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EXPULSÃO DE TRÊS DIPLOMATAS FRANCESES DO BURKINA: A espessa nuvem entre Ouaga e Paris não está pronta para se dissipar.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Este é um novo arrepio nas relações já bastante geladas entre o Burk...

terça-feira, 29 de agosto de 2023

Putin ordena que combatentes do Wagner assinem juramento de lealdade à Rússia.

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O presidente Vladimir Putin ordenou que os combatentes do Wagner assinem um juramento de lealdade ao Estado russo após o acidente aéreo mortal que se acredita ter matado Yevgeny Prigozhin, o controverso chefe do grupo mercenário. Putin assinou o decreto que traz a mudança com efeito imediato, nessa sexta-feira (25), depois que o Kremlin disse que as sugestões ocidentais de que Prigozhin havia sido morto por ordem dele são uma “mentira absoluta”. O Kremlin recusou-se a confirmar definitivamente a sua morte, alegando a necessidade de esperar pelos resultados dos testes. A autoridade de aviação russa disse que Prigozhin estava a bordo de um jato particular que caiu na noite de quarta-feira, a noroeste de Moscou, sem sobreviventes, exatamente dois meses depois de liderar um motim fracassado contra chefes do Exército. O presidente Vladimir Putin enviou suas condolências às famílias dos mortos no acidente, e falou de Prigozhin no pretérito. Ele citou "informações preliminares" como indicando que Prigozhin e seus principais parceiros do Wagner foram todos mortos e, embora elogiasse Prigozhin, disse que ele também cometeu alguns "erros graves". A introdução por Putin de um juramento obrigatório para membros do Wagner e de outros empreiteiros militares privados foi uma medida clara para colocar esses grupos sob um controle estatal mais apertado. O decreto, publicado no site do Kremlin, obriga qualquer pessoa que realize trabalho em nome dos militares, ou apoie o que Moscou chama de “operação militar especial” na Ucrânia, a prestar um juramento formal de lealdade à Rússia. Descrito no decreto como 'um passo para forjar os fundamentos espirituais e morais da defesa da Rússia', o texto do juramento inclui uma linha na qual aqueles que o prestam prometem seguir rigorosamente as ordens dos comandantes e líderes seniores. Políticos e analistas ocidentais sugeriram, sem apresentar provas, que Putin ordenou a morte de Prigozhin para o punir por lançar o motim de 23 a 34 de Junho contra a liderança do exército, que também representou o maior desafio ao próprio governo de Putin desde que chegou ao poder em 1999. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nessa sexta-feira que a acusação e muitas outras semelhantes eram falsas. "Há agora muita especulação em torno deste acidente de avião e das trágicas mortes dos passageiros do avião, incluindo Yevgeny Prigozhin. É claro que, no Ocidente, toda esta especulação é apresentada de um ângulo bem conhecido", disse Peskov aos repórteres. "Tudo isso é uma mentira absoluta e aqui, ao cobrir esse assunto, é preciso se basear em fatos. Ainda não há muitos fatos. Eles precisam ser apurados no decorrer das ações investigativas", afirmou. 'ESPERE PELOS RESULTADOS DO TESTE' Investigadores russos abriram uma investigação sobre o que aconteceu, mas ainda não disseram o que suspeitam ter causado a queda repentina do avião do céu. Nem confirmaram oficialmente as identidades dos 10 corpos recuperados dos destroços. Questionado se o Kremlin recebeu a confirmação oficial da morte de Prigozhin, Peskov disse na sexta-feira: "Se você ouviu atentamente a declaração do presidente russo, ele disse que todos os testes necessários, incluindo testes genéticos, serão realizados agora. Os resultados oficiais - assim que estiverem prontos para serem publicados, serão publicados." Peskov, que disse que Putin não se encontrou com Prigozhin recentemente, também disse que não está claro quanto tempo levarão os testes e o trabalho investigativo. Portanto, era impossível começar a falar sobre se Putin compareceria ao funeral de Prigozhin, disse Peskov em resposta a uma pergunta sobre o assunto. “Ainda não há data para o funeral, é impossível falar sobre isso. A única coisa que posso dizer é que o presidente tem uma agenda bastante ocupada no momento”. Nigel Gould-Davies, antigo embaixador britânico na Bielorrússia e agora membro sénior do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), disse que o funeral seria significativo. “Se Putin quiser enfatizar que Prigozhin morreu como traidor, irá ignorá-lo”, disse Gould-Davies. "(Enquanto) os apoiadores de Prigozhin podem usar isso como uma oportunidade para elogiá-lo e suas críticas à condução da guerra pelo Kremlin - e podem fortalecer a hostilidade de um núcleo de partidários de Wagner em relação ao Kremlin", disse ele. A inteligência militar britânica disse na sexta-feira que ainda não havia provas definitivas de que Prigozhin estivesse a bordo, mas que era “altamente provável” que ele estivesse morto. O Pentágono disse que a sua avaliação inicial é que Prigozhin foi morto. O meio de comunicação russo Baza, que conta com boas fontes entre as agências de aplicação da lei, informou que os investigadores estão se concentrando na teoria de que uma ou duas bombas podem ter sido plantadas a bordo do avião. Questionado sobre o futuro do Grupo Wagner, que tem uma série de contratos lucrativos em toda a África e um contingente na Bielorrússia que treina o exército no país, mas que agora parece sem liderança, o porta-voz do Kremlin, Peskov, foi conciso. “Não posso te contar nada agora, não sei”, disse ele. fonte: https://www.jb.com.br/mundo

RETENÇÃO DO EMBAIXADOR FRANCÊS NO NÍGER: Quando Macron desafia os golpistas.

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A França persiste e assina. O seu embaixador estacionado no Níger não deixará o país sob a injunção dos soldados que derrubaram o Presidente Mohamed Bazoum. Com efeito, na sequência do Quai-d’Orsay, o Presidente francês, Emmanuel Macron, opôs-se ao fim da inadmissibilidade a Abdourahamane Tchiani e aos seus irmãos de armas que, diz ele, não têm “legitimidade” para pôr em causa os acordos estabelecidos entre Paris e Niamey. Esta nova posição, que não deixará de fazer reagir a população, surge um dia depois de uma nova manifestação pró-junta que apela à saída imediata das tropas francesas do Níger. Porque é que, depois de concordar em fazer as malas do Mali e do Burkina Faso nas condições que conhecemos, a França se recusa a abandonar o Níger, apesar do clamor crescente? A resposta, nós sabemos. Se deixar o Níger, perderá completamente o controlo do Sahel que, como sabemos, possui recursos minerais significativos. Não é a França que explora a maior parte do urânio do Níger? E isso não é tudo. Porque, estando no Níger, a França está de olho na zona das três fronteiras que se chama “triângulo da morte” mas que se diz rica em ferro, petróleo, gás e ouro. Portanto, compreendemos por que razão a França, já a perder dinamismo em muitas das suas antigas colónias, está a lutar como um diabo para não perder também o Níger. Tanto é assim que insta a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) a usar todo o seu peso para "restaurar a ordem constitucional" no Níger, mesmo à custa do uso da força. Quando se trata de defender os seus interesses, a França está pronta para tudo, incluindo golpes abaixo da cintura Melhor ainda, para além das sanções económicas impostas ao Níger, que apoia, Paris diz estar pronta a fornecer apoio logístico à organização da África Ocidental no caso de uma intervenção militar para desalojar os golpistas do palácio presidencial em Niamey. Este ativismo, questionador e transbordante, para dizer o mínimo, é, no entanto, arriscado. Porque, questionamo-nos o que acontecerá às relações entre Paris e Niamey, se, cansados ​​da guerra, os homens de Mohamed Bazoum, que conseguem gargarejar o apoio popular, vierem a vencer o impasse travado com a CEDEAO que, visivelmente enfraquecida, poderia fazer um bom trabalho contra a má sorte, validando o “processo de transição” em curso no Níger. A menos que dispare a todo vapor, Paris, como alguns suspeitam, também aposta no ressurgimento da rebelião tuaregue, cujos líderes começaram a dar voz aos golpistas. Não é impossível! Porque, quando se trata de defender os seus interesses, a França está pronta para tudo, incluindo golpes abaixo da cintura. Apostemos que não chegaremos a esse ponto e que ambos os lados conseguirão colocar água no seu vinho e que, não só no interesse superior do Níger, mas também da sub-região vítima da insegurança ligada ao terrorismo . fonte: lepays.bf

VITÓRIA PRESIDENCIAL DE MNANGAGWA: Bilhete premiado dos Zimbabuenses para o “paraíso”.

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É isso ! O presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangawga, assumiu o controle do seu negócio. Com efeito, foi declarado vencedor das eleições presidenciais de 23 de agosto com 52,6% contra 44% do seu principal adversário, Nelson Chamisa. Estes resultados, é preciso dizer, não são surpreendentes. Porque, mesmo antes da votação, sabíamos que o presidente cessante iria suceder. Testemunhe a atmosfera que prevaleceu antes, durante e mesmo depois das eleições. A oposição não só viu alguns dos seus comícios de campanha serem proibidos por motivos especiosos, mas também houve uma repressão feroz que resultou na prisão de cerca de quarenta pessoas. E isso não é tudo. No próprio dia da eleição notaram-se confusões e não menos importante. Porque, para além da falta de boletins de voto em algumas assembleias de voto, especialmente em zonas conquistadas pela oposição, alguns eleitores não conseguiram encontrar os seus nomes nos cadernos eleitorais, enquanto outros foram alvo de intimidação. Tantas irregularidades e anomalias que fazem com que observadores da União Europeia (UE), da Commonwealth e da Comunidade Económica dos Estados da África Austral (SADC) questionem a “transparência” das eleições. Claramente, este é um “processo eleitoral gravemente falho”, como a Human Rights Watch tinha alertado, tendo em conta as acções do governo de Harare que, no seu desejo de trapacear, já tinha assumido a liderança na recusa de credenciar certos meios de comunicação estrangeiros. Não se trata apenas de vencer as eleições presidenciais Dito isto, e tendo em conta todas estas intrigas políticas, é seguro dizer que o Presidente Mnangawga triunfou ingloriamente, uma vez que trabalhou para afastar todos os perigos possíveis do seu caminho. Os dados já estavam carregados. E a oposição, que contesta os resultados, pode correr para a maca, mas nada mudará isso. Ainda nos lembramos do cenário de 2018, quando o exército não hesitou em atirar nos manifestantes que contestavam a vitória do “velho crocodilo”. O resto, nós sabemos. Nelson Chamisa que acabou recorrendo às vias legais, foi demitido pela Justiça. É assim que as disputas eleitorais são tratadas nas repúblicas bananeiras, onde as instituições ou o que delas resta no nome estão sob as ordens do príncipe reinante. Dito isto, agora que Emmerson Mnangawga foi reeleito, as portas do “céu” estão agora abertas para os zimbabuenses. Foi uma promessa de campanha e ele deve cumprir a sua palavra, especialmente quando sabemos que os zimbabuanos, devido ao desemprego e à inflação, estão a arrastar o diabo pela cauda. Como prova, a pobreza e as desigualdades sociais, devido à deterioração da situação económica, assumiram proporções significativas no país. Tipo, a questão toda não é ganhar as eleições presidenciais. Devemos trabalhar para atender às expectativas das populações que só aspiram ao bem-estar. Caso contrário, Mnangagwa, como um desleixado, corre o risco de ser deposto do poder. E ele sabe disso melhor do que ninguém; aquele que sucedeu a Robert Mugabe nas condições que conhecemos. Em qualquer caso, a gestão do poder é tal que aqueles que hoje te elogiam serão os primeiros a atirar-te pedras amanhã, se não conseguirem comer até se fartar. fonte: lepays.bf

Níger: “A CEDEAO tem interesse em percorrer todo o caminho pela sua credibilidade”, afirma Rachidi Gbadamassi.

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É por isso que ele apoia o Presidente Patrice Talon nos seus esforços. Sublinhou que o chefe de Estado beninense deve “beneficiar do apoio de todos aqueles que são democratas e republicanos”. O ex-deputado Rachidi Gbadamassi apoia a intervenção militar da CEDEAO no Níger para restaurar a ordem constitucional. O golpe militar ocorrido no Níger em 26 de julho de 2023 tirou do silêncio o ex-deputado do partido Bloc Républicain, Rachidi Gbadamassi. Recebido no Reporter Benin World, ele expressou sua tristeza pelo golpe perpetrado pelos militares. Para ele, “todo africano digno deste mundo deveria ter o mesmo sentimento, exceto aqueles que estão em ilusões”. Muito amargo e muito duro com os golpistas, declarou que “é o golpe mais patético, mais inútil, mais impensado e mais irresponsável” que o mundo já conheceu. É por isso que ele apoia o Presidente Patrice Talon nos seus esforços. Sublinhou que o chefe de Estado beninense deve “beneficiar do apoio de todos aqueles que são democratas e republicanos”. O ex-deputado Rachidi Gbadamassi apoia a intervenção militar da CEDEAO no Níger para restaurar a ordem constitucional. Segundo ele, “a CEDEAO tem interesse em fazer todo o possível pela sua credibilidade”. Porque, diz ele, não vê “soldados nigerianos lutando contra as tropas da CEDEAO para que o usurpador golpista permaneça no poder”. “Este último tem sede de poder. É conhecido há anos. O presidente Bazoum sabia disso”, afirmou, sem especificar a identidade de quem fala. fonte: https://lanouvelletribune.info/2023/08

Este país africano anuncia a descoberta de enormes reservas de petróleo.

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O país da África Austral nunca produziu petróleo e esta recente descoberta abre novas perspectivas para o país que é considerado um modelo de desenvolvimento em África. Foram os dois gigantes dos hidrocarbonetos, nomeadamente a Shell e a TotalEnergies, que lideraram as missões de exploração ao largo da Namíbia e localizaram as grandes reservas de ouro negro. África é hoje um grande desafio para o mundo. Em termos de recursos naturais, o continente está repleto de algumas das riquezas mais inestimáveis ​​do planeta. Estes recursos são muito procurados no processo de criação da economia de amanhã. Apesar da transição energética que se aproxima no horizonte, os combustíveis fósseis continuam a ser favorecidos. É neste contexto que foram recentemente descobertas enormes reservas de petróleo na Namíbia. O país da África Austral nunca produziu petróleo e esta recente descoberta abre novas perspectivas para o país que é considerado um modelo de desenvolvimento em África. Foram os dois gigantes dos hidrocarbonetos, nomeadamente a Shell e a TotalEnergies, que lideraram as missões de exploração ao largo da Namíbia e localizaram as grandes reservas de ouro negro. Segundo informações da empresa petrolífera pública da Namíbia (NAMCOR), o potencial destes campos petrolíferos ascende a 11 mil milhões de barris de crude. Os números dão o giro. Venus-1X é o TotalEnergies que contém aproximadamente 5,1 bilhões de barris de petróleo. Graff-1X e Jonker-1X, os poços da Shell conteriam 2,38 bilhões e 2,5 bilhões de barris. As maiores empresas do mundo que operam no sector dos hidrocarbonetos cobiçam actualmente o petróleo da Namíbia. Além da TotalEnergies e da Shell, gigantes como Chevron, ExxonMobil, Galp Energia também se posicionaram na Namíbia com o objetivo de realizar trabalhos de exploração. Segundo fontes concordantes, o potencial é estratosférico e é capaz de impulsionar a Namíbia para o 15º lugar dos maiores produtores de petróleo até 2035. As previsões falam de um aumento do PIB de 37 mil milhões de dólares no horizonte. fonte: https://lanouvelletribune.info/2023

A RDC quer recuperar o controlo de certas minas geridas por empresas estrangeiras.

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Uma das empresas em destaque é o Eurasian Resources Group (ERG). Recentemente, a empresa pública Gécamines, apoiada pelo governo congolês, manifestou o desejo de assumir parte das licenças de exploração de cobre e cobalto detidas pela ERG, que foi considerada demasiado lenta para as desenvolver. A República Democrática do Congo (RDC) atravessa actualmente um período de revisão dos seus contratos mineiros, numa tentativa de recuperar o controlo das suas valiosas minas de cobre e cobalto, que são principalmente operadas por empresas estrangeiras. Esta medida faz parte de uma tendência global crescente em que os países ricos em recursos querem beneficiar mais da sua riqueza natural e garantir um desenvolvimento mais equitativo para os seus cidadãos. Uma das empresas em destaque é o Eurasian Resources Group (ERG). Recentemente, a empresa pública Gécamines, apoiada pelo governo congolês, manifestou o desejo de assumir parte das licenças de exploração de cobre e cobalto detidas pela ERG, que foi considerada demasiado lenta para as desenvolver. Este renovado interesse no controlo de jazidas minerais é parcialmente explicado pela sua crescente utilização na produção de baterias para veículos eléctricos. Com a RDC fornecendo cerca de 75% do cobalto mundial, o valor destes minerais nunca foi tão alto. No entanto, a história entre o Estado congolês e as empresas mineiras nem sempre foi tranquila. Além das disputas sobre o desenvolvimento insuficiente das minas, a tensão também foi alimentada por questões ambientais e por uma sensação persistente de que o investimento local era insuficiente. Várias minas foram encerradas por questões ambientais, incluindo as operações da empresa Boss Mining do ERG. O governo congolês também lembrou ao ERG as suas promessas de investimento, que Kinshasa afirma não terem sido cumpridas. O ERG respondeu mencionando os seus planos de investir 2 mil milhões de dólares na RDC nos próximos anos. Apesar destas tensões, o ERG expressou o seu desejo de manter relações construtivas, enfatizando a importância do diálogo aberto. Neste contexto complexo, é claro que o governo congolês está determinado a reavaliar e, se necessário, redefinir as suas relações com empresas mineiras estrangeiras. A busca por um desenvolvimento justo que respeite o meio ambiente e beneficie a todos está no centro destas iniciativas. Só o tempo dirá como estas dinâmicas evoluirão e se os dois lados conseguirão encontrar um terreno comum que beneficie tanto a RDC como as empresas mineiras. fonte: https://lanouvelletribune.info/2023

“OS PROPRIETÁRIOS (DE ANGOLA) SOMOS NÓS, NÃO JOÃO LOURENÇO”

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Os bispos católicos angolanos escusaram-se a pronunciar-se sobre a proposta de destituição do Presidente João Lourenço, iniciativa da UNITA, considerando que “não visam o alcance do poder político” e que a questão é da “inteira responsabilidade” dos partidos políticos. Ou seja, pelo sim e pelo não, o melhor é (tentar) agradar a gregos e troianos. De acordo com o porta-voz da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Belmiro Chissengueti, durante os trabalhos da II Assembleia Plenária dos bispos, que terminou hoje, a temática a destituição do Presidente angolano não foi abordada… nem sequer em confissão. “A CEAST não se pronunciou sobre esta questão, não visamos o alcance do poder político, portanto esta é uma questão da inteira responsabilidade dos partidos políticos na sua disputa natural que devem realizar dentro do cenário em que estão envolvidos, portanto não é parte integrante da nossa preocupação”, respondeu. Falando em conferência de imprensa de balanço da plenária, o bispo Belmiro Chissengueti observou, no entanto, que “independentemente” de quem esteja a governar o país, os cidadãos “devem respeito ao Presidente da República, mas também estão no direito de fazer observações”. “Independentemente de quem esteja a governar o país, e no caso presente é o Presidente João Lourenço, nós como cidadãos devemos-lhe respeito enquanto alta entidade do Estado, mas também tem as nossas observações”, disse. Belmiro Chissengueti defendeu igualmente que, enquanto cidadãos, uma vez que o Presidente da República “preside aquilo que é de todos”, portanto, realçou: o chefe de Estado “é Presidente e não proprietário, os proprietários somos nós”. “E temos direito à cidadania que permite que façamos observações para a melhor gestão daquilo que é de todos nós. E, portanto, as questões lá de política directa não dizem respeito ao nosso funcionamento nem às nossas tarefas”, rematou o também bispo de Cabinda. Pelo menos 86 dos 90 deputados da UNITA (maior partido da oposição que o MPLA ainda permite) subscreveram, em 16 de Agosto, durante cerimónia pública, a iniciativa de destituição do Presidente angolano e para a direcção deste partido “estão reunidas as condições legais” para o início do processo de destituição. A UNITA alega (entre outras questões) que o Presidente angolano “subverteu o processo democrático no país e consolidou um regime autoritário que atenta contra a paz” e por isso deve ser destituído. Fundamentos doutrinários, político-constitucionais e políticos de desempenho constituem os eixos da iniciativa da UNITA, tornada pública em Julho passado, referindo que a governação de João Lourenço “é contra a democracia, contra a paz social e contra a independência nacional”. O grupo parlamentar do MPLA (no poder dinástico há 48 anos) reafirmou, na primeira quinzena de Agosto, “o seu incondicional apoio” ao seu líder, garantindo “alto e em bom som” que não haverá destituição do Presidente da República, João Lourenço. A posição foi expressa no parlamento pelo líder do grupo parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira: “O grupo parlamentar do MPLA reafirma, aqui e agora, o seu incondicional apoio ao Presidente João Lourenço, e declara alto e em bom som, não haverá destituição do Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, eleito democraticamente pela maioria dos angolanos, ponto”, referiu Fontes Pereira. Recorde-se que o Presidente João Lourenço não foi “eleito democraticamente pela maioria dos angolanos” porque – desde logo – não existem eleições presidenciais em Angola. O general João Lourenço foi eleito, isso sim, como o primeiro deputado do MPLA, na sua qualidade de cabeça-de-lista do partido vencedor. Belmiro Chissengueti – Maio de 2022 Em Maio de 2022, o bispo de Cabinda, Belmiro Chissengueti, criticou o silêncio “cobarde” de quem se cala perante situações sociais degradantes e rejeitou a existência de reacções negativas por parte de membros do executivo às suas mensagens, frisando que os bispos defendem a pátria. Pátria que, segundo o regime, é sinónimo de MPLA. “Esse dito ambiente de crispação entre a Igreja e o Estado (angolano) nós não o sentimos, esse é um ambiente criado na mente de internautas, de pessoas que julgam que criticar determinada posição do Governo é estar contra o Governo”, sublinhou, fazendo a distinção entre o mundo das redes sociais, onde há um extremar de posições, e o que se passa na realidade. “Nós (os bispos católicos), queremos o maior bem da Pátria, o maior bem do país. Não queremos ser aqueles que cobardemente fazem silêncio diante de uma situação social galopantemente decadente”, afirmou o eclesiástico, acrescentando que é missão da Igreja chamar a atenção para aquilo que deve ser feito e prevenir males que podem ser erradicados. “Nunca houve nenhuma crispação, nunca me foi negado um encontro com o governador, antes pelo contrário. Temos um diálogo permanente, a nível central também”, garantiu Belmiro Chissengueti. No entanto, “o facto de não haver crispação, não quer dizer que concordemos com tudo o que é feito, chamamos a atenção daquilo que não está bem”, notou o bispo, aludindo também ao lema da presente governação, que é corrigir o que está mal e melhorar o que está bem. Entre as correcções a fazer, apontou exemplos como a corrupção, a sobrefacturação, as obras mal feitas, os baixos salários. E, já agora, os 20 milhões de pobres, os milhões de crianças fora do sistema de ensino etc. etc.. Questionado sobre se já foi pressionado ou alvo de críticas respondeu, entre risos, que deve ser “o mais criticado”. “Isso não me aquece nem me arrefece, estou habituado a viver neste ambiente de polémicas. O certo é que digo o que penso, não sou nenhum bajulador que vive no mundo da imaginação, eu vivo do realismo”, vincou. Sobre se em Angola ainda é dominante o culto do chefe, o bispo de Cabinda admitiu que a existência de bajuladores não é benéfica para o desenvolvimento do país. “Há bajuladores, temos até alguns com título académico superior ao phD (doutorados) que, na ânsia de conseguirem cargos políticos, benefícios económicos e vantagens ainda usam as pessoas a ponto de não terem capacidade ou coragem de reconhecerem as suas falhas e ajudarem a melhorar”, destacou. “Estes bajuladores que fazem o culto do chefe têm uma capacidade de transumância incrível. Há pouco tempo eram por José Eduardo dos Santos, agora por João Lourenço e não lhes custa nada mudar para um outro. É importante que quem dirige não se deixe levar pelo culto de personalidade, saiba sobretudo ouvir aquele que pensam diferente e que muitas vezes trazem muito mais verdade do que os bajuladores”, aconselhou. Realçou ainda que enquanto o bajulador “só está à procura de uma oportunidade para a sua vida”, os bispos querem “oportunidades para todos”. Por isso, considerou que o Presidente angolano “faz bem em encontrar-se com figuras dissonantes”, mais habilitadas para transmitir a realidade do país. Apelou, por outro lado, à valorização da mão-de-obra, independentemente da sua origem, da sua cor ou condição social “porque é esta diversidade que produz riqueza”. Para Belmiro Chissengueti, regionalismo, nepotismo, tribalismo, “são doenças que não permitem o desenvolvimento. É preciso lucidez para não sermos a causa da nossa própria desgraça. O grande mal é vivermos por cima de jóias e passar fome”. Belmiro Chissengueti tornou-se conhecido por partilhar sem rodeios as suas opiniões nas redes sociais, mas também pelas homilias consagradas aos temas sociais. Por uma questão de memória e respeito pelos angolanos, recorde-se que o Presidente João Lourenço pediu desculpas em nome do Estado pelas execuções sumárias (massacres) levadas a cabo após o alegado golpe de 27 de Maio de 1977, salientando que se tratava de “um sincero arrependimento”. Tão sincero que o mentor dos massacres, Agostinho Neto, continua a ser – segundo o MPLA – o único herói nacional. Sobre o assunto, Belmiro Chissengueti reiterou em devido tempo que a iniciativa do chefe de Estado “é um passo inicial de reconciliação com a história, com o passado”, mas, assinalou, “é fundamental que no presente se faça todo o esforço para que a barbárie de 77 e de outros conflitos não se voltem a repetir”. “Se fazemos e temos coragem de nos reconciliarmos com os mortos, por maioria de razão, temos também de fazê-lo com os vivos, ou seja, fazer com que no concerto político ordinário se busque a salvaguarda do bem comum, se promovam os valores da caridade, da solidariedade, da partilha, do amor e da concórdia”, defendeu. O bispo diocesano de Cabinda, considerou também ser necessário que se “evitem actualmente situações de intolerância política, de humilhação de adversários políticos e todas aquelas situações passíveis de provocarem novos conflitos”. “Pois é com os vivos que temos de fazer o frente-a-frente para a reconciliação”, afirmou Belmiro Chissengueti. Folha 8 com Lusa

CÉREBRO PARA QUÊ? BASTAM OS INTESTINOS

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A jornalista filipina Maria Ressa, co-vencedora do prémio Nobel da Paz de 2021, defendeu que os meios de comunicação social no mundo deveriam unir forças na “luta pelos factos”, em vez de competirem entre si. Corrobore-se que o apelo também inclui os jornalistas (e respectivos órgãos) angolanos. Para que conste. Maria Ressa disse numa conferência de imprensa em Oslo, onde vai receber o prémio Nobel da Paz conjuntamente com o jornalista russo Dmitri Muratov, que “a era da competição pelas notícias está morta”. “Penso que este é um momento em que estamos do mesmo lado a lutar por factos e vamos precisar de encontrar novas formas de colaboração, não só em cada um dos nossos países, mas também a nível global”, disse Ressa, citada pela agência de notícias Associated Press (AP). Falando numa conferência de imprensa conjunta, os dois jornalistas lamentaram que a liberdade de imprensa nas Filipinas e na Rússia permaneça sob a ameaça de uma “espada de Dâmocles”, apesar de terem sido laureados com o prémio Nobel da Paz. “Até agora, a liberdade de imprensa está sob ameaça. (…) É como ter uma espada de Dâmocles sobre a cabeça”, disse Maria Ressa, citada pela agência France-Presse, quando questionada se o prémio tinha melhorado a situação no seu país. As Filipinas ocupam o 138.º lugar no índice de liberdade de imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Ressa disse que foi difícil viajar para Oslo, referindo que teve de “conseguir a aprovação de quatro tribunais”, devido a processos criminais que enfrentava nas Filipinas. “Foi preciso muito para poder estar aqui hoje para responder às vossas perguntas”, lamentou. Em 2020, Ressa foi condenada a uma pena de prisão por calúnia, numa decisão considerada como um duro golpe para a liberdade de imprensa global. Ressa mencionou o seu compatriota e antigo colega, Jess Malabanan, do jornal Manila Standard, que foi morto com um tiro na cabeça. Malabanan, que também era correspondente da Reuters, estava a trabalhar para a agência noticiosa sobre o tema sensível da guerra contra a droga nas Filipinas. Foi 22.º jornalista a ser morto desde que Rodrigo Duterte tomou posse, em meados de 2016. Dmitri Muratov, 60 anos, que dirige o Novaya Gazeta, concordou com Maria Ressa. “Se tivermos de nos tornar agentes de estrangeiros por causa do Prémio Nobel da Paz, não ficaremos aborrecidos”, disse, citado pela AFP. O estatuto de “agente estrangeiro” obriga os meios de comunicação social da Rússia a divulgar este estatuto em todas as suas publicações, textos, vídeos e mensagens nas redes sociais. “Mas, de facto, (…) penso que não vamos conseguir esse rótulo. Em vez disso, enfrentamos outros riscos”, acrescentou Muratov em russo, através de um intérprete. Considerado o único jornal independente que resta na Rússia, o Novaya Gazeta é conhecido pelas suas investigações sobre corrupção e violações dos direitos humanos na Chechénia. O prémio Nobel da Paz, anunciado em 8 de Outubro, foi atribuído a Ressa e Muratov “pelos seus esforços para salvaguardar a liberdade de expressão, que é uma condição prévia para a democracia e uma paz duradoura”, justificou na altura o comité. Ressa e Muratov “são representantes de todos os jornalistas que defendem este ideal num mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”, acrescentou o comité. O Comité Norueguês do Nobel diz que “a liberdade de expressão é uma condição prévia para a democracia e para uma paz duradoura”. Essa de a liberdade de expressão ser uma condição prévia para a democracia… não se aplica, obviamente, a Angola, ao MPLA, organização que só está no Poder há 48 anos e para quem Jornalista bom é Jornalista morto. São excepção os “fazedores de propaganda” (a quem chamam jornalistas) formados, formatados e castrados pelo regime. “O jornalismo livre, independente e baseado em factos serve para proteger contra abusos de poder, mentiras e propaganda de guerra. O Comité Nobel norueguês está convencido de que a liberdade de expressão e a liberdade de informação ajudam a assegurar um público informado”, afirmou a presidente Comité Nobel Norueguês. Em Junho deste ano, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social do MPLA, Mário Oliveira, visitou as instalações da RTP, em Lisboa, E foi recebido pelo presidente do Conselho Administração RTP, Nicolau Santos, pelos directores de Informação e da RDP, respectivamente António José Teixeira e João Paulo Baltasar e ainda pela directora de Informação África, Isabel Silva Costa. Acompanhado pelo secretário de Estado da Comunicação Social, Nuno Caldas Albino, e pelo adido de Imprensa em Portugal, Victor Carvalho, Mário Oliveira recebeu informações detalhadas sobre o modo como os dois órgãos públicos funcionam. No final da visita, decorreu um encontro de trabalho no qual foi manifestado o desejo mútuo do reforço da cooperação entre a RTP e a TPA (do MPLA), bem como entre a RDP e a RNA (do MPLA), nomeadamente nas áreas da troca de conteúdos e na formação profissional. “Tratou-se de uma primeira visita que o ministro Mário Oliveira realizou a órgãos da imprensa portuguesa, tendo ficado acertado que os contactos irão prosseguir, para a concretização de vários projectos específicos que visam aumentar a diversidade dos conteúdos das empresas públicas de televisão e rádio dos dois países”, lê-se num comunicado de imprensa da comitiva do MPLA. Nicolau Santos já não é o “vómito luso-angolano”? Em Dezembro de 2018, a Lusa (Agência de Notícias de Portugal) assinou, em Luanda, três protocolos de cooperação com a televisão e rádio públicas de Angola. Nessa altura ficou a saber-se que o Pravda do MPLA (Jornal de Angola) deixaria de se referir a Nicolau Santos (actual pelo presidente do Conselho Administração RTP) como fez no artigo publicado em 7 de Janeiro de 2016, sob o título “Vómito de luso-angolano”, em que se referia a ele como “homem nascido em Luanda e hoje serviçal do milionário Francisco Pinto Balsemão”. Os acordos foram assinados pelo então presidente da Lusa, Nicolau Santos, e pelos homólogos da Televisão Pública de do MPLA (TPA), José Guerreiro, e da Rádio Nacional do MPLA (RNA), Josué Isaías. Dois dos protocolos foram assinados com a RNA e um com a TPA, que visam, entre outros, aspectos ligados à formação, troca de experiências e de partilha de informações. Dois outros acordos no mesmo sentido deverão ser assinados em breve com a homóloga da Lusa, a Angop, e com as Edições Novembro, detentora do Jornal de Angola. “Há um protocolo com a TPA, que é essencialmente de formação, e há dois com a RNA. Um tem a componente da formação e outros de prestação de serviços, como um alerta sobre tudo o que saia em relação ao Presidente João Lourenço. Depois, foram-nos pedidos serviços específicos, que serão renovados a cada três meses, se houver interesse nisso, por exemplo, da saída de João Lourenço para fora de Angola”, explicou Nicolau Santos. “Há um protocolo com a Angop, em que houve um pequeno pormenor num protocolo que teremos de limar. O protocolo com a Angop tem formação, mas também tem troca de informações entre as duas agências. Com as Edições Novembro é um protocolo para formação e era para ser assinado também, mas como o presidente teve de se ausentar de Angola não foi possível. Mas penso que esta semana, talvez na sexta-feira, ainda poderá ser assinado em Lisboa” acrescentou. Sobre o que significava para a agência noticiosa portuguesa a expansão dos seus serviços em Angola, o presidente da Lusa enfatizou que constitui um “sinal claro” de que a empresa “está para ficar, quer relançar a sua colaboração com os órgãos de comunicação social angolanos e expandir a operação no país”. “Há um pormenor que permite evitar todos os obstáculos em Angola, que as operações serão feitas em kwanzas, assim como vamos apostar muito na formação e, com o dinheiro que eventualmente viermos aqui a alcançar junto dos nossos parceiros, vamos relançar a nossa actuação, não só em termos de qualidade, mas também na produção de vídeo. Não sei se conseguiremos, mas, até ao final do ano, pensamos ter uma ‘antena’ no eixo Lobito/Benguela, que nos parece decisivo para ter uma melhor cobertura sobre Angola”, explicou. Nicolau Santos lembrou que, dois meses antes, o ministro da Comunicação Social angolano, João Melo, declarou publicamente que via com bons olhos a Lusa fazer acordos de formação com órgãos de comunicação social em Angola, pois há um grande défice na formação. Presente na assinatura, em que também foi assinado um protocolo de cooperação entre a RTP e a TPA, João Melo voltou a repetir o que afirmara dois meses antes, quando uma delegação de alto nível da Lusa esteve em Luanda, salientando que essa preocupação reflecte o alto interesse que os governos dos dois países atribuem a estes acordos. “O intercâmbio no domínio da comunicação é fundamental para potenciarmos ainda mais complexas relações entre Angola e Portugal. Desejo que o acordo corra bem e que tenha sucesso e que possam ser desenvolvidas novas acções a seu tempo”, disse João Melo. Por seu lado, José Guerreiro, presidente da TPA, valorizou os dois acordos assinados com a Lusa e com a RTP, referindo que, no caso da televisão, muitos dos quadros da estação pública angolana foram formados na congénere portuguesa. “É essa prática que queremos desenvolver. Temos profissionais que queremos que melhorem a sua prestação, que precisam de conhecer melhor o que se faz de melhor no mundo, quer em Portugal, quer no Brasil”, acrescentou. “A troca de experiências, a troca de notícias, a troca de informações com a Lusa é fundamental para desenvolver o nosso trabalho. Hoje não se faz comunicação de forma estática e isolada. É com estes dois acordos que assinamos que estamos à procura dessas mais-valias para a nossa estação”, sublinhou José Guerreiro. No mesmo sentido se pronunciou o presidente da RNA, Josué Isaías, que lembrou que “o namoro [entre Lusa e rádio pública angolana] começou há cerca de dois meses e que, rapidamente, se transformou numa relação muito mais séria”. “Com este acordo vamos, em princípio, estabelecer uma relação que poderá nortear nos próximos anos a troca de conteúdos, áudios e textos entre as duas instituições. Há também a perspectiva da formação, pois a RNA tem um défice nesse aspecto. Este acordo poderá resolver este ‘handicap’”, defendeu. Por fim, Gonçalo Reis, presidente da RTP, considerou que o acordo com a televisão pública angolana é o assumir o compromisso de trabalhar, desenvolver e partilhar bolsas de conteúdos, bem como aumentar o número de co-produções e ainda na formação na área de recursos humanos. “Há a aposta da RTP África e da TPA na co-produção e na formação, bem como prosseguir a lógica de que a RTP África funcione numa lógica de conteúdos, envolvendo os operadores africanos, em que a TPA tem um papel de destaque, face à qualidade muito significativa do trabalho que tem desenvolvido”, sublinhou Gonçalo Reis. Segundo Gonçalo Reis, “outro pilar deste protocolo [entre a RTP e a TPA] é o da partilha de conhecimento, da formação e desenvolvimento de recursos humanos em que houve um trabalho de casa muito bem feito por parte da TPA”, pelo que a televisão pública portuguesa está tão-só “a ir ao encontro das necessidades” da estação de televisão de Angola, terminou. “Vómito de luso-angolano (*) Há em Portugal uma categoria de gente que se apresenta como angolana. São pessoas que nasceram em Angola, mas esconderam a sua origem. Nunca fizeram nada de positivo por Angola, mas rapidamente se põem em bicos de pés. Uma dessas personagens é Nicolau Santos, director adjunto do semanário português “Expresso”, homem nascido em Luanda e hoje serviçal do milionário Francisco Pinto Balsemão, dono do império mediático à deriva que dá pelo nome de Impresa. Posicionado melhor do que ninguém na sociedade portuguesa para ajudar o país onde nasceu, como fazem muitos luso-moçambicanos e luso-cabo-verdianos, Nicolau Santos tornou-se uma vergonha para Angola. Foi dos primeiros a abandonar o navio, como fazem os ratos, quando as coisas se complicaram por altura da independência, silenciou os crimes de guerra de Jonas Savimbi e do apartheid nos jornais por onde passou. Mas quando a paz chegou a Angola, apressou-se a ocupar a fila da frente para beneficiar do sacrifício dos outros. Calou-se e foi cúmplice dos piores crimes contra a terra onde nasceu, que não soube honrar. Na última edição do semanário “Expresso”, onde subiu apenas por ser luso-angolano, com possibilidades de abrir portas aos negócios do patrão, Nicolau Santos aparece a requentar o vómito que acumulou durante anos contra Angola e a atirar essa podridão contra o país. O texto “José Eduardo dos Santos: O Rei Sol angolano” publicado no passado sábado no “Expresso” é daqueles materiais provocadores lançados frequentemente pela imprensa portuguesa para inquinar as relações angolanas com Portugal, que já para nada servem. O artigo tem como base a opinião de três outros figurões luso-angolanos da mesma estirpe. O principal desavergonhado que Nicolau Santos usa como fonte no artigo é Xavier de Figueiredo. Trata-se de um antigo e estreito colaborador da tenebrosa “South African Bureau For State Security”, conhecida por BOSS, os serviços secretos do regime do apartheid na África do Sul que foram responsáveis pela repressão a Nelson Mandela e a outros patriotas do ANC. Durante a guerra em Angola, o torcionário mediático Xavier de Figueiredo destacou-se como o mais fiel colaborador dos serviços de inteligência ocidentais na subversão contra o Governo angolano. O editor do “Africa Monitor” foi o grande legitimador na comunicação social portuguesa da guerra de Jonas Savimbi e da África do Sul em Angola. Foi por isso responsável pela morte e o estropiar de milhares de angolanos. Apesar das sanções da ONU decretadas contra os mais directos colaboradores de Savimbi, ainda hoje os serviços de informação de Xavier de Figueiredo continuam activos em Portugal e a atacar as autoridades angolanas como se a hostilidade da UNITA continuasse. O seu escritório está mesmo situado num edifício ligado aos serviços secretos portugueses. Com a paz em Angola, o figurão Xavier de Figueiredo fracassou numa tentativa de lançar uma publicação lusófona, isso porque depois de tanta patifaria e de tanto crime, ninguém lhe deu crédito. A não ser Nicolau Santos e Francisco Pinto Balsemão, que agora o pegam ao colo. É este assassino moral dos angolanos que serve de fonte principal ao director adjunto do “Expresso”. Outra personagem a que Nicolau Santos recorre como fonte é Manuel Ennes Ferreira, economista angolano de competência duvidosa. Foi também dos primeiros a abandonar o barco a afundar em 1975 e quer hoje dar lições aos verdadeiros lutadores dos direitos humanos que cá ficaram. Ficou conhecido pelas frequentes “gafes” nas análises sobre Angola, devido à sua clara parcialidade política. Promoveu a ideia do “eldorado” e “para Angola rapidamente e em força”, por causa dos elevados níveis de crescimento registado nos últimos anos que empurrou para Angola milhares de portugueses e empresas à procura da árvore das patacas. Durante o conflito armado, Manuel Ennes Ferreira gabava-se nas páginas do “Diário Económico” de se recusar a transportar medicamentos para Angola, numa altura em que a doença lavrava no país. Por aí se vê quem é a pessoa. Nada fez de jeito pelo país, mas quando pequenos problemas batem à porta a Angola, volta a revelar o seu estilo. Por puro oportunismo, Nicolau Santos cita no seu texto a grande poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner, mãe do insuspeito Miguel Sousa Tavares, e o jornalista e ex-deputado angolano João Melo. É esta qualidade de gente que Nicolau Santos apresenta como referências dignas para lançar o seu vómito requentado contra os dirigentes angolanos. O que move os luso-angolanos em Portugal, salvo excepções, é ainda, no fundo, o sentimento de diminuir, de maltratar, de magoar. No fundo, os ratos luso-angolanos que abandonam hoje o barco diante da mais pequena vaga são os verdadeiros responsáveis do fracasso da parceria estratégica entre Angola e Portugal, pela incompetência e incapacidade demonstradas. Não sucede o mesmo com os luso-moçambicanos ou luso-cabo-verdianos porque estes são pessoas que não desonram a terra que os viu nascer.” (*) Artigo publicado no Jornal de Angola em 7 de Janeiro de 2016

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