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sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

EX-PM GUINEENSE CARLOS GOMES JÚNIOR PEDE DIÁLOGO PARA ULTRAPASSAR CRISE POLÍTICA

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Clique em ler mais para ver fotos da chegada de Cadogo Júnior à Bissau.
 
O ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, regressado hoje a Bissau depois de cinco anos a residir entre Portugal e Cabo Verde, apelou hoje ao diálogo para ultrapassar a crise que afeta o país nos últimos anos.
 
Gomes Júnior, cujo governo foi deposto pelos militares a 12 de abril de 2012, disse, em curtas declarações aos jornalistas no aeroporto de Bissau, que se sentia feliz "pelo calor humano" de milhares de guineenses que o acolheram e seguiram um cortejo que o acompanhou até um hotel onde vai ficar hospedado.
 
Visivelmente emocionado, o antigo primeiro-ministro, que apareceu com o seu tradicional gorro castanho na cabeça, disse estar disposto a ajudar a promover o diálogo visando a reconciliação entre os guineenses. 

"Eu estou disposto. Eu sou empresário, mas estou na política ativa desde 1994, enquanto deputado, dirigente do parlamento, presidente do PAIGC durante 12 anos. Hoje estou cá para abraçar os meus irmãos, arranjar a via do diálogo, encorajá-los", observou Carlos Gomes Júnior.
 
Assumindo-se "sem compromissos com ninguém", afastou, para já, qualquer candidatura a cargos públicos eletivos, mas salientou que a nova geração de políticos tem responsabilidades com o mundo e com a geração vindoura no país.
 
Disse ser triste que as divergências estejam a impedir o progresso de um país que afirmou ter potencialidades.
 
"O nosso país é rico, tem capacidades, tem competências. É preciso que nos possamos sentar, falar, dialogar e arranjar o melhor caminho que seja propício para as gerações vindouras poderem trabalhar", defendeu Gomes Júnior.
 
Enalteceu "a coragem e a valentia dos antigos combatentes", durante a luta armada contra a dominação colonial e repudiou que os "continuadores de Cabral" não estejam a conseguir dirigir o país, numa referência ao "pai" das independências da Guiné e Cabo Verde.
 
Carlos Gomes Júnior sublinhou ter voltado para ficar, rever a sua família, sobretudo o seu pai, Carlos Domingos Gomes, de 98 anos, dentro da diversidade, porque, disse, os guineenses "não são iguais", podendo cada um estar no seu partido, se for o caso.
 
Um cortejo de milhares de pessoas acompanhou, a pé, Carlos Gomes Júnior, que se fazia transportar numa carrinha de caixa aberta, do aeroporto ao hotel, ao som da musica e cânticos de apoio ao político, ao longo de cinco quilómetros.
 
Dezenas de polícias acompanharam o cortejo. Ao chegar ao hotel, Gomes Júnior, que se fazia acompanhar dos familiares amigos e elementos da comissão da sua receção, recolheu-se, deixando de lado de fora uma autêntica festa ao ar livre com música ao vivo.
 
Fonte: Lusa, em https://www.dn.PT

CEDEAO anuncia início de processo de sanções contra líderes guineenses.

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Dirigentes da organização terminaram missão sem sucesso
A missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que realizou uma visita ontem e hoje, 17 e 18, à Guiné-Bissau anunciou que vai iniciar os procedimentos adequados para apara a aplicação de “sanções contra todas as pessoas que impedem a efectiva implementação dos acordos" de Conacri e de Bissau.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, 18, o ministro de Estado e secretário-geral da Presidência da Guiné-Conacri, e o ministro togolês dos Negócios Estrangeiros, Robert Dussey, disseram que “a missão constatou que, no término do prazo dos 30 dias concedidos às autoridades da Guiné-Bissau pela cimeira de Abuja, nenhum progresso significativo foi feito na implementação desses acordos”.
Comunicado de imprensa sobre a Guiné-Bissau
Comunicado de imprensa sobre a Guiné-Bissau
A decisão foi lida aos jornalistas por Dussey no final da missão de dois dias ao país para avaliar a aplicação dos acordos assinados pelos actores políticos guineenses.
A missão encontrou-se com o Presidente José Mário Vaz, partidos políticos signatários do Acordo de Conacri (PAIGC, PRS e Grupo dos 15) e representantes do Grupo P5, integrado pelas Nações Unidas, União Africana, CEDEAO e CPLP.
A missão voltou a pedir aos “actores políticos envolvidos na crise a privilegiar o diálogo, a colocar a unidade nacional acima dos interesses políticos e a resolver definitivamente o actual impasse implementado o referido acordo".
O início da aplicação de sanções poderá acontecer no próximo dia 20 em Lomé, Togo, numa reunião especial dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO sobre a Guiné-Bissau.

fonte: VOA

CEDEAO ameaça sanções a Guiné-Bissau.

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José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau. 2 de Maio de 2017.ISSOUF SANOGO / AFP
A Missão Interministerial da CEDEAO, depois das consultas com os actores políticos, concluiu que não houve progressos para o cumprimento do Acordo de Conakry. Por isso, não exclui a possibilidade de aplicação de sanções a pessoas individuais e coletivas. Sob a responsabilidade do Chefe da Diplomacia do Togo, Robert Dussey, a missão vai submeter a Conferencia dos Chefes de Estado e Governo da CEDEAO, o relatório dos incumprimentos de Bissau, agravado com manifestações e repressões policiais. De Bissau mais pormenores com Aliu Cande.




A Missão Interministerial da CEDEAO, depois das consultas com os atores políticos, concluiu que não se registaram progressos para o cumprimento do Acordo de Conakry. Perante a situação, a mesma não exclui a possibilidade de aplicar sanções a pessoas individuais e colectivas. Chefiada pelo ministro dos negócios estrangeiros do Togo, Robert Dussey,a missão deverá submeter a Conferencia dos Chefes de Estado e Governo da CEDEAO, o relatório dos incumprimentos de Bissau, agravado com manifestações e repressões policiais.
A Missão de Alto Nível da CEDEAO diz ter constatado uma situação preocupante na Guiné-Bissau. Para além do impasse em matéria da normalização da vida política no país da África ocidental, a crise agrava-se devido à repressão policial aos movimentos populares de contestação. O referido clima de tensão prevalece depois das autoridades de Bissau terem solicitado aos seus parceiros da CEDEAO um período de três meses, para consultas com os outros protagonistas da cena política interna.
Segundo a missão interministerial da CEDEAO,o prazo para as consultas terminou no passado dia 3 de Setembro. A sua conclusão é que, cinco meses depois não se constatou nenhum progresso.
Em conferência de imprensa, a Secretaria da Representação da CEDEAO na Guiné-Bissau Keli Lopes não excluiu a possibilidade de sanções colectivas e individuais aos dirigentes guineenses, que obstaculizam a implementação do Acordo de Conacri . Esta questão será discutida no decurso da Conferencia dos Chefes de Estado e Governo da CEDEAO a ter lugar em Abuja, no próximo dia dezasseis.
A delegação do Bloco Regional, sob a égide do Chefe da Diplomacia togolês Robert Dussey, pediu contenção aos actores políticos e sublinhou a necessidade da criação de condições propícias às eleições legislativas de 2018 na Guiné-Bissau. Ela saudou a postura das forças de segurança da Guiné-Bissau e encorajou-as a manter a sua neutralidade perante a crise política.
Correspondência Aliu Cande. Guiné-Bissau 03.12.2017
fonte: RFI

Guiné-Bissau: CEDEAO ameaça com sanções aos que dificultarem fim da crise política.

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CEDEAO deixa o país sem resultados positivos na resolução da crise política. Bissau viveu ainda nesta quinta-feira (18.01.) outro acontecimento: o regresso do ex-primeiro ministro Carlos Gomes Júnior.
fonte: DW África
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A delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que esteve em Bissau por dois dias em busca de uma estratégia de implementação do Acordo de Conacri, conclui não houve nenhum progresso significativo na implementação desse acordo que visa pôr fim a crise política que dura há mais de dois anos.
A Cimeira da CEDEAO de Abuja, Nigéria, no fim do ano passado, tinha dado um prazo de 30 dias às autoridades guinneses para implementar o Acordo, um prazo que expirou no dia 16 de janeiro.
Com extremar de posições e o persistente impasse político, a CEDEAO diz que irá avançar para a aplicação de sanções contra as pessoas que impedem a efetiva implementação do Acordo, lê-se no comunicado final da missão divulgado nesta quinta-feira (18.01.)em Bissau.
Guinea-Bissau Jose Mario Vaz
José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau
Contactos continuam
As divergências persistem entre o PAIGC, partido que venceu as eleições em 2014, e os seus deputados expulsos que reclamam o regresso aos lugares que ocupavam na direção.
Os quinze deputadosexpulsos condicionam o regresso ao partido com a anulação do Congresso previsto para o final do mês. Uma proposta prontamente refutada pela direção do PAIGC.
A missão da CEDEAO liderada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Togo, Robert Dussey, e integrada pelo secretário-geral da presidência da Guiné-Conacri, Nabi Bangura, desdobrou-se em contactos com os atores políticos guineenses.
Regresso de Cadogo
Mas houve outro acontecimento que marcou aatualidade política guineense nesta quinta-feira: o regresso ao país do antigo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. Este vivia exilado em Portugal, desde 2012, quando sofreu um golpe de Estado.
Aos jornalistas, no aeroporto internacional de Bissau, Cadogo, como também é conhecido, disse que voltou para promover a reconciliação nacional: "apelo ao diálogo para arranjar melhor caminho para a geração vindoura. Estou disposto a ajudar. Hoje estou cá para abraçar os meus irmãos."
Sobre a crise vigente no país, Carlos Gomes Júnior afirma que os políticos devem se entender para o bem da população, deixa em aberto o seu regresso a atividade política.
E ele avisa que não tem compromisso com nenhuma das partes em conflito no país: "Eu penso que a reconciliação é possível. Podemos ter vários partidos e ter as nossas divergências, mas temos que nos aceitar na nossa diversidade devido aos compromissos."
Carlos Gomes Junior deverá reunir-se com o Presidente da Guiné-Bissau nesta sexta-feira (18.01).
Guinea-Bissau DDR Afrika PAIGC Konrad Naumann bei Luís Cabral in Bissau (Bundesarchiv/Bild183-T0111-320/Glaunsinger)

ANGOLA: ORÇAMENTO GERAL DO MPLA: MAIS DO MESMO OU BEM PIOR.

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A Assembleia Nacional de Angola aprovou hoje, na generalidade e como esperado, a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, com despesas e receitas de 9,658 biliões de kwanzas (48.300 milhões de euros), com abstenção da oposição.

Aproposta de Lei do OGE 2018 foi aprovada com 144 votos a favor, do MPLA, nenhum contra e 56 abstenções, da UNITA, da CASA-CE, do PRS e da FNLA.
Nas respostas, às questões levantadas pelos deputados durante os debates, o ministro de Estado do Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, referiu que o fim último deste orçamento é o de contribuir para o aumento do bem-estar e qualidade de vida dos angolanos.
Para o efeito, tendo em conta os actuais desequilíbrios da economia angolana terá de ser dada uma atenção muito especial, este ano, ao ajustamento fiscal e cambial.
Segundo o governante, com os actuais desequilíbrios no investimento, quer nacional ou estrangeiro, nesse sentido, o OGE para 2018, diminui o défice fiscal para 2,9%, contra os 5% de 2016.
“Ao diminuir o défice teremos menos necessidades de endividamento e por esta razão a procura por parte do Estado de fundos emprestáveis vai diminuir, o que implicará, por sua vez, uma diminuição das taxas de juros que hoje são relativamente altas”, frisou.
Manuel Nunes Júnior referiu que a convicção é de deverá ser feito tudo ao alcance das autoridades para o alcance do êxito dos programas traçados.
“Com o programa do desenvolvimento local e combate à pobreza, este OGE prevê a atribuição de verbas autónomas aos municípios, para que estes mais directamente possam resolver os problemas das populações”, disse, considerando a prática “uma acção importante no que respeita à desconcentração administrativa e um passo significativo no que respeita ao poder autárquico no futuro”, além de um factor “muito importante ao combate à pobreza”.
O governante destacou ainda a melhoria do programa no domínio da educação e da saúde, áreas fundamentais para a melhoria da qualidade de vida dos angolanos e aumento do índice de desenvolvimento humano de Angola.
Relativamente aos investimentos públicos e privados, Manuel Nunes Júnior disse que “devem andar de mãos dadas”, devendo os primeiros criar condições para que os segundos tenham os níveis de retorno esperado pelos investidores.
“Com isto nós queremos demonstrar que este orçamento é baseado em sólidas opções de política económica, sendo por isso, a nosso ver, um orçamento coerente e consistente”, afirmou.
Para Manuel Nunes Júnior, as alegações de que este OGE não tem opções, como referiram alguns intervenientes no debate, são “no mínimo pouco fundadas”.
“Nós vamos trabalhar efectivamente para que as políticas económicas que aqui estão definidas neste Orçamento Geral do Estado contribuam de facto para a melhoria da qualidade de vida do povo e do seu bem-estar. Para nós, as políticas económicas de per si não fazem qualquer sentido se não contribuírem para o bem-estar do povo”, disse.
Na sua declaração de voto, a bancada parlamentar da UNITA referiu que se absteve porque considera importante que o executivo esclareça os angolanos que dívidas públicas vão merecer as verbas alocadas por este orçamento.
Por sua vez, o grupo parlamentar da CASA-CE justificou a sua abstenção como sendo um benefício da dúvida, para que na especialidade possam “expurgar as inconstitucionalidades e os vícios que a lei orçamental comporta”, nomeadamente na sua estruturação, “quanto às autorizações legislativas requeridas no sentido de alterar a legislação aprovada pela Assembleia Nacional”.
As contas do Estado angolano para 2018 prevêem um défice de 697,4 mil milhões de kwanzas (3.500 milhões de euros), equivalente a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), traduzindo-se no quinto ano consecutivo de “buraco” nas contas nacionais.
O documento aprovado hoje na generalidade, que estima um crescimento económico de 4,9% do PIB, vai agora ser discutido na especialidade, iniciando-se já na sexta-feira com o encontro com os parceiros sociais e organizações femininas, para contribuições à proposta de Lei do OGE 2018.

Questões incómodas não… incomodam o MPLA

Do ponto de vista dos milhões que têm pouco ou nada há questões criticáveis. O mesmo não pensam os poucos que têm milhões, muitos dos quais estão no Parlamento. Como é que se justifica que o sector da defesa e segurança mereçam mais dinheiro do que o da saúde e da educação?
João Lourenço explica que o grosso do orçamento da defesa e da segurança se deve, “maioritariamente, ao pagamento de salários e pensões ao pessoal no activo e na condição de reforma”. Mas o brilhantismo da sua tese vai mais longe quando explica que “dispensar esse pessoal da folha de pagamento destes sectores implica que os sectores produtivos privados da economia tenham capacidade de os absorver sob pena de agravar ainda mais a já preocupante situação de desemprego”.
A oposição, que de quando em vez acorda, não ficou convencida com os argumentos. O deputado Benedito Daniel do PRS questionou: “O país enfrenta uma gritante falta de medicamentos, falta seringas, luvas, borboletas, não há condições para os profissionais da saúde assistirem os pacientes que acorrem às unidades hospitalares e, em muitos hospitais não há médicos, 18% para despesas do sector da saúde serão suficientes?”.
Também a FNLA não ficou convencida. Lucas Ngonda, deputado, afirmou não ver solução no Orçamento para acabar com a crise que assola o país. Pelo contrário, “a tendência será de a agravar uma vez que não propõem soluções para questões de base que tem a ver com as populações que enfrentam problemas de pobreza permanente”.
Aos olhos de André Mendes de Carvalho, líder da Bancada Parlamentar da CASA-CE, o actual Orçamento em pouco se difere dos anteriores. De acordo com este responsável, a proposta em cima da mesa “enferma dos mesmos vícios dos anteriores, não se conformando com a Constituição da República e com a lei”.
Adalberto Costa Júnior, líder parlamentar da UNITA, pediu uma auditoria à dívida pública de Angola e pediu a abertura ao novo Governo. “Haja abertura para se aceitar propostas de melhorias ao OGE para que não fiquemos, como no passado, com impressão de que se veio aqui apenas para se cumprir calendário. O país exige esta abertura”, afirmou.
Já o MPLA cumpre “ordens superiores” e só vê qualidades no OGE. O deputado Salomão Xirimbimbi, líder da bancada parlamentar do partido, destaca as boas medidas para execução de programas de impacto social. “A proposta em apreciação, continua a valorizar a função social, o investimento público experimenta um crescimento, contemplando projectos de continuidade de reabilitação de vias secundárias e terciárias”, diz.


A votação final global da proposta está prevista para 15 de Fevereiro, conforme previsto na legislação, dada a realização de eleições gerais em Agosto de 2017.
fonte:jornalf8.net

ANGOLA: ASSIM SE VÊ QUE NÃO HÁ JACARÉS VEGETARIANOS.

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O líder da bancada parlamentar do MPLA, partido no poder em Angola desde 1975, veio hoje mostrar que a palhaçada é uma instituição nacional, gerada, parida e desenvolvida há 42 anos pelo partido de José Eduardo dos Santos e João Lourenço. Se não é, certo será que o líder da sua bancada será exonerado nas próximas horas.

Por Orlando Castro
Salomão Xirimbimbi, fazendo uso da sua “educação patriótica” e do seu respectivo doutoramento com distinção máxima, lamentou a “delicada” situação de subsistência alimentar que afecta a população de parte do território nacional, no Sul, assolada por uma prolongada estiagem.
A dita “delicada” situação de subsistência alimentar, que em linguagem clara quer dizer FOME, afecta não só os angolanos do Sul como, por razões diferentes, mais uns milhões em todo o reino esclavagista do MPLA.
Salomão Xirimbimbi transmitiu a posição enquanto procedia à leitura da declaração política daquele grupo parlamentar maioritário, na Assembleia Nacional, na abertura da sessão plenária que hoje aprovou, na generalidade e de acordo com as “ordens superiores” que determinam que todos os deputados do MPLA são meros autómatos, o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018, com a abstenção da oposição, que pretende fazer sugestões na discussão na especialidade.
O líder parlamentar do MPLA recordou que também em outras parcelas do território angolano, os cidadãos vivem situações graves de saúde pública, com o surgimento de surtos de cólera e malária, vitimando inúmeros cidadãos, “pelo que urge debelá-las o mais depressa possível”.
É preciso ter uma lata do tamanho do Kwanza para falar de tudo isto como se o MPLA não estivesse no poder há 42 anos, como se o país não estivesse em paz total há 16 anos. Lata que, como sempre, leva os autómatos a zurrar supostas preocupações sem, contudo, reconhecer que é graças ao MPLA que Angola é (entre muitas outras fatídicas gangrenas) um dos países mais corruptos do mundo e líder mundial da mortalidade infantil.
Noutro sentido, o do panegírico e de culto do chefe, saudou a presença no Parlamento – o que aconteceu pela primeira vez – e a mensagem do Presidente da República, João Lourenço, sobre o OGE 2018, considerando-a comprometida com o bem-estar dos angolanos.
João Lourenço que, para além de ser um filho do MPLA, foi sempre um figura de destaque no partido, chegando a ser ministro da Defesa e que é hoje seu vice-presidente. É, portanto, caso para perguntar se – mesmo criado em cativeiro – um filho de jacaré consegue ser vegetariano…
Para o deputado, Salomão José Luheto Xirimbimbi, que já foi Vice-Ministro do Planeamento, Ministro das Finanças, Coordenador da Comissão de Economia e Finanças do Comité Central do MPLA, Presidente da Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional, Governador da Província do Namibe e Ministro das Pescas, a presença do Presidente angolano na abertura da discussão em torno do OGE 2018, que se prolonga até 15 de Fevereiro, data da prevista votação final do documento, reforça o Parlamento como centro de decisão política.
Reforça o Parlamento como quê? Centro de decisão política? Como é que alguém pode dizer tantas barbaridades sobre uma Assembleia que é dominada, domesticada, formatada de acordo com os interesses de um só partido, o MPLA?
Xirimbimbi expressou igualmente satisfação pela iniciativa do Presidente em submeter no início do ano uma iniciativa legislativa com vista ao repatriamento de capitais angolanos no exterior, para serem aplicados em prol do desenvolvimento económico e social de Angola.
Apesar de ser um dos mais experimentados políticos do regime, foi visível o excelente desempenho de Salomão Xirimbimbi como um dos melhores ventríloquos do MPLA. Ele mexia os lábios mas a voz que a todos chegava era a de João Lourenço, tal como antes fora a de José Eduardo dos Santos.
Sobre o OGE 2018, Salomão Xirimbimbi considerou que a proposta continua a valorizar a função social, o investimento público e experimenta mesmo um crescimento, contemplando projectos de continuidade de reabilitação das vias terciárias e secundárias.
Valorizar a função social? Onde será que Salomão Xirimbimbi descobriu isso? Não descobriu. É claro. Não se pode descobrir o que não existe. Limitou-se a dizer o que sabia ir agradar ao chefe. E acertou. Também não admira. A sua experiência é enorme. Andou mais de 20 anos a servir o “querido líder”, o “escolhido de Deus”.
Segundo Salomão Xirimbimbi, a proposta do OGE para este ano contém acções que visam melhorar a situação económica e social de Angola, com vista a garantir a estabilidade macroeconómica e instaurar-se um clima propício ao crescimento económico e à geração de emprego.
Veremos o que vai acontecer. Certamente que numa qualquer remodelação governamental Salomão Xirimbimbi voltará a ser ministro. Ao que parece, entre um néscio do MPLA e um génio de outro partido, ou mesmo sem partido, João Lourenço (tal como Eduardo dos Santos) não tem dúvidas: escolhe o… néscio.
fonte: jornalf8.net

«NÃO FALHOU A DATA DO DIA 18 JANEIRO DE 2018» CARLOS GOMES JÚNIOR 'CADOGO' CHEGA A BISSAU.

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18 de Janeiro 2018, O ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior chega ao país e fez parar Bissau, recebido e ovacionado por multidão!

Foi recebido no Aeroporto Osvaldo Vieira pelo Presidente do Movimento Nacional Cívico “ Nô Djunta Mom pa Fidjus di Tchom riba Cassa”, Fernando Gomes.




DEPUTADOS EXPULSOS DO PAIGC EXIGEM O ADIAMENTO DO CONGRESSO DO PARTIDO.

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O grupo dos quinze deputados expulsos do Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) defendeu esta quarta-feira (17.01) que só vão reintegrar as fileiras do partido, com a anulação das conferências de base, da convenção e o adiamento do próprio congresso do PAIGC a realizar de 30 de Janeiro a 4 de Fevereiro do ano em curso.

A intenção foi manifesta a uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que está em Bissau para avaliar o processo da implementação do Acordo de Conacri, assinado pelos atores políticos para acabar com a crise político-institucional na Guiné-Bissau.

A saída do encontro que durou mais de duas horas nas instalações do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), o coordenador do grupo, Braima Camara, afirmou que só com o cumprimento dessas exigências por parte da direcção PAIGC que vão aceitar a reintegração no partido.

“Informamos a delegação da organização sub-regional que esperamos que a direcção do PAIGC dará um passo muito significativo em relação a actual situação vigente no país, que passa pela anulação de conferências de bases e o adiamento do congresso agendado para este mês, para definitivamente podermos reconciliar e cada um de nós provar que capaz de fazer um esforço em prol de paz e estabilidade para a Guiné-Bissau”, afirmou Camara.
Contudo, realçou que chegou o momento em que tanto a direcção do partido liderado por Domingos Simões Pereira bem como o grupo dos deputados expulsos do partido de provarem ao mundo que têm capacidades de chegarem ao entendimento.

O grupo liderado por Braima Camara, apoia um roteiro que o Chefe do Estado, José Mário Vaz, desenhou para a saída da crise política, que levará a implementação do Acordo de Conacri, instrumento patrocinado pela CEDEAO com o qual se pretende acabar com a crise na Guiné-Bissau.

Em declaração a imprensa, o coordenador do grupo, defende que a reintegração não pode ser somente dos deputados expulsos, mas deve ser efectiva e incondicional para todos os militantes e dirigentes expulsos e suspensos, como caso de Aristides Ocante da Silva, Tomas Barbosa, Marciano Silva Barreiro, Botche Candé e Luís Oliveira Sanca.

“Esses dirigentes estavam em divergências com o partido antes da expulsão dos deputados, por isso, eu enquanto coordenador e líder do grupo dos deputados expulsos do PAIGC não posso abandonar os dirigentes em causa para reintregar as fileiras do partido, isso não é possível”, declarou Braima Camara, visivelmente desapontado com a direcção superior do partido.

Para Camara a decisão do partido em só reintegrar os deputados expulsos é contra os princípios e espíritos de lei do Acordo de Conacri.

Igualmente conselheiro especial do Presidente da República, disse a imprensa no encontro com a missão da CEDEAO, que o grupo está aberto na busca de solução viável para a Guiné-Bissau e pede abertura da direcção do partido.

De recordar que em Outubro de 2016 na Guiné-Conacri, os atores políticos chegaram a um entendimento sobre um documento de dez pontos intitulado “Acordos de Conacri”, subscrito por dirigentes políticos da Guiné-Bissau, numa reunião promovida pelo Presidente daquele país, na qualidade de mediador da CEDEAO para tentar resolver a crise política no país.

Mas, em um dos pontos subscritos em Conacri prevê só que quinze deputados sejam reintegrados no PAIGC, sem condições, mas em conformidade com as regras em vigor do partido.

Na altura assinaram o documento, o líder do parlamento, Cipriano Cassamá, o ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Aristides Ocante da Silva, o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e ainda Florentino Pereira, secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS).

Subscrevem-no igualmente Braima Camara, em representação dos 15 deputados expulsos do PAIGC, bem como os representantes dos partidos com menor representação parlamentar: Vicente Fernandes, presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD), Malam Djaura, representante do Partido da Nova Democracia (PND) e Agnelo Regalla, presidente da União para Mudança.

Para além dos dirigentes guineenses implicados no acordo, rubricam-no ainda o presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, o presidente da Comissão da CEDEAO, Marcel Souza, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Serra Leoa, Samura Kamara, bem como o secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto.

O acordo conta ainda com as rubricas de Anna Faye, embaixadora do Senegal na Guiné-Conacri, de Modibo Touré, representante da ONU em Bissau, e de Ovídio Pequeno, representante da União Africana em Bissau.

// Alison Cabral

Conosaba/radiojovem

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