Paraíso fiscal, empresas de fachada ... Enormes quantidades de dinheiro desaparecem todos os dias em África.

1,3 trilhão de dólares em fuga de capitais: essa soma colossal representa cerca de quatro vezes a dívida externa e quase equivalente ao PIB atual da África. Estes são os resultados do relatório conjunto do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e dos EUA Global Financial Integrity (GFI), ONGs, apresentado em 29 de Maio de 2013, por ocasião da fundação da 48a Assembléia Geral Ordinária da instituição financeira panafrina em Marrakech.
Retransmitido pelo semanário Jeune Afrique, o relatório recomenda medidas rigorosas para acabar com este fuga de capitais, que afeta o desenvolvimento da África e parte do Norte de África, a região mais afectada por este fenómeno.
Segundo a Jeune Afrique, o ADB e o GFI recomendam total transparência. Os bancos e os paraísos fiscais devem fornecer regularmente ao Banco International de Compensações (BIS) informação detalhada sobre os depósitos, proporcionando, em particular, ao país de residência dos titulares de contas no exterior. Estas informações bancárias poderiam então ser retransmitidas pelo BIS dos países em causa, diz o artigo.
Para controlar o fenômeno de empresas de fachada, devemos exigir que os dados sobre os proprietários físicos sejam divulgados e disponibilizados para consulta pública, diz Jeune Afrique. Os governos devem cooperar e trocar informações fiscais que possuem. Finalmente, o relatório sugere igualmente uma ação reforçada de cada país sobre a regulamentação de anti-lavagem de dinheiro de cada país, de acordo com o site de notícias senegalês Rewmi.
"[Os Estados africanos devem] exigir relatórios de país a país sobre suas vendas, os lucros, o número de funcionários e impostos pagos por todas as corporações multinacionais."
Lu Young Africa
fonte: slateafrique.com