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segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Golpe na Guiné: "Onde estava Mamady Doumbouya, quando o povo da Guiné foi ferozmente reprimido por Alpha Condé?", Pergunta GMS
Mamady Doumbouya, da legião estrangeira ao golpe de Estado na Guiné.
Cabo Verde: Líderes do MpD e da UCID apoiam candidatura de Carlos Veiga a PR.
Neste domingo (05.09), Ulisses Correia e Silva, presidente do Movimento para a Democracia (MpD), partido que suporta o Governo e que declarou apoio formal à candidatura de Carlos Veiga, disse que "este é um momento decisivo. Cabo Verde precisa de um Presidente que some a favor do país, que garanta a estabilidade política".
Ulisses Correia e Silva, também primeiro-ministro reeleito em abril último, acrescentou que o atual momento, de crise económica provocada pela pandemia de Covid-19, "exige união, coesão e estabilidade", defendendo a importância da eleição de Carlos Veiga como chefe de Estado face à agenda de "relançamento da economia" no pós-pandemia.
"Precisámos de um Presidente que ajude nessa agenda, que esteja ao lado do povo, ao lado do Governo. Este é o momento de somar e não subtrair. É o momento de jogar o jogo certo por Cabo Verde", afirmou.
"Kalu é a melhor escolha para Cabo Verde"
Carlos Veiga 'Kalu' -- alcunha do jurista e adotada pela sua campanha -, 71 anos, foi o primeiro primeiro-ministro escolhido em eleições livres em Cabo Verde (1991 a 2000) e anunciou em março a sua terceira candidatura presidencial (depois de falhar a eleição em 2001 e 2006).
"Kalu é a melhor escolha para Cabo Verde", afirmou Ulisses Correia e Silva.
Numa crítica à oposição, o líder do MpD afirmou estar convicto da eleição de Veiga, porque o país precisa de um Presidente "sem agendas escondidas" e com um "passado limpo".
O jurista e ex-primeiro-ministro de Cabo Verde -- o primeiro eleito após o regime de partido único - Carlos Veiga realizou hoje no Parlamento, na Praia, a abertura oficial da sua campanha ao cargo da Presidente da República nas eleições de 17 de outubro.
"Não nos podemos acomodar"
António Monteiro, presidente da União Caboverdiana Independente e Democrática (UCID), subiu ao palco para justificar o apoio formal do partido - um dos dois partidos da oposição representados no Parlamento - a Carlos Veiga: "Não nos podemos acomodar quando o que está em jogo vale muito mais do que todos os partidos em Cabo Verde".
O líder da UCID, terceiro partido mais votado nas eleições legislativas de abril, afirmou que Cabo Verde "está numa encruzilhada", que se não for "bem tratada" pode "perigar a estabilidade política e social", daí o apoio a Veiga, contrariamente ao que aconteceu há 20 anos.
"Fazemo-lo com elevado espírito de comprometimento com Cabo Verde e com muita responsabilidade", justificou, esperando que se Carlos Veiga for eleito impulsione o processo de regionalização no arquipélago, tal como o fez com o municipalismo em 1992, após o período do partido único.
Na sua intervenção, Carlos Veiga recordou os feitos de Cabo Verde, sobretudo desde o período da democracia, transição que liderou: "Hoje podemos ir e vir sem autorização de segurança".
"Não precisamos de crispação política"
Disse ainda que estas presidenciais não se podem confundir com a escolha de um Governo e de um primeiro-ministro, já que são "funções distintas", apesar de poderem "complementar-se para garantir a estabilidade necessária ao desenvolvimento do país".
"Não é papel do Presidente fazer intriga, mas criar estabilidade", atirou, prometendo ainda consensos nacionais, união e manter "viva" a Constituição, que ajudou a escrever, após as primeiras eleições livres.
"Não precisamos de crispação política", disse igualmente, defendendo querer ser um "facilitador" de entendimentos, face à situação do país, que vive uma profunda crise económica e social, devido às consequências da pandemia de covid-19.
"Com união e independência, nós vamos passar pela tempestade. Com estabilidade, com coragem", concluiu.
As candidaturas
Cabo Verde realiza eleições presidenciais em 17 de outubro de 2021 -- depois de autárquicas em outubro de 2020 e legislativas em abril passado - , às quais já não concorre Jorge Carlos Fonseca, que cumpre o segundo e último mandato como Presidente da República.
O Tribunal Constitucional anunciou em 24 de agosto que admitiu as candidaturas a estas eleições de José Maria Pereira Neves, Carlos Alberto Wahnon de Carvalho Veiga, Fernando Rocha Delgado, Gilson João dos Santos Alves, Hélio de Jesus Pina Sanches, Joaquim Jaime Monteiro e Casimiro Jesus Lopes de Pina.
fonte: DW África
Guiné Conacri: Golpistas intimam ex-governantes para um encontro.
Coronel Doumbouya, líder golpista
Em comunicado, o Ministério da Defesa da Guiné Conacri afirmou este domingo (05.09) que a guarda presidencial, apoiada pelas forças de defesa e segurança leais e republicanas, repeliu a tentativa de golpe de Estado.
As forças especiais anunciaram a criação do "Comité Nacional de Agrupamento e Desenvolvimento" e prometeram iniciar uma consulta nacional para abrir uma transição inclusiva e pacífica, depois da captura do Presidente da República, Alpha Condé no domingo (05.09).
O cientista político Ibrahima Kane, da Open Society Foundation, em declarações à DW, lembra: "Todos nós sabemos que a Guiné está no centro da tempestade há mais de dois anos, por assim dizer. Com crises intermináveis relacionadas com as eleições que o país organizou [em outubro de 2020], em conexão com o referendo para uma nova Constituição que o próprio Presidente tinha elaborado".
Kane diz que não ficou surpreso com o golpe contra o Presidente Alpha Condé e acrescenta que "a Guiné estava em crise permanente! Estava claro que algum dia alguém tentaria consertar as coisas".
Os oficiais das forças especiais anunciaram, no final da noite de domingo, o recolher obrigatório em todo o país "até segunda ordem".
Ameaça velada dos golpistas
Num comunicado na televisão nacional, o coronel e líder das forças especiais, Mamady Doumbouya, garantiu que a integridade física e moral do Presidente não está ameaçada e fez uma convocatória.
"Ministros cessantes e antigos presidentes de instituições são convidados para uma reunião às 11 horas da manhã, no Palácio do Povo. Qualquer falta de comparência será considerada como uma rebelião contra o Comité Nacional de Agrupamento e Desenvolvimento”, amaeçou.
A Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) já manifestou preocupação com a situação política do país e exigiu a libertação imediata do Presidente. Um apelo a que se juntou os EUA e a França, invocando o regresso à ordem constitucional.
Mas o cientista político Doudou Sidibé é cético quanto às condenações ao golpe por parte da comunidade internacional e das organizações africanas e regionais.
“É assim que sempre começa: é condenado, e então os golpistas vêm e distribuem o seu roteiro no qual prometem democracia, desenvolvimento e eleições livres e transparentes. E então vocês verão que a comunidade internacional se acalmará. [vejam] o caso no Mali, Chade etc", alerta Sidibé.
E o analista político sugere: "Depende de como os militares se vão comunicar nos próximos dias. Seria bom se houvesse uma transição muito curta. Pode ser difícil... Mas um ano no máximo e depois organizar eleições para que os civis possam ter o poder de volta".
A candidatura de Condé a um terceiro mandato foi considerado inconstitucional pela oposição, em outubro de 2020, e gerou meses de tensão que resultou em dezenas de mortes.
fonte: DW África