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sexta-feira, 4 de maio de 2018

Morte de líder da Renamo "deixa muitas incertezas".

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Afonso Dhlakama, presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), morreu esta quinta-feira, aos 65 anos, vítima de doença.
A União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), maior partido na oposição angolana, lamentou hoje a morte de Afonso Dhlakama, presidente da Renamo, considerando-o "fator decisivo para mudanças políticas importantes" em Moçambique.
"Foi um homem que dedicou toda a sua vida para concretização de mudanças políticas importantes, ele foi o fator decisivo que trouxe à Moçambique o processo democrático", disse em declarações à Lusa, Alcides Sakala, porta-voz da UNITA.
Sublinhou que a morte de Dhlakama acontece numa altura em que decorre o "processo negocial e de aproximação entre a Renamo e a Frelimo para o alcance da estabilidade caminhava a bom ritmo".
arcebispo da Beira, capital da província de Sofala, uma zona de forte influência da Renamo, no centro de Moçambique, Claudio Zuanna, descreveu Afonso Dhlakama como uma pessoa decidida e que acreditava no que fazia.
"O que guardo de algumas conversas que tivemos é de uma pessoa decidida, que acredita naquilo que faz, naquilo que diz, é aquilo que me vem à mente neste momento", afirmou Claudio Zuanna, em declarações ao canal privado STV.
A responsável da organização Human Rights Watch (HRW) para Moçambique considerou que a morte do líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, "deixa muitas incertezas" quanto ao processo de paz no país e na sucessão dentro do partido.
Em declarações à agência Lusa por telefone, Zenaida Machado considerou lamentável que a morte de Dhlakama tenha acontecido num "momento muito delicado do processo de paz em Moçambique", cujo teor das negociações "não é conhecido".
"A maior parte do conteúdo das discussões entre ele [Dhlakama] e o Presidente [Filipe] Nyusi não são conhecidas, apesar de a sociedade civil e a comunidade internacional terem insistido que este tipo de negociações deve envolver mais pessoas, portanto são duas pessoas a discutirem e neste momento uma delas já não está para contar a sua versão dos factos", disse a responsável.
De acordo com Zenaida Machado, com esta morte "fica também por esclarecer e por investigar" a "impunidade durante os conflitos armados", denunciada por organizações de defesa dos direitos humanos. "Apesar de terem sido relatados sérios abusos dos direitos humanos ainda ninguém, nem da parte do Governo, nem da parte da Renamo, foi levado à justiça por estes crimes", disse.
Para a responsável da HRW em Moçambique, outra preocupação é não "existir um plano de sucessão muito claro dentro da Renamo ou pelo menos um plano público ou conhecido dos moçambicanos", considerando que "fica uma incerteza no ambiente político de Moçambique".
fonte: jn.pt

RÚSSIA(PRAVDA): Todos querem morar bem - LEIA QUE É INTERESSANTE!

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Fonte de informações: 

Pravda.ru

 
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Todos querem morar bem


Roberto Malvezzi (Gogó)
Ninguém quer morar nas encostas de morros, à beira de esgotos, no meio dos ratos e baratas, rodeados de mal cheiro por todos os lados. As pessoas só habitam esses lugares por falta de alternativa.
Ninguém quer morar em espeluncas, em prédios deteriorados, sujeitos a incêndios e desabamentos a todo o instante.
Mas, morar bem precisa de dinheiro. Os muito ricos fazem suas mansões e escolhem o lugar, muitas vezes em condomínios construídos em áreas de preservação ambiental, como é o caso de tantos ao longo de praias e rios, como aqui em Juazeiro-Petrolina às margens do rio São Francisco.
Mesmo a classe média, que paga a longo prazo suas habitações, por sua renda consegue crédito e condições salariais de pagar o aluguel ou sua propriedade.
O Brasil tem um déficit habitacional de 6 milhões de moradias e o programa de construção de uma moradia mais digna, o Minha Casa Minha Vida, mesmo com todos os problemas e contradições, estava oferecendo uma perspectiva para o desafio no Brasil. O atual governo praticamente desativou o programa, elevando os custos para os mais pobres, praticamente destinando o programa para a classe média que pode pagar mais alto por sua habitação. Assim atende ao mercado de imóveis, às empreiteiras e à especulação imobiliária.
O incêndio em São Paulo, com mais de 40 desaparecidos - portanto, mortos -, recebeu uma série de leituras, cada uma a partir de seu ponto de vista. Basta lembrar a frase de Leonardo Boff: cada ponto de vista é a vista de um ponto.
A mais calhorda e cruel vi em um artigo publicado na UOL do filósofo Leandro Narloch comparando, e tornando ainda pior, os movimentos de ocupação com as milícias do Rio de Janeiro. No fundo, há uma onda responsabilizando os mortos por suas mortes e pelas condições de vida de quem ocupa uma espelunca desesperadamente. Nenhuma palavra sobre a responsabilidade da prefeitura, a especulação imobiliária, a tentativa de faturar politicamente de Michel Temer e outras tantas mazelas conhecidas. 
Focar nas negociatas de quem se beneficia das necessidades do povo é fugir do problema e responsabilizar quem não tem responsabilidade. É a isso que se chama de criminalização dos movimentos sociais.
Morar bem é um direito humano, que só valoriza quem não tem onde morar. Portanto, prefiro olhar do ponto de quem precisa e de quem se solidariza com quem precisa. Como tem afirmado o Papa Francisco: terra, trabalho e teto são condições fundamentais para uma vida digna.
Ou o país avança para a civilidade, ou avançaremos cada vez mais para o caos.
Roberto Malvezzi (Gogó) é bacharel em Filosofia, Teologia e Estudos Sociais. É assessor de Movimentos e Pastorais Sociais.
By MARCO AURELIO ESPARZ... - panoramio, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=19017106

CANDIDATA A PRESIDENTE DA GUINÉ-BISSAU QUER DEMOCRACIA PARTICIPATIVA E INCLUSIVA.

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A candidata às eleições presidenciais na Guiné-Bissau Nancy Schwarz quer implementar no país uma democracia "participativa e inclusiva", que escute militares, grupos étnicos, mulheres e diáspora, inspirada num estilo de liderança africana pré-colonial.

"Os líderes na África pré-colonial aproximavam-se da comunidade, deixavam que a comunidade também pudesse representar-se em termos de terem voz, de explicarem as suas necessidades, de poderem ser ouvidas. É necessário que a nossa postura da África pré-colonial possa estar presente na nossa liderança", afirmou, em entrevista à agência Lusa.

Educada em Portugal e em Cuba, mas a residir e a trabalhar no Reino Unido desde 2006, a guineense de 44 anos está a preparar uma candidatura à presidência da Guiné-Bissau, cujas eleições não têm ainda data definida, mas que são esperadas em 2019.


No domingo, é protagonista de um evento público, na capital britânica, organizado pelo jornal Palop, em que vai falar do seu projeto político, apesar de ter passado as últimas semanas em Portugal a preparar a estrutura da equipa que a vai apoiar.

À agência Lusa, Nancy Schwarz contou que foi durante um projeto de solidariedade da "Associação da Comunidade Guineense em Londres" que entregou material escolar, equipamento e medicamentos médicos nas cidades de Bissau, Bolama, Bafatá e Mansoa, em 2011, que se apercebeu dos problemas do país.

"Quando lá chegámos tivemos um grande choque. Quando estamos cá, vemos notícias e imagens, mas nunca se compara com a experiência no local. Levou-me a tomar uma decisão séria: é uma perda de tempo e energia levar bens para hospitais e escolas ou para um grupo específico, porque isso não vai resolver a situação, vai criar mais desordem", confiou.

O diagnóstico que fez foi que "o maior problema que está a travar o desenvolvimento no país tem a ver com a liderança" e foi então que decidiu avançar com uma candidatura à Presidência da República guineense.

"Temos de criar uma equipa forte de interventores na política, há que preparar a nova geração de líderes, de governantes, porque na nossa história os 44 anos de má governação têm a ver com a falha na liderança, com a falta de líderes preparados para tomarem a posição de governar, de servir o país", vincou a candidata.

Licenciada em Sociologia em Portugal, nos últimos anos Schwarz trabalhou no Reino Unido como assistente de apoio a pessoas com problemas de aprendizagem na área de autismo e dislexia, mas também tem no currículo experiência de voluntariado e profissional na Guiné-Bissau.

Entre 2011 e 2013, segundo a página pessoal [www.nancygschwarz.com/], exerceu funções como professora na Universidade Lusófona de Bissau, como assistente social no Hospital Pediátrico "São José" em Bôr e trabalhou para o Ministério da Defesa Nacional, onde chegou ao posto de diretora do gabinete do ministro.

Durante este período, identificou o que considera ser um "mal-entendido sobre os efetivos de defesa e segurança" e promete "tirá-los do empobrecimento em que se encontram" para evitar levantamentos futuros.

Além dos militares, promete escutar os "30 grupos étnicos do país", a diáspora guineense e as mulheres, replicando um estilo de liderança próxima do povo que identifica com Fidel Castro em Cuba, país onde Nancy Schwarz estudou, entre os 14 e os 19 anos.

A candidata conta com o apoio do partido Nova Força Nacional, que vai participar nas legislativas em novembro, e de um grupo de intervenção sociopolítico, bem como de núcleos de cidadãos na Guiné-Bissau.

A candidatura deverá ser oficialmente apresentada no início de 2018 e a campanha deverá incluir visitas às comunidades de guineenses no Reino Unido, Espanha, França, Portugal, Cabo Verde e Senegal, antes de se estabelecer na Guiné-Bissau.

Fonte: Lusa, em https://www.dn.pt

«102 DEPUTADOS» PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU CUMPRIU A PROMESSA: DEU (1) UMA VIATURA (ZERO QUILÓMETRO) A CADA DEPUTADO DA NAÇÃO.

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Foto/Dauda Sanó

O total de 90 Deputados de Assembleia Nacional Popular Guineenses Receberam hoje viaturas de zero quilómetro nas mãos da sua excelência Senhor Presidente da República da Guiné-Bissau Dr José Mário Vaz.

Segundo as informações o PR recebeu apenas os 90 carros de Marrocos.

Nem todos deputados receberam, alguns excluídos e não sabemos porquê?














«WAMO-FÉ-NHAU -A QUALQUER PREÇO» GOVERNO GUINEENSE LIBERA COMPRA DE CASTANHA DE CAJU MENOS DO PREÇO ESTIPULADO.

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O governo autoriza, partir desta quinta-feira (03), os camponeses a venderem as suas castanhas de Caju a qualquer preço desde que haja o consenso com os comerciantes, mesmo que não seja na base em 1.000 francos cfa - preço fixado pelo Presidente da República

O consenso dos intervenientes do sector de Caju da Guiné-Bissau para compra da castanha de Caju foi conseguido, esta quinta-feira (03 de maio), na sequência das negociações realizadas durante a semana entre os intervenientes e o governo guineense.

Depois do encontro de hoje (03), que decorreu no palácio do governo, o titular pela pasta do comércio, Vicente Fernandes, confirmou que o consenso conseguido pretende respeitar o preço anunciado pelo presidente dando o seu “significado correcto” que é um preço indicativo “uma mera referência” e “não é obrigatório”.

“A partir de hoje o povo guineense pode começar a tirar a sua castanha onde está armazenada para venderem e fazerem face as dificuldades que enfrentam. As barreiras não tarifárias devem ser eliminadas e cada agricultor pode vender as suas castanhas no preço que achar justo. Não temos tempo a perder porque estamos quase na época das chuvas”, declara.

Segundo o ministro do comércio se o país continuar nestas situações será uma “grave crise” financeira no país sendo que a castanha de Caju é uma relíquia, ouro e petróleo da Guiné-Bissau.

Vicente diz que os guineenses devem deixar o preço evoluir de acordo com a evolução da campanha.

“Devemos deixar o mercado fixar o seu próprio preço”, sustenta.

Mamadu Iero Djamanca, Presidente de Associação Nacional dos Importadores se Exportadores da Guiné-Bissau, também concorda que a reunião conseguiu desbloquear “toda” a situação de campanha de comercialização da castanha de Caju.

Entretanto, ouvidos pela Rádio Sol Mansi os agricultores – também presentes na reunião – dizem estar de acordo com o consenso alcançado entre as partes durante o encontro.

Recentemente o presidente da república voltou a pedir os agricultures para não venderem as suas castanhas menos de 1.000 francos fca.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Braima Siga/radiosolmansi com Conosaba do Porto

Filipe Nyusi diz sentir-se mal com a morte de Afonso Dhlakama.

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Filipe Nyusi reagiu à morte de Dhlakama


Filipe Nyusi reagiu à morte de Dhlakama
Presidente moçambicano diz que processo de paz não vai parar e lamentou não ter podido ajudar líder da Renamo a ir para o exterior
O Presidente moçambicano revelou que da última vez que falou com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama pediu-lhe que o processo de paz em curso no país terminasse com sucesso e prometeu que a Renamo “não ia falhar”.
Na primeira reacção à morte de Dhlakama nesta quinta-feira, 3, na Serra da Gorongosa, fruto de complicações de saúde, Filipe Nyusi disse, em conversa telefónica com a televisão Televisão de Moçambique (TVM), que se sentia mal com a morte de Afonso Dhlakama.
O Chefe de Estado moçambicano pediu para que a morte de Afonso Dhlakama “não seja usada para qualquer tipo de aproveitamento”.

Nyusi e Dlhakama na Gorongosa
Nyusi e Dlhakama na Gorongosa
Na conversa, Nyusi revelou ter feito esforços para ajudar o líder da Renamo a procurar assistência médica quando soube que estava doente.
“Estávamos num alinhamento total para resolver os problemas do país. Fiz todo o esforço para transferir o meu irmão para fora do país, mas não consegui. Já era tarde. Estou muito deprimido, profundamente chocado, porque não me deram tempo para agir”, afirmou Nyusi, indicando que só ontem soube que Dhlakama estava doente há uma semana.
Ele garantiu ter feito diligências para que Afonso Dhlakama fosse levado de helicóptero da Serra de Gorongosa, para um hospital fora do país.
O Presidente moçambicano não adiantou se irá ao funeral do líder da Renamo ou que tipo de cerimónia terá Afonso Dhlakama.
O líder do principal partido da oposição faleceu na manhã desta quinta-feira, na sequência de complicações de saúde.
Fontes da VOA revelaram que Dhlakama teve uma crise decorrente de diabetes e tentou sair da Gorongosa em direcção de Sofala, de onde seria transferido para uma clínica na África do Sul.
O antigo guerrilheiro e líder do principal partido da oposição faleceu aos 65 anos de idade.
O corpo dele será levado na sexta-feira, 4, para o Hospital Central da Beira.
No final do dia, familiares e dirigentes da Renamo dirigiram-se para Gorongosa a fim de preparar uma comunicação ao país, que deverá feita na manhã de sexta-feira, e os funerais de Afonso Dhlakama.

fonte: VOA

FRELIMO diz que morreu um "parceiro estratégico para a paz".

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A FRELIMO, partido no poder em Moçambique, considerou o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, um parceiro estratégico para a paz e estabilidade, lamentando a morte do líder do principal partido da oposição.
fonte: DW África
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Encontro entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama na Gorongosa em 2017
"Para nós, colheu-nos de surpresa e com muita dor, era um parceiro estratégico para a paz e estabilidade no país", afirmou o porta-voz da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Caifadine Manasse, em declarações ao canal privado STV.
Caifadine Manasse assinalou o empenho de Afonso Dhlakama no alcance com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, de um entendimento para uma proposta de revisão pontual da Constituição da República sobre o aprofundamento da descentralização do país.
"Tudo indicava que ele estava a percorrer um caminho para a paz", acrescentou Caifadine Manasse, pedindo serenidade e compromisso com a paz aos membros da RENAMO.
"A RENAMO vai-se reorganizar, eles têm interesse em ver esta paz", enfatizou.
"Uma grande tragédia nacional"
Mosambik Daviz Simango (DW/J. Beck)
Daviz Simango
O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, classificou a morte de Afonso Dhlakama como "uma grande tragédia nacional". 
"Morre um homem que lutou por causas justas, que sabia o que queria" e que merece "todas as insígnias e direitos de um herói nacional", referiu o líder do terceiro maior partido moçambicano, com representação parlamentar, em declarações à televisão moçambicana STV.
Daviz Simango formou o MDM em 2009 depois de abandonar a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) liderada por Dhlakama.
O falecido líder da oposição moçambicana "tinha consciência clara de que precisava de entregar a sua vida para trazer aos moçambicanos a democracia que lhes foi negada aquando do Acordos de Lusaca", concluiu Simango.
Dhlakama foi "decisivo" para as mudanças em Moçambique
A União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA), maior partido na oposição angolana, lamentou a morte de Afonso Dhlakama, presidente da RENAMO, considerando-o "fator decisivo para mudanças políticas importantes" em Moçambique. 
"Foi um homem que dedicou toda a sua vida para concretização de mudanças políticas importantes, ele foi o fator decisivo que trouxe à Moçambique o processo democrático", disse Alcides Sakala, porta-voz da UNITA.
Sublinhou que a morte de Dhlakama acontece numa altura em que decorre o "processo negocial e de aproximação entre a RENAMO e a FRELIMO para o alcance da estabilidade caminhava a bom ritmo".
Alcides Sakala Berlin (Cristiane Vieira Teixeira)
Alcides Sakala
Para Alcides Sakala, as ações de Afonso Dlhakama na liderança da RENAMO "tiveram reflexos positivos" sobretudo "na construção da democracia" naquele país africano.
"O líder da RENAMO era decidido"
O arcebispo da Beira, capital da província de Sofala, uma zona de forte influência da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), no centro de Moçambique, Claudio Zuanna, descreveu Afonso Dhlakama como uma pessoa decidida e que acreditava no que fazia. 
"O que guardo de algumas conversas que tivemos é de uma pessoa decidida, que acredita naquilo que faz, naquilo que diz, é aquilo que me vem na mente neste momento", afirmou Claudio Zuanna, em declarações ao canal privado STV.
Era "esperança para muitos moçambicanos"
O vice-reitor da Universidade Católica de Moçambique considerou que o líder da oposição, Afonso Dhlakama, representava "uma esperança para muitos moçambicanos" e fez votos de que as "expetativas para uma paz definitiva" não sejam defraudadas.A morte do líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) "é uma perda", disse o vice-reitor para a Pastoral e Extensão Universitária da Universidade Católica de Moçambique, Rafael Baciano Sapato.
O padre recordou Dhlakama como "um homem que sempre lutou pela unidade nacional" e cujo desaparecimento "vai fazer muita diferença no rumo" de Moçambique. 
Afrika Beira Universität (DW/J. Beck)
Baciano Sapato descreveu o líder da RENAMO como um homem com "muito sentido de humor, muito humano" e para quem "a luta era uma vocação". A morte de Dhlakama, comentou, deixa "uma grande incógnita, apreensão e ansiedade".  
O vice-reitor da Católica recordou que o líder da oposição era o interlocutor do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, nas negociações para a paz: "Era o galvanizador da RENAMO. Era a esperança de muitos moçambicanos", afirmou.
"Fazemos votos para que a RENAMO rapidamente encontre alguém capaz de continuar os seus ideais e que as nossas expectativas para uma paz definitiva não sejam defraudadas", sublinhou.
"Muitas incertezas" - Human Rights Watch
A responsável da organização Human Rights Watch para Moçambique considerou que a morte do líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), "deixa muitas incertezas" quanto ao processo de paz no país e na sucessão dentro do partido. 
Em declarações à agência Lusa por telefone, Zenaida Machado considerou lamentável que a morte de Dhlakama tenha acontecido num "momento muito delicado do processo de paz em Moçambique", cujo teor das negociações "não é conhecido".
"A maior parte do conteúdo das discussões entre ele [Dhlakama] e o Presidente [Filipe] Nyusi não são conhecidas, apesar de a sociedade civil e a comunidade internacional terem insistido que este tipo de negociações deve envolver mais pessoas, portanto são duas pessoas a discutirem e neste momento uma delas já não está para contar a sua versão dos factos", disse a responsável.
Mosambik Zenaida Machado (privat)
Zenaida Machado
Impunidade durante os conflitos armados
De acordo com Zenaida Machado, com esta morte "fica também por esclarecer e por investigar" a "impunidade durante os conflitos armados", denunciada por organizações de defesa dos direitos humanos.
"Apesar de terem sido relatados sérios abusos dos direitos humanos ainda ninguém, nem da parte do Governo, nem da parte da RENAMO, foi levado à justiça por estes crimes", disse.
Para a responsável da HRW em Moçambique, outra preocupação é não "existir um plano de sucessão muito claro dentro da RENAMO ou pelo menos um plano público ou conhecido dos moçambicanos", considerando que "fica uma incerteza no ambiente político de Moçambique".
"Fica-se sem saber quem, na RENAMO, poderá ter a capacidade de gerir o partido tal como o Dhlakama fazia, quem dentro da RENAMO terá a capacidade de gerir os homens armados que ainda estão nas matas e que todos nós sabemos que são fiéis ao seu líder", ou quem "tem capacidade para continuar as negociações do processo de paz com o Governo de Moçambique", acrescentou.
Zenaida Machado manifestou ainda a esperança que a morte do líder da oposição, que tinha ainda "muito para contribuir para a história de Moçambique e para o processo de negociação" de paz, não resulte no regresso aos confrontos.
"[Espero] que a RENAMO tenha um plano B pronto para a ausência de Dhlakama e que esse plano continue com aquilo que ele já tinha começado, que era negociar o plano de paz com o Presidente da República e que ponha fim ao sofrimento de milhões de moçambicanos, principalmente na zona centro do país", disse.
Corpo transferido na sexta-feira para Beira
O corpo deverá de Afonso Dhlakama deverá ser transferido na sexta-feira (04.05) para o Hospital Central da Beira.
Afonso Dhlakama, 65 anos, vivia refugiado na serra da Gorongosa, no centro do país, desde 2016, como havia feito noutras ocasiões, quando se reacendiam os confrontos entre a RENAMO e as forças de defesa e segurança de Moçambique.

Corpo de Afonso Dhlakama já está na Beira.

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Restos mortais de Afonso Dhlakama chegaram à morgue do Hospital da Cidade da Beira durante a madrugada, informou o secretário-geral da RENAMO, Manuel Bissopo. Ainda não há data marcada para o funeral.
fonte: DW África
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"Perdermos o nosso pai, o nosso mestre, a pessoa que é a luz da maioria dos moçambicanos", referiu o dirigente do partido em declarações à Televisão de Moçambique (TVM).
"Não tenho elementos substanciais sobre aquilo que vai acontecer a partir de amanhã [sábado]", acrescentou Manuel Bissopo, referindo que os membros do partido vão "juntar-se com a família" para decidir sobre a sequência dos acontecimentos.
"Em princípio, o funeral vai ser feito na terra natal", em Mangunde, distrito de Chibabava, na província de Sofala - de que a cidade da Beira é capital -, referiu. Ainda não há data marcada para o funeral, acrescentou.
O líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) morreu na quinta-feira (03.05), aos 65 anos, devido a complicações de saúde.
Dhlakma vivia refugiado na serra da Gorongosa, no centro do país, desde 2016, como havia feito noutras ocasiões, quando se reacendiam os confrontos entre a Renamo e as forças de defesa e segurança de Moçambique. 
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse que foram feitas tentativas para transferir Afonso Dhlakama por via aérea para receber assistência médica no estrangeiro, mas sem sucesso.
Incerteza
A imprensa internacional que está a noticiar a morte de Afonso Dhlakama destaca a morte de um dos mais antigos "guerrilheiros" em África e salienta que Moçambique poderá viver tempos de incerteza no futuro próximo.  
"O anúncio da morte deste monumento da história moçambicana colocou o país em incerteza, apesar de as conversações de paz terem feito grandes progressos nos últimos meses", escreve o jornal francês Le Monde na sua edição eletrónica, que segue de perto o texto da agência de notícias francesa AFP. 
Para o britânico The Guardian, Afonso Dhlakama foi "um líder rebelde veterano que misturou a guerrilha com a oposição política".
Fim de uma era
"A morte de Dhlakama representa o fim de uma era na política moçambicana", disse a vice-presidente da consultora de risco Teneo Intelligence à agência de informação financeira Bloomberg. "A morte levanta uma série de questões sobre o processo de paz, já que a sucessão na RENAMO parece pouco clara, vista de fora", acrescentou Anne Fruhauf.
A analista acredita que a RENAMO tem boas hipóteses de "capitalizar na próxima ida às urnas, talvez até em Maputo, por isso será essencial a maneira como o partido se redefine no seguimento da morte de Dhlakama". Para Anne Fruhauf, "o fortalecimento da ala parlamentar seria um aspeto positivo". 

Morte do líder da Renamo Afonso Dhlakama.

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O líder da Renamo, Afonso DhlakamaGIANLUIGI GUERCIA / AFP
Afonso Dhlakama, líder da Renamo, morreu hoje aos 65 anos de idade. Figura incontornável da vida política moçambicana, ele partiu numa altura em que se estava a ultimar o diálogo para a reconciliação definitiva no país. Figura controversa, era visto por uns como o "Mandela moçambicano" e por outros como um "senhor da guerra".




Afonso Dhlakama sofria de problemas de saúde, nomeadamente insuficiências renais, que terão sido um das causas principais da sua morte. De acordo com o que a RFI pôde apurar, o líder da Renamo faleceu esta manhã, antes mesmo de ter a possibilidade de ser transportado das matas da Gorongosa, onde vivia há anos, para uma unidade hospitalar. Eis o relato de Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Maputo
Renamo.
Durante esse período, rapidamente a situação política moçambicana resvalou para a guerra civil, um conflito que durou 16 anos, até 1992, altura em que Afonso Dhlakama assinou juntamente com o então Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, o Acordo Geral de Paz.
Encaminhou-se então o período de reconstrução do país e também a caminhada para eleições multipartidárias. Afonso Dhlakama concorreu às presidenciais de 1994. Obteve pouco mais de 33% dos votos face a Chissano. Em 1999, repetiu-se esse mesmo cenário, só que desta vez a Renamo não reconheceu a vitória da Frelimo e registaram-se violentas manifestações.
Nos anos seguintes, outras derrotas eleitorais vieram azedar progressivamente o clima político no pais até chegar ao ponto culminante, quando o quartel-geral de Afonso Dhlakama foi atacado em Outubro de 2013, o que o obrigou a refugiar-se em parte incerta, nas matas da Gorongosa.
Saiu de lá muito brevemente em 2015, após a assinatura de entendimento em 2014 com o Presidente da época, Armando Guebuza, antes de lá regressar novamente quando se deu um novo ataque contra a sua residência.
Durante esse período, o país regressou à instabilidade com diversos ataques essencialmente no centro do país. Depois de anos de infrutíferos encontros, o seu movimento e o governo tinham começado novamente a dialogar há alguns meses. Tanto Dhlakama como o Presidente Nyusi davam conta de progressos em prol da paz.
Entre as numerosas reacções que têm estado a afluir depois de morte do chefe do principal partido de oposição de Moçambique, Daviz Simango, presidente do MDM -terceira força política do país- e antigo membro da Renamo, considera que Moçambique perdeu um líder que lutou pela implantação da democracia em Moçambique.
Daviz Simango, líder do MDM, antigo membro da Renamo
Refira-se que a nível externo, o Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa também expressou pesar pelo sucedido, tendo apresentado "as suas condolências à família" bem como ao seu homólogo moçambicano.
fonte: RFI

"Renamo encontrará outro líder carismático", diz dispo da Igreja Anglicana.

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Afonso Dhlakama (Foto de Arquivo)

Dom Carlos Matsinhe afirma que gostaria de ver Afonso Dhlakama a terminar o processo de paz com Filipe Nyusi
O bispo da Igreja Anglicana Dom Carlos Matsinhe lamentou a morte de Afonso Dhlakama e disse esperar que Renamo encontro outro líder carismático com objectivo de trazer a paz para o país.
“Causa-nos preocupação a morte de Afonso Dhlakama porque queríamos que ele encerasse as conversações para a paz efectiva com o Presidente da República”, revelou Dom Matsinhe, que endereçou as suas condolências aos familiares e ao partido.
Aquele líder religioso comentou a questão da liderança do partido após a morte de Dhlakama e disse esperar que “dentro da Renamo haja outro líder carismático com objectivo de trazer a paz para o país”.
“A Renamo saberá encontrar soluções adequadas para restabelecer o comando para o projecto da reconstrução da democracia do país”, concluiu Dom Carlos Matsinhe.
Afonso Dhlakama, líder histórico da Renamo, morreu nesta quinta-feira, 3, na Serra da Gorongosa, fruto de complicações de saúde.

fonte: VOA

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