ler, fazer cálculos para os negócios. Elas podem também fazer calendários de vacinação e de consultas pré-natal", contou.

A mãe de Miraide, Luisa Vaz Fernandes, de 45 anos, disse que o programa a ajudou a participar do estudo dos filhos.

"Ficamos muito motivados, porque as crianças agora já conseguem ler um pouco com a ajuda dos pais, comemorou."

Os impactos positivos do projeto também foram reconhecidos por um dos alunos, Floriano, de 13 anos. Ele elogiou o Japão, mas admitiu não saber onde fica o país. "Não, eu não conhecia. Nós temos muita dificuldade de chegar lá,"revelou.

Perguntei a Floriano o que achava de um país tão longe enviar doações para a sua terra. Ele pensou e agradeceu o gesto japonês. "Muito obrigado por ter nos oferecido os livros,"disse.

O agradecimento de Floriano foi repetido pelos pais dos alunos e professores. Alguns, lembravam, preocupados, da tragédia que atingiu os japoneses após o terremoto e tsunami de março.

Este foi o caso do professor e diretor da escola de Miraide e Floriano, Francisco Antônio, que mandou um recado de solidariedade.

"Nós queremos endereçar as nossas mensagens ao governo japonês pelo último acontecido. Os nossos sentimentos, não é? É tudo,"falou.

Moradores de Quinara manifestaram a sua solidariedade com o Japão, país doador de livros que devem ajudar crianças como Floriano a conhecer mais países longínquo.

Fonte: Africa21

Total de visualizações de página