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terça-feira, 2 de outubro de 2018

PRESIDENTE VOLTA À CHINA PARA ASSINAR A HIPOTECA!.

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O Presidente angolano, João Lourenço, vai visitar oficialmente a China a 9 e 10 deste mês, quase 40 dias depois de ter participado, em Pequim, na terceira cimeira do Fórum de Cooperação China-África. Provavelmente o Governo está a pensar abrir uma “filial” em Pequim. É que o MPLA é dono de Angola e a China é dona do dono de Angola.

Fonte da Casa Civil de João Lourenço adiantou que o Presidente da República será acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, pelo Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano e – é claro! – pelo Presidente do MPLA e pelo Titular do Poder Executivo, indicando que só na terça-feira ficarão definidos os restantes pormenores.
É preciso mais, muito mais, fiado e nesta matéria a fábrica de kumbu está em Pequim e o processo de fabrico, depois de assinada a respectiva hipoteca (o MPLA conhece melhor o termo colonial “vale” – ordem de pagamento, feita pelo proprietário de fundos àquele que é depositário desses fundos) é ultra-rápido.
Em Pequim, acrescentou a fonte, o Presidente João Lourenço será recebido pelo homólogo chinês, Xi Jinping, com quem já esteve reunido a 4 de Setembro passado, à margem daquela cimeira. E se Donald Trump admite que se “apaixonou” por Kim Jong-un, é bem natural – para além de normal – o que o mesmo se passe com Lourenço e Xi.
No encontro de então, João Lourenço manifestou a Xi Jinping o desejo de ver aumentado o investimento directo de empresas chineses na produção de bens de amplo consumo. O líder chinês anuiu mas, naturalmente, quer tudo bem ratificado preto no branco (o que significa “deixar tudo documentado”) ou, pelo menos preto no amarelo.
O Presidente João Lourenço adiantou também que o investimento pode ser feito através do estabelecimento de parcerias “mutuamente vantajosas” com empresários angolanos, na partilha de tecnologia e de conhecimento científico e na formação de quadros angolanos.
Para assegurar o êxito dos programas bilaterais de cooperação, o chefe de Estado angolano defendeu o estabelecimento de “mecanismos práticos que possibilitem o acesso aos recursos financeiros necessários para o sucesso das medidas de políticas estabelecidas pelas nações africanas”.
João Lourenço considerou também “necessário” que as instituições bancárias africanas e da China desempenhem um papel importante, “com o objectivo de tornarem real a vontade política de ambos os lados” em proporcionar os recursos e desenvolver projectos que garantam um desenvolvimento que se revele “mutuamente vantajoso”.
Durante a visita de João Lourenço, porém, não foi possível concluírem-se as negociações para a definição de um quadro geral de cooperação financeira bilateral, que ficaram então adiadas para fins de Setembro e, agora, para a visita do Presidente angolano.
“É possível que este acordo (sobre a definição do quadro geral de cooperação financeira) seja assinado na China ainda este ano”, disse então o ministro das Relações Exteriores angolano, Manuel Augusto, salientando que Pequim está disposta a financiar projectos em África, mas uma das contrapartidas, tal como definiu Xi Jinping, é a transparência nos países que queiram concorrer a esse financiamento.
Em Maio que o Governo angolano estava a negociar mais de 16.500 milhões de euros em linhas de financiamento internacionais para projectos no país, a maior parte junto de instituições da China.
De acordo com informação do Governo angolano enviada na altura a investidores internacionais, Angola está actualmente a negociar “várias novas facilidades de crédito”, algumas das quais em fase avançada de negociação.
É o caso de uma linha de financiamento em negociação com os chineses do ICBC (Banco Industrial e Comercial da China), para projectos de infra-estrutura em Angola, avaliados em 11.700 milhões de dólares (9.830 milhões de euros).
Tendo ainda o ICBC como angariador, agente e credor original, o Governo angolano, lê-se no documento, está “em vias de celebrar um contrato de empréstimo” de 1.281,9 milhões de dólares (1.076 milhões de euros), para financiar até 85% do preço do contrato para a concepção, construção e fornecimento de equipamentos do Novo Aeroporto Internacional de Luanda, em construção por empresas chinesas nos arredores da capital.
Este empréstimo será por um período de 15 anos e inclui um período inicial de carência de 18 meses, durante o qual Angola não é obrigada a reembolsar o montante principal do empréstimo.
Através do banco estatal chinês que apoia as importações e exportações do país (CHEXIM Bank), Angola está a negociar um financiamento para a construção da marginal de Corimba, em Luanda, de 690,2 milhões de dólares (579 milhões de euros), para o sistema de transporte de electricidade da barragem de Lauchimo, por 760,4 milhões de dólares (638 milhões de euros), e para a construção da base da Academia Naval, em Kalunga, Porto Amboim, no valor de 1.100 milhões de dólares (923 milhões de euros).
Só entre 2013 e final de 2017, dados do Governo angolano indicam que a dívida total de Angola à China – bilateral e aos bancos comerciais chineses – passou de 4.700 milhões de dólares (3.940 milhões de euros) para 21.500 milhões de dólares (18.000 milhões de euros), equivalente a mais de 60% de toda a dívida contraída externamente pelo país.
Ainda sem estes acordos de financiamento fechados, o Governo angolano estima fechar 2018 com um endividamento público de 77.300 milhões de dólares (65.100 milhões de euros), equivalente a 70,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para este ano, excluindo a dívida da petrolífera estatal Sonangol.
Há três anos (Agosto de 2015) já o fiscalista João Espanha considerava que o acordo monetário entre Luanda e Pequim tornava Angola “uma espécie de colónia económica da China”, tornando o país asiático no “parceiro oficial” e principal.
Em declarações a propósito do acordo monetário entre os dois países, anunciado nesse mês por Rosa Pacavira, então ministra do Comércio de Angola, João Espanha argumentou que “o acordo torna a China o parceiro comercial número um e oficial de Angola”, vertendo para o papel uma situação que já se verificava, na prática.
“A China começa assim a tornar-se um parceiro comercial incontornável”, até porque passa a ter uma enorme vantagem para os importadores angolanos, que é o facto de evitarem os custos de terem de converter kwanzas para uma moeda internacional como o dólar ou até o euro, acrescentou o fiscalista e sócio da sociedade de advogados Espanha & Associados.
“É uma medida de cedência aos interesses da China, torna Angola uma espécie de colónia económica da China, e torna evidente a dependência angolana da China, é uma consequência natural, é quase a formalização de uma situação de facto”, acrescenta o advogado especialista em Direito Fiscal.


Folha 8 com Lusa

ANGOLA: SÓ UM POVO CULTO É LIVRE

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

O director do Instituto Politécnico de Arte (CEARTE) defendeu hoje a necessidade de os músicos angolanos apostarem mais na formação, dotando-se de ferramentas e conhecimentos científicos que coloquem no mercado produtos com a qualidade desejável para o consumo público.

Eusébio Pinto, que falava à imprensa em Luanda, no âmbito Dia Mundial da Música, afirmou que, actualmente, a qualidade melódica está a sobrepor-se ao conteúdo das letras das músicas, razão pela qual os artistas devem olhar para este segmento e apostar na sua melhoria.
Felicitando os músicos pela data, o responsável aconselhou os artistas que têm alguma dificuldade na vertente da composição para se socorrerem dos mais experientes e, desta forma, colocarem ao dispor dos consumidores produtos que contribuam positivamente na formação do público.
“O mercado angolano tem bons compositores e estes podem ajudar os demais, melhorando as letras das músicas em termos de arrumação de ideias e mensagens que se querem transmitir”, reforçou.
Eusébio Pinto avançou que o CEARTE, dentro das suas atribuições, tem a formação musical de quatro anos, concretamente no plano pedagógico, criação e interpretação, com o objectivo de dotar os formandos de conhecimentos científicos que podem contribuir e ajudar os músicos a melhorar os conteúdos das letras.
Além dos cursos de quatro anos, informou que o politécnico está também a pensar na institucionalização de cursos de curta duração para os artistas já com uma carreira consolidada.
De acordo com o responsável, infelizmente, o mercado musical angolano tem registado o aparecimento de alguns artistas com uma passagem efémera, visto que não conseguem segurar a carreira por falta de bases.
O Dia Mundial da Música foi instituído em 1975 pelo International Music Council, uma instituição fundada em 1949 pela UNESCO, que integra vários organismos e individualidades do mundo da música.
A celebração do Dia Mundial da Música visa promover a arte musical em todos os sectores da sociedade, divulgar a diversidade musical, aplicação dos ideais da UNESCO como a paz e amizade entre as pessoas, evolução das culturas e troca de experiências.
Nas últimas décadas da época colonial, a produção e gravação de música de artistas locais teve o seu embrião com a criação de estúdios da Valentim de Carvalho, em Luanda, que cessou a sua actividade em 1975.
O resultado foi uma mini-indústria que, combinada com a excitação da liberdade que se antevia, viu nascer excelentes músicos e diversos estilos originais entre meados dos anos 60 até à independência, em 1975.
A música de Angola foi moldada tanto por um leque abrangente de influências, como pela história política do país, referiu Eusébio Pinto.
Segundo o director do CEARTE, a música em Angola registou um “grande crescimento” na componente de produção, promoção e edição discográfica, desde a década de 1980 a 2008.
“Actualmente é um dado indiscutível que o artista angolano conseguiu superar e evoluir em termos de estética, qualidade e conteúdo das letras musicais, e até mesmo os videoclipes, uma vez que, internacionalmente, já são ouvidos com satisfação”, notou.
O semba, kizomba e o próprio kuduro já são consumidos com frequência no continente e no mundo, graças à qualidade que os músicos hoje apresentam.
Em matéria das letras, se os nossos letristas quiserem aprender a melhor a escrita em português, o melhor é não consultar o site daquela que deveria ser um paradigma do ensino em Angola – a Universidade Agostinho Neto.
Vamos a exemplos. Experimentem a entrar na rubrica “História”. Lá encontram pérolas do tipo: “silvicltura”, “bndeira”, “ectroténica”, “edífico”, “ogânicas”, “senando”.
Mal por mal, talvez possam adoptar a linguagem vernácula dos kangambas cá da banda. Eis um exemplo que, se musicado, poderia ser uma digna homenagem aos analfabetos funcionais (mesmo que generais) que assolam o nosso país:
fonte: folha8

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