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terça-feira, 16 de agosto de 2016

GUINÉ-BISSAU: SI DESENVOLVIMENTO, KABU DJUTI U-PERA, SINTANAM REC, BU KUMPANHA!

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O desleixo nesse país
Entra dia, passa a noite, e a história é a mesma. Um país onde nada de novo acontece, esse país é a Guiné-Bissau. Tudo por fazer e ninguém move uma palha. Se você que é cidadão nacional e que está muito tempo fora do país, vivendo e acompanhando o desenvolvimento no país acolhedor, saiba que aqui, o que você deixou, ou está totalmente deteriorado, ou as ruínas acompanham o seu fim. Trabalha-se muito pouco ou quase nada se faz, para honrar o fim do mês. Muitos enriquecem ao apagar das luzes exibindo seus troféus (seus carros de luxo, suas mansões, etc), enquanto o provo trabalhador morre à míngua.  

O desespero
Não queira contrair gripe para cair no único e maior hospital nacional, pois nesse lugar as opções são mínimas: entra vivo e pode sair morto! Muitas vezes ou quase nenhuma vez alguém é responsabilizado. O que nos entristece cada dia, é que você não vê o mínimo interesse por parte de quem quer que seja, para ajudar esse país a sair da mesmice. As estradas pavimentadas quase não existem mais na Guiné, salvo erro à única avenida por onde perfilam os atuais dirigentes exibindo seus carros de luxo e acompanhados por olhares curiosos do acúmulo de lixo que os escolta até o interior da prematura, do palácio e de outras tantas instituições. Praça de Bissau bonita, essa já foi à época quando nós nos orgulhávamos da cidade que tínhamos. Hoje não sabemos se designamos isso de cidade ou de “musseque”.

Como tudo mudou
A cara, a cidade de Bissau não tem mais cara própria. Pode ser tudo menos uma cidade com sua própria cara de cidade limpa. Você não tem ruas propriamente ditas, não tem passeios, não tem mais nada, essa é a verdade. Todos os dias, nós enchemos nossos corações de esperanças, mas a ver vamos que elas se desmoronam com a manifestação de pouca vontade política daqueles que confiamos esse país. Não sei e nem posso precisar se a geração vindoura terá orgulho dos filhos que permaneceram muito tempo à frente dessa nação dirigindo e conduzindo-a ao abismo. Ninguém nesse país é responsabilizado por nada! Assalto ao cofre público é direto e ninguém presta conta. As pessoas enriquem não se sabe como, pois elas não herdaram nenhuma fortuna de algum familiar. Aos olhos vivos assistimos desvios, mas num país onde a justiça nem é cega, nem é surda, tudo pode acontecer em prejuízo do denunciante. Nesse país você vai dormir e acorda sem saber o que pode lhe esperar. O conhecimento quer acadêmico, quer em outros moldes, não joga papel algum nesse país. O seu doutorado aqui na Guiné-Bissau não vale nada! Vale a amizade reforçada com apadrinhamento. Seu conhecimento que poderia jogar um papel fundamental na organização desse país, muitas vezes é posto de lado. Aqui não se prioriza isso como factor importante para criar base para um desenvolvimento com sustentabilidade. Terra de ninguém, é esse país. Cada um pode fazer o que quiser. As leis são feitas ao gosto de quem está no poder – em criolo dizemos: “ ABO BU SIBI A MI I KIN?!”

Estado de abandono dos nossos patrimônios

Desorganização – no seu verdadeiro sentido da palavra você encontra aqui. Edifícios novos, porém já apresentam sinais de que são de algum tempo. Prematura, Assembléia, antigo Ministério de Negócios Estrangeiros, hoje casa da Cultura são reflexos do abandono e revelação do guineense de hoje - arrogante, vaidoso, porém muito desleixado. A cara dos gabinetes começando pelo acesso ao portão principal, temos um tapete que é resto de saco de arroz para limpar os pés. Paredes, ao que parece, nós não temos respeito pela coisa pública, as paredes estão sujas o que mostra que perdemos o hábito daquilo que fomos há bem pouco tempo atrás. Para viver nesse país, você deve contar consigo mesmo e mais ninguém. As amizades na Guiné-Bissau não se fundamentam na nossa história de vida. Aquilo que o guineense pregava muito e tínhamos como algo de valor. Hoje os interesse fizeram sucumbir a ética. O seu telefone tocará todos os dias e por muitas vezes, se você chegar aqui munido de uma boa grana. De todos os lados virão familiares, amigos, amiguinhos, parente de longe, etc, etc. Tudo porque soaram comentários de que você chegou e está com grana “preta”. Mas passados semanas, as vezes meses, se você não concretizar algum sonho, tudo começa a desmoronar. Começam a fugir de si, o seu telefone quando toca e reconhecem o seu número, não atendem, porque você tornou-se um chatinho. Acredite que entre essas pessoas muitos são aquelas a quem você deu mais atenção ou disponibilizou algo mais. O guineense nunca foi tão fingido e falso como agora. Eu dou o luxo de lhe informar tudo isso para você estar mais preparado para as surpresas.
Falar da Guiné... eu passaria dias escrevendo. Mas esse pequeno detalhe já vai poder te ajudar.  

Um abraço!

Samuel


ANGOLA: JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS VOLTA A SER CANDIDATO ÚNICA À LIDERANÇA MPLA.

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José Eduardo dos Santos volta a ser candidato único à liderança do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder desde 1975, mas é a sua sucessão que alimenta as horas que antecedem o congresso de Luanda.
O VII congresso ordinário do partido, aguardado com grande expectativa, decorre entre 17 e 20 de agosto, com o interesse concentrado sobre as opções em face da anunciada sucessão. Entre vários membros do atual Governo e os filhos, Isabel dos Santos e Filomeno dos Santos, a imprensa local tem vindo a colocar vários nomes para cima da mesa, mas tão pouco o modelo de transição do poder é conhecido, tendo em conta as eleições gerais agendadas para agosto de 2017.
Fontes do partido em Luanda preferem não arriscar qualquer cenário, sendo certo que tudo estará dependente da opção a tomar pelo próprio José Eduardo dos Santos, sobre o seu sucessor: Diretamente da carreira política do partido ou de fora, do empresariado, como os filhos.
"Ao nosso VII congresso, vai ser apresentada a moção de estratégia do líder do partido, que é um documento em que será definido o rumo a seguir pelo partido e pelo Estado, para realizar as aspirações do povo angolano e construir um futuro melhor para todos", sublinhou o líder do MPLA, a 09 de agosto, na última intervenção antes da reunião magna do partido.
"Este documento também vai servir de guia para preparar melhor o partido para os próximos desafios e assim vencer as eleições gerais de 2017. Temos de continuar a trabalhar bem para manter a confiança do povo angolano", declarou.
No poder há praticamente 37 anos, após a morte, em setembro de 1979, do primeiro Presidente angolano,António Agostinho Neto, o líder do MPLA e chefe de Estado fez em março o anúncio que desde logo condicionou o partido: "Em 2012, em eleições gerais, fui eleito Presidente da República e empossado para cumprir um mandato que nos termos da Constituição da República termina em 2017. Assim, eu tomei a decisão de deixar a vida política ativa em 2018".
Contudo, o que José Eduardo dos Santos estrategicamente não clarificou até agora foi em que moldes será feita a sua saída da vida política ou mesmo se ainda estará disponível para concorrer às eleições gerais de 2017, antes da sua retirada.
Apesar do anúncio, feito na abertura de uma reunião ordinária do Comité Central do MPLA, já então convocada para preparar este congresso ordinário do partido, no mesmo dia acabou por ser aprovada a recandidatura de José Eduardo dos Santos ao cargo, formalizada quase 04 meses depois.
Como nenhuma outra candidatura apareceu até 14 de julho, José Eduardo dos Santos volta a concorrer sozinho nas eleições a realizar neste congresso. Com uma lista única ao Comité Central também definida, na qual entra o filho José Filomeno dos Santos mas que não inclui Isabel dos Santos, perceber os moldes da candidatura do MPLA às eleições de 2017 afigura-se como o grande motivo de interesse dos 04 dias de congresso e sobretudo das intervenções do presidente do partido.
A esta questão, que em Luanda ninguém arrisca responder com certezas, coloca-se também saber se José Eduardo dos Santos pretende voltar a encabeçar a lista, independentemente da sua anunciada saída em 2018, e nesse cenário também o número dois, face à aparentemente fragilizada posição de Manuel Vicente.
É que o atual vice-Presidente de República liderou antes a petrolífera estatal Sonangol, que se encontra uma profunda crise financeira - desde junho liderada por Isabel dos Santos -, e as investigações da Justiça portuguesa à sua atividade tiveram eco igualmente em Angola.
Lusa/Conosaba

Parlamento angolano aprova orçamento retificativo.

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Proposta foi aprovada com 165 votos a favor do MPLA e FNLA e 33 votos contra da UNITA e CASA-CE. PRS absteve-se. Agravam-se as previsões de crescimento, inflação e défice, devido à quebra nas receitas petrolíferas.
Na proposta de Lei de Revisão do Orçamento Geral de Estado (OGE) de 2016, aprovada ao início da tarde desta segunda-feira (15.08) na generalidade no Parlamento angolano, o Governo corta a previsão do preço médio do barril de crude exportado em 2016 dos 45 dólares do OGE anterior para 41 dólares. Com isto, o crescimento da economia desce dos 3,3% iniciais, face a 2015, para 1,1%, e a inflação, devido à crise cambial, dispara de 11 para 38,5%. Já o défice fiscal sobe de 5,5% para 6,8% do Produto Interno Bruto (PIB).
Este cenário vai obrigar a um endividamento público de mais 560,4 mil milhões de kwanzas (cerca de três mil milhões de euros) - um aumento de 19,2% face às contas iniciais do Governo.
O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República Edeltrudes da Costa justifica a revisão do documento afirmando que “o objetivo da política fiscal a ser executada através do OGE revisto será o de assegurar o crescimento económico e da captação de financiamentos externos para a execução do projeto de investimentos públicos de forma sustentada”.
Revisão “ainda é pior”
Em entrevista à DW África, o economista Precioso Domingos, do Centro de Estudos e Investigação Cientifica da Universidade Católica de Angola, considera que, em alguns aspetos, o OGE agora aprovado chega a ser pior que o inicial.
Economista angolano Precioso Domingos
“A regra de ouro das finanças públicas ordena que o montante de crédito que o Estado vai fazer não pode ultrapassar as despesas de investimento público”, começa por lembrar o investigador. “Quando ultrapassar, tal como está a ocorrer neste orçamento, significa que o Governo está contrair dívidas até para realizar despesas correntes, entre elas o pagamento do salário. E isto é mau porque não renova e não traz retornos. Isto ainda é pior”.
Segundo Precioso Domingos, há também outra questão que pode contribuir para o agravamento da atual situação económica angolana: “A política orçamental que é exercida pelo Governo continua a sobrepor-se à política monetária que é exercida pelo Banco Nacional de Angola”.
Governo ignorou avisos, diz oposição
Na sessão legislativa desta terça-feira, as bancadas da oposição lembraram que, em dezembro de 2015 - altura em que o OGE2016 foi aprovado - a oposição angolana já previa a atual conjuntura económica resultante da baixa do preço do petróleo no mercado internacional.
Segundo Adalberto Costa Junior, líder da bancada parlamentar da UNITA, o Orçamento de Estado não teria de ser revisto se o Governo não tivesse ignorado todos os alertas. “Já em novembro de 2015 tornou-se evidente que as previsões estavam erradas, que as contas públicas iriam registar um défice elevado de bilhões de kwanzas, tendo o Governo feito ouvidos de mercador a todas as vozes que aconselharam uma previsão mais realista”, sublinhou o deputado no Parlamento.
Vendedora de pão em Luanda, numa altura em que o preço não pára de aumentar.
Por sua vez, o líder da bancada parlamentar da CASA-CE, André Mendes de Carvalho “Miau” questionou as revisões do preço do barril de crude, falando num “verdadeiro contrassenso”: “Não entendemos bem como é que se fixou no OGE2016 o preço do barril do petróleo em 45 dólares quando no de 2015 se tinha adotado o preço médio de 40 dólares”.
Numa altura em que continua a aumentar o preço da cesta básica – que inclui mais de 30 produtos e serviços sob o regime de "preços vigiados" –, Lucas Ngonda, deputado da FNLA, criticou a incapacidade do Estado de fiscalizar a especulação. “Assistimos hoje ao aumento desmedido dos preços de produtos de primeira necessidade de uma forma incontrolável e escandalosa, como se o Estado como entidade de políticas sociais e de preços não existisse”.
Partido no poder defende revisão
Virgílio de Fontes Pereira, líder da bancada parlamentar do MPLA diz que o Governo está adoptar políticas que visam inverter o atual quadro económico e financeiro angolano. “O Executivo do nosso país tem uma estratégia para sair da crise económica e financeira em que nos encontramos e está a programá-la com consistência e rigor, com vista a minimizar os efeitos deste choque externo na vida das nossas empresas e das nossas famílias”, afirma Fontes Pereira.
Segundo o documento aprovado esta terça-feira, o Governo angolano prevê agora gastar em 2016 mais de 478.911 milhões de kwanzas (2.581 milhões de euros) com a Defesa, equivalente a 6,88% do total da despesa do novo Orçamento. Trata-se de um corte de mais 43% face ao OGE inicial. No entanto, os gastos com Segurança e Ordem Pública (que inclui polícias, bombeiros, proteção civil, tribunais e prisões) disparam e passam de um peso de 1,41% para 6,48% da despesa total. Este crescimento deve-se essencialmente à componente dos Serviços Policiais, não tendo sido avançadas explicações para o aumento da despesa com o sector.
Com a revisão do OGE, a Educação passa a ter uma dotação de 455.930 milhões de kwanzas (2.460 milhões de euros), equivalente a 6,55% do total, enquanto a Saúde ascende a 302.966 milhões de kwanzas (1.635 milhões de euros), ou seja 4,35% da despesa total do Estado. A proteção social desce para 10,9% das despesas revistas de 2016, com 758.763 milhões de kwanzas (4.100 milhões de euros).
#dw.de

MISSÃO DA CEDEAO DESLOCA-SE A BISSAU

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Marcel Alain De Souza
 O chefe da missão e presidente da comissão da CEDEAO, Marcel Alain de Sousa, responsabiliza o PAIGC e o PRS pela actual crise.

Uma missão da Comunidade Económica de Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), está em Bissau para apresentar às autoridades nacionais o novo representante residente.

A delegação esteve reunida com o presidente, José Mário Vaz.

Mas, horas antes, encontrou-se com o líder do Parlamento guineense, Cipriano Cassamá, e com o ministro dos negócios estrangeiros, Soares Sambú.

Os encontros, segundo a CEDEAO, visam recolher informação sobre os últimos desenvolvimentos ligados à actual crise política, que deixou o país bloqueado há um ano.

O chefe da missão e presidente da comissão da CEDEAO, Marcel Alain de Sousa, responsabiliza oPAIGC e o PRS pela actual crise.

E sobre a continuidade da ECOMIB, contingência da força estacionaria militar desta organização sub-regional no país, o presidente da Comissão da CEDEAO, deixou claro que a mesma não vai continuar na Guiné-Bissau eternamente.

Oficialmente a missão tem por obectivo apresentar o novo representante residente da organização em Bissau, Blaisse Diplo.

Contudo, uma fonte diplomática disse a VOA que, paralelamente a isso, a missão está a aproveitar a ocasião para reavaliar a necessidade ou não da vinda de uma delegação de alto nível de alguns chefes de estado da CEDEAO, a Bissau, para ultrapassar, de vez, a crise política.

Voa com Conosaba


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