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EXPULSÃO DE TRÊS DIPLOMATAS FRANCESES DO BURKINA: A espessa nuvem entre Ouaga e Paris não está pronta para se dissipar.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Este é um novo arrepio nas relações já bastante geladas entre o Burk...

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

ANGOLA: BICHARADA COME TUDO E NÃO DEIXA NADA.

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
A pobreza acompanhará os angolanos durante muito tempo, “com perdas sociais anexadas relevantes e inviabilizadoras do vencimento do seu ciclo vicioso”, concluía um Relatório Social de Angola da Universidade Católica angolana, publicado há dois anos. Nada de novo em 2022. Nada de novo em 2024. É assim há 48 anos, tantos quantos o MPLA está no governo. Odocumento do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola, referente a 2019/2020, referia que não será apenas na criação de novos postos líquidos de trabalho que se encontrarão vias de ultrapassar a pobreza, “que anualmente cria uma série de descontentes e despersonalizados, para quem a única via de sobrevivência é a indigência”. Nada de novo na altura. Nada de novo agora. A atestá-lo estão 20 milhões de… pobres. “Países com massas assustadoras de pobres são países desqualificados na cena internacional e para alguns o alívio da pobreza só é conseguido através das doações internacionais. Os Governos dos países com elevadas taxas de pobreza deveriam envergonhar-se e penitenciarem-se junto dos seus cidadãos, sobretudo quando coabitam com compatriotas de elevado padrão de vida”, refere-se na introdução do relatório. De acordo com o documento, em Angola uma das prioridades sociais tem de ser a criação de um Estado social com características universais e sustentável no tempo, realçando que a taxa da pobreza não pode ser reduzida apenas pela vertente do crescimento e da criação de emprego. O relatório defendia que o Fundo Soberano de Angola tem de ser um instrumento de garantia dos equilíbrios inter-geracionais e não um complemento conflituante com o Orçamento Geral do Estado. “O Fundo Soberano, ao agregar dinheiro proveniente da exploração do petróleo não renovável – um recurso da nação – pode, se se quiser, ter um papel central na construção de um Estado social amigo dos cidadãos e promotor de uma igualdade entre os cidadãos”, argumenta o relatório. Nada de novo. O petróleo não é um recurso da nação. É um recurso do MPLA o que, convenhamos, não deveria ser – mas é, a mesma coisa. A eliminação dos subsídios a preços, nomeadamente aos combustíveis, pode ser uma fonte importante de recursos financeiros para se garantir a estabilidade do Estado social, defendia ainda o documento. Numa análise à recessão social em Angola, o relatório realça: “Depois de 2014, ficou evidente esta situação no país, com um decréscimo acentuado do valor agregado dos respectivos sectores integrantes: entre 2010 e 2018, a deterioração do Produto Interno Social registou uma taxa média anula de -12% e no período 2014-2018 agravou-se a crise, passando aquele valor para -28%. Mais claro não há!”. “Em todas as componentes são evidentes comportamentos recessivos depois de 2014, levando, por conseguinte, a admitir-se que a deterioração das condições de vida e a degradação de valores sociais, éticos e morais básicos passaram a ser uma constante na sociedade angolana”, destaca-se. O relatório nota que o valor e a degradação dos rendimentos são as características mais salientes da recessão social no país, indicando que o valor mais elevado do Produto Interno Bruto (PIB) por habitante em dólares corrente aconteceu em 2014, apesar da queda do PIB petrolífero (resposta à baixa do preço do barril de petróleo), mas compensada por um inusitado crescimento de 42,8% no PIB não petrolífero, e de acordo com as contas nacionais. “A partir do segundo semestre deste ano, conforme os Boletins de Conjuntura do INE [Instituto Nacional de Estatística], a queda na produção interna foi permanente, o encerramento de empresas passou a regra geral de adaptação das estratégias empresariais privadas e o desemprego passou a ser a condição normal da força de trabalho nacional. O PIB por habitante de baixo valor e o aumento da desocupação da força de trabalho contribuíram para a recessão social do país”, lê-se no relatório. “São suficientes as considerações anteriores sobre a crise social e as suas características em Angola, nos tempos actuais, que se irá agravar substancialmente até finais de 2022”, acrescenta o documento. Quatro (4) em cada dez (10) angolanos são… pobres AUniversidade Católica de Angola estimava que a taxa de pobreza no país rondava os 42% (a ONU falava em 52%), enquanto a da pobreza extrema se situa nos 20%. São números emblemáticos para demonstrar (mais uma vez) a incompetência dos governos – todos do MPLA – que estão no Poder desde 1975. O CEIC estimava que quatro em cada dez angolanos são pobres. Tomemos, embora não seja novidade, nota desta bandeira do Governo: 4 em cada 10 cidadãos angolanos são pobres. Segundo o director do CEIC, Alves da Rocha, os números sinalizavam a “degradação constante do nível de vida dos angolanos”, motivada pela crise que o país vive desde finais de 2014 e que mostrou que em matéria de competência e seriedade governativa Angola está entregue à bicharada. Bicharada que comeu tudo e não deixou nada, que mandou a diversificação da economia para as calendas criando, dessa forma, 20 milhões de pobres. “Em 2015 a capacidade de crescimento da economia foi apenas de 0,5%”, notou o economista, quando apresentou, em Luanda, o Relatório Económico de Angola 2018, salientando que “a partir daí, Angola entrou em processo de desaceleração económica, o que significa que, em cada ano, se produzem menos bens e serviços”. Desaceleração essa que, contudo, permitiu que mais uns tantos ficassem ainda mais ricos. Para o docente da UCAN, a taxa de crescimento do PIB comparada à taxa de crescimento da população, estimada pelo INE em 3,1%, evidenciava a “degradação acentuada do nível de vida dos angolanos que desde 2015 atingiu os 15,5%”. “Em cada ano os angolanos ficam mais pobres, não só porque não há crescimento na economia, mas também porque o desemprego aumenta e consequentemente não há fontes de rendimentos para as famílias”, apontou, lamentando a situação. Recorde-se que o Presidente da República, do MPLA e Titular do Poder Executivo prometeu criar, na legislatura anterior, 500 mil novos empregos… A então ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, disse no dia 23 de Outubro de 2019 que o país (falava de Angola) registou uma redução no nível de pobreza, passando dos 36,6% em 2017, para 29%, com uma meta de 25% até 2022. Como a ministra “assinou” um contrato para mentir, desde que seja para benefício do MPLA, até se compreende. Faustina Alves falava à imprensa no final de um encontro promovido, em Luanda, pela ONU sobre a redução da pobreza, no âmbito das celebrações do dia das Nações Unidas. A então governante angolana considerou “muito bom” que Angola comece a reduzir os seus níveis de pobreza, enaltecendo o encontro de troca de informações e análise de estratégias para se atingir a meta dos 25%, de acordo com os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável. “O Governo está a trabalhar, cada vez mais junto das populações. Estamos a identificar as suas necessidades e temos estado a arranjar formas de reunir as condições”, disse a então ministra, passando uma monumental esponja sobre o facto de, estando no Poder desde 1975, o MPLA ter conseguido “dotar” o país com 20 milhões de pobres. Segundo Faustina Alves, a população está a produzir e as autoridades a arranjar formas de facilitar o escoamento da produção, uma das reclamações existentes. Por sua vez o Ministério do Comércio lançou, na primeira Expedição Multissectorial da Feira de Negócios dos Municípios de Luanda, uma plataforma digital, denominada “Digit Transporte”, que iria facilitar o escoamento dos produtos a nível nacional, cujos primeiros postos estavam localizados nos municípios de Belas, Cacuaco e Viana, noticiou o Jornal de Angola, órgão do MPLA. É por isso que, embora muitos dos nossos agricultores e zungueiras andem de telemóvel a fazer negócios, mesmo sem acesso à Internet e sem saber escrever nem ler, logo se notou o escoamento dos produtos. Também não é preciso saber ler nem escrever. Parafraseando o brilhantismo linguístico de João Lourenço, isso só seria importante se “haver” necessidade… Faustina Alves realçou o desenvolvimento da produção nas províncias do Moxico, Bié, Huambo e Uíje, e mesmo nas zonas afectadas pela seca, como o Namibe e o Cuando Cubango, à excepção do Cunene, onde vive o maior número de pessoas afectadas. A titular da pasta da Acção Social, Família e Promoção da Mulher sublinhou que mais do que a redução das percentagens da pobreza, mais importante “é tirar a população do nível de vulnerabilidade em que se encontra”. “Às vezes apegamo-nos aos números, mas tudo depende do contexto climático, do que é dado às cooperativas e também do engajamento de todos”, salientou. Brilhante. É tudo mesmo resultado do contexto. Desde logo porque, convenhamos, se só tem fome quem não come, quem come não tem fome! A então ministra Faustina Alves orientou no dia 16 de Agosto de 2019, na província de Malanje, os administradores municipais a serem mais dinâmicos e criativos na execução do projecto de combate à pobreza. Há 48 anos que o MPLA divulga as mesmas orientações, e os resultados estão à vista, mesmo dos cegos: mais de 20 milhões de pobres. Faustina Alves fez esta exortação patriótica (e que respeita os cânones do Departamento de Informação e Propaganda do MPLA), quando intervinha num encontro, realizado na municipalidade de Quiuaba Nzoji, com os administradores dos 14 municípios da província de Malanje, cujo objectivo foi analisar os resultados do Programa de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza. Ou seja, ver quantos mais pobres existem na província. A então ministra recomendou aos administradores municipais que devem incluir as famílias vulneráveis em actividades geradoras de renda, para garantir o seu auto-sustento e, assim, reduzir o índice de pobreza na região. Brilhante. Ninguém que tenha, pelo menos, três refeições por dia diria algo mais emblemático. Para tal, ressaltou, deve-se fazer o levantamento do número real de pessoas em situação de vulnerabilidade para, posteriormente, criar-se planos precisos e eficazes de apoio a esta camada da população. É claro que quanto mais tarde se fizer esse levantamento menos pobres haverá… A ministra de então sublinhou ainda a importância da integração de sociólogos, psicólogos e de outros especialistas (que não passem fome) nas direcções municipais da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, para auxiliarem na concepção e materialização de projectos de resolução dos problemas da comunidade. Incentivou também a contínua troca de experiência entre os administradores municipais, com vista a multiplicar-se as boas iniciativas. Do mesmo modo encorajou as diferentes franjas sociais a reforçar os gestos de solidariedade para com os idosos acolhidos em lares da terceira idade, de modo a minimizar as suas dificuldades. Igualmente relevante foi, é e será a multiplicação patriótica dos ensinamentos que levem os angolanos a aprender a viver sem comer. E os resultados são animadores. Até agora só morreram os que estavam quase, quase, a atingir esse objectivo… FOLHA8

SUDÃO A FERRO E FOGO.

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As zonas de conflito no Sudão correm risco de sofrer “níveis catastróficos de fome” entre Abril e Julho, o período de transição entre colheitas, enquanto milhões de pessoas já lutam para se alimentarem, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Orepresentante interino da OMS no Sudão, Peter Graaff, alertou que uma “tempestade perfeita” está a preparar-se, com pessoas enfraquecidas pela fome a tornarem-se vítimas de doenças infecciosas, enquanto o sistema de saúde praticamente entrou em colapso no meio dos combates em curso no país. “Há o receio de que a próxima época de escassez possa levar a níveis catastróficos de fome nas zonas mais afectadas”, disse, numa videoconferência a partir do Cairo. O período de escassez, ou seja, aquele que antecede as primeiras colheitas e onde se esgota o grão da colheita anterior, que se estende de Abril a Julho, vê os preços dos géneros alimentícios dispararem à medida que os stocks diminuem. A guerra, que eclodiu em Abril de 2023 entre o chefe do exército sudanês Abdel Fattah al-Burhan e Mohamed Hamdan Daglo, seu antigo vice e comandante das forças paramilitares de apoio rápido, provocou milhares de mortos e desencadeou uma catástrofe humanitária. Cerca de 25 milhões de pessoas, ou mais de metade da população, necessitam de assistência, e quase 18 milhões enfrentam insegurança alimentar aguda, segundo dados da ONU. Cinco milhões já estão em situação de emergência devido à fome, disse Graaff. As crianças subnutridas correm maior risco de morrer de doenças como diarreia, pneumonia e sarampo, especialmente num contexto em que não têm acesso a serviços de saúde vitais. “O sistema de saúde mal funciona e as doenças infecciosas estão a espalhar-se: foram notificados mais de 10.000 casos de cólera, 5.000 casos de sarampo, cerca de 8.000 casos de dengue e mais de 1,2 milhões de casos clínicos de malária”, detalhou Peter Graaff. Os combates fizeram com que 1,8 milhões de pessoas fugissem do país e 6,1 milhões deslocados internamente. “Testemunhei em primeira mão os deslocamentos no Sudão e no vizinho Chade. E o que vi é alarmante e doloroso”, continuou Peter Graaff, descrevendo pessoas forçadas a caminhar durante dias, apenas para encontrar refúgio em áreas superlotadas com pouca comida e água. “O povo do Sudão enfrenta uma situação de vida ou morte devido à violência persistente, à insegurança e ao acesso limitado a serviços de saúde essenciais”, disse Peter Graaff. “E parece haver pouca esperança de uma solução política à vista”, afirmou apelando ao acesso seguro e sem entraves à prestação de serviços de saúde vitais. A maioria das pessoas deslocadas no Sudão fugiu do estado de Cartum (67%) e do Darfur (33%) para os estados do norte do país (16%), do Rio Nilo (14%), do Darfur Ocidental (7%) e do Nilo Branco, especifica a Organização Internacional para as Migrações (OIM). “A alimentação, o acesso aos serviços de saúde e os artigos de primeira necessidade continuam a ser extremamente escassos”, sublinhava já um relatório da OIM publicado em Julho de 2023. Embora a maioria dos deslocados internos viva integrada em comunidades de acolhimento, mais de 280.000 estavam a viver em abrigos de último recurso, como campos, edifícios públicos e abrigos improvisados, em especial no estado sudanês do Nilo Branco, segundo a Matriz de Acompanhamento de Deslocações (DTM, na sigla em inglês) da agência das Nações Unidas para as Migrações. O relatório já na altura dava conta de movimentos migratórios observados nas fronteiras do Sudão com o Egipto (40%), com o Chade (28%), com o Sudão do Sul (21%), com a Etiópia e com a República Centro-Africana (RCA). Das mais de 697.000 pessoas que atravessaram a fronteira para os países vizinhos, 65% são sudaneses e estima-se que 35% sejam repatriados e nacionais de países terceiros, especifica-se no relatório. Destas quase 700.000 pessoas, “a maioria encontra-se em condições extremamente precárias”, alertava a OIM. “A escalada contínua da violência está a agravar uma situação humanitária já de si terrível no país e na região. Pelo menos 24,7 milhões de pessoas – cerca de metade da população do Sudão – necessitam urgentemente de ajuda humanitária e de protecção”, apontava há quase um ano o relatório, segundo o qual “um terço” das pessoas mais necessitadas se encontra no Darfur, “onde a situação se está a deteriorar drasticamente”. “A OIM reitera os apelos a um cessar-fogo permanente e à eliminação dos entraves burocráticos, a fim de assegurar corredores humanitários seguros e garantidos e permitir a entrega de ajuda às pessoas em zonas de difícil acesso”, afirmava o director regional da organização para o Médio Oriente e Norte de África, Othman Belbeisi, citado no documento. Entretanto, a União Europeia (disse na altura que) quer “negociar sem demora um cessar-fogo duradouro para garantir a protecção do povo do Sudão”, onde pelo menos 1173 civis já tinham morrido. A União Europeia condenou o recrudescer dos combates no Sudão e ataques em larga escala contra civis, e disse que admite adoptar sanções como meio para pôr termo ao conflito e incentivar a paz. “A UE está pronta a ponderar a utilização de todos os meios à sua disposição, incluindo medidas restritivas, para contribuir para pôr termo ao conflito e incentivar a paz”, referiu em comunicado, condenando a contínua recusa das partes em conflito, desde 15 de Abril de 2023, em procurar uma solução pacífica. A urgência de “negociar sem demora um cessar-fogo duradouro para garantir a protecção do povo do Sudão” é destacada na nota, em que se pede que, independentemente do cessar-fogo, os intervenientes permitam e facilitem a prestação de ajuda humanitária. A fim de “interromper o ciclo de impunidade, os responsáveis pelas atrocidades devem ser identificados e responsabilizados”, defendeu a União Europeia, que disse apoiar a recolha de provas sobre violações graves dos direitos humanos. Bruxelas diz-se particularmente preocupada com os relatos de “ataques em larga escala contra civis e zonas civis, nomeadamente com base na etnia, em especial no Darfur, com relatos horríveis de violência sexual e baseada no género generalizada, assassínios selectivos”. Altos funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) denunciaram também o aumento da violência, incluindo sexual, contra mulheres e raparigas no Sudão. A UE manifestou ainda “profunda preocupação com a rápida deterioração da situação humanitária” e prometeu manter o apoio ao povo do Sudão, “especialmente as mulheres e os jovens que lideraram uma revolução pacífica há quatro anos”, lembrando os 256,4 milhões de euros afectados em 2023 para a ajuda humanitária e ao desenvolvimento do país. O número exacto de vítimas dos combates, entre as milícias das Forças de Intervenção Rápida (RSF, na sigla em inglês) e o exército sudanês, não é possível de contabilizar com exactidão, devido à situação de insegurança. Recorde-se que, ciente do seu papel e do peso político que tem, seja no contexto africano ou no mundial, o Presidente angolano, general João Lourenço, manifestou-se em Maio do ano passado, em Itália, “apreensivo” com o rumo dos conflitos no mundo e voltou a considerar a invasão da Ucrânia como a maior ameaça à paz e segurança na Europa, apelando novamente a um cessar-fogo. Moscovo e Kiev pararam para escutar o “campeão da paz” em África… O general João Lourenço apontou, nomeadamente, a instabilidade em África, criada pelo terrorismo e os golpes de Estado nos países da região do Sahel, conflitos como o da República Democrática do Congo e do Sudão, bem como o conflito israelo-palestiniano que “não tem contribuído para os esforços da comunidade internacional de fazer do Médio Oriente uma zona de paz e segurança”. Folha 8 com Lusa

“37 pessoas mortas durante confrontos desde março de 2021 no Senegal”, (HRW).

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A ONG Human Rights Watch (HRW), cuja missão é defender os direitos humanos, acompanha de perto o que acontece no Senegal. Numa nota recolhida por Les Échos, a organização diz ter documentado a repressão sangrenta das Forças de Defesa e Segurança (Fds), incluindo “balas reais” e o “uso abusivo” de gás lacrimogéneo, para dispersar os manifestantes desde março. 2021.' Para isso, Reed Brody, conselheiro jurídico e porta-voz da organização, e os seus camaradas afirmam ter falado com 29 pessoas, incluindo 5 manifestantes, 7 activistas da sociedade civil, 8 membros da oposição, 5 jornalistas, 2 advogados e familiares de 2 feridos. pessoas antes de examinar os prontuários médicos dos mortos ou feridos, inúmeras imagens dos protestos, bem como reportagens publicadas pela mídia nacional e internacional. “Pelo menos 37 pessoas foram mortas durante confrontos violentos desde março de 2021 no Senegal sem que ninguém fosse responsabilizado”, lamenta a HRW. fonte: seneweb.com

EM NOME DA HONRA DA DEMOCRACIA SENEGALESA (POR DOUDOU KA).

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“Os julgamentos estão agitados e as condenações estão voando. Uma onda de acusações sem precedentes caiu sobre o Senegal desde a votação da Assembleia Nacional para adiar as eleições presidenciais inicialmente marcadas para 25 de Fevereiro de 2024. A imagem do país está prejudicada. O Chefe de Estado é fortemente suspeito, erradamente, de querer impor, de forma indireta, inconstitucional e incondicional, uma extensão do seu mandato. Então, deveríamos permanecer calados diante desta onda de excessos absolutos que está atingindo a nossa Nação? Deveríamos fugir da multidão e das tiranias intelectuais e mediáticas? Não e não. A nossa responsabilidade individual é defender o Senegal e as suas instituições, chefiadas pelo Presidente da República. Hoje, isto significa inevitavelmente expor-se a ataques dos seus adversários políticos e mediáticos. Mas felizmente os senegaleses ainda têm a oportunidade de viver numa terra de liberdade onde nenhum cidadão precisa de se esconder para expressar as suas opiniões. E é precisamente em nome da honra desta democracia, desta República e deste Estado de direito, que o Presidente Macky Sall falou, para dizer aos senegaleses todas as consequências que tira de uma crise institucional sem precedentes que constitui uma ameaça à integridade do a eleição presidencial, a pedra angular do nosso sistema democrático. Algumas disfunções ligadas ao patrocínio já tinham fragilizado o processo eleitoral, levando mesmo parte da oposição a exigir o adiamento da votação, acusações de alegada corrupção do juiz supremo eleitoral, validação do processo de um candidato que não goza do seu direito civil e políticos desde que regularmente sujeitos a mandado de detenção (em flagrante violação do espírito dos artigos 28.º e 8.º, n.º 2 da Constituição), e sobre os quais pesam, entre muitas outras acusações, as de ataque à segurança do Estado e de conspiração contra a autoridade do do Estado, terá acabado de pulverizar os alicerces da integridade e da sinceridade do processo eleitoral, dois limites intransponíveis para qualquer Estado de Direito. Para devastar ainda mais o processo eleitoral, obscurecendo o seu quadro já sombrio, acrescenta-se a validação da candidatura de uma dupla nacionalidade em violação do artigo 28.º da Constituição e a rejeição da de outro candidato e que já tinha renunciado à sua segunda nacionalidade. Dado que o Senegal não está condenado a eleger um candidato suspeito de corrupção ou a eleger um candidato regularmente colocado sob mandado de prisão por pôr em perigo a segurança do Estado ou a eleger um candidato binacional, o adiamento das eleições tornou-se um imperativo democrático categórico. O Presidente da República poderia optar por não ver nada, não ouvir nada, não dizer nada, não fazer nada. Perante esta situação de crise e dever de verdade, o Presidente Macky Sall decidiu resolvê-los para evitar que o seu sucessor sofresse desconforto institucional permanente e permanecer dentro da exigência democrática que é constitutiva da exceção senegalesa com um presidente eleito regularmente e que é a encarnação das ambições colectivas e construtivas de todo um povo. A honra da democracia senegalesa é procurar a VERDADE sobre este caso de alegada corrupção e consolidar o sistema de selecção e controlo dos candidatos às eleições presidenciais. Este é um imenso desafio para o nosso jovem sistema democrático, que foi atingido de frente. O direito de voto e o direito de ser eleito estão no cerne do funcionamento de qualquer sistema democrático. Não era do interesse de ninguém participar nestas eleições cruciais com regras flagrantemente tendenciosas. O presidente Macky Sall é o garante da Constituição. Ele é o derradeiro pára-raios republicano contra as forças tectónicas de desestabilização das nossas instituições. Sem presumir as conclusões da investigação parlamentar e para evitar qualquer crise institucional, o Presidente da República, no desejo de renovar o diálogo com todas as forças activas da Nação, lançou um apelo para que juntos encontremos os caminhos e os meios para sair da esta crise política e institucional. Para salvar a honra da nossa democracia, agora é o momento de encontrar as convergências necessárias para evitar o confronto face a face entre as forças políticas e proteger-nos dos conflitos institucionais e da desconfiança dos senegaleses em relação ao Estado. O Presidente da República, garante da coesão nacional, é o elo para iniciar a construção de uma base republicana comum sólida, para provocar um renascimento nacional. A nossa coesão nacional, longe de ser uma união política, é um dos fortes símbolos da nossa identidade nacional, pelo que a maioria e a oposição devem unir-se para defender o essencial que é a salvaguarda do modelo democrático da nossa República. É urgente traçar hoje os contornos do pós-crise. Só sairemos desta turbulência institucional com espírito de superação em favor da assinatura de grandes acordos. Será, portanto, imperativo incluir no diálogo nacional um consenso sobre a duração efectiva da transição, sobre a autoridade política que a deverá presidir e sobre as melhorias a introduzir no processo eleitoral, em particular na selecção e controlo dos candidatos. . Chegou a hora da reconciliação e da unidade nacional. A história da nossa democracia não deve ser escrita com paixão e manipulação. Nas provas decisivas, todos têm o dever de subir à altura exigida pelas circunstâncias excepcionais que o nosso país atravessa. O Presidente da República Macky Sall deve continuar a desempenhar o seu papel de assegurar o bom funcionamento da democracia. Mas, para além do Chefe de Estado, o que está em jogo é o preço da responsabilidade individual de cada actor na terapia republicana de que o Senegal tanto necessita. Vou pegar o meu quando chegar a hora. Em nome da honra da República. Em nome da honra da Democracia." Doudou Ka Ministro da Economia, Planeamento e Cooperação Presidente da Convergência dos Democratas para a Salvaguarda da República (S24) fonte: seneweb.com

Senegal: Consulta, Diálogo, Reconciliação: o Califa Geral dos Tidianes mostra a saída da crise.

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O califa geral de Tidianes Serigne Babacar Sy Mansour manifestou-se sobre o adiamento das eleições presidenciais. Ele expressou compaixão pelas famílias que perderam seus laços de parentesco durante os protestos da última sexta-feira e do fim de semana. Na verdade, foi a gravidade da situação que o levou a dirigir-se aos senegaleses. "A situação política muito tensa no nosso país e os últimos acontecimentos que acabaram por matar três dos nossos filhos apelam tanto à minha consciência como cidadão como à minha responsabilidade como chefe da comunidade religiosa. Gostaria de me juntar à dor dos seus família a quem apresento as minhas mais entristecidas condolências, assegurando-lhes as minhas orações para que descansem eternamente em paz", formulou Serigne Babacar Sy Mansour, califa geral dos Tidianes. Consulta Ele convida todos, actores políticos, membros da sociedade civil e cidadãos comuns, a preservar a paz. Ele espera que todas as partes interessadas sigam o caminho da consulta para superar a crise. "Vamos preservar o que temos de mais caro: o nosso desejo comum de viver juntos num Senegal pacífico e reconciliado em torno de todos os seus filhos. Dirigindo-me ao Presidente da República, Macky Sall, gostaria de convidá-lo e encorajá-lo a favorecer a consulta, inclusiva e um diálogo construtivo com todas as forças activas da Nação, para encontrar o mais rapidamente possível uma solução feliz para este impasse que, se não for superado, poderá mergulhar o nosso país numa noite de arrependimentos e desolação", exorta Serigne Babacar Sy Mansour. O apelo dirigido aos jovens O guia religioso encorajou os senegaleses a aceitarem a mão estendida do Presidente da República, para que possamos zelar pelo interesse exclusivo do povo senegalês e pela preservação do clima social, a fim de avançarmos para eleições pacíficas e inclusivas. . “A paz do nosso país e o seu futuro são responsabilidade de todos. É por isso que convido também as autoridades religiosas do Senegal, sem excepção, a desempenharem o seu papel de censores para a reconciliação dos corações e das mentes. , especialmente os jovens, cujas frustrações e preocupações compreendo, para manterem a fé e mostrarem moderação”, declarou o califa-geral de Tidianes. Por outro lado, lamentou a destruição de bens públicos e o confronto com as forças de defesa e segurança. Estas ações não podem ser a solução. “Vocês são a pedra angular a partir da qual o futuro desta nação deve ser construído. Que a sua voz seja ouvida na consulta e no diálogo. Isto poderia servir como uma válvula de escape para a sua insatisfação”, aconselha Serigne Babacar Sy Mansour, califa-geral de Tidianes.

A Grande Loja Maçônica do Gabão empossou o sucessor de Ali Bongo.

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No Gabão, a Grande Loja Maçônica organizou no fim de semana passado uma cerimônia solene de posse de seu novo chefe, Jacques Denis Tsanga. O evento aconteceu em Akanda, nos subúrbios de Libreville. Pelo menos é o que indica o semanário “l’Aube” na sua publicação de 12 de fevereiro de 2024. O Grão-Mestre da Grande Loja Nacional Francesa presente em Libreville A cerimônia foi presidida pelo Grão-Mestre da Grande Loja Nacional Francesa, Jean Pierre Rollet, no lugar do seu homólogo da Loja Unida da Inglaterra, que não pôde comparecer. Segundo a mesma fonte, vários Grão-Mestres estrangeiros de países da África Ocidental, Marrocos e Rússia também homenagearam com a sua presença este grande encontro. Ex-Ministro das Águas e Florestas de Ali Bongo Jacques-Denis Tsanga substitui efetivamente Ali Bongo, deposto há alguns meses por um golpe militar. O homem é atualmente governador da província de Haut Ogooué. No passado, atuou como Ministro de Águas e Florestas no governo de Ali Bongo. A equipe de gestão Jean Denis Tasanga liderará uma equipa composta pelo Grão-Mestre Adjunto Léon Paul Ngoulakia (responsável pela Corregedoria); Francis Codjie (responsável pelo Grande Secretariado); Yann Franck Koubdje (Grão-Chanceler); Minko Mi Etoua (Grande Guardião dos Selos); Jean-François Ndongou, Guy Bertrand Mapangou e Toussaint Grégoire Moukala (Encarregados de Missões). Durante a mesma cerimônia, outros maçons também foram nomeados à frente de estruturas provinciais como as Grandes Lojas Atlântica, Subequatorial e Continental. fonte: seneweb.com

CAN 2024: Emilio Nsue, artilheiro do torneio, excluído da seleção da Guiné Equatorial.

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A Federação de Futebol da Guiné Equatorial suspendeu o seu atacante na terça-feira, 13 de fevereiro. A decisão é explicada por “vários episódios de grave indisciplina”. A bela história termina aí para Emilio Nsue. Com cinco golos marcados, o avançado de 34 anos subiu ao pódio do Stade Alassane Ouattara, para receber o prémio de melhor marcador, após a final do CAN. Desconhecido antes desta Taça das Nações Africanas, o jogador do Intercity Alicante, da 3.ª divisão espanhola, ultrapassou os favoritos ao troféu como Mohamed Salah, Sadio Mané ou Victor Osimhen. No entanto, o seu comportamento na Costa do Marfim não teria sido isento de qualquer censura. Em nota de imprensa, a Federação de Futebol da Guiné Equatorial (FEGUIFUT) anunciou a suspensão do seu capitão, bem como do outro avançado da selecção Edu Salvador. Os dois jogadores participaram, de facto, em “vários episódios de grave indisciplina”, incluindo um em que participou Salvador, que obrigou a polícia a intervir no local, em Abidjan. Os dois jogadores estão suspensos “até novo aviso”, indica a federação. Nzalang Nacional despede-se, por enquanto, do melhor jogador da selecção desde que guiou a sua equipa a uma vitória histórica frente à Costa do Marfim (4-0) com um duplo. Poucos dias antes, ele havia feito três gols na vitória sobre a Guiné-Bissau. Os guineenses equatoriais surpreenderam ao se classificarem para as oitavas de final, antes de falharem contra a Guiné. A Guiné Equatorial tentará se classificar para sua primeira Copa do Mundo em 2026. Segundo colocado no grupo de qualificação, está empatado em pontos com a Tunísia. Recorde-se que cada equipa do seu grupo terá um bilhete para o Campeonato do Mundo, enquanto os melhores segundos classificados disputarão um torneio play-off na zona africana. fonte:

Senegal: “Você é corrupto”: Krépin Diatta fortemente sancionado pela CAF.

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Aliou Cissé não poderá contar com Krépin Diatta nas próximas partidas dos Leões. A CAF impôs uma suspensão de quatro jogos, dois dos quais foram firmes, e uma multa de US$ 10 mil (cerca de 6 milhões de francos CFA) ao atacante do Mônaco. O internacional de 24 anos foi sancionado pelo seu discurso perante a comunicação social após a eliminação do Senegal nas oitavas de final do CAN pela Costa do Marfim. “Você é corrupto”, gritou em particular diante de um funcionário guineense da CAF. Segundo o L'Observateur, que dá a informação na sua edição de quarta-feira, o organismo continental abriu uma investigação na sequência deste episódio. A sua comissão disciplinar procedeu assim, segundo o jornal, “à audição do jogador por videoconferência”. “Apenas a internacional não foi capaz de fornecer provas das suas alegações”, relata a mesma fonte. Consequência: a CAF não fez todos os esforços. Krépin Diatta não jogará os próximos dois jogos do Senegal e terá de ficar ausente dos próximos dois durante um ano. O Observador informa que a Federação Senegalesa de Futebol (FSF) também está sancionada por causa de um dos melhores Leões da CAN. O organismo senegalês foi, de facto, multado no mesmo valor que o jogador (6 milhões de francos CFA). fonte: seneweb.com

Senegal: [Exclusivo] Um projeto de lei geral de anistia será adotado na quarta-feira: Ousmane Sonko em breve livre.

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Uma medida geral de amnistia deveria ser adoptada imediatamente e conduzir à libertação de Ousmane Sonko e companhia; O Presidente da República encarregou o ministro da Justiça, durante o anterior Conselho de Ministros, de preparar um projeto nesse sentido, que deverá ser aprovado no Conselho de Ministros desta quarta-feira. Para além das pessoas detidas à margem das manifestações, a medida deverá abranger factos mais antigos, nomeadamente os ligados às condenações de Karim Wade e Khalifa Sall. O Presidente Macky Sall quer assim dar a cada actor a oportunidade de participar no diálogo nacional e, para aqueles que o desejem, nas eleições presidenciais que acabam de ser adiadas para outra data. Trata-se de confirmar o seu desejo já expresso de deixar um Senegal pacífico e estável no final deste diálogo que deseja que seja inclusivo. Esta lei de amnistia passará pelo Parlamento e “marcará assim o primeiro passo para um entendimento cordial para um diálogo inclusivo”, diz-nos uma fonte. A restauração do sinal de Walf faz parte deste desejo de apaziguamento. fonte: seneweb.com

Crise política: Mimi Touré responde a Diouf e Wade.

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Numa declaração conjunta, a primeira do género, os antigos chefes de estado senegaleses Abdou Diouf e Abdoulaye Wade, falando sobre a situação no país, apelaram aos senegaleses, especialmente aos jovens, para que parem as manifestações e os actores políticos ao diálogo. O ex-primeiro-ministro destaca-se: “O presidente Macky Sall continuou a atacar a nossa democracia construída por gerações de activistas democráticos. » Aminata Touré quer como prova “os numerosos jovens mortos durante as manifestações de março de 2021, de 2023, e destes últimos 3 dias, além dos 2.000 jovens que definham na prisão. » “A imprensa não foi poupada com a prisão de numerosos jornalistas e o corte do sinal dos canais de televisão. » Para o antigo enviado especial do chefe de Estado senegalês que se tornou opositor, “a melhor forma de preservar a nossa lendária estabilidade é respeitar a Constituição do Senegal, organizando as eleições presidenciais na data prevista para 25 de Fevereiro” porque “pode haver não há dúvida de uma extensão ilegal do mandato do Presidente Macky Sall para além de 2 de Abril”, reagiu ela. Assumido pelo Libération, continua: “Após a eleição do novo Presidente da República, poderão ser realizadas amplas consultas para pôr fim à hiperpresidencialidade e implementar as recomendações da Conferência Nacional, a fim de consolidar as bases da nossa democracia e nosso estado de direito.” fonte: seneweb.com

SENEGAL: Declaração de Diouf e Wade: grandes revelações sobre a redação do polêmico texto.

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Vinte e quatro horas depois da publicação de um comunicado coassinado com o seu sucessor, Abdoulaye Wade, o ex-presidente Abdou Diouf fez mais uma saída esta terça-feira. Num comunicado de imprensa apenas com a sua assinatura, o sucessor de Léopold Senghor, constatando “com pesar e tristeza que a carta publicada com a (sua) assinatura e a do Presidente Abdoulaye Wade dá origem a muitos mal-entendidos”, esclarece o seu pensamento. Embora no texto comum pareça validar o adiamento das eleições presidenciais para 15 de dezembro, decidido pela Assembleia Nacional, Abdou Diouf recua no seu comunicado de imprensa. Ele disse: “O Conselho Constitucional que criei em 1992 continua a ser o garante final das nossas instituições e da nossa democracia. Cabe a ele, e somente a ele, estabelecer a lei e tomar as decisões que são vinculativas para todos no que diz respeito ao calendário eleitoral e ao respeito pela duração do mandato presidencial.” A acreditar no Le Témoin, Abdou Diouf fez esta saída para compensar a falta de vigilância na validação da declaração conjunta. O jornal noticia que tudo partiu da vontade do antigo chefe de Estado, preocupado com a situação do país, de falar com o Presidente Macky Sall. Foi na semana passada, aponta a fonte. Diouf tenta diversas vezes entrar em contato com o atual ocupante do Palácio. “Sem sucesso, pois este último não só não atendeu as suas chamadas, como também não se dignou a telefonar-lhe de volta”, informa Le Témoin. Foi apenas na manhã de segunda-feira que a presidência senegalesa - e não o próprio Presidente Macky Sall - telefonou a Abdou Diouf para se oferecer para assinar um texto com o seu sucessor, Abdoulaye Wade, apelando ao diálogo, à moderação, ao respeito pela Constituição, etc. O jornal continua: “Diouf dá o seu acordo. Poucas horas depois, o seu ex-assessor da OIF Hamidou Sall, que havia trabalhado para o presidente Macky Sall, enviou-lhe um texto que Abdou Diouf, devido à sua idade avançada e à confiança que depositava em Hamidou Sall, assinou os olhos fechados, sem até mesmo mostrando isso para aqueles ao seu redor. Grande erro!" O diário de notícias acrescenta: “Na verdade, ele nem percebeu que estava sendo solicitado a validar de alguma forma a data de 15 de dezembro decidida pela aliança Benno Bokk Yakaar-PDS. Só quando os seus filhos, em pânico com a bronca e bombardeados com tweets, mensagens de texto e telefonemas questionando-os sobre a posição do pai, o desafiaram é que o presidente Abdou Diouf percebeu a seriedade do que havia assinado de boa fé. Daí a sua decisão de publicar o comunicado de imprensa corretivo de ontem.” fonte: seneweb.com

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