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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

EUA: Presidente Trump, a religião muçulmana e o Islão político.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

fonte: pravada.ru


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Trump, a religião muçulmana e o Islão político
Desde há uma dezena de anos, os Estados Unidos estão prisioneiros da sua contradição face ao Islão. De um lado, eles vêm-se como o país da liberdade religiosa, por outro utilizam os Irmãos Muçulmanos para desestabilizar o Médio-Oriente Alargado, e por um terceiro combatem a propagação do terrorismo islâmico para além desta região. Assim, eles interditaram toda e qualquer pesquisa que permita distinguir o Islão enquanto religião da sua manipulação para fins políticos. Depois de ter rompido com o terrorismo dos Irmãos Muçulmanos, Donald Trump decidiu reabrir este dossiê, correndo o risco de provocar reacções violentas no seu próprio país. Uma vez que nos Estados Unidos, a liberdade para praticar o Islão não inclui a de se envolver em política.
Na sua nova Estratégia de Segurança Nacional, o Presidente Trump modifica a terminologia oficial e designa os grupos armados muçulmanos como «jiadistas terroristas».
O Islão : religião ou ideologia ?
Após os atentados de 11-de-Setembro atribuídos à Alcaida, uma violenta polémica agitou Washington: eram, ou não, os grupos terroristas representativos do Islão? Se sim, convinha considerar todos os muçulmanos como inimigos da pátria. Se não, podia-se estabelecer uma distinção entre muçulmanos «moderados» e «extremistas».
Entretanto, os Britânicos empregavam os mesmos termos com um outro significado: os «moderados» são muçulmanos «moderadamente anti-imperialistas», como o Hamas, que não vê nenhuma objeção de ordem política a Israel, mas que unicamente recusa que muçulmanos sejam governados por judeus; enquanto os «extremistas» são muçulmanos «extremamente anti-imperialistas' como o Hezbolla que coloca em causa a vitória do Estado colonial israelita sobre os árabes.
A polémica atingiu o seu pico, em Junho de 2006; aquando de uma conferência do New York Metro InfraGard. Um agente e perito do FBI, William Gawthrop, garantiu que é inútil distinguir entre os diferentes grupos terroristas muçulmanos, uma vez que todos se baseiam na mesma ideologia, o Islão. Descobriram-se então cinco documentos internos do FBI [1]. Destinados à formação dos seus agentes, eles consideravam que quanto mais «islamista» se é, mais se é potencialmente «radical», e que o Profeta Maomé fora o líder de uma seita violenta. Gawthrop apoiou-se num estudo indiscutível do Corão, os Hadits e nos principais textos teológicos. Ele demonstrava que, ao longo de toda a História, teólogos das quatro principais escolas sunitas defenderam a guerra contra os infiéis... embora não os pensadores da escola xiita. Além disso, Gawthrop era também instrutor do CIFA (Counterintelligence Field Activity-ndT), no Departamento da Defesa. Aí, ele pressionou para o estudo de Maomé enquanto chefe militar.
Esta polémica não era nova. Por um lado, desde 1953 e da recepção a Said Ramadan pelo Presidente Eisenhower, a CIA e o Departamento de Defesa trabalharam no estrangeiro com os partidários do islão político, os Irmãos Muçulmanos. Por outro lado, durante a segregação racial, fora admitido que os descendentes dos escravos pudessem ser muçulmanos, mas não seria suposto que colocassem reivindicações políticas. Em 1965, o líder político negro e muçulmano Malcolm X foi assassinado, provavelmente com a ajuda encoberta do FBI. Agonizante no chão, ele tentou dar à sua secretária, momentos antes de morrer, uma mensagem para Saïd Ramadan.
Como resposta a esse ponto de vista, uma proeminente figura muçulmana dos EUA, Salam Al-Marayati, ameaçou apelar para o fim de toda a cooperação com o FBI [2].
Imediatamente, o adjunto do Procurador-geral, James Cole; interditou o conjunto de documentos sobre este assunto, não somente no FBI, mas em todas as jurisdições.
Salvo que os documentos do FBI estavam concebidos para cursos onde os instrutores especificavam, longamente, que eles não se referiam ao Islão enquanto religião, mas, sim enquanto ideologia política [3].
Os Estados Unidos : país de liberdade religiosa ou de Islamofobia ?
Foi nesse período que o Departamento de Estado criou várias estruturas encarregues de influenciar as opiniões públicas dos EUA e estrangeiras de maneira a que elas não acusassem os Estados Unidos de conduzir uma guerra contra a religião muçulmana. Este dispositivo compreendia, nomeadamente, uma célula de uma vintena de pessoas, expressando-se em várias línguas, que intervinham, sob falsas identidades, em fóruns para guiar os debates.
Qualquer que seja a maneira de abordar a questão, os Estados Unidos regressam sempre ao mesmo problema: desde o século VII, a palavra «islão» serve em árabe tanto para designar uma religião quanto uma ideologia política, no entanto perfeitamente distinta.
Finalmente, em Janeiro de 2008, o Departamento de Segurança da Pátria publicou, por iniciativa do Secretário Michael Chertoff, a Terminologia para Definir os Terroristas (Terminology to Define the Terrorists: Recomendations from American Muslims). Depois, o gabinete do Director da Inteligência Nacional (então dirigido por Mike McConnell) redigiu, em Março de 2008, uma nota semântica à atenção de toda a Administração. Essas instruções visavam limpar a Administração Bush -que havia falado em 2001 de «cruzada contra a Alcaida»- de qualquer suspeita de islamofobia e de restabelecer a honorabilidade do «país da liberdade religiosa».
O facto de elevar à Casa Branca Barack Hussein Obama devia chegar para resolver o problema. Mas não foi o caso, nomeadamente porque enquanto um terço dos seus eleitores o achava muçulmano, ele precisou que era cristão oriundo de uma família muçulmana; o que parecia validar o esquema identitário dos imigrantes vindos da Europa do Norte : pode-se ser Norte-americano sendo culturalmente, ou mesmo religiosamente muçulmano, mas um Presidente deve ser cristão. Daí a truculência da campanha financiada pelo promotor imobiliário Donald Trump quanto ao local de nascimento de Obama (Havai ou Quénia britânico?). É claro, a resposta condicionava a constitucionalidade da sua eleição, mas mais importante ainda, ela implicava aclarar se ele havia nascido cristão ou muçulmano.

Em 2011, o Vice-secretário de Estado encarregado da Propaganda (Public Diplomacy) criou o Centro para as Comunicações Estratégicas contra o Terrorismo (Center for Strategic Counterterrorism Comunications). Em 2016, esta estrutura tomou o nome de Centro de Actuação Global (Global Engagement Center) e estendeu as suas competências à luta contra a Rússia. O seu orçamento foi então multiplicado por 13. O facto de confiar a luta contra o terrorismo e a rivalidade com a Rússia ao mesmo organismo não contribuiu, evidentemente, para clarificar as coisas. Foi neste período que Washington adoptou a expressão da ONU «extremismo violento» para designar a ideologia dos terroristas [4].
Voltemos atrás: a 22 de Dezembro de 2012, o magazine egípcio Rose El-Youssef revelava a presença de vários responsáveis dos Irmãos Muçulmanos no seio da Administração Obama, entre os quais Salam Al-Marayati. Ele representara nomeadamente a Secretária de Estado, Hillary Clinton, e presidira a delegação oficial dos EUA à Conferência da OSCE sobre os Direitos do Homem. A sua esposa, Laila, era uma próxima de Hillary Clinton, quando esta era First Lady (primeira dama-ndT), e membro da Comissão para a Liberdade Religiosa Internacional. A intervenção de Al-Marayati contra Gawthrop, seis anos antes, não passou no entanto, na realidade, de uma manobra dos Clinton, utilizando os Irmãos Muçulmanos para fazer mudar de opinião o FBI e o Departamento de Defesa.
O direito a reflectir
A polémica aumentou, em Julho de 2017, com a apresentação de uma emenda à Lei de Programação Militar (NDAA) autorizando o Departamento da Defesa a estudar «o uso de doutrinas religiosas muçulmanas violentas ou não-ortodoxas para apoiar a comunicação dos extremistas ou dos terroristas e de a justificar». O texto foi rejeitado por 217 votos contra 208, sempre em nome da proteção do Islão enquanto religião.
O Presidente Trump decidiu, pois, finalmente aplicando a palavra «jiadista» aos terroristas muçulmanos, muito embora originalmente a jihad não seja a luta armada contra os Infiéis, mas uma introspecção e auto-questionamento.
Ora, até aqui as decisões de Donald Trump foram objecto dos piores quiproquo. O seu decreto suspendendo a imigração proveniente de países onde os consulados não dispunham dos meios para verificar a honorabilidade dos candidatos foi interpretado como «islamófobo», porque esses países têm uma população de maioria muçulmana.
A sua decisão é uma verdadeira revolução intelectual para os Estados Unidos. Até aqui, o Departamento da Defesa aplicava a estratégia do Almirante Arthur Cebrowski, destruindo -país após país- qualquer forma de organização política no Médio-Oriente Alargado, enquanto o Departamento de Estado se ocupava a assegurar que esta política não era, em si própria, anti-muçulmana.
Todavia, de um ponto de vista médio-oriental, não é o que foi percebido. Como durante quinze anos os Estados Unidos implementaram a estratégia de Cebrowski [5] unicamente na parte do mundo maioritariamente muçulmana, era impossível para os Afegãos, para os Persas, para os Turcos e para os Árabes, compreender fosse o que fosse dos slogans(eslogans-br) dos EUA. Foi, aliás, com essa contradição que Barack Obama se confrontou aquando do seu discurso do Cairo, em Junho de 2009.
Se compreendemos perfeitamente os objectivos da propaganda dos EUA, não podemos deixar de observar que eles tem sido a primeira vítima dela. Com efeito, foi a contradição entre o seu angélico discurso e o seu apoio aos Irmãos Muçulmanos no exterior (e não a sua estratégia de destruição do Médio-Oriente Alargado) que os conduziu a interditar toda a pesquisa sobre a origem do islão político, tanto em casa como entre os seus aliados.
Ora, Maomé era um general e um governante. Esta situação histórica particular permitiu, desde os primeiros dias do Islão, a uma corrente de pensamento tentar manipular esta religião para se apoderar do Poder. A maior parte dos muçulmanos foi instruída com os Hadiths, compostos muito após a morte do Profeta, que lhe atribuem façanhas militares e um pensamento político especial. Os Irmãos Muçulmanos da actualidade apoiam-se, pois, em fortes antecedentes.
No fim de contas, os Estados Unidos não conseguirão distinguir os dois sentidos da palavra «islão» enquanto não tiverem resolvido a questão da sua própria identidade. Donald Trump e os seus eleitores admitem sem dificuldade que Negros e Hispânicos sejam cidadãos dos Estados Unidos, mas dificilmente que eles exerçam funções políticas de primeiro plano.
Paradoxalmente, quando conviria que intelectuais muçulmanos empreendam esta pesquisa e permitam, assim, separar a sua religião de uma manipulação política, serão provavelmente os Estados Unidos quem vai conduzir sós esta exploração. Muito embora exista um grande número de pesquisadores muçulmanos nos EUA, é pouco provável que este país não projecte os seus próprios fantasmas culturais sobre o estudo deste assunto com o risco de o interpretar mal.
Tradução 
Alva

    GUINÉ-BISSAU: POLÍTICA: CARLOS GOMES JÚNIOR REGRESSA DE EXÍLIO À 18 DESTE MÊS ???

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    Caro, Fernando Gomes, a reconciliação faz-se com justiça, o Carlos gomes Júnior, e seus cúmplices  não pode ficar impunes, têm de enfrentar a justiça. Clique em ler mais para ver o cartaz do filme de terror realizado por Carlos gomes Júnior, mais conhecido por anjo da morte ou Cagado Júnior. 
     

    Bissau,09 Jan 18 (ANG) – O ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior vai regressar ao país no dia 18 deste mês sem compromisso com nenhuma organização e nem tão pouco com qualquer que seja formação política, mas disponível a dar sua contribuição para o desenvolvimento social  do país.
    O anúncio foi feito hoje em conferência de imprensa pelo Presidente do Movimento Nacional Cívico “ Nô Djunta Mom pa Fidjus di Tchom riba Cassa”, Fernando Gomes.
    Gomes apelou a comparência massiva dos guineenses na recepção de Carlos Gomes Júnior, alegando a necessidade de uma reconciliação verdadeira entre os guineenses, independentemente da posição política ou religiosa de cada um. 
    “Todos os responsáveis dos órgãos da soberania tiveram conhecimento sobre o regresso de Carlos Gomes ao país na próxima quinta-feira  e concordaram”, disse ,Fernando Gomes.  
     
    Carlos Gomes Júnior, que foi o candidato  mais bem posicionado para vencer as presidenciais de 2012, exilou-se em Lisboa desde Abril desse ano na sequência de um golpe militar.  
     
    ANG/LPG/ÂC/SG
     
     
    Cartaz do filme de terror realizado por Carlos Gomes Júnior, mais conhecido por anjo da morte, ou Cagado Júnior

    GUINÉ-BISSAU: CONFIRMADO - CARLOS GOMES JÚNIOR REGRESSA DE EXÍLIO À 18 DESTE MÊS.

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    CONFIRMADO: CARLOS GOMES JÚNIOR REGRESSA DE EXÍLIO À 18 DESTE MÊS


    Bissau,09 Jan 18 (ANG) – O ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior vai regressar ao país no dia 18 deste mês sem compromisso com nenhuma organização e nem tão pouco com qualquer que seja formação política, mas disponível a dar sua contribuição para o desenvolvimento social do país

    .O anúncio foi feito hoje em conferência de imprensa pelo Presidente do Movimento Nacional Cívico “ Nô Djunta Mom pa Fidjus di Tchom riba Cassa”, Fernando Gomes.
    Gomes apelou a comparência massiva dos guineenses na recepção de Carlos Gomes Júnior, alegando a necessidade de uma reconciliação verdadeira entre os guineenses, independentemente da posição política ou religiosa de cada um.

    “Todos os responsáveis dos órgãos da soberania tiveram conhecimento sobre o regresso de Carlos Gomes ao país na próxima quinta-feira e concordaram”, disse ,Fernando Gomes.  

    Carlos Gomes Júnior, que foi o candidato mais bem posicionado para vencer as presidenciais de 2012, exilou-se em Lisboa desde Abril desse ano na sequência de um golpe militar. 

    Conosaba/ANG/LPG/ÂC/SG

    guiné-bissau: PGR DA GUINÉ-BISSAU DIZ A PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL PARA "MANDAR APENAS NOS TRIBUNAIS".

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    Bacari Biai, PGR
    O Procurador-geral da República (PGR) da Guiné-Bissau, Bacari Biai, instou hoje o presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Paulo Sanhá, a mandar apenas nos tribunais, lembrando-lhe que quem dirige o Ministério Público é o Procurador.
     
    Bacari Biai fez a exortação numa conferência de imprensa em que respondeu ao repto que lhe foi lançado na segunda-feira por Paulo Sanhá num discurso proferido no palácio da Presidência, por ocasião de cumprimentos de Ano Novo do poder judicial ao chefe do Estado guineense.
    
    Paulo Sanhá, Presidente STJ

    Sanhá, que é por inerência de funções também presidente do Tribunal Constitucional (TC) guineense, aconselhou Bacari Biai, a ter "maior serenidade" quando se dirige à população através da comunicação social para falar de processos judiciais.
     
    "É preciso pararmos com a confusão. O presidente do STJ não pode continuar a pensar que manda no Procurador-geral da República. Ele cura apenas lá na magistratura judicial aqui também quem manda é o Procurador-Geral da República, ponto final", defendeu Biai.

    As afirmações dos dois responsáveis judiciais prendem-se com um acórdão do TC que determina que os processos em investigação no Ministério Público devem ser acusados ou arquivados, seis meses após o início dos inquéritos. 
     
    Segundo a leitura do Procurador Biai, a norma vai obrigar o Ministério Público a ordenar o arquivamento dos processos de inquéritos aos assassínios do ex-Presidente guineense, "Nino" Vieira e do ex-chefe das Forças Armadas, Tagme Na Waié, por determinação do Tribunal Constitucional.
     
    O Procurador diz ser unânime em toda jurisprudência e doutrina portuguesas, "fonte do ordenamento jurídico guineense", a inexistência de prazos perentórios para acusar ou arquivar processos.
     
    "Surpreendentemente o nosso Supremo Tribunal nas vestes de Tribunal Constitucional diz que são prazos perentórios", observou Bacari Biai, acusando os juízes daquela magistratura de estarem a "abrir portas para impunidade" no país.
     
    O Procurador guineense estranha ainda o facto de Paulo Sanhá ter aproveitado os cumprimentos ao chefe de Estado para lançar uma questão que, disse, não passa de um debate jurídico.
     
    Fonte: Lusa, em https://www.dn.PT

    ANGOLA: ORA MANDO EU, ORA MANDAS TU.

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    O MPLA (de José Eduardo dos Santos) assume a promoção de legislação para a realização das primeiras eleições autárquicas no país como uma das principais acções deste ano na agenda política do partido, no poder desde 1975. João Lourenço está de acordo e, por enquanto, assina por baixo. 

    Aposição surge numa nota dando conta do conteúdo da 15.ª reunião ordinária do secretariado do Bureau Político do MPLA, que analisou “vários assuntos relativos ao país e à vida interna do partido”, sob a direcção do presidente e ex-chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.
    O documento refere que durante a reunião, em que esteve presente ainda o vice-presidente do MPLA e Presidente da República, João Lourenço, foi apreciada a proposta de “Agenda Política do Partido para o ano de 2018, na qual se ressalta, dentre outras acções, a promoção de legislação de suporte à realização de eleições autárquicas em Angola”, entre outras medidas.
    O Presidente da República de Angola, João Lourenço, assumiu em Outubro que a instituição das autarquias locais no país é um “desafio central” para a actual legislatura, que decorre até 2022, levando o Estado para “mais próximo dos cidadãos”.
    “Um dos desafios centrais que assumimos para esta legislatura é passar as autarquias locais do texto constitucional para a realidade dos factos. É importante assegurar que o Estado esteja mais próximo dos cidadãos”, disse João Lourenço.
    Angola continua sem realizar as primeiras eleições autárquicas no país, cujas administrações municipais são nomeadas pelo poder central, perante as fortes e reiteradas críticas dos partidos da oposição.
    Nesse sentido, disse, entre as “principais iniciativas legislativas” desta legislatura estarão os projectos de lei sobre o procedimento administrativo do regime de desconcentração de competências dos órgãos locais do Estado e do regime financeiro do poder local.
    Esta reunião do Bureau Político surge um dia após João Lourenço ter feito a sua primeira conferência de imprensa, em que reuniu mais de 150 jornalistas nos jardins do Palácio Presidencial, em Luanda, durante a qual foi questionado pelos jornalistas sobre a relação com o presidente do partido e chefe de Estado durante 38 anos, até Setembro último.
    “Não sinto essa crispação nas nossas relações. As nossas relações são, sobretudo, de trabalho. Relações entre o presidente de um partido e o seu vice-presidente e relações entre o presidente do partido que me apresentou como candidato e hoje Presidente da República. Nas minhas funções de Presidente da República, baseio-me, sobretudo, na Constituição e na Lei. Em princípio, nada está acima da Constituição”, respondeu João Lourenço.
    Na mesma ocasião, o chefe de Estado recordou que o presidente do partido “fundamenta a sua acção em algo que se chama Estatutos”, pelo que estão “em campos distintos”.
    “E acredito que se cada um de nós cumprir bem com o seu papel não haverá crispações. Tudo farei, enquanto Presidente da República, para não prescindir de nenhum dos direitos que a Constituição da República me confere para que possa cumprir o mandato que o povo me conferiu nas eleições de 2017”, disse João Lourenço, na mesma conferência de imprensa.
    Folha 8 com Lusa

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