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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Fidel Castro: As ideias justas triunfarão ou triunfará o desastre.

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Fidel Castro: As ideias justas triunfarão ou triunfará o desastre. 20816.jpeg

sociedade mundial não conhece trégua nos últimos anos, particularmente desde que a Comunidade Econômica Europeia, sob a direção férrea e incondicional dos Estados Unidos, considerou que tinha chegado a hora de ajustar as contas com o que restava de duas grandes nações que, inspiradas nas ideias de Marx, tinham levado a cabo a proeza de pôr fim à ordem colonial e imperialista imposta ao mundo pela Europa e os Estados Unidos.
Por Fidel Castro
Na antiga Rússia eclodiu uma revolução que comoveu o mundo.Esperava-se que a primeira grande revolução socialista teria lugar nos países mais industrializados da Europa, como Inglaterra, França, Alemanha e o Império Austro-Húngaro.
Contudo, esta aconteceu na Rússia, cujo território se estendia pela Ásia, desde o norte da Europa até o sul do Alasca, que também tinha sido território czarista, vendido por uns dólares ao país que seria posteriormente o mais interessado em atacar e destruir a revolução e o país que a engendrou. A maior proeza do novo Estado foi criar uma União capaz de agrupar seus recursos e compartilhar sua tecnologia com grande número de nações débeis e menos desenvolvidas, vítimas inevitáveis da exploração colonial. Seria ou não conveniente no mundo atual uma verdadeira sociedade de nações que respeitasse os direitos, crenças, cultura, tecnologias e recursos de lugares acessíveis do planeta que tantos seres humanos gostam de visitar e conhecer?
E não seria muito mais justo que todas as pessoas que hoje, em frações de segundos se comunicam de um extremo a outro do planeta, vejam nos demais um amigo ou um irmão e não um inimigo disposto a exterminá-lo com os meios que o conhecimento humano foi capaz de criar?
Por crer que os seres humanos poderiam ser capazes de abrigar tais objetivos, penso que não há direito algum a destruir cidades, assassinar crianças, pulverizar casas, semear terror, fome e morte em todas as partes. Em que rincão do mundo tais fatos poderiam se justificar? Se se recorda que ao final do massacre da última contenda mundial o mundo se iludiu com a criação das Nações Unidas, é porque grande parte da humanidade a imaginou com tais perspectivas, embora não estivessem cabalmente definidos os seus objetivos.
Um colossal engano é o que se percebe hoje quando surgem problemas que insinuam a possível eclosão de uma guerra com o emprego de armas que poderiam pôr fim à existênciahumana. Existem sujeitos inescrupulosos, ao que parece não poucos, que consideram um mérito sua disposição a morrer, mas sobretudo a matar para defender vergonhosos privilégios.Muitas pessoas se assombram ao escutar as declarações de alguns porta-vozes europeus da Otan quando se expressam com o estilo e o rosto das SS nazistas.
Em algumas ocasiões, até se vestem com trajes escuros em pleno verão.Nós temos um adversário bastante poderoso como é o nosso vizinho mais próximo, os Estados Unidos. Advertimo-los de que resistiríamos ao bloqueio, ainda que isso pudesse implicar um custo muito elevado para nosso país. Não há pior preço do que capitular frente ao inimigo que sem razão nem direito te agride.
Era o sentimento de um povo pequeno e isolado. O restante dos governos deste hemisfério, com raras exceções, tinham-se somado ao poderoso e influente império. Não se tratava, de nossa parte, de uma atitude pessoal, era o sentimento de uma pequena nação que desde o início do século era uma propriedade não só política, mas também econômica dos Estados Unidos. A Espanha nos cedeu a esse país depois de termos sofrido quase cinco séculos de colonialismo e de um incalculável número de mortos e perdas materiais em luta pela independência.
O império se reservou o direito de intervir militarmente em Cuba em virtude de uma pérfida emenda constitucional que impôs a um Congresso impotente e incapaz de resistir. Além se serem os donos de quase tudo em Cuba - abundantes terras, as maiores centrais açucareiras, as minas, os bancos e até a prerrogativa de imprimir nosso dinheiro -, proibia-nos de produzir grãos alimentícios suficientes para alimentar a população.
Quando a URSS se desintegrou e o Campo Socialista também desapareceu, continuamos resistindo, e juntos, o Estado e o povo revolucionários, prosseguimos nossa marcha independente.Não desejo, contudo, dramatizar esta modesta história. Prefiro ressaltar que a política do império é tão dramaticamente ridícula que não tardará muito a passar à lixeira da história.
O império de Adolf Hitler, inspirado na cobiça, passou para a história sem mais glória do que o alento que deu aos governos burgueses e agressivos da Otan, que os converte no palhaço da Europa e do mundo, com seu euro, que assim como o dólar, não tardará a transformar-se em papel imprestável, chamado a depender do yuan e também dos rublos, diante da pujante economia chinesa estreitamente unida ao enorme potencial econômico e técnico da Rússia.
Algo que se converteu em um símbolo da política imperial é o cinismo.Como se sabe, John McCain foi o candidato republicano às eleições de 2008. O personagem saiu à luz pública quando em sua condição de piloto foi derrubado enquanto seu avião bombardeava a populosa cidade de Hanói. Um foguete vietnamita o alcançou em plena ação e a aeronave e o piloto caíram em um lago situado nas imediações da capital, fronteiriça com a cidade.
Um antigo soldado vietnamita já reformado, que ganhava a vida trabalhando nas proximidades, ao ver cair o avião e um piloto ferido que tratava de se salvar, movimentou-se para ajudá-lo; enquanto o velho soldado prestava essa ajuda, um grupo da população de Hanói, que sofria os ataques da aviação, corria para ajustar contas com aquele assassino.
O mesmo soldado persuadiu os vizinhos de que não o fizessem, pois já era um prisioneiro e sua vida devia ser respeitada. As próprias autoridades ianques se comunicaram com o governo, rogando que não agissem contra esse piloto. À parte as normas do governo vietnamita de respeito aos prisioneiros, o piloto era filho de um almirante da Armada dos Estados Unidos que tinha desempenhado um papel destacado na Segunda Guerra Mundial e ainda estava ocupando um importante cargo.
Os vietnamitas haviam capturado um peixe grande naquele bombardeio e como é lógico, pensando nas inevitáveis conversações de paz que deveriam pôr fim à guerra injusta que lhes haviam imposto, desenvolveram amizade com ele, que estava muito feliz de tirar todo o proveito possível daquela aventura. Devo dizer que não foi nenhum vietnamita que me contou isso, nem eu jamais teria perguntado. Eu li sobre isso, que se ajusta completamente a determinados detalhes que conheci mais tarde.
Também li um dia que Mister McCain escreveu que, sendo prisioneiro no Vietnã, enquanto era torturado, escutou vozes em espanhol assessorando os torturadores sobre o que deviam fazer e como fazê-lo. Eram vozes de cubanos, segundo McCain. Cuba nunca teve assessores no Vietnã.
Seus militares sabem de sobra como fazer sua guerra.O general Giap foi um dos chefes mais brilhantes de nossa época, que em Dien Bien Phu foi capaz de situar os canhões por selvas intrincadas e abruptas, algo que os militares ianques e europeus consideravam impossível. Com esses canhões, disparavam desde um ponto tão próximo que era impossível neutralizá-los sem que as bombas nucleares afetassem também os invasores.
Os demais passos pertinentes, todos difíceis e complexos, foram dados para impor às forças europeias cercadas uma vergonhosa rendição.A raposa McCain tirou todo o proveito possível das derrotas militares dos invasores ianques e europeus. Nixon não pôde persuadir seu conselheiro de Segurança Nacional, Henry Kissinger, de que aceitasse a ideia sugerida pelo próprio presidente, quando em momentos de relaxamento lhe dizia: Por que não lançamos uma dessas bombinhas, Henry?
A verdadeira bombinha chegou quando os homens do presidente trataram de espionar seus adversários do partido oposto. Isso, sim, não podia ser tolerado!Apesar disso, o mais cínico no senhor McCain foi sua atuação no Oriente Médio. O senador McCain é o aliado mais incondicional de Israel nas teias do Mossad, algo que nem os piores adversários teriam sido capazes de imaginar. McCain participou junto a esse serviço na criação do Estado Islâmico que se apoderou de uma parte considerável e vital do Iraque, assim como segundo se afirma, de um terço do território da Síria.
Tal Estado já conta com receitas milionárias, e ameaça a Arábia Saudita e outros Estados dessa complexa região que fornece a parte mais importante do combustível mundial.Não seria preferível lutar por produzir mais alimentos e produtos industriais, construir hospitais e escolas para os bilhões de seres humanos que deles necessitam desesperadamente, promover a arte e a cultura, lutar contra enfermidades massivas que levam à morte mais da metade dos doentes, enviar trabalhadores da saúde ou tecnólogos que segundo se vislumbra, poderiam finalmente eliminar enfermidades como o câncer, o ebola, o paludismo, a dengue, a chikungunya, a diabetes e outras doenças que afetam as funções vitais dos seres humanos?Se hoje é possível prolongar a vida, a saúde e o tempo útil das pessoas, se é perfeitamente possível planificar o desenvolvimento da população em virtude da produtividade crescente, a cultura e o desenvolvimento dos valores humanos, o que esperam para fazê-lo?
Triunfarão as ideias justas ou triunfará o desastre. Fidel Castro Ruz , 31 de agosto de 2014, às 22h25.
Fonte: CubadebateTradução de José Reinaldo Carvalho, Blog da Resistênciahttp://www.patrialatina.com.br/

Oito possibilidades de tratamento, duas vacinas para o Ebola: OMS

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Organização Mundial da Saúde (OMS), o ganense diretor-geral, Anarfi Asamoa-Baah (Dir) ao lado da francesa, Diretor-Geral Adjunto da OMS para os Sistemas de Saúde e Inovação, Marie-Paule Kieny (Esq), na abertura de uma reunião de dois dias sobre a consulta sobre o potencial de terapias e vacinas contra Ebola, em 04 de setembro de 2014, em Genebra. FOTO | AFP

Oito tratamentos experimentais e duas vacinas para o Ebola estavam na mesa, nesta quinta-feira, com 200 especialistas de saúde que se reuniram para discutir como acabar com a pior epidemia de sempre do mundo, o vírus assassino. 

Não existem tratamentos ou vacinas totalmente testados e aprovados para Ebola, que já matou mais de 1.900 pessoas na África Ocidental desde o início do ano. 

Em uma tentativa de conter a epidemia, a Organização Mundial de Saúde tem permitido o uso de medicamentos experimentais, e os especialistas em Genebra estavam discutindo quais os tratamentos que são eficazes, para combater com rapidez e que poderiam ser disponibilizados ao público. 

Em um documento a ser elaborado na reunião a portas fechadas, a agência de saúde das Nações Unidas listou oito terapias potenciais, incluindo a droga experimental ZMapp, que tem sido dado a um punhado de profissionais de saúde da linha de frente que tenham contraído o Ebola, três dos quais se recuperaram, e dois dos quais morreram. 

Duas vacinas experimentais para Ebola, que transmite através do contato com fluidos corporais, também foram listados. 

"Ainda não está clinicamente comprovado", foi destacado no documento de trabalho, acrescentando que "enquanto as medidas extraordinárias estão sendo adotadas no local para acelerar o ritmo de ensaios clínicos, novos tratamentos ou vacinas são esperados para uso generalizado antes do final de 2014" 

"Até então, apenas pequenas quantidades até de algumas ... doses / para tratamentos estarão disponíveis", disse, ressaltando que, em circunstâncias normais, o período de avaliação clínica de novos medicamentos e vacinas pode levar até uma década. 

Os especialistas reunidos nesta quinta-feira, incluindo os decisores políticos, especialistas em ética, médicos, pesquisadores e representantes dos doentes de países afetados, e também com objetivo de facilitar os contactos entre os países afetados pela doença e os países produtores de tratamentos. 

Especialistas em saúde global intensificaram advertências nos últimos dias de que os líderes mundiais precisam fazer mais para combater a epidemia, e que é mais importante considerar a Guiné, Serra Leoa e Libéria. 

"Atualmente na África Ocidental o surto de Ebola é sem precedentes em tamanho, complexidade e tensão que é imposto nos sistemas de saúde", disse a OMS em um comunicado. 

"Há grande interesse público em, e demanda para qualquer coisa que ofereça esperança no tratamento definitivo."


# africareview.com

ECA: pequenas ilhas africanas podem ser bons exemplos em mudanças climáticas.

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Desenvolvimento económico nas pequenas ilhas. Foto: FAO

Comissão realça  "grandes avanços" das autoridades da Cidade da Praia em documento que também destaca Guiné-Bissau; 3ª Conferência Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento termina esta quinta-feira, em Samoa.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Os esforços dos pequenos Estados insulares africanos para abordar a questão das mudanças climáticas, podem servir de bons exemplos para outros países em desenvolvimento que enfrentam desafios semelhantes.
A afirmação é da Comissão Económica das Nações Unidas para África, ECA, que menciona Cabo Verde e Guiné-Bissau.
Conferência
No âmbito da 3ª Conferência Internacional dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, em Samoa, a ECA afirmou que Cabo Verde está a fazer "grandes avanços" tanto no desenvolvimento económico quanto na questão das mudanças climáticas.
O país deixou de fazer parte do grupo dos menos desenvolvidos em 1997, em parte, graças à transformação na sua indústria turística.
No entanto, as mudanças climáticas podem desacelerar o processo de desenvolvimento do arquipélago. O Estado é vulnerável a impactos que vão de cheias a secas, no que afeta o abastecimento de água para habitações e para a agricultura.
A comissão menciona que o país utiliza combustíveis fósseis importados, mas, desenvolveu uma estratégia de energia renovável "ambiciosa", com objetivo de obter metade da sua energia de fontes renováveis até 2020.
Guiné Bissau
A Guiné-Bissau é considerada altamente vulnerável às inundações, às secas e ao aumento do nível do mar.
A  ECA destacou ainda a salinização como a maior preocupação para o país. Foram citados os impactos significativos na agricultura, que garante a subsistência a mais de metade dos guineenses e contribui de forma significativa para o Produto Interno Bruto.
A comissão afirma que, apesar de estarem em estágios diferentes no processo de desenvolvimento, tanto Cabo Verde quanto a Guiné-Bissau estão a abordar os impactos das mudanças climáticas e continuam a promover o desenvolvimento sustentável.
# Rádio ONU

Quénia:Obama garante apoio de Estados Unidos à África Ocidental no combate ao Ébola.

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Nairobi - O Presidente americano, Barack Obama, assegurou aos países oeste-africanos confrontados com uma epidemia do vírus do Ébola o apoio da sua administração para bloquear a propagação do vírus.
O Presidente Obama, que falava terça-feira às populações da África Ocidental desde Washington e particularmente aos três países mais duramente afectados pela Doença do Vírus do Ébola (Guiné Conakry,  Libéria e Serra-Leoa), afirmou que a primeira etapa da luta
era conhecer os factos.
"Em nome do povo americano desejo que saibam que as nossas orações serão para os  que entre vocês perderam próximos durante esta terrível epidemia de Ébola", disse Obama num despacho divulgado nesta quarta-feira pela Embaixada americana em Nairobi.
"Com os nossos parceiros em todo o mundo, os Estados Unidos trabalham com os vossos Governos parra ajudar a conter esta doença e a nossa primeira etapa nesta luta é conhecer os factos", indicou.
"Em primeiro lugar, o Ébola não se propaga pelos ares como a gripe. A doença não se transmite por um simples contacto, como sentar ao lado de alguém num autocarro. Ela apenas se transmite quando a pessoa desenvolve os sintomas da doença como a febre", afirmou.
"O meio mais frequente de contrair Ébola é tocar os fluídos corporais de alguém que esteja doente ou morreu da doença como o suor, a saliva ou o sangue ou através de instrumentos contaminados como uma agulha", precisou.
O Presidente americano atribuiu parcialmente a propagação da doença aos contactos corporais com os pacientes que são tratados em casa e durante o enterro das pessoas que morreram da doença.
Sublinhou a importância para os agentes de saúde de usar material de protecção e apelou às pessoas doentes que tenham febre a pedir automaticamente ajuda porque um tratamento rápido num centro médico ajuda pelo menos a metade dos pacientes a curar-se.
"Bloquear esta doença não será fácil, mas sabemos como o fazer. Não estão sós, juntos podemos tratar os pacientes com respeito e dignidade", prometeu o Presidente americano.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de mil e 500 pessoas morreram desde o aparecimento da epidemia do vírus do Ébola na África Ocidental em Dezembro de 2013.
# portalangop.co.ao

Regresso de Dhlakama a Maputo: moçambicanos duvidam da eficácia de uma Comissão de Verdade e Reconciliação.

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Nesta quinta-feira, Dhlakama deve voltar a Maputo. O líder da RENAMO quer uma Comissão de Verdade e Reconciliação. Mas a ideia não reúne consenso. Parte da sociedade civil está a favor, mas há quem esteja em dúvida.

O conflito político-militar em Moçambique provocou centenas de deslocados (22.10.2013)

Quando a Lei da Amnistia foi aprovada em agosto, o presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos, Custódio Duma, foi o primeiro a defender a ideia de uma aproximação e diálogo entre a população e os beligerantes, pois considera que a lei satisfaz principalmente os interesses dos beligerantes, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) e Governo da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
Nesse sentido, na última semana, a Liga dos Direitos Humanos defendeu a criação de uma Comissão de Verdade e Reconciliação que possa apurar os factos e garantir a compensação das vítimas dos últimos confrontos em Moçambique.
Ainda não há reconciliação total
Opinião também sustentada pelo Bispo da Igreja Anglicana em Moçambique, Dom Dinis Sengulane, que lembra que a RENAMO e a FRELIMO não são os únicos atores da vida política moçambicana.
Afonso Dhlakama e Armando Guebuza, principal líder da oposição e Presidente da República respetivamente, reúnem-se esta semana em Maputo
"Ainda não se pode considerar que há uma reconciliação. O parar das armas é criar uma oportunidade para os moçambicanos se reconciliarem, que passa por transferir o diálogo da mesa de negociações para o povo. E todos nós trabalharmos no sentido de nos reconciliarmos. Há muitos aspetos em que as pessoas ainda estão desavindas. Este foi um acordo entre dois grupos. Mas há muitos outros grupos", defende Dom Dinis Sengulane.
Questionado sobre o modelo de tal comissão, o bispo prefere deixar a escolha nas mãos dos moçambicanos.
Dom Dinis Sengulane recorda que vários grupos da sociedade já estão a debater o assunto, como o Parlamento por exemplo, mas defende que deve haver um esforço deliberado para a reconciliação e que a sociedade deve ter a responsabilidade de debater isso em todos os setores.
Também o líder da RENAMO quer uma Comissão de Verdade e Reconciliação. A porta-voz da bancada parlamentar deste partido, Ivone Soares, repisa no entanto a ideia de Afonso Dhlakama e distancia-se das culpas em relação à violência.

“Não faria sentido algum atribuir à RENAMO a culpa da morte de civis nestes confrontos. Mas neste momento, eu acredito que a concentração deve estar no processo de reconciliação nacional. Temos de estar com os olhos no processo de pacificação do país. Devemos deixar de lado tudo o que possa contribuir para avivar a lembrança triste dos confrontos”, diz a porta-voz.
Desconhece-se quantas pessoas morreram ou ficaram afetadas pelo recente conflito político-militar que o país viveu, pois durante os confrontos as autoridades raramente divulgavam números. Os valores associados aos danos materiais também nunca foram revelados.
Lei da Amnistia é "suficiente"
Um dos modelos de reconciliação considerado exemplar é o da África do Sul, implementado depois do fim do Apartheid. Mas para o colaborador da organização não governamental Observatório Eleitoral, Guilherme Mbilana, uma cópia não seria o ideal.
"É preciso olhar para os contextos. Num contexto da independência do país, se calhar sim. Agora 21 anos depois, não sei se seria prático. A lei de Amnistia é o suficiente para se voltar a um ambiente de concórdia e equilíbrio em termos de cidadania ativa", acredita.
Número das vítimas mortais provocadas pelo conflito entre a RENAMO e o Governo nunca foi revelado
Para Mbilana uma vez aprovada a lei da amnistia a responsabilidade pelas vítimas está nas mãos do Estado. Também em dúvida sobre a eficácia de tal comissão está o diretor da Força Moçambicana para a Investigação de Crimes e Reinserção Social (FOMICRES), Albino Forquilha.
"Pessoalmente não concordo muito porque não sei se responderá às expectativas das populações afectadas. A amnistia aprovada não deveria apenas beneficiar os que cometeram atrocidades. Como são acões criminais, os afetados deveriam merecer alguma atenção. Mas, não acredito que a tal comissão iria atender a esse tipo de aspetos”, duvida Albino Forquilha.
# dw.de

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