Portugal quer a imposição rápida de sanções aos militares golpistas.

Fotografia: AFP.
Portugal
pretende uma “rápida” imposição de sanções do Conselho de Segurança aos
militares golpistas na Guiné-Bissau, e deve apresentar, no início da
próxima semana, aos restantes membros do órgão da ONU um projecto de
resolução com esse fim.
Em declarações ontem à Lusa em Nova Iorque, o embaixador de Portugal junto das Nações Unidas, Moraes Cabral, afirmou que, para já, o projecto de resolução contempla apenas sanções individuais, e que um mandato do Conselho de Segurança para o envio de uma força multinacional de estabilização continua em aberto. “Não vejo que esta resolução – e, digo bem, esta resolução – contemple mais do que as sanções”, disse o diplomata português.
Juntamente com o Togo, o país formalmente responsável pelo “dossier” da Guiné-Bissau dentro do Conselho de Segurança, Portugal tem estado a preparar o projecto de resolução, que vai ser apresentado aos restantes membros na segunda ou terça-feira, adiantou.
“Estamos a trabalhar com os (países-membros) africanos primeiro, alargando o círculo. Interessa-nos uma resolução com a qual todos se revejam e que permita uma aprovação rápida, como pretendemos. Isso implica algum trabalho de casa”, afirmou Moraes Cabral.
Com a resolução, vai haver uma lista das pessoas alvo de sanções, como o congelamento de bens ou interdição de viajar, que será evolutiva, podendo posteriormente acrescentar ou retirar nomes.
“Não é muito difícil presumir qual, grosso modo, vai ser essa lista de indivíduos alvo de sanções. Basta ir à lista de sanções da União Europeia para ter alguma ideia de que pessoas se visam”, afirmou o diplomata português.
No caso europeu, foram visados apenas militares, mas Moraes Cabral não rejeita que sejam incluídos políticos apoiantes do golpe, como tem vindo a ser admitido por alguns países e mesmo defendido pelo governo legítimo da Guiné-Bissau. “O objectivo é a reposição das instituições que foram afastadas do exercício legítimo dos seus mandatos democráticos”, afirmou o diplomata.
Em declarações ontem à Lusa em Nova Iorque, o embaixador de Portugal junto das Nações Unidas, Moraes Cabral, afirmou que, para já, o projecto de resolução contempla apenas sanções individuais, e que um mandato do Conselho de Segurança para o envio de uma força multinacional de estabilização continua em aberto. “Não vejo que esta resolução – e, digo bem, esta resolução – contemple mais do que as sanções”, disse o diplomata português.
Juntamente com o Togo, o país formalmente responsável pelo “dossier” da Guiné-Bissau dentro do Conselho de Segurança, Portugal tem estado a preparar o projecto de resolução, que vai ser apresentado aos restantes membros na segunda ou terça-feira, adiantou.
“Estamos a trabalhar com os (países-membros) africanos primeiro, alargando o círculo. Interessa-nos uma resolução com a qual todos se revejam e que permita uma aprovação rápida, como pretendemos. Isso implica algum trabalho de casa”, afirmou Moraes Cabral.
Com a resolução, vai haver uma lista das pessoas alvo de sanções, como o congelamento de bens ou interdição de viajar, que será evolutiva, podendo posteriormente acrescentar ou retirar nomes.
“Não é muito difícil presumir qual, grosso modo, vai ser essa lista de indivíduos alvo de sanções. Basta ir à lista de sanções da União Europeia para ter alguma ideia de que pessoas se visam”, afirmou o diplomata português.
No caso europeu, foram visados apenas militares, mas Moraes Cabral não rejeita que sejam incluídos políticos apoiantes do golpe, como tem vindo a ser admitido por alguns países e mesmo defendido pelo governo legítimo da Guiné-Bissau. “O objectivo é a reposição das instituições que foram afastadas do exercício legítimo dos seus mandatos democráticos”, afirmou o diplomata.
Serifo Nhamadjo
Serifo Nhamadjo, presidente interino da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau, disse aos jornalistas que ia iniciar ontem consultas para escolher um primeiro-ministro de um governo de transição, mas o PAIGC, maior partido no Parlamento, já afirmou ficar fora. No final de uma maratona de reuniões entre a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), partidos e militares da Guiné-Bissau, a organização regional propôs Serifo Nhamadjo para presidente de transição (um ano), na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril.
A proposta foi lida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Nurudeen Muhammad, segundo o qual se tratou de uma escolha “em estrita obediência à Constituição” da Guiné-Bissau, de acordo com o seu artigo 71.
Foi o que já se fez no passado, quando da morte de Nino Vieira, ou mais recentemente de Malam Bacai Sanhá, disse o político, acrescentando não entender o porquê de tanta “resistência e dificuldades” na escolha de Serifo Nhamadjo.
Muhammad disse também que a CEDEAO vai tomar medidas contra os que obstaculizarem o curso normal da transição e acrescentou que a organização regional vai enviar “o quanto antes” uma força para apoiar a transição.
O secretário nacional do PAIGC, partido no poder até dia 12 de Abril, Augusto Olivais, disse não reconhecer nenhuma das decisões saídas da reunião com a CEDEAO.
Reconhecer, era “legitimar o golpe de Estado e premiar os golpistas”, frisou, acrescentando que o partido vai tomar uma posição oficial depois de conhecer as decisões que vão sair do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Fonte: Jornal de Angola
Nomeação de Serifo Nhamadjo já recebeu várias críticas.
O
anúncio feito pela CEDEAO, que indigitou como novo Presidente interino
da República, Serifo Nhamadjo, tem já recebido críticas bem como apoios.
O que é certo é que Serifo Nhamadjo, terá agora de escolher um Primeiro-Ministro de transição, e quatro candidatos se destacam.
Uma decisão da CEDEAO, Comunidade económica dos Estados da
África do Oeste, era esperada após a estadia da delegação liderada pelo
ministro nigeriano de Estado dos negócios estrangeiros, Nurudeen
Mohammed, em Bissau.
Serifo Nhamadjo, o terceiro candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais de 18 de Março, foi indigitado como o novo Presidente interino da Repúblia. Uma nomeação que tem os seus apoiantes e os seus detractores.
fonte: RFI
Serifo Nhamadjo, o terceiro candidato mais votado na primeira volta das eleições presidenciais de 18 de Março, foi indigitado como o novo Presidente interino da Repúblia. Uma nomeação que tem os seus apoiantes e os seus detractores.
fonte: RFI
CEDEAO reúnem-se 2ª feira em Abuja para decidir moldes de força militar.
Cidade da Praia, Cabo Verde -
Os ministros da Defesa da CEDEAO reúnem-se na segunda-feira em Abuja
(Nigéria) para analisar as modalidades de envio de um contingente
militar para a Guiné-Bissau e para o Mali, disse sábado à agência Lusa
fonte oficial.
Fonte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de que faz parte Cabo Verde e Guiné-Bissau, indicou que a reunião, de um só dia, surge como "resposta aos cada vez maiores desafios no domínio da segurança" na região oeste-africana.
A fonte disse desconhecer se o Comando Militar guineense estará presente, mas adiantou que o encontro prossegue com os preparativos do envio de missões militares da CEDEAO para os dois países, iniciados na cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da sub-região, realizada a 03 deste mês, em Dacar (Senegal).
A Lusa está a tentar, até ao momento em vão, confirmar a presença do ministro da Defesa cabo-verdiano, Jorge Tolentino, apesar de a fonte a ter já garantido.
Para a parte relativa à Guiné-Bissau, onde o comando militar tomou o poder a 12 de Abril, estarão presentes os ministros da Defesa da organização, à excepção do guineense, bem como responsáveis das polícias e das forças de segurança do Burkina Faso e da Nigéria, dois países que assegurarão o grosso do contingente militar.
Presente na reunião, estarão ainda o representante especial do presidente da Comissão da CEDEAO para a Guiné-Bissau e o comandante da Missão da CEDEAO na Guiné-Bissau (ECOMIB, na sigla inglesa), acrescentou a fonte.
O mesmo se passará em relação ao Mali, para onde a CEDEAO pensa enviar cerca de 3.000 soldados para pôr cobro ao recrudescer da crise político-militar no norte do país, na sequência do golpe de Estado de 22 de Março último, que depôs o regime do presidente Amadou Toumani Touré.
Além da crise político-militar, o Mali, em que CEDEAO e golpistas acordaram a 06 de Abril num novo presidente para a transição, enfrenta agora um movimento separatista no norte do país, para onde a organização oeste-africana vai enviar uma força militar regional.
O norte do Mali está sob controlo de rebeldes tuaregues e de grupos islâmicos armados, nomeadamente a Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQMI).
A CEDEAO inclui 15 países da África Ocidental - Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
fonte: ANGOP