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NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... A invasão e o massacre de Gaza, uma espécie de campo de concentração...

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

BRASIL: Haddad ataca Bolsonaro: 'Nunca fez nada e agora quer dar cavalo de pau'.

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Eles são candidatos à Presidência da República e se enfrentam no segundo turno das eleições.

Saiba quem são as esposas de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro

companheiro de um Presidente exerce um papel muito importante no governo. Durante a campanha política, a figura dos cônjuges dos candidatos também pode contribuir ou mesmo comprometer suas chances de vencer a eleição. Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) se enfrentam neste segundo turno das eleições presidenciais. Mas você conhece as esposas deles? Uma delas será a primeira-dama do Brasil a partir de 2019.

Ex-prefeito de São Paulo criticou a proposta do militar de pagar 13ª parcela do Bolsa Família.

Haddad ataca Bolsonaro: 'Nunca fez nada e agora quer dar cavalo de pau'

O candidato do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (11) que seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), tenta dar um contraditório cavalo de pau ao anunciar uma 13ª parcela do Bolsa Família.
Segundo ele, o objetivo é tentar atrair votos do Nordeste.
"Se tem alguém que criticou o Bolsa Família e, de certa maneira, humilhou os beneficiários ao longos dos últimos dez anos foi o meu adversário", disse Haddad após visitar a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília.
"Aí não é fake news, basta ver na internet as frases que ele pronuncia sobre nordestinos que recebem Bolsa Família", afirmou o candidato.
"Por que depois de 15 anos batendo no programa e falando do jeito dele, que a gente conhece, sempre uma maneira muito agressiva de se referir às pessoas que recebem o benefício, vem com esta ideia?", questionou.
"Nunca votou nada relevante em 28 anos de mandato e agora quer dar um cavalo de pau e dizer que defende os pobres?"
O ex-prefeito de São Paulo foi recebido nesta manhã pelo secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner.
Em live no Facebook publicado na noite desta terça-feira (10), Bolsonaro afirmou que não irá acabar com o 13º salário e prolongará o benefício para quem recebe Bolsa Família.
"O meu vice, o general Mourão, levou uma proposta ao Paulo Guedes, que é o homem da economia. Ele propôs levar o 13º para quem ganha o Bolsa Família."
De acordo com o candidato, o dinheiro extra para pagar o benefício virá com o fim da roubalheira do Bolsa Família.
"Combatendo a corrupção e a roubalheira no Bolsa Família sobra dinheiro para pagar quem precisa", afirmou ao lado do empresário Luciano Hang, dono da Havan, rede de lojas de departamento.
Em setembro, o candidato a vice-presidente pelo PSL disse que o 13º salário é uma "jabuticaba brasileira", uma "mochila nas costas dos empresários" e "uma visão social com o chapéu dos outros".
Nesta sexta-feira (11), a Folha de S.Paulo revelou ainda que a equipe de Bolsonaro pretende criar um "super Bolsa Família" e universalizar a oferta de vagas em creches.
A ideia é cancelar cerca de R$ 68 bilhões em benefícios hoje direcionados a trabalhadores e empresários.
Os recursos para manter o programa e as creches serão tirados, em eventual governo, do abono salarial e das incentivos fiscais concedidos a empresas.
Os dois novos programas custarão quase R$ 100 bilhões por ano ao governo. Com informações da Folhapress.
fonte: noticiasaominuto

BRASIL: O ódio chega às ruas.

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Levantamento mostra que pelo menos 70 casos de agressões e ameaças foram registrados nos últimos dez dias, e apoiadores de Bolsonaro são responsáveis por 50 deles. Mulheres e LGBTIs são os alvos mais frequentes.
fonte: DW África
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Homem protesta contra o discurso de ódio em manifestação contra Bolsonaro em São Paulo
As manifestações de ódio que se tornaram marca do debate político na esfera virtual chegaram às ruas do país. Um levantamento realizado pela Agência Pública em parceria com a Open Knowledge Brasil afirma que, nos últimos dez dias, houve ao menos 70 ataques, entre agressões e ameaças, em 18 estados e no Distrito Federal. Em 50 casos, as ações são atribuídas a apoiadores do candidato Jair Bolsonaro (PSL). Contra eles há seis registros, e outros 15 casos têm situação indefinida.
Embora o levantamento contabilize apenas os ataques desde 30 de setembro, houve uma intensificação expressiva das ocorrências a partir do primeiro turno da votação, no último domingo (07/10). Na madrugada após a confirmação do segundo turno entre Fernando Haddad (PT) e Bolsonaro, o mestre de capoeira Moa do Katendê foi assassinado com 12 facadas num bar de Salvador, por um apoiador de Bolsonaro, após manifestar preferência pelo PT.
Moa do Katendê
Assassinato de Moa do Katendê gerou comoção em Salvador
O caso gerou enorme comoção e revolta, até porque Moa do Katendê era uma pessoa muito conhecida e ativa nos círculos culturais locais. Nesta quarta-feira, o candidato do PSL foi questionado por jornalistas sobre o caso. "Será que a pergunta não tinha que ser invertida? Quem levou a facada fui eu. Um cara lá que tem uma camisa minha, comete lá um excesso, o que que eu tenho a ver com isso? Eu lamento", respondeu.
"Peço ao pessoal que não pratique isso. Mas eu não tenho controle sobre milhões e milhões de pessoas que me apoiam. Agora, a violência vem do outro lado, a intolerância vem do outro lado. Eu sou a prova – graças a Deus, viva – disso daí", afirmou.
Mais tarde, ele publicou em sua conta no Twitter que dispensa o voto de quem pratica violência e que repudia o nazismo.
Entre os casos dos últimos dias, chama atenção a proporção de ataques contra a comunidade LGBTI. Em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, na região metropolitana do Rio de Janeiro, a cantora Julyanna Barbosa, que é transsexual, estava subindo uma passarela quando ouviu gritos de vendedores ambulantes direcionados a ela: "Bolsonaro vai ganhar para acabar com os veados, essa gente lixo tem que morrer", relatou.
Ao responder que merecia respeito, um dos homens começou a agredi-la com uma barra de ferro. Ele desferiu golpes na cabeça e no pescoço. Já no chão, recebeu chutes e socos de outros três homens. Socorrida por pessoas que passavam pelo local, ela levou dez pontos na cabeça e prestou depoimento numa delegacia.
O caso de Julyanna foi um dos 15 encaminhados ao Grupo Arco-Íris de Cidadania. Em entrevista à DW, o coordenador executivo da organização, Claudio Nascimento, relatou que a comunidade LGBTI está aterrorizada com os ataques e intimidações que vêm acontecendo. A orientação do grupo é para que evitem andar sozinhos, em horários de pouco movimento e só marquem encontros em aplicativos de paquera com a condição de compartilhar informações com amigos.
"A gente fala isso com dor no coração. Conquistamos duramente as liberdades individuais e estamos pedindo para as pessoas limitarem o exercício delas. Neste momento é preciso cautela para atravessar essa onda e conseguir superá-la, fazer o que a gente fazia nos anos 80 e 90. Estamos voltando no tempo, quando o Brasil havia conquistado algo tão importante no marco civilizatório", lamenta.
Nascimento conta que as ameaças ao direito de existência dos LGBTIs vinculadas à vitória do candidato do PSL são uma constante nas denúncias que chegam ao grupo. "No domingo, quando fui votar, três eleitores dele me xingaram. Com medo do que poderiam fazer comigo e com meu filho de 16 anos que estava comigo, fiquei calado", conta, emocionado.
"É uma situação que fere nosso direito de existência", diz. A gravidade do quadro motivou o Grupo Arco-Íris de Cidadania a apoiar um candidato à Presidência – Haddad – pela primeira vez em 25 anos.
Outro grupo que aparece em evidência como vítima dos ataques políticos recentes são as mulheres. Nesta quarta, a imagem de uma mulher com uma suástica riscada em sua pele ganhou as redes sociais. Segundo o relato de uma postagem, a jovem da foto caminhava no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, quando teria sido abordada e agredida por três homens não identificados que a atingiram com socos e usaram um canivete para desenhar o símbolo em sua barriga. Ela contou que usava uma camisa do movimento #EleNão.
Apesar da nítida vinculação da marca feita na pele da jovem ao nazismo, o delegado titular da 1ª Delegacia de Porto Alegre, Paulo Jardim, insistiu em outra leitura. "Não é uma suástica. Tenho absoluta convicção. O que temos é um símbolo milenar religioso budista. Símbolo de amor, paz e harmonia", disse, em entrevista à Rádio Gaúcha. A jovem desistiu de fazer uma representação criminal, afirmou a polícia, que ainda investiga o caso.
A pernambucana Érica Colaço também usou as redes sociais para expor as marcas de agressões no rosto e no braço de uma amiga vítima de ataque num bar do Recife no último domingo, quando usava um adesivo do candidato Ciro Gomes (PDT) e bottons da campanha #EleNão.
Os médicos tiveram de colocar uma placa em seu pulso, quebrado pelos agressores. No laudo médico constavam outras fraturas e diversos hematomas, inclusive no crânio. A vítima contou à amiga que só não foi morta porque os garçons do bar onde ela estava a puxaram para dentro da cozinha do estabelecimento. Depois de denunciar o ataque, Érica vem sofrendo ameaças nas redes.
Entre os seis ataques praticados contra eleitores de Bolsonaro está o caso do professor da Universidade do Recôncavo Baiano (UFRB), preso no dia 5 de outubro por atropelar comerciantes que vendiam camisetas com alusões ao candidato do PSL. Bolsonaro foi vítima de um ataque a faca no dia 6 de setembro, enquanto fazia campanha em Minas Gerais. Adélio Bispo de Oliveira confessou o crime e está preso.
A campanha de Bolsonaro e apoiadores do candidato afirmam que os responsáveis pelos 50 casos registrados no levantamento da Agência Pública não representam o total de eleitores do capitão reformado do Exército. "As pessoas estão levando a política para o lado pessoal e se escondendo atrás de candidatos para disseminar o ódio. Acho as ameaças desumanas e não concordo com quem as faz", declarou uma apoiadora, Taís Pena, à DW.
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UM GUINEENSE QUE FALA PARA ÁFRICA E SEUS DIRIGENTES: Carlos Lopes - África deve rever completamente acordos de comércio e das migrações.

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Alguns países africanos já estão a aplicar a nova taxa de 0,2% sobre produtos importados e a ratificar o acordo sobre a Zona de Livre Comércio Continental em África que permita o auto-financiamento da União Africana.
fonte: DW África
Carlos Lopes Vorsitzender UNECA (UNECA)
O economista e sociólogo guineense Carlos Lopes, um dos especialistas convidados para proceder a reforma da União Africana pelo Presidente em exercício da organização continental, Paul Kagame e Presidente do Ruanda, recomenda que os acordos sobre migrações e comércio do continente africano com os seus parceiros sejam “completamente revistos” para que a África possa obter melhores resultados. 
O antigo secretário executivo da Comissão Económica para África (CEA) das Nações Unidas, defende, por outro lado, que os africanos devem conceber estratégias mais assertivas na defesa dos seus interesses e negociar da melhor forma possível com os parceiros. 
“Os processos desses acordos têm pontos de tensão, como é a questão das migrações e do comércio que precisam de ser revistos completamente. Nós precisamos de uma nova atitude da parte dos parceiros, mas também nós mesmos africanos temos que ter uma nova atitudes em relação à forma como negociamos parecerias para podermos ser mais estratégicos e obter melhores resultados.”   
Reformas para garantir independência financeira da UA
Uma equipa de economistas africanos apresentou na cimeira dos chefes de Estado, em Julho, um relatório com propostas para a implementação de reformas institucionais no seio da União Africana (UA). O documento destaca problemas de financiamento que provocam a dependência externa da organização, a forma como são selecionados e recrutados os quadros para a organização que melhore a eficiência e questões relacionadas com o funcionamento mais integrado da CEA.
Em entrevista exclusiva à DW África (11.10), Carlos Lopes adianta que neste momento 23 Estados africanos já estão na fase de implementação da taxa de 0,2% sobre os produtos importados enquanto outros 13 já estão a recolher os benefícios desta decisão. 
Ruanda Idriss Deby und Paul Kagame stellen neuen Reisepass vor (picture-alliance/dpa/A. Twahirwa)
“Nós trabalhamos muito esta questão financeira porque achamos que é muito importante que a União Africana possa ter a sua independência, mas para chegar a esse ponto, nós temos que contar com a participação dos Estados: Existem já bastantes que estão a implementar a nova medida de taxar em 0,2% sobre os produtos importados de fora do continente, mas ainda não são todos. Também tínhamos previsto que isto duraria dois anos a implementar. Portanto, estamos esperançosos que vamos chegar a esse resultado que vai provocar um nível de independência jamais visto na União Africana.” 
Aplicação da taxa 0,2%
Entretanto, alguns países continuam a ter dificuldades na implementação dessas reformas, por não saberem ainda como aplicá-las de acordo  com as suas respetivas Constituições e outras leis nacionais. Mas também há países que têm criticado a forma como é proposta a aplicação da taxa de 0,2%, que segundo eles é contrária às regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). 
Carlos Lopes diz que a equipa conhecida por "Unidade de Reforma", tem uma opinião diferente. 
“O facto de termos feito o orçamento em função das despesas administrativas que seriam financiadas com esta taxa 100% pelos africanos, os programas de desenvolvimento da União que seriam financiadas à 75% e as atividades no domínio da paz e segurança que seriam financiadas cerca de 25%, mostra que o trabalho de casa foi feito e portanto, nós sabemos exactamente quais são os montantes necessários e daí termos chegado ao número 0,2%.” 
A Zona de Livre Comércio Continental (ZLEC) em África, criado há 3 anos e que representa um mercado de mais de 1,2 mil milhões de pessoas em África, só foi assumido pelos Estados membros da UA, em março último, faltando ainda  sua ratificação.
Dinamizar trocas comerciais entre africanos
Carlos Lopes considera o projeto ZLEC como sendo um programa regional ambicioso e acrescenta que: "evidentemente toda a gente está com os olhos postos na capacidade de implementação dos africanos de um projeto dessa dimensão. Foi lançado há três anos, na altura ninguém pensava que se poderia assinar em 2018, como aconteceu em março, agora muitos duvidam que vai ser ratificado a tempo, eu acredito que vai ser. A dinâmica está aí e as pessoas estão muito mobilizadas. Há uma diferença importante de atitude em relação a estes projectos regionais nos últimos anos.” 
Segundo o economista guineense, os promotores da iniciativa tiveram em conta as limitações da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da União Europeia (UE) para criar um "grande mercado" que permita desenvolver as trocas comerciais entre os 55 Estados membros da UA, sendo esta uma forma do continente emancipar-se das antigas potências coloniais e da China, dinamizando em paralelo, uma indústria que considera ainda "balbuciante".
Para Carlos Lopes, África, desde a criação da sua organização continental em 1963, deu prioridade às questões políticas, deixando de lado o plano económico e, apesar da existência das zonas monetárias do Franco CFA ou do Rand, as trocas comerciais dominantes ficaram nas mãos de outros continentes, com as "consequentes perdas de oportunidades comerciais".

ANGOLA: SIM, PATRÃO; 是的,老板

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A visita oficial à China feita pelo Presidente angolano, João Lourenço, saldou-se na assinatura de 138 contratos e garantias de empréstimo de 2.300 milhões de dólares (2.000 milhões de euros). Êxito total, diz o Governo. Será? Perguntam os mais cépticos. E a comida quando é que chega? Questionamos 20 milhões de pobres.

Num encontro com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, o Presidente da República, “acompanhado” pelo Presidente do MPLA e do Titular do Poder Executivo, prometeu que os financiamentos obtidos, bem como os que vier a contratar (sim, este é apenas o princípio do… fim), irão ser “bem utilizados” nos projectos de desenvolvimento em Angola, garantindo também que o país pretende constituir-se como “modelo” na nova cooperação que a China pretende efectuar no continente africano.
As promessas, garantias, juras e a enciclopédia de bajulações de João Lourenço foram ao encontro da nova visão defendida por Pequim durante o Fórum de Cooperação China África (FOCAC), que decorreu no início de Setembro, também na capital chinesa, assente no princípio da sustentabilidade dos projectos a serem financiados pelas instituições creditícias chinesas.
No entanto, as autoridades dos dois países reconheceram que, no passado, os fundos postos à disposição da cooperação bilateral poderiam ter sido mais bem utilizados. Ai sim? Quem diria? Não era o MPLA que estava no Governo? Nesse passado, João Lourenço andava desaparecido em combate, estava na oposição, ou ainda não tinha nascido?
O ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, um dos signatários do acordo sobre protecção recíproca de investimentos, citado no órgão oficial do MPLA, o Jornal de Angola, garante que irá tornar a cooperação “mais profícua e com um impacto mais visível e real na vida da população e na economia”.
Manuel Augusto é outro dos brilhantes peritos do Governo que, contudo, só muito tardiamente (depois da queda) descobriu que José Eduardo dos Santos não era bestial mas, isso sim, uma besta. Tudo normal, portanto.
“A relação do volume de fundos postos à nossa disposição, traduzidos hoje na dívida que temos para com a China, implicaria, em situação normal, resultados mais visíveis”, disse Manuel Augusto.
Por sua vez o ministro das Finanças, Archer Mangueira, afirmou que o financiamento de 2.000 milhões de dólares (1.710 milhões de euros) acordado com o Banco de Desenvolvimento da China vai ser destinado a projectos de sectores como a Construção, Energia e Indústria, capazes de alavancar o sector produtivo, diversificar a economia e alterar a trajectória de endividamento público do país.
No entanto, Archer Mangueira também admitiu que parte desse montante “servirá para regularizar” a dívida com os credores chineses, tal como o Folha 8 ontem escreveu no artigo “A prova do crime”.
No encontro com Xi Jinping, o Presidente angolano sugeriu a reactivação da Comissão Orientadora para a Cooperação Económica e Comercial, para acompanhar de forma efectiva todos os aspectos relacionados com a cooperação bilateral, devendo a primeira reunião ocorrer no primeiro trimestre de 2019.
João Lourenço, lembrando que Angola está a criar um “ambiente de negócios mais atractivo e seguro”, convidou os empresários e investidores chineses a investir em numerosos sectores produtivos do país, entre eles o dos diamantes e das energias renováveis, fotovoltaica, eólica e térmica a partir de recursos sólidos.
Na indústria extractiva, João Lourenço pediu investimento na extracção de ouro, cobre, ferro, manganês, granitos, fosfatos, calcários, entre outros minerais, numa altura em que está em curso o Plano Nacional de Geologia (Planageo), um trabalho de mapeamento do território para determinar a quantidade exacta, a localização e o tipo de recursos existente no subsolo angolano.
Iniciado em 2014, o Planageo está mais avançado na região Sul e Sudeste e está atribuído a um consórcio integrado pela empresa Impulso Industrial Alternativo, Instituto Geológico e Mineiro (IGM) de Espanha e o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (INEG) de Portugal.
Angola apelou também ao investimento na área das tecnologias, sobretudo quando João Lourenço visitou Tianjin, a quinta cidade mais rica da China – a quase 120 quilómetros da capital Pequim, albergando as principais indústrias de produtos petroquímicos, têxteis, automobilísticos, metalúrgicos e farmacêutico -, cujas autoridades se mostraram disponíveis para intercâmbios com cidades angolanas.
“Não queremos apenas cooperar entre países, mas também a nível local, estudar a possibilidade da geminação da cidade de Tianjin com uma cidade com potencial” em Angola, disse João Lourenço.
Além do acordo de facilitação de 2.000 milhões de dólares, Luanda e Pequim rubricaram um Memorando de Entendimento entre o Ministério do Comércio da China e o Ministério das Relações Exteriores de Angola, relativo ao acordo sobre a protecção e promoção recíprocas de investimentos.
As duas partes assinaram também garantias de investimento no montante de 300 milhões de dólares (256,5 milhões de euros).
As negociações culminaram com a assinatura de um acordo para eliminar a dupla tributação em matérias de impostos sobre o rendimento e prevenir a fraude e a evasão fiscal, um acordo de cooperação económica e técnica e um memorando de entendimento entre a Agência de Cooperação e Desenvolvimento Internacional da China e o Ministério das Relações Exteriores de Angola sobre a cooperação do desenvolvimento de recursos humanos.


Folha 8 com Lusa

NOBEL DA DIGNIDADE.

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O Prémio Nobel da Paz de 2018 foi atribuído ao médico congolês Denis Mukwele e à sobrevivente yazidi, Nadia Murad, pelos “esforços para acabar com a violência sexual como uma arma de guerra”.

Omédico Denis Mukwege dedicou sua vida à defesa de vítimas de violência sexual em tempo de guerra no Congo. A yazidi Nadia Murad foi vítima de violência sexual, tendo fugido e contado a sua história e a de muitos outros. Hoje foram ambos distinguidos com o Nobel da Paz, pelos “esforços para acabar com a violência sexual como uma arma de guerra”.
“Ambos os laureados deram uma contribuição crucial para concentrar a atenção e em combater esses crimes de guerra”, informou o Comité Norueguês do Nobel.
“É o símbolo mais importante e unificador, tanto nacional como internacionalmente, da luta para acabar com a violência sexual na guerra e nos conflitos armados. O seu princípio básico é o de que a justiça é um assunto de todos. Homens e mulheres, oficiais e soldados, autoridades locais, nacionais e internacionais, todos partilham a responsabilidade de denunciar e combater esse tipo de crime de guerra. A importância dos esforços duradouros, dedicados e abnegados do Dr. Mukwege nesse campo não pode ser exagerada. Condenou repetidamente a impunidade por violações em massa e criticou o governo congolês e de outros países por não fazerem o suficiente para impedir o uso da violência sexual contra as mulheres como estratégia e arma de guerra”, anunciou a presidente do Comité, Berit Reiss-Andersen.
Também Nadia Murad já fora distinguida, em 2016, com o Prémio do Parlamento Europeu, a par de outra activista, Lamiya Aji Bashar. Elas fazem parte das 3000 jovens e mulheres yazidis vítimas de violação e de outros abusos por parte do Estado Islâmico no Iraque. Os abusos sexuais foram sistemáticos e fizeram parte de uma estratégia militar como uma arma na luta contra os yazidis, bem como de outras minorias religiosas.
“Em Agosto de 2014, o Estado Islâmico lançou um ataque brutal e sistemático contra as aldeias do distrito de Sinjar, com o objectivo de exterminar a população yazidi. Na aldeia de Nadia Murad, várias centenas de pessoas foram massacradas. As mulheres mais jovens, incluindo crianças menores de idade, foram raptadas e mantidas como escravas sexuais. Enquanto cativa do EI, Nadia Murad foi repetidamente submetida a violações e outros abusos. Os seus agressores ameaçaram executá-la se ela não se convertesse à sua versão odiosa e inumana do islão”, lembra o Comité.
Ao fim de três meses, Murad conseguiu fugir e contou ao mundo o horror que viveu e testemunhou. Em 2016 foi nomeada embaixadora da boa vontade para a dignidade dos sobreviventes de tráfico humano das Nações Unidas.
Ao longo da história, o Prémio Nobel da Paz foi atribuído a personalidades como Martin Luther King, Nelson Mandela, Mikhail Gorbachev, Madre Teresa de Calcutá ou Willy Brandt.
Nalguns casos, as decisões do Comité Norueguês do Nobel criaram controvérsia. Por exemplo, ao distinguir o norte-americano Henry Kissinger e o vietnamita Le Duc Tho, em 1973, por terem negociado um armistício na guerra do Vietname; em 1994, ao laurear Yasser Arafat, Shimon Peres e Yitzhak Rabin pelos esforços em alcançar a paz no Médio Oriente; em 2009, por distinguir Barack Obama quando o presidente norte-americano estava no início do primeiro mandato; ou em retrospectiva por não tirar o prémio à líder birmanesa Aung San Suu Kyi, tendo em conta a perseguição ao povo rohingya.
Por vontade de Alfred Nobel, o Nobel da Paz existe desde 1901, mas nem sempre foi atribuído. Nos anos das guerras mundiais, por exemplo, mas também nos anos 20, por três vezes, ou nos anos 60, por duas ocasiões. A última vez que o Comité Norueguês do Nobel deixou o papel em branco foi em 1972.
Das 98 vezes que tinha sido atribuído, o Nobel da Paz distinguiu 104 pessoas e 24 organizações. O Comité Internacional da Cruz Vermelha é o recordista, tendo recebido o Prémio três vezes (1917, 1944 e 1963). O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados foi distinguido duas vezes, em 1954 e 1981.
O Prémio Nobel da Paz é o único Nobel anunciado em Oslo. Cabe ao Comité Norueguês do Nobel, constituído por cinco elementos, tomar a decisão. A selecção é feita em primeira instância após receberem nomeações por parte de antigos Prémios Nobel da Paz, deputados, ministros, chefes de Estado, e professores universitários de todo o mundo.
Após uma primeira triagem, o Comité – que pode acrescentar nomes – recebe relatórios sobre as pessoas e instituições por parte de um grupo de conselheiros. A escolha final é tomada em Outubro e o Comité, tradicionalmente, tenta escolher por unanimidade.
fonte: folha8

OPA DA CHINA SOBRE ÁFRICA;

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A Corporação Financeira de África (AFC) acordou com o Banco de Exportações e Importações da China (BEIC) um empréstimo de 300 milhões de dólares para financiar o desenvolvimento de projectos no continente africano, foi hoje anunciado. A romaria a Pequim está imparável. Sucesso da Oferta Pública de Aquisição (OPA) está garantido.

“Adisponibilização deste instrumento financeiro do BEIC marca a entrada da AFC na China, que demonstra o foco estratégico da AFC em construir uma coligação variada de investidores para diversificar as actividades de financiamento de forma a incluir todas as fontes de capital institucional na Ásia, além dos parceiros atuais na Europa e na América do Norte”, lê-se num comunicado.
A AFC é uma instituição financeira multilateral, à semelhança do Banco Africano de Desenvolvimento e do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), com sede em Abuja e detida maioritariamente pelo banco central da Nigéria, tendo como parceiros algumas das principais instituições financeiras mundiais, de acordo com a informação no seu site.
“Além da liquidez a médio prazo, este instrumento financeiro vai aumentar o financiamento contingente, que é particularmente importante para a gestão de riscos de liquidez, bem como abrir outras hipóteses de financiamento e relações com as entidades privadas e públicas chinesas”, acrescenta o comunicado.
“Nas últimas duas décadas, a China passou de um investidor relativamente pequeno para um dos maiores parceiros comerciais de África hoje”, disse o presidente da AFC, Samaila Zubairu.
A China é um dos maiores parceiros comerciais de África e no último Fórum de Cooperação China-África, em Setembro, o gigante asiático anunciou uma meta de 60 mil milhões de dólares em ajuda ao investimento e empréstimos a África.

Oferta Pública de Aquisição de… África

OPresidente chinês, Xi Jinping, anunciou no dia 3 de Setembro, no Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), em Pequim, 60 mil milhões de dólares (51 mil milhões de euros) em assistência e empréstimos para países africanos, no formato de assistência governamental e através do investimento e financiamento por instituições financeiras e empresas.
Quinze mil milhões de dólares serão disponibilizados em empréstimos isentos de juros ou com condições preferenciais, vinte mil milhões em linhas de crédito, dez mil milhões num fundo especial para o desenvolvimento de mecanismos financeiros e cinco mil milhões para financiar importações oriundas do continente, detalhou Xi Jinpin.
O também secretário-geral do Partido Comunista da China afirmou que Pequim vai encorajar as empresas do país a investir pelo menos dez mil milhões de dólares nos países africanos, durante o mesmo período, e avançou com o perdão de dívidas para os países com menos possibilidades.
“Para os países menos desenvolvidos ou altamente endividados, sem costa marítima ou pequenas nações insulares, que têm relações diplomáticas com a China, a dívida contraída junto do Governo chinês isenta de taxas de juro, que venceria no final de 2018, será perdoada”, afirmou Xi Jinping.
O líder chinês estabeleceu ainda os objectivos da cooperação para os próximos anos, com destaque para as áreas industrial, agricultura, infra-estrutura, ensino e segurança.
“Vamos apoiar África a alcançar a segurança alimentar, em 2030 (…) e implementar 50 programas de assistência para a agricultura”, disse Xi Jinping, que prometeu ainda mil milhões de yuan (126 milhões de euros) em assistência humanitária aos países afectados por desastres naturais.
Pequim compromete-se ainda a lançar, em conjunto com a União Africana, um projecto de conectividade entre as infra-estruturas do continente, que incorpore energia, transporte, informação, telecomunicações e recursos hídricos.
“Vamos trabalhar com África para desenvolver um único mercado de transporte aéreo e abrir mais voos directos entre China e África”, acrescentou. Xi Jinping prometeu também distribuir 50.000 bolsas de estudo para estudantes oriundos de países africanos.
No âmbito da Defesa, o líder chinês prometeu apoio aos países do continente no combate à luta contra o terrorismo, nas áreas mais afectadas por grupos violentos.
“Continuaremos a prestar apoio militar à União Africana e apoiaremos os países da região subsaariana e dos Golfos de Adem e da Guiné, para que mantenham a segurança e combatam o terrorismo nestas áreas”, disse.
A China, que no ano passado abriu a sua primeira base militar no estrangeiro, no Djibuti, no Corno de África, continuará também a apoiar o combate à pirataria e estabelecerá um fundo para impulsionar a cooperação em matéria de missões de paz e manutenção da ordem, disse.
Xi Jinping sublinhou que o investimento chinês no continente não acarreta “condições políticas” e que a China “não interfere nos assuntos internos de África e não impõe a sua vontade sobre África”.
Era costume dizer-se que quando a esmola é grande o pobre desconfia. Não é, contudo, o caso. Sobretudo porque a esmola, apesar de enormíssima, não é dada aos pobres mas, antes, aos ricos. E a estes pouco importa se a China está a pilhar os recursos naturais de África e a conduzir estes países para a armadilha do endividamento, ao conceder crédito a países financeiramente débeis ou corruptos.
O líder chinês lembrou, no entanto, que “ninguém pode minar a grande unidade entre os povos da China e de África”. “Ninguém pode negar os feitos alcançados pela nossa cooperação, através de suposições e imaginação”, disse Xi Jinping.
Em consonância com a China está o próprio secretário-geral da ONU, António Guterres, que garante que as Nações Unidas vão “continuar a apoiar o esforço da China na concretização de parcerias” e a promover a cooperação entre os países africanos.
Num dos discursos que marcou a abertura do evento em Pequim, António Guterres sustentou que a relação entre a China e os países africanos pode ser crucial para garantir “uma globalização justa” e um desenvolvimento inclusivo, uma prioridade para as Nações Unidas.
“Este fórum (…) é a concretização de duas principais prioridades das Nações Unidas: de perseguir uma globalização justa e promover um desenvolvimento que não deixe ninguém para trás”, sublinhou António Guterres.
O desenvolvimento sustentável, o reforço da boa governação, o aprofundamento da cooperação entre os países do hemisfério sul, a concretização de políticas fiscais que promovam o progresso e combatam a corrupção e a lavagem de dinheiro são desafios fundamentais que se colocam em África, afirmou o secretário-geral da ONU.


“Juntos, China e a África podem unir o seu potencial para assegurar um pacífico, durável e equitativo progresso para benefício de toda a Humanidade”, defendeu Guterres.
fonte: folha8

ANGOLA: FMI (IM)PÕE ORDEM NA CASA.

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O Ministério das Finanças angolano indicou hoje que, até finais de Novembro, estará em funcionamento o Sistema Geral de Divulgação de Dados Reforçado (e-GDDS) em Angola, destinado a melhorar a publicação de dados macroeconómicos oficiais.

Em comunicado, hoje divulgado, o Ministério das Finanças refere que, nesse sentido, esteve na capital angolana, entre 19 e 25 de Setembro, uma missão técnica conjunta do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que apoiou as autoridades locais na adopção do e-GDDS.
“O sistema visa melhorar a publicação de dados macroeconómicos oficiais referentes ao país, particularmente através da Página Nacional de Síntese de Dados (NSDP), também referida por ‘central de dados’ económicos. A NSDP será postada na Plataforma Aberta de Dados (ODP) de Angola, providenciada pelo BAD, no âmbito do projecto ‘Auto-estrada da Informação Africana'”.
Segundo o Ministério das Finanças, a publicação dos principais dados macroeconómicos através da NSDP “facilitará aos decisores políticos, interessados domésticos e internacionais, incluindo investidores e agências de notação”, o acesso à informação que o Conselho Executivo do FMI identificou como sendo crucial para o acompanhamento da conjuntura económica e financeira do país.
Segundo o comunicado, tornar a informação mais acessível, em formatos que possam ser lidos tanto por pessoas como por computadores e mediante um calendário previsto de publicação, “permitirá que todos os utilizadores tenham acesso simultâneo a dados pontuais”, trazendo “mais transparência à informação e reduzindo os custos de Angola” na comunicação de dados a outros órgãos.
A NSDP, acrescenta o Ministério das Finanças, será disponibilizada ao público no final de Novembro e dará aos utilizadores acesso a dados macroeconómicos abrangentes sobre Angola.
A missão do e-GDDS recebeu o apoio financeiro do FMI e do BAD, indica o comunicado, que não adianta qualquer montante.
Angola participa desde 2004 do Sistema Geral de Difusão de Dados (GDDS), que foi substituído pelo e-GDDS em 2015 com o objectivo de apoiar a melhoria da transparência dos dados, encorajar o desenvolvimento estatístico e ajudar a criar sinergias entre a disseminação de dados, formulação de políticas e assistência técnica.
A política de transparência do FMI permite a supressão de informações susceptíveis de influenciar os mercados ou que constituam uma divulgação prematura das intenções de política das autoridades nos relatórios do corpo técnico e outros documentos publicados.
O Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu, em 18 de Maio a consulta com Angola ao abrigo do Artigo IV.1.
A quebra dos preços do petróleo desde meados de 2014 pôs a economia angolana sob pressão. As autoridades reagiram inicialmente ao choque dos preços do petróleo com contenção orçamental e ajustamentos da taxa de câmbio, conjugados com restrições cambiais quantitativas.
O conjunto de políticas no período que antecedeu as eleições de Agosto de 2017 – expansão orçamental e taxa de câmbio fixa – levou a uma erosão adicional dos amortecedores fiscal e externo. Segundo o FMI, o Governo do Presidente João Lourenço está a concentrar a sua atenção em melhorar a governação e restaurar a estabilidade macroeconómica.
O programa de estabilização macroeconómica do governo visa: consolidação orçamental imediata, maior flexibilidade cambial, reduzir o rácio dívida pública/PIB para 60% no médio prazo, melhorar o perfil da dívida pública, regularizar os pagamentos internos em atraso e reforçar o quadro de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo (CBC/FT) e assegurar a sua efectiva aplicação.

Avaliação do Conselho de Administração do FMI

Os Administradores do FMI concordaram com o teor da avaliação do corpo técnico e louvaram o programa de reforma do Governo, que visa abordar os desafios do desenvolvimento no período pós-conflito, restaurar a estabilidade macroeconómica e melhorar o ambiente de negócios.
Ao abrigo do Artigo IV do seu Convénio Constitutivo, o FMI mantém discussões bilaterais com os seus países membros, normalmente com uma periodicidade anual. Uma equipa de especialistas visita o país, recolhe informações de natureza económica e financeira e discute com as autoridades a evolução da economia e as políticas económicas do país. De regresso à sede do FMI, os especialistas elaboram um relatório que constitui a base para as discussões do Conselho de Administração.
Concluídas as discussões, a Directora-Geral, na qualidade de Presidente do Conselho, resume os pontos de vista dos Administradores, e este resumo é transmitido às autoridades do país.
Os Administradores acolheram com satisfação as melhorias recentes nas condições económicas e observaram que a
perspectiva mais favorável para os preços do petróleo apresentava uma oportunidade única para abordar os desequilíbrios macroeconómicos, incluindo a erosão dos amortecedores fiscal e externo, e para reduzir a dependência do petróleo.
Nesse contexto, os Administradores salientaram a necessidade de prosseguir com determinação na implementação do programa de estabilização macroeconómica do Governo e nas reformas estruturais para diversificar a economia e apoiar o crescimento inclusivo.
Os Administradores apoiaram a redução do défice orçamental prevista no orçamento de 2018 e salientaram que eventuais receitas tributárias extraordinárias devem ser usadas para eliminar os atrasados internos e reduzir a dívida pública.
Dada a previsão de descida dos preços do petróleo no médio prazo, os Administradores vincaram a necessidade de uma nova consolidação orçamental gradual para colocar a dívida pública numa trajectória claramente descendente.
Enfatizaram que a consolidação fiscal deve assentar na mobilização de mais receitas internas não petrolíferas, inclusive através de melhorias no cumprimento das obrigações tributárias e da introdução planeada de um IVA, bem como na maior racionalização da despesa pública e melhoria da qualidade do investimento público, em simultâneo ao alargamento dos programas sociais bem direccionados.
Os Administradores concordaram que as políticas monetária e cambial devem desempenhar um papel vital no reequilíbrio do mercado cambial e no controlo da inflação. Consideraram positiva a transição para uma maior flexibilidade cambial e para um novo quadro de política monetária ancorado numa meta para a base monetária coerente com o objectivo de inflação.
Destacaram a necessidade de eliminar progressivamente as vendas directas de divisas pelo BNA e de definir um prazo e uma estratégia clara para eliminar as restrições cambiais e as práticas de taxas de câmbio múltiplas.
Os Administradores salientaram a importância de preservar a saúde do sector bancário, o que requer também medidas concretas para concluir as avaliações da qualidade dos activos e para reforçar os quadros de gestão de crises, cedência de liquidez de emergência e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo (CBC/FT).
Apoiaram igualmente os esforços em curso para reforçar os amortecedores de capital e de liquidez em paralelo ao fortalecimento da governação dos bancos estatais.


Os Administradores observaram que a agenda de reformas estruturais do novo Governo concentra-se acertadamente em melhorar a governação e o fraco ambiente de negócios e combater a corrupção. Instaram pela união dos esforços para assegurar a implementação das reformas para que Angola colha os benefícios esperados. Salientaram a necessidade de continuar a construir instituições sólidas para assegurar que as reformas em curso tenham um impacto positivo na vida do povo angolano.
fonte: folha8

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