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O genocídio de Gaza, a questão palestina e o começo do fim do sionismo.

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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Cabo Verde: PM diz que Binter vai viajar para todas as ilhas com aeroporto.

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mediaAvião da TACV.
fonte: pt.rfi.fr
Contagem decrescente para o encerramento da rota doméstica da TACV em Cabo Verde. O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, garantiu que a Binter Cabo Verde vai viajar para todas as ilhas com aeroporto.





Cotinua a polémica em torno da reestruturação e privatização da Transportadora Aérea de Cabo Verde. O Governo já tinha anunciado o encerramento da rota doméstica da TACV, a partir de 01 de Agosto próximo.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, garantiu que a Binter Cabo Verde vai viajar para todas as ilhas com aeroporto.
A companhia vai assegurar a partir de Agosto, em exclusivo, os voos domésticos no arquipélago, além das ligações com o Senegal e a Guiné-Bissau, ao abrigo de uma parceria que prevê a entrada do Estado na companhia com a aquisição de 49% do capital social - 30% corresponde à cedência comercial das rotas domésticas e regionais e 19% por cento a investimento. O Governo ainda não revelou quanto vai custar o investimento no capital da Binter.
O principal partido da oposição, o PAICV, solicitou um debate de urgência no Parlamento sobre a TACV, na sessão que se inicia nesta segunda-feira para “para que se esclareça um conjunto de aspectos que inquietam os cabo-verdianos”.
Odair Santos, Correspondente em Cabo Verde

Vietnã cumpriu o sonho de Ho Chi Minh.

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Homenagem a Ho Chi Minh, no Vietnã. Foto: kynang.ed
HANÓI.— A melhor homenagem do povo vietnamita a Ho Chi Minh é ter cumprido amplamente o sonho dele de construir um país dez vezes bonito, após a destruição desencadeada pelas operações militares dos EUA.
A 127 anos do nascimento do líder vietnamita, seu país é caracterizado por um rápido crescimento econômico e uma grande capacidade de transformação, que o coloca em uma posição vantajosa perante os de-safios do século 21.
Nascido em 19 de maio de 1890, em Kim Lien, município Nam Dan, na província central de Nghe An, o presidente Ho Chi Minh liderou a luta pela independência nacional, alcançada em 1945.
Naquele tempo, o Vietnã tinha estado durante 30 anos sob o jugo colonial francês, que contrastava com os desejos de independência e liberdade de um jovem que logo se tornou ciente da mudança que ele queria para o futuro da sua terra.
Sob sua liderança, o Vietnã teve que enfrentar a tecnologia militar mais avançada do mundo, nas mãos dos EUA e saiu vitorioso. Sua visão de estrategista e seu legado político são reconhecidos em todo o mundo.
O caminho empreendido, graças à implementação, em 1986, da política de Renovação (Doi Moi), permitiu tirar da pobreza, em menos de duas décadas, a mais de 20 mi-lhões de pessoas e elevar a porcentagem de matrículas na educação primária para quase 100% e a expectativa de vida até 70 anos.
Na mesma etapa, o país multiplicou em cinco vezes o PIB per capita e diversificou sua base de exportação. A visão de futuro é muito mais ambiciosa e seu principal objetivo é tornar-se uma nação industrializada antes de 2035.
Segundo as autoridades, os vietnamitas estão orgulhosos de ter cumprido o desejo do seu guia máximo, e agora pretendem construir um país 50 ou 100 vezes mais belo e próspero.
As cidades vietnamitas atingiram grande prosperidade. Foto: vietnamplus
Segundo a agência PL, já as mais altas autoridades vietnamitas prestaram homenagem ao líder revolucionário. Lideraram o tributo ao pai da independência desta nação o secretário-geral do Partido Comunista, Nguyen Phu Trong; o primeiro-ministro Nguyen Xuan Phuc; o presidente da Assembleia Nacional, Nguyen Thi Kim Ngan; e o líder da Frente daPátria, Nguyen Thien Nhan.
Para este aniversário, comemorado em todo o país com múltiplas atividades, o governo da cidade que leva seu nome lançou a campanha de plantio de árvores 2017, uma tradição iniciada pelo Tio Ho em 1960 e convertida hoje em uma oportunidade de reconhecer a sua contribuição para sensibilização acerca da proteção ambiental.

Universidade de Lisboa 17ª melhor da Europa - Ranking de Leiden 2017.

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Fonte de informações: 

Pravda.ru

 
Universidade de Lisboa 17ª melhor da Europa - Ranking de Leiden 2017. 26640.jpeg

Universidade de Lisboa 17ª melhor da Europa - Ranking de Leiden 2017

A Universidade de Lisboa é a universidade melhor classificada da península ibérica no Ranking de Leiden 2017, que abrange o período 2012-2015 e avalia a prestação científica de 902 universidades em 54 países.
Em termos globais a Universidade de Lisboa continua a subir neste prestigiado ranking, encontrando-se agora na 117º posição a nível mundial e na 31º posição a nível europeu.
No contexto europeu a ULisboa ocupa uma posição de destaque em várias áreas científicas: 5º lugar na área da Matemática; 10º lugar na área das  Ciências da Vida e da Terra e 12º lugar na área das Ciências da Engenharia e da Física.
O ranking de Leiden, um dos mais conceituados internacionalmente, utiliza a base de dados científicos da Web of Science da Thomson Reuters, centrando-se em publicações sob a forma de artigos e "reviews" mas excluindo livros, publicações em atas de conferências e publicações em periódicos não indexados na WoS.

fonte: pravda.ru

Cabo Verde em destaque no Afrika Festival em Würzburg.

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Ao lado do Senegal, Cabo Verde é o foco da 29ª edição do festival dedicado à música africana que arrancou na quinta-feira (25.05) em Würzburg, na Alemanha.
fonte: DW ÁFRICA
Offene Bühne des Africa Festivals in Würzburg bei dem Konzert der Gruppe Takeifa aus dem Senegal (DW/A. Gensbittel)


Todos os anos, os organizadores do Afrika Festival procuram novos músicos africanos para apresentar em Würzburg. Na edição deste ano, o destaque vai para a diversidade musical do Senegal e Cabo Verde.
Em quase 30 anos de existência, passaram por Würzburg grandes nomes dos dois países, como as cantoras cabo-verdianas Lura e Nancy Vieira e os senegaleses Youssou N'Dour e Omar Pene. Este ano, marcam presença músicos jovens e pouco conhecidos, distinguidos pelo seu talento.
Elida Almeida: a força das mulheres de Cabo Verde
Elida Almeida atuou pela primeira vez no Afrika Festival, esta sexta-feira (26.05). Sentiu-se particularmente honrada por surgir ao lado de grandes nomes da música africana como Salif Keita, do Mali, e Eneida Marta, da Guiné-Bissau. Mas a jovem cantora cabo-verdiana também está feliz pelo facto de o seu país estar especialmente bem representado este ano, em Würzburg.
Elida Almeida, nascida na ilha de Santiago, faz parte da nova geração de músicos de Cabo Verde. Pega em sons tradicionais das ilhas e dá-lhes um toque moderno pessoal. Batuku e Funaná duas inspirações especiais.
Sängerin Elida Almeida aus den Kapverden bei ihrem Auftritt auf dem Africa Festival in Würzburg (DW/A. Gensbittel)
A cantora cabo-verdiana Elida Almeida subiu ao palco na sexta-feira
Elida Elmeida acaba de lançar um novo álbum, intitulado "Djunta Kudjer" ou "unir-se em amizade, solidariedade ou mesmo amor”, em crioulo. "Foi por isso que escolhi este nome, para incentivar mais amizade e mais paz”, diz Elida Almeida. "Hoje, quando o mundo está sob tanta pressão do terrorismo e da guerra, precisamos desta mensagem”.
Nas suas canções, a jovem música canta sobre a vida em Cabo Verde e as tradições do seu país. Discriminação, gravidez na adolescência, o direito à educação e a força das mulheres cabo-verdianas são alguns dos temas que destaca. "Tento sempre transmitir uma mensagem, juntamente com boa música”.
Além de Elida Almeida, também Tibau Tavares e Dino de Santiago representam Cabo Verde em Würzburg.
Do futebol à música
Inicialmente, Wally Seck não queria ser músico, mas sim jogador de futebol profissional. Mas a carreira na Europa não teve o sucesso desejado. Após uma lesão, o jovem senegalês decidiu voltar para casa e seguir as pisadas do pai, o músico Thione Seck. Não se arrependeu desta decisão: hoje, Wally Seck é uma estrela no Senegal. O seu mais recente álbum, "Xel”, é o mais vendido no país.
Wally Seck aus dem Senegal bei seinem Auftritt in Würzurg beim 29. Africa Festival (DW/A. Gensbittel)
Cantor senegalês Wally Seck
Agora, quer ajudar outros artistas e fundou a sua própria editora, a Faramarène Music. "Apoio jovens talentos que não têm os meios necessários para promover a sua música”, explica Wally Seck. O trabalho como artista é difícil, mas "é preciso acreditar, ter muita força, muita maturidade e muita fé”.
O músico está especialmente satisfeito por poder representar o seu país no primeiro dia do festival: "Estou muito orgulhoso por estar aqui, como senegalês, cantor e autor, como africano”. E não desiludiu o público em Würzburg. Wally Seck e a sua banda apresentaram a sua música Mbalax – o estilo musical mais popular do Senegal – animando o festival.
Novos ritmos urbanos de Dakar
Para o grupo Takeifa a música é um assunto de família. A banda é composta por cinco irmãos da família Keita – quatro irmãos e uma irmã. Longe dos sons tradicionais, Takeifa desenvolveu o seu próprio estilo, misturando pop, funk e rock.
Takeifa aus Senegal (DW/A. Gensbittel
)
Grupo Takeifa, do Senegal
"Tivemos sorte porque os nossos país gostavam de música”, diz Jac Keita, líder da banda. "Em casa, ouvíamos jazz, rock, pop e ritmos africanos. Fomos inspirados por Fela Kuti”. Todos estes estilos de música têm influenciado os jovens artistas: "Concentramo-nos em rock e hip hop porque são os que nos dizem mais. Mas há também muitos sons africanos na nossa música”.
Com textos de carácter social, Takeifa quer dar voz aos jovens do Senegal. Há cinco anos, a banda fundou a associação Care Albinos. "Destina-se às pessoas com albinismo, para que recebam meios como protetor solar e óculos de sol”, explica Maah Keita, o baixista do grupo, que sofre com a doença. "Acima de tudo, queremos sensibilizar as pessoas com albinismo e aqueles ao seu redor: temos o direito de viver uma vida normal, apesar das deficiências físicas e visuais. Acima de tudo, passar uma mensagem contra as injustiças sociais”.
Para além de Elida, Wally e os irmãos Keita, o festival conta com a participação de vários artistas da Guiné-Bissau, Senegal e Mali. Este ano, espera-se que 80 mil visitantes passem pelo Afrika Festival.

ANGOLA: COMO NETO SUPEROU HITLER...

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neto-hitler

Alguém disse que quem está sempre a falar do passado deve perder um olho. Será esse o destino de quem, como eu, não se cansa de falar de um passado que, nesta circunstância, tem 40 anos? É possível que sim.

Por William Tonet
Conforta-me, contudo, o facto de que esse mesmo alguém terá acrescentado que quem se esquecer do passado deve perder os dois olhos.
As vítimas dos massacres do 27 de Maio de 1977 merecem que, se necessário, eu perca os dois olhos e até mesmo a vida como, aliás, esteve perto de acontecer por diversas vezes.
Acredito, contudo, que haverá quem como eu (conheço alguns) está disposto a ficar cego ou a chocar definitivamente com uma bala para que os culpados sejam julgados.
Já não se trata de descobrir a verdade. Trata-se de a assumir e, dessa forma, se fazer as pazes com a nossa identidade, com a nossa história, com o nosso Povo e ter a hombridade de olhar os familiares das vítimas, de olhar a verdade e rogar humildemente o seu perdão.
Enquanto isso não acontecer nem os mortos terão paz e nem os vivos merecerão caminhar num país em que, na verdade, o infinito tem tonalidades de sangue e o horizonte cheira a dor.
Para compreender o que se passou no dia 27 de Maio de 1977 e, sobretudo o que se passou depois desse dia, não basta ter o conhecimento da situação criada por um litígio que opôs então duas alas rivais do MPLA, de um lado os Netitas, capitaneados por Lúcio Barreto de Lara e do outro, os Nitistas, liderados por Alves Bernardo Nito Alves, que idolatrava Agostinho Neto (seu pecado capital) e era um guerrilheiro autodidacta do marxismo – leninismo.
Os antecedentes da trama engendrada contra Nito Alves, ícone como comandante da guerrilha e José Van-Dúnem, ex- prisioneiro político de São Nicolau, e milhares de outros jovens intelectuais, militantes do MPLA, continuam escondidos no lamaçal fedorento e cúmplice onde ainda se movimentam antigos camaradas de armas, transfigurados em algozes para a defesa dum poder manchado de sangue, que prossegue a sua rota insensível aos clamores das almas de milhares de vítimas assassinadas e dos seus familiares que aguardam por um simples boletim de óbito.
Caricatamente, ante a crueldade dos assassinatos selectivos, instaurados por Agostinho Neto desde 1964, na luta de libertação nacional, onde cometeu crimes bárbaros, como a morte do então vice-presidente, Matias Miguéis, que fruto da distensão no MPLA já tinha rumado para a FNLA e ao fazer trânsito em Brazzaville, vindo de uma conferência internacional, é apanhado por Agostinho Neto, que o manda enterrar, tendo coberto o corpo e a cabeça ficado de fora, tendo nessa condição sido alvo das mais brutais sevícias, como receber urina, pontapés, ser cuspido, etc., até que no final de 48 horas sucumbiu, olhando os seus algozes;
Igualmente, em 1968, Agostinho Neto mandou queimar vivo, em fogueira, na Frente Leste, o valoroso comandante Paganini, acusando-o de feitiçaria e de tentar dar um golpe a direcção em Brazzaville. Com ele, foram outros camaradas, queimados. É esse histórico de barbárie, envolto em alegados fraccionismos, que sempre alimentaram o poder de Neto, quando julgava existir alguém a ofuscar o seu carisma. A cultura de Neto era; eliminar os adversários, se possível do mundo dos vivos, na lógica da mediocridade de liderança.
Depois da guerrilha, seguiram-se os assassinatos em massa e sem julgamento levados a cabo pela tenebrosa DISA, polícia política do seu regime, entre 1977 a 1979, é confrangedor, em pleno século XXI, o mutismo e o cinismo do regime, que proclamou “em nome do comité central do MPLA”, em 1975, a Independência de Angola sem a realização de eleições democráticas, como vaticinavam os Acordos do Alvor rubricados com as autoridades portuguesas e os três movimentos de libertação nacional: FNLA, MPLA e UNITA.
Se Agostinho Neto fosse um líder visionário e comprometido com a cidadania e não com o poder, teria apoiado a ideia de criação de uma Assembleia Constituinte apartidária, integrando outras sensibilidades, quanto mais não fosse com membros da clandestinidade, para se criar uma Constituição despida da lógica do MPLA.
Não tenhamos medo das palavras que, como sempre, são a alma da verdade. Por esta razão, não se pode tentar tapar com uma peneira o maior genocídio levado a cabo no século passado por uma força política no poder, contra militantes do seu próprio partido, o MPLA, cujo crime foi o de reivindicar, em sede própria, um maior pragmatismo ideológico na condução dos destinos da então República Popular de Angola. Ademais, estamos em face de um fenómeno que saía das fronteiras angolanas.
Na realidade, depois dos horrores praticados por Adolph Hitler e dos seus serviços de segurança, a Gestapo, na II Guerra Mundial, a DISA (Direcção de Informação e Segurança de Angola) de Angola, protagonizou a maior chacina ocorrida no século XX em África, com a mui benévola colaboração intervencionista do partido no poder, o MPLA e das tropas mercenárias cubanas
Esta é a verdade!
Dói?
Dói, com certeza. Mas não tenhamos dúvidas. Só ela cura, só ela pode curar, as muitas feridas que hoje – mesmo de forma anónima – vagueiam como aterradores fantasmas nas mentes de todos nós. Ou de quase todos nós.

Homicídios por omissão

Os números oficiosos, baseados nas prisões arbitrárias, na quantidade de presos em campos de concentração, nas múltiplas cadeias, nos fuzilamentos diários, nos enterrados vivos, nos jogados de avião ou lançados ao mar, são aterradores: 60 ou mesmo 80 mil vítimas, na sua maioria intelectuais jovens brutalmente assassinados sem direito a qualquer tipo de defesa.
Assassinados porque queriam o melhor para o seu país, porque acreditavam que dizer o que pensavam ser o melhor para o Povo era o melhor predicado que se exigia a cada angolano, a cada um de nós. Enganaram-se. Passou-se uma autêntica “limpeza da intelectualidade autóctone”. Mas, apesar da sanha criminosa dos seus algozes, há sempre quem consiga sobreviver, há sempre quem consiga resistir. Hoje aqui somos a prova disso.
Naquela data, tinha eu 16 anos (criança soldado, feito comandante de tropas), um dos mais novos colocados no gabinete do Comandante Nito Alves.
Nessa altura, na minha família quatro foram presos; meu pai, Guilherme Tonet, histórico do MPLA e da 1.ª Região, dois tios meus: Fernando e Alberto Tonet e eu, que fui forçado a “franquear” as portas das fedorentas masmorras da DISA, polícia secreta de Agostinho Neto/MPLA.
Mas, quando num rasgo de ingenuidade, pensei ser o mais novo preso político, eis que na Casa da Reclusão, estava um menino de 12 anos, de nome Joy, que, felizmente, não morreu e hoje é engenheiro de petróleos.
E nessa mal-aventurada empreitada, “o guia imortal”, “o político profundamente humano”, como o “marketing tacanho” do regime propaga ainda hoje e de forma acéfala ter sido Agostinho Neto, ao mostrar tamanha insensibilidade no seu desempenho, “promulgando as listas de morte” levantadas pela “corte de sangue”, ter-se-á, para muitos, transformado no “político profundamente assassino”, com o seu apogeu a estatelar-se na lama, no genocídio de 27 de Maio de 1977.
Isso, por ter sido Neto e, mais ninguém, que baloiçando numa cadeira, no palácio presidencial, disse: “não vamos perder tempo com julgamentos”. E não perdendo tempo, o tempo perdeu-se na selvajaria de um homem, cujo traço de líder se esfumou a sua verdadeira menoridade intelectual.
Enterrando, à força, a balança da justiça atirou às urtigas os preceitos da mesma: imparcialidade, sensatez e frieza, apanágio dos grandes líderes nos momentos de divergências internas. Mostrou, aliás, que não basta ser um homem grande (e não era o caso) para se ser um grande Homem. Mostrou, como outros na actualidade, que se o valor dos angolanos se medisse pela sua estatura moral, ética e patriótica, Agostinho Neto amesquinhava-nos a todos.
Mostrou-se sempre, mais ou menos, parcial, sobretudo depois de ter tomado partido irreversível pela ala liderada pelo seu padrinho e confidente, Lúcio Barreto de Lara, contra quem conseguiu unir as lianas da guerrilha, no 1º Congresso do MPLA, realizado em 1974, em Lusaka, Alves Bernardo Baptista. Terá sido esta opção digna do perfil de um líder, num momento de crise? Recordo que um líder não se constrói por decreto. Ou se é ou não vale a pena continuar.
Nito Alves, o jovem e histórico comandante da 1ª Região que o havia salvado de morte (política) súbita no conclave de Lusaka, na capital da Zâmbia, quando a maioria dos militantes do interior e exterior estavam contra a direcção do partido, três anos depois viu-se cobardemente abandonado pelo homem que ele tinha salvado, Agostinho Neto, e sem possibilidade de esgrimir os seus argumentos em fórum próprio. Era latente a abissal diferença entre a gigantesca estatura moral e humana de um e o nanismo de outro.
Nito Alves travou uma luta titânica contra o tempo, por se ter dilatado voluntária ou involuntariamente o prazo de dois meses dado pelo Comité Central à Comissão de Inquérito liderada por José Eduardo dos Santos para ouvir os acusados.
A estratégia foi masoquista, pois passava-se a ideia, para o público de um hipotético inquérito, mas a máquina, os bastidores tinha instruções para frear a sua marcha, pois o destino dos acusados já estava traçado. Hoje dir-se-ia que as “ordens superiores” eram claras: Até prova em contrário (que nunca poderia existir) Nito Alves era culpado. Não havia espaço para inocentes, muito menos para exercitar o contraditório.
Assim, não houve qualquer inquérito. Catalogado como culpado, antes de qualquer juízo imparcial e isento, escancarou-se-lhe o coração, num impulso de irreverência, para, num último grito do Ipiranga, explicar aos membros do Comité Central e organizações sociais do MPLA, a injustiça que campeava contra a sua pessoa e companheiros de infortúnio.
Com todos os campos minados, com a maquinação no seu esplendor, a única companheira era a frustração, que lhe permitiu encarar de frente, erecto como sempre, a cobarde e assassina muralha de betão, ardilosamente ministrada na comunicação social, por Costa Andrade “N’dunduma” e Artur Pestana “Pepetela”, que, numa premonição impressionante, para além da diabolização, previram todo o cenário posterior. Pepetela é um escritor reconhecido no exterior, aqui mesmo, em Portugal, ganhou prémios, mas tem as mãos manchadas de sangue, por ele passaram muitos atirados para os campos de fuzilamento, pois foi um dos ideólogos da celebre Comissão das Lágrimas. Não lhe ficava mal, pelo contrário, um pedido de desculpas às vítimas e aos filhos, sobre a sua nebulosa participação no genocídio.
Foi por isso que, Nito Alves apontou baterias para um “túnel escapatório”: “As 13 Teses em Minha Defesa”, uma visão comunista baseada em fórmulas marxistas-leninistas, que ingenuamente acreditou ser a linha defendida por Agostinho Neto.

Os bons também se enganam

OPresidente da RPA e do MPLA acreditava sobretudo no não-alinhamento e no liberalismo económico e muito menos no socialismo científico, que publicamente advogava. Por essa razão, foi severamente insensível, e responsável, talvez não a 100, mas a 90%, pelas mais graves atrocidades cometidas na história da Angola independente.
Ninguém, de forma imparcial, poderá afirmar se Agostinho Neto era um idealista como líder político, ou se carregava uma costela assassina incubada, mas seguramente é obrigado a rememorar, por exemplo, a crise de 1963 do MPLA e as que se seguiram, para entender melhor a mentalidade oblíqua deste médico, casado com uma portuguesa, líder político por convite e talvez poeta da África lusófona com algum talento por veia epidérmica, que presidiu por dois anos ao destino da República Popular de Angola, depois de ter esmagado com o apoio de forças mercenárias cubanas, russas, guineenses, moçambicanas e argelinas, a oposição política da FNLA, que contava com o apoio das tropas zairenses, e a UNITA, que se tinha aliado em desespero de causa aos racistas Sul-Africanos.
Mas o pendente mais penoso de uma data tão polémica quanto dramática, deve ser analisado com o rememorar de um percurso sinuoso dos trilhos por que passou a história do MPLA, enquanto movimento de libertação, estrela do ex-cometa soviético.
Particularmente, ao comemorarmos 40 anos, sobre uma data onde os rios cobertos de sangue de corpos inocentes, cruzaram o oceano da monstruosidade assassina, esperava, mais uma vez, ingenuamente, que o ex-coordenador da Comissão de Inquérito e actual presidente do MPLA e da República, José Eduardo dos Santos tivesse a latitude de escancarar as portas, para um “AMPLO DEBATE DA VERDADE E CONCILIAÇÃO SOBRE O 27 DE MAIO DE 1977”.
Não era preciso imitar Nelson Mandela, mas aprender com a grandiosidade dos seus gestos, como se escreve reconciliação e paz, na geografia de um país. E Angola carece…
Esqueci-me, de as nuvens carregadas, qual cobardia, não conseguem libertar a chuva, para regar a relva da dor e do recalcamento que campeia, na pureza dos nossos corações, mas, ainda que se adie, temos a cumplicidade da actual Constituição de Fevereiro de 2010 de Angola, considerar que estes crimes, art.º 61.º (Crimes hediondos e violentos): “São imprescritíveis e insusceptíveis de amnistia e liberdade provisória, mediante a aplicação de medidas de coacção processual:
a) O genocídio e os crimes contra a humanidade previstos na lei;
b) Os crimes como tal previstos na lei.
Por tudo isso temos o amanhã do futuro e o hoje do presente, para orar por uma justiça, não só divina, mas também terrena, pese nos catalogarem como “vencidos”, “derrotados”, a realidade mostra que a nossa magnanimidade ultrapassa esse rótulo, porque a contrário dos nossos detractores, não temos medo de falar, de ouvir, de reconhecer erros, de apontar virtudes e sugerir soluções para uma verdadeira conciliação e pacificação.
Somos sofredores, humilhados, mas dignos, pois temos dimensão de um longo e verdadeiro sentido de perdão.
Por tudo isso, junto a minha voz, às vozes anónimas que gritam, neste século XXI, por uma conciliação que clama por certidões de óbito, para que milhares de meninos possam ver coberto os seus documentos com os apelidos dos progenitores.
Finalmente, lanço desta tribuna um desafio ao MPLA e ao senhor Presidente da República, José Eduardo dos Santos, libertem-se do fantasma, abram o dossier sobre o 27 de Maio de 1977, a bem da cidadania e do futuro de Angola e dos angolanos.
fonte: http://jornalf8.net

ANGOLA: A MUTAÇÃO DOS DIABOS

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diabo-joao

Os órgãos de informação social oficial, fecal, não param de nos fazer rir. Levantam as orelhas e a voz, durante a sua já muito longa lengalenga de répteis e julgam que se deslocam e pensam na vertical. No Huambo, João “Malandro” Lourenço voltou a deixar cair a máscara. Ficou à vista a imagem de José Eduardo dos Santos e de Agostinho Neto.

Por Domingos Kambunji
Ogrande destaque das últimas emissões ruminais é dado ao discurso do João Malandro, no Huambo. Os papagaios do “reigime” relevam a afirmação do João, malandro e aldrabão: “só um governo encabeçado pelo MPLA assegurará a estabilidade e o bem estar dos angolanos, com uma governação moderna, transparente, competente”.
Os factos desmentem o João. A governação encabeçada pelo MPLA colocou Angola, em prosperidade, no lugar 141, entre 149 países, numa avaliação efectuada pelo Legatum Institute de Inglaterra. O passado dá-nos uma previsão das perspectivas futuras de Angola com um governo anquilosado, corrupto e incompetente do MPLA. O João Malandro fez parte desse passado de governantes incompetentes, matumbos e corruptos, como ministro do governo do MPLA.
As doenças parasitárias, se não forem fatais, demoram muito tempo e exigem muito conhecimento para se poderem combater. A megalomania parasitária do MPLA já provocou e continua a ser responsável por muitíssimas centenas de milhar de mortos em Angola.
Nesse discurso o João Malandro afirmou que “num determinado momento, o Huambo foi afectado pelo diabo que por aqui passou com o seu rasto de destruição”. Nós, que não nascemos ontem nem exercemos a profissão de “bajulinos” do “reigime” para comprarmos pão e pirão, lembramo-nos bem desse momento em que o diabo passou pelo Huambo e, pelos vistos, sedentarizou e criou raízes.
Esse diabo está em constante mutação: surgiu com o rosto do Agostinho Neto, mudou para apresentar-se com o rosto de José Eduardo dos Santos e, tudo indica, surgirá brevemente com uma nova mutação, com o rosto do malandro, o João.
Imaginem como Angola poderia ter avançado num desenvolvimento harmonioso se a MPLA não tivesse decidido iniciar a guerra civil para implantar uma ditadura comunista!… O João, o malandro, é um dos grandes beneficiários dessa situação. A grande maioria dos angolanos não!
O MPLA ganhou a guerra civil porque conseguiu matar mais, com os seus instintos irracionais de uma megalomania pacóvia.
O João diz que, no Huambo e no resto do país, vai investir na Educação. Não é isso que o MPLA diz que tem estado a fazer nas últimas quatro décadas? O investimento do MPLA nesta área foi e será um enorme fracasso. Com tanto “in-vestimento” na Educação só conseguiu colocar Angola no lugar 132 entre 149 países e nenhuma universidade de Angola está entre as 100 melhores universidades de África. O João, o malandro, é mesmo um grande charlatão!
Se em Angola até o Kangamba é general… assim se poderá perceber qual é a honestidade intelectual do João, o malandro general.
A Angola do malandro e de outros generais até parece ser ficção com o exagerado número de acontecimentos boçais.
O João diz que o MPLA é um partido de ma$$as. De facto é verdade, é um partido de massas muito brutas, teimosamente matumbas.
As empresas do MPLA de fornecimento de água e electricidade a Luanda, EPAL e ENDE, decidiram não exigir aos consumidores o pagamento por fornecimentos… não efectuados. Os órgãos de informação sociais, fecais, imediatamente começaram a zurrar: “Quando se fazem bem as coisas é preciso relevar isso”!
Nos países modernos, civilizados, os consumidores são indemnizados pelo não fornecimento de serviços contratualizados. Em Angola os consumidores pobres são um tristes coitados, estão constantemente a ser enganados.
Foi demasiado cómica a afirmação que o João fez no Huambo: “Vamos continuar com a nossa postura de partido sério”!
Infelizmente Angola continua e continuará a ser comandada por generais boçais, capazes de manipular mentalidades e resultados eleitorais.

fonte: http://jornalf8.net






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