NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Os advogados de Karim Wade exigiram a prestação de contas ao governo francês. Seguindo as palavras de Jean Félix Paganon, Embaixador da França no Senegal, concernete ao veredicto do julgamento de Karim Wade, o conselho quer garantias sobre neutralidade da França sobre esta matéria.
Em uma declaração conjunta, eles condenaram a proposta do diplomata. "Não contente com a generalidade sobre os princípios recomendados pelo seu estatuto diplomático, concedendo-lhe um dever geral de discrição, moderação e prudência, o embaixador se permitiu a observações comparáveis a um indiciamento por condenação ", diz o documento. E explica que "O embaixador da França, por seus comentários sobre uma condenação inevitável, absolutamente insustentável de Karim Wade, não só interferiu nos assuntos internos de seu país de acreditação, mas se pronunciou sobre o caso de um processo judicial sob assessoria ".
Por isso, "Os advogados que estão em defesa de Karim Wade no julgamento perante o Crei condenam as observações do embaixador, que podem sugerir uma aprovação indefensável na França para o que já parece ser uma decisão ditada a partir de Paris para o qual não sabemos a razão."
Os advogados do ex-ministro acusado de enriquecimento ilícito pedem ao "Ministério dos Negócios Estrangeiros francês para esclarecer a posição do Governo da França sobre o julgamento de seu cliente antes do Crei fornecer garantias sobre a neutralidade da França em um caso em que não tem nada a esperar para além de seu compromisso a um julgamento justo, garantidos os direitos inalienáveis e invioláveis do homem ".
Lembremo-nos que Jean Félix Paganon disse recentemente que em nenhum-lugar seria improvável neste julgamento cujo veredicto é esperado para 23 de março.
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A CPLP assinou um memorando com a Fundação Alexandre de Gusmão, do Brasil, especializada em relações internacionais. Disponibiliza 600 obras gratuitas online e quer estabelecer relações com instituições universitárias angolanas
A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG), do Brasil, disponibiliza online, gratuitamente, cerca de 600 obras sobre relações internacionais – mas também sobre outros temas – sem que, estranhamente, os países que falam português, língua em que mais de 90% dos livros estão publicados, figurem entre os que mais utilizam o portal.
A maior parte das consultas vem dos Estados Unidos, China e Alemanha. Só depois surgem os países lusófonos, com Portugal a regredir mesmo no número de consultas de 2013 para 2014. Os internautas de Angola que acedem ao portal aumentaram, mesmo assim, de um ano para o outro, ainda que menos que os de Moçambique.
E estes dados são tanto mais significativos quanto o portal da FUNAG duplicou, em 2014, o número de visitas registado em 2013, passando de 817 mil visitas, para mais de 1,2 milhões de visitas. Provenientes de Angola o portal registou em 2013 7.282 visitas e, no último ano, 7.891 visitas.
A biblioteca digital da FUNAG é um testemunho muito completo das linhas de força da política externa brasileira, colocando ainda, gratuitamente, à disposição de quem o consulta obras capitais sobre a temática das relações internacionais, fixando-se como missão a democratização do conhecimento nesta área.
Memorando com a CPLP
Para promover uma maior divulgação entre os países lusófonos da existência do portal bibliográfico, a CPLP, através do secretário executivo da organização, embaixador Murade Murargy, e o presidente da FUNAG, o embaixador Sérgio Moreira Lima, assinaram, na passada sexta-feira, dia 26 de Fevereiro, em Lisboa, na sede da CPLP, um memorando para o estreitamento da colaboração institucional entre as duas entidades, cerimónia que contou com a presença dos representantes permanentes do países que integram a organização. Paralelamente, o embaixador Sérgio Moreira Lima proferiu uma palestra sobre o tema ‘Democratização do Conhecimento das Relações Internacionais’, em que, após explicar o que é a FUNAG e quem foi Alexandre de Gusmão, afirmou que o portal ‘tem-nos permitido verdadeiros milagres’, aludindo à capacidade da internet para levar o acervo bibliográfico nele contido aos quatro cantos do mundo.
‘O maior mercado são os Estados Unidos, seguidos da China e, em terceiro lugar, a Alemanha, que tem registado um crescimento muito grande. Já os países lusófonos não têm mostrado o mesmo dinamismo. O que me levou a aceitar o convite do embaixador Murargy para conversar com os representantes permanentes dos outros países e mostrar que esta é uma grande oportunidade de espalhar pelas suas universidades que existe esse grande acervo bibliográfico. É uma grande plataforma de conhecimento em língua portuguesa’, adiantou.
Biblioteca plural
A biblioteca posta ao dispor do internauta encontra-se ordenada por colecções como ‘História Diplomática’, ‘Política Externa Brasileira’, ‘Relações Internacionais’, ‘Manuais do Candidato’ (à carreira diplomática), ‘Livros na Rua’ (breves descrições de países, um dos quais dedicado a Angola), existindo obras especificamente dedicadas a África, como é o caso de ‘Novas Relações Sino-Africanas’ e ‘Paz e Segurança Africana’.
Além de disponibilizar livros online para ‘download’ gratuito, a FUNAG distribui livros físicos pelos centros de estudo de relações exteriores no Brasil e também fora dele. Já distribuiu 26.715 livros no Brasil e 6.559 no exterior, 104 dos quais em Angola.
‘A Guiné-Equatorial se beneficiou muito desta distribuição sob o argumento da necessidade de difundir o português no país. Timor Leste e Portugal são outros destinos dos livros bastante expressivos’, assinalou o embaixador Sérgio Moreira Lima.
O presidente da FUNAG lembrou o carácter multidisciplinar das relações internacionais, um factor que contribui para a ‘riqueza bibliográfica’ do portal e realçou a actualidade de alguns dos temas que ela contempla, como é o caso do direito do mar, já que ‘todos os países aqui reunidos, da nossa comunidade, estão actualmente negociando com as Nações Unidas os limites exteriores à plataforma continental’.
Valores lusófonos
A FUNAG, referiu o seu presidente, procura estabelecer relações com instituições universitárias no universo lusófono, possuindo já a indicação de entidades angolanas. ‘Qualquer que seja o processo de internacionalização que busquemos a nossa plataforma são esses valores que estamos criando e que tem a ver com a lusofonia, que têm a ver com a nossa história, as nossas tradições, com aquilo que nós somos, com a nossa identidade essas páginas (online) estão ao serviço dessa história e desses valores’, referiu o embaixador Sérgio Moreira Lima.
O secretário executivo da CPLP, embaixador Murade Murargy, após referir o vasto currículo diplomático do presidente da FUNAG, recordou que esta, ‘através das actividades que desenvolve, permitiu a mutos diplomatas dos nossos países fazer uma reciclagem dos seus conhecimentos em relações internacionais através de vários cursos que organizou, tanto no Rio de Janeiro como em Brasília’. Acrescentou que a fundação ‘tem desenvolvido vários trabalhos em diferentes áreas das relações internacionais e da política externa e sobretudo aquelas que tocam muito de perto as nossas realidades’. Hoje, com a digitalização, podemos ter acesso, numa perspectiva de democratização do conhecimento, ao que vem sendo produzido pela FUNAG ‘. A FUNAG, instituída em 1971, é uma fundação pública vinculada ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que desenvolve pesquisas e atividades culturais e pedagógicas no campo das relações internacionais e da história diplomática do Brasil. No cumprimento das suas atribuições, a FUNAG desdobrase em duas unidades: o Instituto de Pesquisa em Relações Internacionais (IPRI) e o Centro de História e Documentação Diplomática (CHDD).
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