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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Falta de vigilância nas fronteiras teria facilitado a ação de grupo extremista.

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Dirigente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) diz que os serviços secretos estão a negligenciar as fronteiras e a segurança interna do país.
fonte: DW África
Grenze zwischen Mosambik und Malawi in Zobue (DW/Johannes Beck)
Foto de arquivo: Posto da fronteira entre Moçambique e o Malaui
A fragilidade no controlo das fronteiras do território moçambicano pode ser uma das causas que teriam originado os recentes ataques terroristas no distrito costeiro da Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado. É isso o que diz o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), segundo maior partido da oposição. De acordo com o MDM, essa vulnerabilidade da segurança não se limita apenas às fronteiras; ela também é facilmente percebida no interior do país.  
O MDM pede que os serviços secretos de Moçambique reforcem o supervisionamento a extremistas estrangeiros, em vez de vigiar os próprios cidadãos moçambicanos.
Segundo a polícia, desde o início deste mês, os ataques com catanas e metralhadoras já teriam provocado pelo menos 28 mortos (seis elementos das autoridades, 19 atacantes e um líder comunitário) e um número indeterminado de feridos.  A informação é de que 52 pessoas foram detidas, na sequência daquele que teria sido o primeiro ataque protagonizado por um grupo radical islâmico em Moçambique a 05 de outubro.
Críticas às autoridades
Para o secretário-geral do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Luís Boavida, o ataque em Mocímboa da Praia, na província nortenha de Cabo Delgado, é prova de que a insegurança está a reinar por todo o lado. "Isso mostra até certo ponto a fragilidade da segurança do nosso território, tanto em termos de controlo de fronteiras quanto como do controlo dos próprios cidadãos do país."
O MDM acredita que os recentes confrontos em Mocímboa da Praia poderiam ter sido evitados. Esse partido alega que medidas de prevenção foram ignoradas por parte das autoridades governamentais, sobretudo pelas lideranças comunitárias e policiais. "A própria população diz ter vindo a chamar a atenção das autoridades competentes desde 2014 sobre a movimentação de indivíduos estranhos em Mocímboa da Praia. Só que essas estruturas fizeram ouvido de mercador e não levaram a sério", lamentou Boavida. Ele ainda exigiu mais ação por parte da polícia nessa questão que está a afligir a todos.
Ponto e contraponto
Luis Boavida (DW/L. da Conceicao )
Luís Boavida, secretário-geral do MDM
O porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique, Inácio Dina, assegurou que as investigações estão em andamento. "Primeiro responsabilizar. Se de facto havia pessoas que sabiam da situação (entrada de estranhos na região), e não tomaram as medidas necessárias, essas pessoas devem ser responsabilizadas. Elas devem explicar porque é que agiram assim, até deixar a situação chegar ao ponto que chegou", referiu.
Mas Luís Boavida não está convencido. Para ele, é responsabilidade da segurança nacional assegurar que "o Estado moçambicano esteja em boas condições e também dar orientações às instituições para tomada de decisão".  
O secretário-geral do MDM denunciou perseguição aos partidos políticos por parte dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE). Em entrevista à DW África, ele chegou a fazer um apelo às instituições de segurança do Estado, no caso, o SISE. "Deixem de se dedicar à perseguição dos líderes dos partidos políticos, deixem de andar atrás das atividades dos partidos políticos e passem a cuidar de facto da segurança nacional", alertou Boavida.
Na cidade de Nampula vive-se um clima de incerteza sobre a realização do segundo congresso do MDM, em dezembro próximo. Muitas pessoas estão indignadas com o assassinato do edil Mahamudo Amurane e aconselham a mudança do local do congresso. Ao que Luís Boavida, secretário-geral do MDM, responde: ‘‘A direção do partido e outros órgãos decidiram que o congresso mantém-se em Nampula. Portanto, o nosso congresso continua como havíamos programado'', declarou.

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