
Uma reposição
obsessiva ou restabelecida ao milímetro pela suposta constitucionalidade
falhada no País, não irá ser possível, penso. Visto que também há muitos
que pensam que este processo partiu de uma “inconstitucionalidade”, perante um
acumulo de frustrações, que não vale a pena continuarmos a chorar sobre o leite
derramado, é um facto, em vez de avançarmos para sairmos desta crise.
Há que assumir a impotência e os fracassos no terreno, reconhecer o estado
de maturidade política da nossa democracia
na Nação.
Tivemos dois
dirigentes do mais alto cargo da magistratura guineense, detidos por longos
dias, em reclusão, e nas mãos de interrogatório da contra inteligência militar.
Podemos imaginar alguma coisa deste facto, não estiveram numa festa, também não
conhecemos o teor das conversas mantidas durante os interrogatórios, pois neste
momento, apenas e só os militares conhecem as respostas dos detidos, suas
justificações ou de qualquer outro conteúdos. Será que há condição psicológica
humanamente para retomarem a curto prazo a acção política, penso que não, não
são robots, são de carne e osso como nós. Passaram maus bocados como devemos
calcular, não é para menos, imagino até que nenhum deles teria tranquilidade
suficiente neste momento para “retomar” a vida política. Até porque estão
inseridos na família, que tem uma palavra a dizer, posteriormente na sociedade,
onde desempenham papéis reconhecidos como cargos públicos.
Pergunto, não será
de bom senso que a técnica jurídica, médica e psiquiátrica observe melhor estas
variáveis? Mais, certeza absoluta que há mais coisas nos bastidores que o
grande público não sabe, enfim, esperemos que tudo se esclareça da parte da
Instituição militar ou em sede própria e, com celeridade. No entanto o País não
pode parar completamente durante episódios do género, neste momento, deveríamos
saber mais sobre tudo isto, mas parte importante está no segredo de alguns, só
Deus sabe. Os motivos desta intervenção militar, independentemente da avaliação
jurídica e constitucional que prevê aspectos técnicos da culpa, penso que não
se deve manter TABU completo nisto. Tudo o resto está sobre investigação, mas
alguma coisa deve ser frontalmente dita ao Povo, o resto em sede própria, o
contrário disso, levanta suspeitas infindáveis, num mukur-mukur de muito mau
gosto, só.
O estado da Nação é
um discurso político para se ir fazendo, um debate político a suar para fora do
parlamento, de modo que o Povo fique sabendo dos passos que o País dá, em
democracia é o que se espera dos políticos. É para se ir fazendo ao longo do
desenvolvimento do estado de saúde política da Nação, que deve ser desejado,
assumidoe também reconhecido, a partir da frustração instalada, pela perda do
antigo governo "abatido" pelo Comando Militar. Este é o momento ideal
para sabermos mais acerca do Primeiro-ministro e do Presidente da República
Interino, enquanto detidos por ordens da instituição militar.
Na ausência desta
identificação colectiva com o problema aqui referido ou referenciado, torna-se
muito difícil tomarmos consciência de um novo rumo para o País, porque requer
novos valores psicológico e de cultura de informação, na reprogramação da
resolução da crise política e militar no País.
Temos neste momento
uma realidade nova, muito diferente nos conteúdos, não se trata de mais um
golpe de estado, mais um e ponto final parágrafo, não. Este tem características
diferenciais e justificações políticas que aguardamos a sua revelação, tanto
nos domínio da justiça social como militar, ao nível do controle territorial
que cabe às nossas forças armadas o garante desta segurança física e
psicológica do Povo. A Instituição militar da República não se confunde com a
sua chefia, os líderes passam a Instituição fica, convém não misturarmos as
duas coisas.
Certo é que se instalou
repentinamente no aparelho mental de alguns políticos um obstáculo forte, um
bloqueio do imaginário, a constatar mais na bancada do maior partido
político na Guiné-Bissau e do antigo governo do PAIGC. Realidade que alguns não
conseguem dissipar ou isolar neste momento, sem assumir consequentemente a
síndrome obsessiva da reposição ao “milímetro” do poder caído na rua, em
circunstâncias que todos sabemos.
Resta um exercício
mental, para alguns, que se deixaram arrastar para esta depressão. Imaginarmos
que alguns "monstros" nos bastidores assombraram os percursos deste
governo agora "abatido" energicamente no dia de todas as dúvidas, na
capelinha do parlamento e fora dele. Também falharam para alguns, os palpites
de "vitórias garantidas" pelos murrus, yram's, analistas políticos
ou, o cidadão comum. Uma surpresa para a maior parte de “iluminados” que veio
para ficar, que é preciso digerir com segurança experimental diante dos nossos olhos,
baseados em factos reais e não mais suposições/invenções que obrigam mais tarde
a tira-teimas, que são autênticas perdas de tempo nesta caminhada já de si
dificílima para todas as partes envolvidas.
Um dia que surpreendeu até uma força especializada no terreno (MISSANG), no dia “d”. que queremos hoje ver iluminado pelo D., mas de Deus, com paz duradoira, rumo ao desenvolvimento sustentado, num País fértil, mas com poucos projectos credíveis ou realistas e, a partir das necessidades do Povo.
Naturalmente que é um duro golpe para digerir, esta crise, nunca será fácil de ultrapassar, este "luto político" do anterior governo, as suas realidades no terreno político estão frescas, a vitória na primeira volta e a ideia geral dos seus militantes em reivindicar este "troféu". Uma causa justa/injusta a defender com unhas e dentes, mas estão cansados de roer esta corda difícil de partir a meio (equilibrados), porque estão estes homens já sem unhas e palavras, com resistência à fadiga. Reunindo vezes sem conta, num puxa-puxa que se adivinha de que lado ficará a decisão mais querida, dando a reconhecer que aqui temos uma luta entre dois títulos, o do "passado e no futuro próximo" mas neste presente abstracto, que não existe portanto. Vemos uma luz no fundo do túnel, apenas para os positivos desta capacidade de raciocínio, aqueles que têm conseguido evitar a depressão causada pela perda de "condições" mentais e físicas para reflectir sobre esta realidade, sem consequências irreversíveis dos efeitos causados pelos remorsos, rancor e raiva de alguns, para com aqueles que têm de dialogar numa mesa redonda, neste momento ou, pelo resto da vida, como políticos que são.
Por estas e por
outras razões, dos políticos exigimos, neste momento sério e difícil da vida
dos cidadãos, que se entendam. Devemos levantar âncoras deste rio raso e
atracar no Bom-Porto, em nome do Povo. O contrário seria uma desgraça. Por
isso, é uma ordem em nome da consciência colectiva e do bom-nome, será por uma aspiração
progressista de um desenvolvimento futuro que já é, HOJE!
Há uma desigualdade de circunstâncias e de condições entre as várias partes deste processo de paz e estabilidade na Guiné-Bissau: nos partidos políticos de oposição; no partido maioritário; nas forças vivas da sociedade; na classe castrense; e os observadores internacionais (CDEAO, PALOP, UA, UE. e alguns países/potência com interesses económicos no território nacional).
É uma caldeirada de "peixe" com alguns peixes identificados e outros ocultos, de águas diferentes, uns mais apetecíveis, outros nem tanto, por enquanto servimos a gosto.
Não se sabendo se
alguns trazem veneno na espinal-medula, será? A ver vamos. É uma questão
subliminar, podendo ser que resulte num único empurrão para a superfície do
molho, que traga por arrastamento os interesses ocultos deste conflito, para a
luz do dia, com a transparência verdadeira de um bom “caldo” que todos
desejamos.
De peixes percebemos nós e bem, temos conhecimentos para dar e vender, aqui damos cartas nesta matéria, mas, quando há um que vem de outras águas, todo o cuidado é pouco, é preciso tempo e teste do veneno "letal". Há os que matam o proprietário do mar e ficam com um "contrato de pesca" para a eternidade. Abram os olhos por favor (nem todos são amigos da Guiné-Bissau), também há peixe envenenado no meio desta caldeirada.
Mais, não se sabe para quando ficará apurado este caldo e se será servido ou se ainda adiamos por mais umas semanas, pela desconfiança instalada na mistura de um ou outro "peixe", porque alguns são estranhos e aparentam de difícil cozedura, neste momento.
De peixes percebemos nós e bem, temos conhecimentos para dar e vender, aqui damos cartas nesta matéria, mas, quando há um que vem de outras águas, todo o cuidado é pouco, é preciso tempo e teste do veneno "letal". Há os que matam o proprietário do mar e ficam com um "contrato de pesca" para a eternidade. Abram os olhos por favor (nem todos são amigos da Guiné-Bissau), também há peixe envenenado no meio desta caldeirada.
Mais, não se sabe para quando ficará apurado este caldo e se será servido ou se ainda adiamos por mais umas semanas, pela desconfiança instalada na mistura de um ou outro "peixe", porque alguns são estranhos e aparentam de difícil cozedura, neste momento.
Posto isto, vamos indo e vamos vendo, atentos, porque vale a pena não falharmos mais, se conseguirmos coexistir à volta de um denominador comum, sem cor partidária, seria o ideal, todos à volta do arco íris, como a única Bandeira da Guiné-Bissau, a Mãe de todos nós, tenho a ideia que vai resultar, para ultrapassarmos esta crise sem receio de perdermos a nossa identidade ideológica/política. Não vamos fazer como a avestruz, enfiar a cabeça na areia, fingindo não-ver, ou permitindo que outros nos venham ensinar aquilo que sabemos melhor do que qualquer um estrangeiro nesta matéria, basta de guerrinhas estúpidas que não levam a lado nenhum (como diria a minha mãe que Deus tem).
Um desfecho bem sucedido aqui, alguns não o querem, por agora, (lembrem-se da guerra da UNITA/MPLA que se arrastou por muitos anos, fez-se acreditar que os intermediários ou conselheiros civis e militares (estrangeiros) de cada uma das partes, eram os mais amigos do Jonas Savimbe ou do Eduardo do Santos. Na verdade o povo Angolano é que perdeu os seus filhos, enquanto os outros vendiam armas, colhiam o marfim e enchiam-se de diamantes deste povo martirizados, durante muitas chuvas que até hoje, ainda não se lavaram deste ressentimento e luto de sangue, que muito marcou o Povo Angolano, quase sempre o único massacrado.
Netas batalhas,
durante algum tempo, convém não esquecer que a Guiné-Bissau enviou para Angola
os seus próprios filhos, militares que hoje são os Antigos Combatentes da
Liberdade da Pátria (Comandos Abel Djassi), que lutaram ao lado do MPLA e
muitos morreram, enfim, como também muitos guerrilheiros revolucionários
Cubanos, também deram a vida no solo Guineense durante a guerra colonial. Pergunto,
que exemplos retiram de tudo isto?
Vamos pensar alto,
porque neste momento temos a MISSANG dentro do nosso território, não são
inimigos, é preciso muitíssimo cuidado para não confundir esta missão no
terreno com carácter de formação/instrução militar e apoio nas reformas
previstas no sector militar. Tratando-se de uma classe militar bem treinada,
obediente e acostumada a submeter à constituição do seu País, estarão com
certeza a receber ordens superiores e a cumprir um acordo bilateral
(Guiné-Bissau/Angola) por isso estão no nosso Pais, mais do que isso é preciso
provas irrefutáveis, como factos comprovados à margem dos acordos estabelecidos.
Qualquer outro meio de argumento deve aguardar pela tese a apresentar pelo comando
militar, que tudo indica que têm argumentos de peso para justificarem o acto de
intervenção militar, uma prova a apresentar no decorrer da avaliação e análise desta
crise política/militar na Guné-Bissau.
As políticas
poderão estar bem transcritas para o papel, no terreno a sua aplicação pode não
ser a mais coerente com os suas alíneas, por falhas humanas ou comportamentos
tendenciosos dos actores políticos, condicionados aos seus papeis na
representação do Estado, há que separar a competência pessoal do dirigente
político no exercício do cargo que ocupa num governo (experiência política e
intelectual para o cargo), com os conteúdos técnicos implícitos nos acordos de
cooperação vigentes entre as duas partes.
Aqui penso que
HOUVE FALHA DE COMUNICAÇÃO ENTRE AS PARTES, por um lado, entre o
Primeiro-ministro Guineense e o Parlamento, o que levou a este conflito,
segundo o porta voz do comando militar, por outro, a falta notória de
habilidade política, reflexão oportuna e gestão, do Ministro dos Negócios
Estrangeiros de Angola, antecipando deste modo possível explosão de conflito
entre a MISSANG e as FARP no terreno. Permitindo duvidar da intenção à posteriori,
de qualquer tentativa de argumentação diferente, que não aquela que veio a
vincular-se em Bissau, provocando o golpe de Estado pelos militares.
Importa salientar
aqui a hipótese de erro de comunicação, sem contudo ajuizar em definitivo sobre
o seu grau de influência, no desencadear do conflito que culminou num golpe de
estado.
Provavelmente a
MISSANG foi apanhada entre dois conflitos alicerçados em dificuldades de
interacção, com raízes prolongadas no tempo e no espaço, versus problemas
acumulados e por resolver (crimes, maus tratos, assassinatos, abusos de poder e
outras impunidades), que se vão acumulando, sem o mínimo de iniciativa das Instituições,
para permitir justiça perante o Povo, um estado da Nação que não pode escapar a
situações de conflito desta natureza.
O que supostamente provocou
uma reacção rápida dos nossos militares, numa tentativa necessária de controlo
abrupto e eficaz do território nacional, só possível a partir de um golpe de
estado. O que acabou por acontecer, esta infelicidade de chegarmos a este
ponto, por falta de confiança politica, transparência entre as Instituições e
seus lideres, sublinhando a ausência da liberdade de expressão política e
cultural, provocando silêncios que só são contrariados fisicamente com um golpe
militar, pergunto porquê?
Porque falhamos
sempre, este tema merece ser debatido a nível nacional e na Diáspora, merecendo
no final um relatório extenso e profundo, para posteriormente ser analisado por
intelectuais da literatura, ciências sociais e política, uma avaliação
multidisciplinar abrangente, isto é urgente, porque ninguém poderá mudar sem
saber como ou para quê ou para onde!
É preciso
objectivar os percursos no terreno, do global ao específico e vice-versa, é
urgente sabermos sem equívocos o que queremos fazer com o País e connosco
próprios, enquanto cidadãos, é preciso sabermos porque erramos sempre e pôr o
dedo na ferida, de uma vez por todas, e resolver o que está mal, só.
Ninguém tem dúvidas
neste momento que preferíamos mil vezes que os homens falassem sem receio de
represálias, em voz própria, expondo suas ideias, e nada disto teria acontecido
(golpe de estado), habituávamo-nos a combater as ideias e não o corpo físico (a
pessoa), mais depressa caminhávamos rumo ao sucesso desejado e em defesa da
justiça social para todos num País próspero, mas acanhado, que a cada passo, dá
um tiro no pé, basta ou então, é melhor reequacionarmos a ideia de Estado ou de
Republica da Guiné-Bissau, será que pode desaparecer do mapa, pergunto e não
digo mais…, será?
Quem me dera estar
profundamente enganado e surgir uma outra explicação mais convincente e mais óbvia
para todos nós, que tentamos encontrar uma explicação para tudo isto, que viesse
travar o grande comboio, hoje tombado na linha do imaginário deste “desenvolvimento”,
que teima em ser uma ficção, diante dos nossos olhos.
Temos sido vítima
de “chicoteadas de cavalo marinho”, intencionais, das mãos de políticos
impreparados e pouco hábeis, que quase metiam duas forças militares em guerra
aberta neste conflito, por causa de orientações obscuras, que nem sequer eram
do conhecimento do Parlamento da Guiné-Bissau, ou do parlamento em Angola. Um
erro do tamanho do céu, que podia ser evitado se tudo partisse de uma
transparência no confronto de ideias políticas.
Um político
Angolano, que há muitos anos esteve então do lado da UNITA, hoje o Povo Angolano
evolui muito, ultrapassando divergências culturais e políticas no seu
território, um País a caminhar para uma democracia cada vez mais sólida, mas
que devia o seu Ministro dos Negócios Estrangeiros, estudar melhor os conflitos
no terreno político e militar na Guiné-Bissau, utilizar a sua experiência de “sofrimento”
e pressão psicológica provocada na guerra entre UNITA e MPLA, passados mais do
que uma década, um conflito politico e militar com pesadas baixas, usar dessa
experiência para discordar, ou até sugerir novas atitudes na análise dos factos
se for preciso, e não o contrário, assumindo um comportamento de “homem de
recado” numa atitude de assumpção pacífica e obediência cega, levando “informações”
que deram no que deram, sem querer culpabilizar, mas apenas sublinhando que não
houve um comportamento crítico e transparente na diplomacia política, neste
caso representada por Dr. Jorge Chicote, mas sim uma atitude que se pode
“confundir” com parcialidade, como terá sido conotado no meio castrense de
Bissau.
Isto é, por dúvida
se o próprio não teria já conhecimento do teor da carta do Primeiro-ministro
Guineense, mesmo que verbal, da missiva dirigida a V. Excia. Sr. Presidente da
Republica de Angola, Eng.º. José Eduardo dos Santos.
Sem querer ferir
susceptibilidades, devo acrescentar que uma outra leitura deste comportamento,
talvez pudesse reaproximar as duas partes com uma intermediação antecipada, sem
arriscar nomes, seria então uma possibilidade de se evitar o que já era
evidente, para quem estava a seguir os acontecimentos no terreno há muito tempo.
Será por falta de experiência técnico-política ou de outro índole, alguma coisa
falhou Sr. Dr. Jorge Chicote. O tempo o dirá e para lá caminhamos, só.
A história
repete-se sem nos darmos conta, porque uns abutres andam a pairar por aí. Cuidado,
a Guiné-Bissau está nas mãos de muitos de nós, sobretudo os filhos deste Povo,
espalhados pelo mundo inteiro, Guineenses.
Um desfecho que
provoque desunião a partir deste conflito seria fatal, porque é o que alguns aguardam
como terreno propício para colherem frutos, em proveito próprio. O contrário
seria impedirmos toda esta possibilidade, porque deixariam de poder tirar
partido de uma cooperação a partir de um neocolonialismo subterrâneo. Portanto,
vale a pena avançarmos nos debates internos ao nível dos partidos, o País não
pode avançar para uma guerra, não há um nome pessoal nisto que o justifique, em
momento nenhum.
Morreram
muitos nomes REVOLUCIONÁRIOS pela causa da Guiné-Bissau, na nossa memória
vários lutos estão ainda por digerir, recordações do passado e presente de crimes
inconfessáveis, até o próprio nome de AMÍLCAR CABRAL fazendo parte de uma
lista, ainda e também por desvendar os porquês, e então que fazer, penso sinceramente
que por nenhum guineense vivo e fora do "poleiro" governamental devemos
permitir o País entrar em guerra, sem contudo e à posteriori avançar com
análises e avaliações deste conflito militar, avançar de um modo célere e em
sede própria. Todos os crimes não podem continuar impunes, há que saber
perdoar, mas apenas e só depois de se conhecer o culpado, não somos um povo com
medo de justiça e em contrapartida que tolera actos de barbárie e crimes
hediondos.
Portanto pedimos
nesta reflexão uma contribuição de todos, GUINEENSES UNI-VOS, com vida estamos
todos graças a Deus, vamos combater a impunidade, porque vale a pena colaborar
com a justiça e conquistar a igualdade de direitos entre os cidadãos, em todos
os campos da nossa vida individual e colectiva.
Para alguns
observadores estrangeiros deste processo, que por agora, mascarados de “amigos”,
se nos uníssemos já à volta de um só nome e objectivo, Guiné-Bissau, entrariam
em desespero e cairiam “de cu”, deixariam de ter o poder da manipulação, da
chantagem política e económica, perderiam a "excitação" perversa por
este País. O carácter endógeno deste falso amor nunca mais se confundiria com o
verdadeiro amor que os seus filhos sentem pela terra Mãe, embora alguns,
desavindos, por questões de interesse político e pessoal.
Este país, num canto de África, que luta pela unidade do seu Povo, paz, desenvolvimento possível no futuro, já hoje provoca reacções de “medo” e de impotência, nalguns amigos do exterior (países vizinhos), porque irão cair todas as máscaras e negociatas obscuras, tudo isto terão os seus dias contados como obstáculos no nosso caminho, qualquer prolongamento deste conflito neste momento, seria um acto pouco inteligente de se oferecer o “ouro” ao bandido, acredite se quiser, mas ao menos vale a pena pensarmos nisto.
Volto a repetir,
esta procissão vai no adro, que “Santo” o escolhido, ainda não se sabe, por
isso vamos indo e vamos vendo, atentos na observação e análise dos factos e de
argumentos.
Um abraço
Guineense. Djarama.
Filomeno Pina.