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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

VIOLÊNCIA? REFUGIADOS? NÃO. COM O MPLA… NUNCA.

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A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) defendeu hoje a suspensão imediata da deportação dos refugiados da República Democrática do Congo e o início de uma investigação aos alegados abusos por parte das forças de segurança angolanas. É claro que o Governo do MPLA se está nas tintas para a HRW, acreditando que a razão da sua força supera a força da razão de qualquer ONG.

“OGoverno angolano deve imediatamente suspender a deportação de refugiados da RD Congo e levar a cabo uma investigação rápida e imparcial sobre os alegados abusos das forças de segurança do Estado”, lê-se num comunicado divulgado hoje em Joanesburgo.
No documento, explica-se que mais de 400 mil pessoas foram “expulsas à força ou fugiram” de Angola durante o mês de Outubro, no seguimento de uma operação que visava combater a exploração de diamantes ilegal na província de Lunda Norte.
“Segundo as Nações Unidas, as forças de segurança de Angola e os jovens aliados da etnia tchokwe mataram a tiro pelo menos seis congoleses durante as operações perto da fronteira com o Congo”, lê-se no documento, que acrescenta que “o número é provavelmente maior”.
Lembrando que muitos dos refugiados que voltaram para a RD Congo acusaram os elementos das forças de segurança de tortura, violações, destruição de propriedade, queima de casas e decisões arbitrárias, a HRW defende que “Angola deve parar de obrigar as pessoas a saírem do país até conseguir fazer uma avaliação individual e dar garantias procedimentais para distinguir os imigrantes ilegais dos trabalhadores migrantes registados”.
O director da HRW para a África Austral, Dewa Mavhinga, alerta que “quaisquer deportações de migrantes devem ser feitas cumprindo as leis internacionais e a Carta Africana sobre os Direitos Humanos”.
No comunicado, citam-se algumas testemunhas que contam como foram expulsas à força do país, algumas tendo mostrado às forças de segurança os documentos que comprovavam a sua legalidade em Angola, e vinca-se que “entre Agosto de 2016 e Setembro de 2017, a violência envolvendo as forças de segurança da RD Congo, as milícias apoiadas pelo Governo e grupos armados locais mataram mais de 5 mil pessoas na região”.
Naquele período, acrescenta-se, 600 escolas foram atacadas ou destruídas, e 1,4 milhões de pessoas foram obrigadas a fugir das suas casas, incluindo mais de 30 mil refugiados que fugiram para Angola”.
A HRW dá ainda conta de que “as forças de segurança de Angola têm repetidamente expulsado congoleses e cometido abusos sexuais contra os migrantes ao longo do ano”, lembrando que em 2012 esta ONG documentou violações em grupo e exploração sexual de mulheres e meninas, torturas e tratamento desumano e degradante”.
O facto de “muitos destes abusos continuarem, depois de as alegações terem começado há anos, é um sinal claro de que o Governo de Angola falhou no seu dever de proteger os migrantes e refugiados”, concluiu Dewa Mavhinga.

HRW? O que é isso, pergunta o MPLA

No dia 1 de Março de 2017, a Human Rights Watch (HRW) pediu ao Governo angolano uma investigação “urgente e imparcial” ao uso da força pela polícia contra uma “manifestação pacífica” em Luanda, que terminou com vários feridos, entre os quais Luaty Beirão.
O MPLA riu-se. Desde quando alguém de bom sendo acredita que o regime do MPLA responde ou altere a sua lei de que o MPLA é Angola e Angola é o MPLA?
A posição surge na altura num comunicado divulgado pela estrutura da HRW para África sobre a manifestação que cerca 10 activistas angolanos (perigosos terroristas altamente municiados em armamento letal) tentaram realizar, pedindo a demissão do ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, por este conduzir o processo de registo eleitoral e em simultâneo ser candidato do MPLA nas eleições gerais. Recordam-se?
“As autoridades angolanas estão a responder a protestos pacíficos com bastões e cães policiais. O Governo precisa de investigar a repressão policial contra os manifestantes e responsabilizar os responsáveis”, afirma no comunicado o director da HRW para África, Daniel Bekele.
A HRW cometia, tal como hoje, mais uma gafe. Estes activistas são – segundo a terminologia do regime – terroristas altamente perigosos, pertencem a organizações de malfeitores criminosos, e visavam levar a cabo um golpe de Estado. Como se sabe, habitualmente estes criminosos, quase sempre jovens, andam armados com um vasto arsenal bélico e letal, do tipo esferográficas BIC (azuis), lápis de carvão (vermelho), blocos de papel (brancos) e um livro sobre como derrubar as ditaduras.
A HRW recordava que a Constituição angolana (lei que obedece à Constituição do regime/Estado/MPLA) permite manifestações públicas organizadas por cidadãos sem necessidade de uma autorização prévia das autoridades, mas também assinalava que o Governo tem “constantemente bloqueado e dispersado protestos pacíficos utilizando força desnecessária ou excessiva e prisões arbitrárias”.
Mais uma vez a HRW esquece que esses direitos são válidos para manifestações de apoio ao regime. Aliás, todas as outras são proibidas porque visam derrubar o governo, promover a rebelião e golpes de Estado e são actos que atentam contra a segurança do Estado… do MPLA. Veja-se o perigo que representava para o país uma manifestação de dez jovens activistas…
“Eleições justas requerem respeito pela liberdade de associação, de expressão e reunião pacífica. O ataque da polícia a esses manifestantes pacíficos envia uma mensagem arrepiante a outros que querem criticar o Governo e é uma bandeira vermelha para a justiça das eleições”, refere ainda Daniel Bekele.
De facto, a HRW – bem como outras organizações internacionais – esquece-se que, com excepção dos militantes do MPLA, todos os angolanos são até prova em contrário… culpados. Além disso, importa realçar que não se pode querer que, num regime esclavagista, os escravos tenham os mesmos direitos dos angolanos de primeira.
“Levei porretes, fui mordido por um rottweiler da polícia e não consigo mexer a mão esquerda. Não sei se tenho algum problema no tendão”, contou na altura Luaty Beirão, após a manifestação ter sido impedida pela intervenção da Polícia Nacional… do MPLA.
O activista integrava um grupo de 10 jovens (os tais altamente perigosos terroristas) que foram barrados pela Polícia do MPLA quando se aproximavam do largo 1.º de Maio, em Luanda.
“Vários miúdos com escoriações, levaram com agressões indiscriminadas da polícia, na cabeça, a pontapé, com porretes e cães”, apontou ainda Luaty Beirão, após ter sido assistido e ainda queixoso.


Antes da tentativa de protesto, o largo já se encontrava vedado por agentes policiais, e na envolvente permaneciam vários elementos da Polícia Nacional… do MPLA, inclusive com equipas cinotécnicas, por alegadamente a manifestação não estar autorizada.
fonte: folha8

UE e Guiné-Bissau chegam acordo sobre pescas após seis rondas negociais.

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À luz do novo acordo de pesca, a UE pagará à Guiné-Bissau 15,6 milhões de euros anuais durante cinco anos. No anterior acordo, Bissau recebia 9,5 milhões de euros anuais.

A União Europeia (UE) e a Guiné-Bissau rubricaram esta quinta-feira o acordo de pesca para navios de alguns países europeus operarem em águas guineenses, após seis rondas negociais durante mais de um ano, anunciou a ministra das Pescas.
Segundo a ministra Adiatu Nandigna, à luz do novo acordo de pesca, a União Europeia pagará à Guiné-Bissau 15,6 milhões de euros anuais durante cinco anos. No anterior acordo, que expirou em novembro de 2017, Bissau recebia pela pesca de navios europeus nas suas águas 9,5 milhões de euros anuais.
Segundo o novo acordo, dos 15,6 milhões de euros anuais, 11,6 milhões serão canalizados para o Orçamento Geral do Estado guineense e os restantes quatro milhões para o apoio às infraestruturas da pesca, fiscalização das águas e ainda para a pesquisa.
O Governo guineense decidiu não renovar o acordo com a UE, reclamando o aumento do valor da compensação, que considerou baixo. O acordo entre a UE e a Guiné-Bissau, rubricado desde 2007, permite que navios de Portugal, Espanha, Itália, Grécia e França pesquem em águas guineenses atum, cefalópodes (polvos, lulas, chocos), camarão e espécies demersais (linguados e garoupas).
A ministra das Pescas guineense, Adiatu Nandinga saudou o facto de “finalmente as partes chegarem a um entendimento” e enalteceu a importância da União Europeia para Guiné-Bissau. Nandinga disse que a Guiné-Bissau vai cumprir com todos os pontos acordados, nomeadamente o reforço da fiscalização das águas territoriais, uma das principais exigências da União Europeia, segundo Emanuel Berck, elemento do gabinete das pescas da UE.
fonte: observador.pt
foto: MANUEL FERNANDO ARAÚJO/LUSA

França: Macron - "aliado, mas não vassalo" dos EUA.

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Resultado de imagem para Foto, Macron e Trump

A França é um país "aliado, mas não vassalo" dos Estados Unidos e "entre aliados deve-se o respeito": palavras do presidente francês em resposta à série de "tweets" agressivos do homólogo norte-americano.

Donald Trump criticou nomeadamente a proposta de Emmanuel Macron de criar um exército europeu, comentou de forma pouco diplomática a ocupação nazi da França até à libertação por parte dos aliados e destacou o "bastante baixo índice de popularidade" do chefe de Estado francês no seu país.
Numa entrevista a bordo do porta-aviões Charles de Gaulle, Macron disse: "Ele está a jogar à política norte-americana e eu deixo-o jogar. Não me compete e penso que não é o que esperam de mim os nossos cidadãos. [...] O que é preciso compreender é que os Estados Unidos são um aliado histórico e continuarão a sê-lo. São o aliado com o qual assumimos todos os riscos e com o qual conduzimos as mais complicadas operações. Ser um aliado não significa ser um Estado vassalo. Para não ser o vassalo, não devemos depender deles e, nomeadamente em relação aos norte-americanos, devemos fazer mais nós mesmos, como franceses e como europeus."
Macron voltou a explicar o seu projeto de exército europeu, frisando que em matéria de Defesa a Europa está demasiado dependente dos Estados Unidos. O presidente francês já tinha dito que a autonomia passaria nomeadamente pela compra de material europeu em vez de norte-americano, algo visto com maus olhos por Trump, bastante focado na balança comercial.
fonte: euronews

Angola: Relembrando a história - "Membros do MPLA já se exilaram no Congo", lembra ex-refugiado

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Human Rights Watch lançou apelo ao Governo angolano, após a expulsão de mais de 400 mil congoleses do país em outubro. À DW, Teka Ntu, líder do movimento ARDA, lembra que José Eduardo dos Santos já se exilou em Kinshasa.
fonte: DW África
Kongo: Migranten wurden aus Angola vertrieben (Reuters/Staff)
A organização não governamental Human Rights Watch defendeu, esta quinta-feira (15.11), a suspensão imediata da deportação dos refugiados da República Democrática do Congo (RDC) e o início de uma investigação aos alegados abusos por parte das forças de segurança angolanas. 
"O Governo angolano deve imediatamente suspender a deportação de refugiados da RDCongo e levar a cabo uma investigação rápida e imparcial sobre os  alegados abusos das forças de segurança do Estado", lê-se no comunicado divulgado em Joanesburgo.
O mesmo documento explica que mais de 400 mil pessoas foram "expulsas à força ou fugiram" de Angola durante o mês de outubro, no seguimento de uma operação que visava combater a exploração de diamantes ilegal na província de Lunda NorteA DW África abordou o assunto com o cidadão angolano residente na Alemanha, Teka Ntu, que no início do corrente ano fundou um novo movimento político - "ARDA" - Ação de Reforço da Democratização de Angola"Teka Ntu é um ex-refugiado angolano no ex-Zaire, hoje República Democrática do Congo, e por isso sabe o que significa ser refugiado, pois sofreu-o "na pele". Hoje olha com muita pena para a situação dos cidadãos congoleses expulsos de Angola.
DW África: O Teka Ntu também esteve refugiado com a família no antigo Zaire de Mobutu Sese Seko, durante a guerra civil angolana. Certo?
Teka Ntu (TN): Eu sou filho de refugiados angolanos no Congo e sei que essa expulsão foi muito difícil para os nossos vizinhos.
Ouvir o áudio04:34

"Membros do MPLA já se exilaram no Congo", lembra ex-refugiado

DW África: Há um grande preconceito em Angola em relação aos zairenses, aos chamados langas. De onde vem esse preconceito?
TN: Começou com a independência de Angola. Os meus pais estavam no Congo como refugiados. Quando regressámos para Angola, também fomos chamados de zairenses, langas, tantos nomes...
DW ÁfricaÉ caso para dizer que a memória dos dirigentes angolanos é curta porque muitos deles, no tempo em que foi necessário, se refugiaram no Congo. Não é assim?
TN: É mesmo. No tempo da guerra de libertação, a maioria dos dirigentes do MPLA estava no exílio no Congo Brazavile, no Congo-Kinshasa. O  próprio José Eduardo dos Santos estava mesmo em Kinshasa. Então, porque é que estão a deixar que a população continue com esta questão tribal de separatismo, se os próprios dirigentes do MPLA, que viveram naqueles países, falam lingala? O que é pior ainda em Angola é que quem fala a língua lingala é diretamente considerado como zairense. É uma situação que tem de ser mesmo esclarecida por parte do governo angolano.
DW África: É há um especial preconceito do MPLA ou dos adeptos do MPLA em relação aos congoleses? De onde vem este preconceito?
TN: Este problema foi mais fomentado através da guerra de libertação, onde o MPLA tinha problemas sérios com a FNLA, que era um partido Bakongo. Fomentou-se essa discriminação que acontece até hoje no nosso país.
Teka Ntu (Privat)
Teka Ntu
DW África: O que estará por trás desta expulsão em massa? O Governo angolano quer desviar as atenções dos angolanos de outros problemas mais prementes?
TN: O nosso Presidente da República quando entrou no poder [disse] que a primeira coisa a fazer era a luta contra os ditos corruptos. Começou com a luta contra a corrupção e, de repente, estamos a ver a luta contra a sua própria população.
DW África: Os congoleses agora expulsos para o Congo são de facto congoleses ou haverá entre eles muitos angolanos? Será fácil distinguir entre uns e outros?
TN: Não é tão fácil. Com certeza o Governo angolano está com grandes dificuldades em identificar os verdadeiros angolanos e congoleses. Estão a identificar essas pessoas através da língua lingala, o que não é justo, porque muitos de nós falamos a língua lingala.
DW África: Angola já foi um país que emitiu muitos refugiados para os países vizinhos e por isso esperava-se mais compreensão do Governo angolano...
TN: Antes da independência, houve milhões e milhões de angolanos que se refugiaram na Namíbia, na África do Sul, no Congo Brazavile e no Congo Kinshasa. O Governo angolano tinha a obrigação de criar os mecanismos suficientes para que esse povo pudesse registar-se como refugiado congolês em Angola.

Brasil: Bolsonaro diz que dará asilo a médicos cubanos.

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Presidente eleito afirma que vai acolher profissionais de Cuba que quiserem permanecer no Brasil. Ele promete que não vai acabar com o Mais Médicos e que cubanos serão substituídos por brasileiros ou estrangeiros.
fonte: DW África
Jair Bolsonaro
"Quero tratamento humanitário para os cubanos que estão aqui e para os pacientes", disse Bolsonaro
O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira (14/11) que seu governo vai oferecer asilo político aos médicos cubanos que trabalham no programa Mais Médicos e não queiram regressar a seu país de origem.
Após Bolsonaro acenar com mudanças nas condições de trabalho dos médicos cubanos no Brasil, Cuba considerou "inaceitáveis" as novas regras propostas pelo futuro governo e anunciou que vai se retirar do programa. A decisão significa que os cerca de 8,3 mil médicos cubanos que trabalham no Brasil deverão retornar à ilha. 
"Se eu for o presidente, o cubano que quiser pedir asilo aqui vai ter", assegurou o capitão reformado. Ele disse que os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) ameaçaram deportar os médicos cubanos que pedissem asilo no Brasil, motivo pelo qual poucos decidiram fazê-lo.
"Não podemos admitir isso", ressaltou. "Temos que dar asilo às pessoas que queiram. Não podemos continuar ameaçando [de expulsão do país] como foi no passado", disse Bolsonaro.
Assistir ao vídeo02:14

"É trabalho escravo", diz Bolsonaro sobre o Mais Médicos

O programa Mais Médicos é uma iniciativa do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, que prevê a contratação de profissionais brasileiros e estrangeiros para assistir a população brasileira em áreas remotas, isoladas e pobres.
O Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou nesta quarta-feira que decidiu retirar os profissionais de saúde do programa Mais Médicos após declarações "ameaçadoras e depreciativas" de Bolsonaro. 
O governo de Cuba disse que a equipe do presidente eleito pôs em questão a preparação dos médicos cubanos, condicionou a permanência deles à validação do diploma e colocou como única via a contratação individual. "Não é aceitável que se questione a dignidade, profissionalismo e altruísmo dos colaboradores cubanos", afirmou o ministério em nota divulgada na imprensa estatal cubana.
Bolsonaro disse que não cancelará o programa Mais Médicos e que o governo deverá substituir os cerca de 8,3 mil profissionais cubanos por brasileiros ou estrangeiros.
"Estamos formando, tenho certeza, em torno de 20 mil médicos por ano, e a tendência é aumentar esse número. Nós podemos suprir esse problema com esses médicos. O programa não está suspenso, [médicos] de outros países podem vir para cá. A partir de janeiro, pretendemos, logicamente, dar uma satisfação a essas populações que serão desassistidas."
O presidente eleito disse que suspensão do programa foi "unilateral por parte da ditadura cubana", que não levou em conta os prejuízos à população mais pobre do Brasil. Ele disse que o seu governo verificará se há alguma cláusula que prevê sanção caso o acordo fosse rescindido por uma das partes.
Bolsonaro disse que sua rejeição ao Mais Médicos se dá por razões humanitárias e trabalhistas. Em torno de 70% do salário dos médicos é "confiscado pela ditadura cubana", e cubanos são forçados a viajar sem suas famílias, criticou. "Tem muita senhora desempenhando função de médico, e seus filhos menores estão em Cuba."
Bolsonaro reafirmou a exigência que seu governo fará para manter os médicos cubanos no programa. "Se fizerem o Revalida, salário integral e puderem trazer a família, eu topo continuar o programa [com Cuba]."
O presidente eleito criticou a decisão do governo Dilma por não exigir que os médicos cubanos realizassem um exame de revalidação de seus diplomas no Brasil, como é exigido de médicos de outros países e de brasileiros que se formam no exterior.
"Não temos qualquer comprovação de que eles sejam realmente médicos e estejam aptos a desempenhar a sua função", disse Bolsonaro, sem fornecer detalhes sobre essas informações. "Quero tratamento humanitário para os cubanos que estão aqui e para os pacientes. Temos tido relatos de verdadeiras barbaridades cometidas [pelos cubanos]."
Em cinco anos, cerca de 20 mil profissionais de saúde cubanos atenderam mais de 113 milhões de pessoas em mais de 3.600 municípios brasileiros.
RC/abr/lusa/ots
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Moçambique: Governo "devia fazer mais" para combater ameaças a jornalistas.

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Após nova ameça a jornalista, MISA-Moçambique confirma que número de casos está a aumentar no país. Autoridades devem tornar claro que "não vão tolerar qualquer ação de intimidação e violência", diz o presidente do MISA.
fonte: DW África
Symbolbild Pressefreiheit in Ruanda - Radio 10 erstes privates Radio in Ruanda (Getty Images/AFP/Gianluigi Guercia)
O número de casos de ameaças a jornalistas moçambicanos, protagonizadas por indivíduos desconhecidos, tem estado a aumentar. Quem o afirma é Fernando Gonçalves, presidente do o Instituto de Comunicação Social da África Austral (MISA-Moçambique), que diz estar preocupado com a situação.
Numa nota enviada às redações, a ST Projectos e Comunicação, proprietária do Jornal Dossiers & Factos, fez saber, esta semana, que o diretor editorial deste semanário, Serôdio Towo, é a mais recente vítima destas ameaças.
Desde sábado (10.11), o jornalista tem estado a receber chamadas telefónicas de desconhecidos, ameaçando a sua vida. Numa das chamadas que a vítima conseguiu gravar, o autor das ameaças diz ao jornalista que este deve "abandonar os temas" de crítica ao Governo.
Ouvir o áudio00:51

Gravação da chamada da ameaca a Serôdio Towo do Jornal "Dossiers & Factos"

"Quem chama atenção, amigo é. Eu queria-te informar que esses assuntos que estão a tratar sobre questões do Governo é bom que os abandonem, senão vão-te criar muita confusão. Quem avisa melhor amigo é", ouve-se na gravação.
É assim mais um caso a juntar aos vários registados no país, por exemplo, durante as eleições autárquicas, onde alguns repórteres das rádios Encontro e Watana afirmaram também ter recebido ameaças de morte.
Neste âmbito, e em entrevista à DW África, Fernando Gonçalves, fez saber que o MISA-Moçambique, por estar "preocupado com o aumento" de casos de ameaça aos profissionais da imprensa, reuniu com a presidente da Assembleia da República.
DW África: Como é que o MISA-Moçambique encara estas sucessivas ameaças aos profissionais do setor? Têm estado a receber queixas?
Fernando Gonçalves (FG): Obviamente que vemos estas ameaças, ou situações de ameaça, com muita preocupação e temos manifestado esta preocupação publicamente. Os jornalistas fazem o seu trabalho em nome do público, e portanto, qualquer ação que ponha em causa a sua integridade física, coloca essa obrigação de prestar informação ao público em causa. Temos estado a receber algumas dessas queixas e pronunciámo-nos publicamente sobre elas. E mais que isso, temos estado a tentar encontrar uma forma de nos engajarmos com as entidades governamentais, especialmente as responsáveis pela segurança pública, de modo a que façam um esforço para que situações como estas sejam devidamente investigadas e as pessoas responsabilizadas.
DW África: Tem faltado pulso firme das autoridades em termos de responsabilização? Estamos a falar de um número significativo de ameaças de indivíduos que não estão, neste momento, identificados...
Ouvir o áudio05:33

Moçambique: Governo "devia fazer mais" para combater ameaças a jornalistas

FG: Sim, esse é que é o problema. Muitas vezes as ameaças são feitas por indivíduos não identificados, as chamadas telefónicas são feitas através de números que são desconhecidos. Quando não se pode identificar os autores dessas ameaças torna-se muito difícil, mesmo para as autoridades, investigar. O que achamos que deve ser feito é um trabalho de prevenção em que as autoridades tornam claro que não vão tolerar qualquer ação de intimidação e violência.
DW África: As autoridades têm mostrado vontade de resposta a esta tipo de casos? Como têm estado a reagir?
FG: Tivemos um encontro com a presidente da Assembleia da República, a quem apresentámos uma nota apelando para que use os seus bons ofícios para que apelar a autoridades relevantes do Executivo para fazer-lhes entender que é preciso criar um ambiente de segurança, não só para jornalistas, mas para todos os cidadãos. Eu acredito que as autoridades reagem positivamente a estas nossas iniciativas, mas talvez não o digam publicamente.
DW África: A ameaça tornada pública esta semana, por exemplo, foi feita por causa da publicação de artigos críticos ao Governo. Esta é mais uma razão pela qual o Governo devia pronunciar-se?
FG: Tenho muitas reservas em me pronunciar taxativamente se essas pessoas estão a agir em nome das autoridades. Qualquer pessoa pode dizer aquilo que quer. E até se provar que essas pessoas agem em nome das autoridades governamentais, é muito difícil.
DW África: Mas acha que o Governo se deve pronunciar, tendo em conta o número de casos já tornados públicos?
FG: Estes incidentes mancham a imagem do próprio Governo, por isso, como forma de prevenção, e para mostrar que o Governo tem tolerância zero em relação a este tipo de situações, penso que havia necessidade do Governo fazer mais do que tem feito até agora.
Mosambik Wahlen Inhambane (DW/L. da Conceiçã)
Nas autárquicas de Moçambique, em outubro, registaram-se alguns casos de ameaças a jornalistas.
DW África: Sabe se os jornalistas têm estado a apresentar queixa junto das autoridades?
FG: A nós eles apresentam queixa, agora se têm apresentado queixa às autoridades, não sei. Mas aquilo que posso dizer é que, dependendo do tipo de caso, nós como organização também achamos que temos a responsabilidade de agir em defesa dos nossos membros. Portanto, se eles não fazem queixa, uma vez recolhidos os elementos de prova de que o ato foi cometido, nós tomamos conta [do caso] e fazêmo-lo seguir para as autoridades.
DW África: Tem informação relativamente ao número de casos reportados?
FG: Não tenho, mas que há um crescente número de casos reportados ao nível dos distritos fora das capitais provinciais, é um facto.
DW África: E podemos dizer que o número aumentou com as eleições autárquicas?
FG: Houve casos que ocorreram durantes as eleições autárquicas, mas foram casos pontuais. Penso que não fazem parte de uma rotina de violência contra jornalistas.
DW África: Este ambiente de intimidação tem condicionado o trabalho da imprensa? Há jornalistas condicionados por medo de represálias?
FG: Obviamente. Se há esse clima de intimidação e se os autores destes crimes nunca foram identificados, obviamente que os jornalistas começam a ter algumas reticências quanto à capacidade de realização do seu trabalho.

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