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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Justiça italiana pede ao Brasil extradição do antigo futebolista Robinho.

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© AP Photo/Manu Fernandez/Arquivo Robinho no final de um jogo pelo AC Milan, em 2013 A justiça italiana enviou às autoridades do Brasil um pedido formal para a extradição do antigo futebolista do AC Milan, Robinho, e do amigo Ricardo Falco, ambos condenados em janeiro em Itália a nove anos de prisão, por violência sexual em grupo. Robinho foi ainda condenado a a pagar uma indemnização de 60 mil euros por ter abusado de uma jovem albanesa em 2013, quando ainda representava o ACMilan. Como a Constituição brasileira não prevê a extradição dos respetivos cidadãos, Robinho deverá estar a salvo da justiça italiana, mas se sair do Brasil arrisca-se a ser preso. Robinho foi um prodígio do futebol brasileiro, destacando-se ainda muito novo, no Santos, e com 21 anos transferiu-se em 2005 para a equipa "galática" do Real Madrid, por 24 milhões de euros. Passou ainda pelo Manchester City, de Inglaterra, antes de ingressar no AC Milan, de Itália, com empréstimos ao santos por ambos os clubes europeus. O futebolista ainda jogou na China e na Turquia antes de arrumar as botas de novo no Santos, tendo confirmado o adeus ao futebol profissional no último mês de julho, com 38 anos. fonte: https://www.blogger.com

Ucrânia: Romance de Andrei Kurkov dá voz aos esquecidos da "zona cinzenta" no Donbas.

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Lisboa, 05 out 2022 (Lusa) - O escritor ucraniano Andrei Kurkov escreveu um romance sobre um apicultor que viaja com as suas abelhas pelo território devastado do conflito no Donbas, muito antes da invasão russa, apenas para dar voz às pessoas esquecidas da “zona cinzenta”. Agora com a guerra a decorrer, cuja escalada considera ter sido em certa medida previsível, deixou a ficção em suspenso e está empenhado na luta em defesa da Ucrânia, usando como armas a escrita sobre a realidade, para explicar a invasão ao mundo, contou em entrevista à agência Lusa. “Abelhas cinzentas” é o título do romance que acaba de chegar a Portugal, pela Porto Editora, apesar de ter sido originalmente publicado em 2018, que aborda o conflito no Donbas, a decorrer desde 2014. Andrei Kurkov não tinha planeado escrever um livro sobre a guerra até 2017. O que aconteceu é que após a anexação da Crimeia e o início da guerra em Donbas, chegaram vários refugiados a Kiev e o escritor conheceu várias pessoas, uma delas, um homem que todos os meses ia a uma aldeia na linha da frente, onde permaneciam sete famílias, para lhes levar medicamentos e outros bens, porque não havia nada, “eletricidade, gás, farmácia, polícia, era uma terra de ninguém, uma zona cinzenta”, contou. Depois de consultar o mapa e perceber que essa “zona cinzenta” era o território entre os separatistas e o exército ucraniano, que compreendia aldeias onde chegavam a viver apenas duas ou três pessoas, e de ter constatado que havia “mais de 200 livros sobre a guerra, mas nada sobre as pessoas apanhadas no meio”, decidiu “dar voz a essas pessoas”. “Foi assim que comecei. Muitas coisas vieram para a história por causa dos eventos reais e conversas, e quis ter a Crimeia na história, porque ninguém escrevia sobre a Crimeia a seguir à anexação”. Kurkov inventou uma pequena aldeia de apenas três ruas – Starhorodivka –, situada perto de Gorlivka, onde vivem apenas dois homens, Sergeyich e Pashka, inimigos de infância, que passam a tolerar-se e a conviver por uma questão de sobrevivência. A história começa no inverno de 2017, durante a hibernação das abelhas, e descreve o dia-a-dia de Sergeyich, há três anos sem eletricidade, com frio, fome e solidão. A chegada da primavera impele-o a empreender uma viagem por estrada com as suas colmeias, através do território da Ucrânia oriental devastado pela guerra, para fora da zona cinzenta, em busca de um lugar na natureza onde possa libertar as abelhas para recolherem o pólen. “Quando pensei na personagem principal quis que fosse um Apicultor, porque nunca são agressivos, são pessoas consideradas sábias nas suas povoações e muito respeitadas, e têm uma ocupação que os mantém afastados da realidade política”. As abelhas aqui funcionam como uma metáfora, na medida em que Sergeyich “tem respeito pelas abelhas, porque acredita que são as únicas criaturas vivas que conseguiram criar uma sociedade comunista, porque trabalham, fabricam mel, o mel é-lhes tirado, não são pagas, mas elas não se queixam, apenas continuam a trabalhar, tal como os mineiros e outros trabalhadores do tempo soviético”. “As abelhas são também insetos coletivos, o que torna possível compará-las com humanos coletivos. A mentalidade soviética é coletiva, em que as pessoas não querem ser vistas separadamente do grande grupo, porque isso implica ter responsabilidade, ter um rosto, e ter um rosto em Donbas, ser visível, é sempre perigoso, porque nas sociedade coletivas tens a multidão, e a multidão decide o que fazer, mas ninguém tem um nome no meio da multidão”, afirmou. Mostrando que a Ucrânia está no lado oposto da Rússia, Andrei Kurkov afirmou que os ucranianos são individualistas, porque nunca tiveram uma monarquia. “Os russos eram unidos em torno do czar e eram ensinados a aceitar e a amar o czar, os ucranianos escolhem os líderes desde o século XVI”, afirmou, acrescentando que os ucranianos “nunca tiveram respeito por regras, leis, governos e políticos”. “Por isso, temos 400 partidos políticos, e na Rússia continua a haver, como na União Soviética, um sistema de um partido político, que é o Rússia Unida, o partido de Putin”. Andrei Kurkov é ucraniano mas nasceu em São Petersburgo, reside em Kiev desde a infância, mas escreve ficção apenas em russo, o que já motivou reações muito negativas por parte de alguns intelectuais ucranianos. “Sou de etnia russa, mas com identidade ucraniana, tenho a minha opinião e estou preparado para lutar por isso, e estou a lutar, e tenho recebido muito ódio nas últimas semanas no Facebook por causa dos meus pontos de vista e declarações, mas eu não quero saber. Eu sou ucraniano com origem russa”, clarificou. Apesar de ter escrito “Abelhas cinzentas” vários anos antes da invasão russa, a 24 de fevereiro deste ano, Kurkov considera que, na altura, a escalada já era previsível, porque “Putin não estava contente com esta guerra congelada”, porque a anexação da Crimeia continuava a não ser reconhecida, a Rússia estava a sofrer sanções e “a única forma de parar isso era atacar a Ucrânia e obrigar o governo ucraniano a anunciar que a Ucrânia aceitava uma anexação do Donbas e da Crimeia”. Uma personagem da história afirma a dada altura que “o que aconteceu é o que o Putin diz que aconteceu” e que “o Putin não mente”. Segundo Kurkov existe ainda muita gente na Rússia que pensa assim, que tem esta “confiança cega no Czar Putin”, apesar de “poderem verificar que ele mente todos os dias”. De momento tem a escrita ficcional em suspenso, porque está empenhado em escrever sobre a realidade, nomeadamente em artigos e ensaios. “Interrompi um romance que estava a escrever sobre Kiev em 1919, um romance histórico, e interrompi no dia em que a guerra começou e não pude continuar”. “Não posso escrever ficção porque estou comprometido com a realidade. Não me posso distrair da guerra. Para escrever ficção é preciso distrair-me da realidade, é preciso saber sair da realidade pelo menos três horas por dia”. AL // MAG Lusa/Fim

Meghan lança farpas à família real em novo podcast? "Sê tu mesmo".

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© Getty Images Foi revelado mais um episódio de 'Archetypes', o primeiro desde a morte da rainha Isabel II. Após um período de ausência de quatro semanas, devido à morte da rainha Isabel II, foi partilhado no Spotify um novo episódio do podcast de Meghan Markle - Archetypes. Nesta recente emissão, a duquesa de Sussex conta com a companhia de Margaret Cho e Lisa Ling. Juntas, as três personalidades abordam temas relacionados à quebra de estereótipos que tentam limitar e definir mulheres asiáticas, diversidade de culturas e preconceito. No âmbito do tema, a esposa de Harry terminou o podcast com uma mensagem aos fãs na qual pede que estes sejam maiores do que qualquer padrão que lhes seja imposto. "Sê tu mesmo, não importa o que qualquer estrutura social ou arquétipo, ou voz altiva vinda de um lugar pequeno, te diga que deveria ser, sê tu mesmo", referiu Meghan. Não restam duvidas de que as palavras da duquesa estariam relacionadas com a temática do episódio de Archetypes, porém a imprensa britânica não tardou a especular sobre a possibilidade de estas palavras serem uma discreta farpa lançada à família real. Leia Também: Cúmplices, unidos e poderosos! Divulgadas novas fotos de Harry e Meghan Seja sempre o primeiro a saber. Sexto ano consecutivo Escolha do Consumidor e Prémio Cinco Estrelas para Imprensa Online. Descarregue a nossa App gratuita. fonte: https://www.msn.com/pt-pt/

Andrei Kurkov: de quase espião do KGB a maior escritor contemporâneo da Ucrânia. "A guerra só acaba quando Putin desaparecer".

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© TVI24 Andrei Kurkov: de quase espião do KGB a maior escritor contemporâneo da Ucrânia. "A guerra só acaba quando Putin desaparecer" Aos 13 anos sonhava com as palavras, aos 37 já vivia da literatura numa Ucrânia recém-saída da União Soviética. A guerra obrigou-o a mudar o foco. “A 24 de fevereiro interrompi a escrita do meu mais recente romance. Tentei voltar à escrita de ficção duas vezes, mas falhei. Por isso, passo os dias a escrever apenas artigos e ensaios sobre a Ucrânia, a agressão russa, política… Apenas temas relacionados com a guerra”, explica Kurkov numa conversa nos corredores do centro de documentação do Museu do Oriente, em Alcântara. Com 61 anos, está excluído da faixa etária de homens ucranianos mobilizados pela lei marcial. Escapou com a mulher (uma inglesa que decidiu trocar o ocidente pela Ucrânia pós-soviética) dos bombardeamentos em Kiev, onde vivem, e acabaram por encontrar refúgio na casa de uma desconhecida na região fronteiriça da Transcarpátia, onde viveram durante cinco meses. Mas desde março que Andrei Kurkov passa a maior parte do tempo em viagem pela Europa e Estados Unidos para falar da guerra. É a primeira vez que está em Portugal. A agenda ocupada permite uma estadia de apenas quatro dias. No primeiro, visitou Sintra e o centro de Lisboa. É no segundo dia que o encontramos no Museu do Oriente. Estudante de línguas estrangeiras, Kurkov já não se lembra muito de japonês, mas na juventude sabia o suficiente para chamar a atenção dos serviços secretos da União Soviética. “Disseram-me que ia servir 18 meses nas ilhas Kuril, perto do Japão, e ia ouvir as comunicações por rádio dos militares do Japão. Perguntei à minha mãe, que era médica no hospital da polícia, se ela tinha um paciente importante, algum general que pudesse mudar os meus documentos no comissariado. Ela encontrou um e passei do KGB para a polícia militar”, conta Kurkov. A liberdade à frente da estabilidade e do dinheiro Andrei trabalhou como guarda prisional, em Odessa, onde começou a escrever livros infantis. Hoje, os seus livros estão publicados em mais de 40 línguas. Kurkov é fluente em seis - russo, ucraniano, polaco, francês, alemão e inglês – mas escreve sobretudo em russo. “Tenho discussões regulares com intelectuais falantes de ucraniano que tentam provar que não sou um escritor ucraniano.” Nascido perto de Leningrado, na União Soviética, com um ano de idade já vivia em Kiev mas só aos 14 aprendeu ucraniano. A questão da identidade é recorrente nos seus livros, mas Kurkov parece ter isso bem resolvido. “Faço parte da sociedade ucraniana. Sou de etnia russa, se houver uma minoria nacional russa – duvido – mas se isso for organizado assim, então faço parte dessa minoria. A língua russa deve ser uma língua minoritária, como a língua húngara, a língua tártara da Crimeia na Ucrânia e as literaturas minoritárias devem ser aceites na literatura nacional ucraniana”, defende Kurkov para quem a língua russa não é sinónimo de mentalidade russa. E qual é afinal a mentalidade russa? Se no Ocidente há quem chame Putin de louco, Kurkov apressa-se a responder: “O Putin não é louco, deveríamos dizer que a sociedade [russa] é que está doente. O Putin está a ficar velho, vai desaparecer mais cedo ou mais tarde, e quer ser lembrado na história da Rússia como alguém que voltou a tornar a Rússia grandiosa, que recriou o império russo”. Kurkov compara a narrativa de Putin à teoria de uma “raça superior” que alimentou a Alemanha nazi. “E os russos aceitaram. E enquanto o aceitavam, foram tiradas liberdades aos russos, pouco a pouco. Liberdade de imprensa, liberdade de pensamento, liberdade religiosa… Eles aceitaram não ter liberdade porque queriam estabilidade. Para os ucranianos, a liberdade é mais importante do que a estabilidade ou o dinheiro. É por isso que estão a lutar”. Para Kurkov, está claro que Putin falhou nos seus objetivos. Mas tão ou mais claro ainda é o facto de que nem o presidente nem a Rússia irão admitir que falharam. Acredita que vai levar décadas para a sociedade “tornar-se sã” e volta ao exemplo da Alemanha: “para os alemães, foi muito difícil, depois da Segunda Guerra Mundial, aceitar a culpa. Foram obrigados a ver documentários de todos os campos de concentração e, mesmo assim, isso não mudou a opinião de muitos alemães comuns”. Ainda assim concorda que a resposta dos russos à mobilização parcial (“parcialmente total”, diz Kurkov) possa ser o início da queda de Putin. “A sociedade russa finalmente está descontente com a guerra porque esta guerra pode chegar a qualquer família [russa] como já chegou a muitas famílias na Ucrânia. Isso é um sinal positivo”. Quanto ao futuro da Ucrânia, Kurkov acredita que a guerra só irá acabar “quando Putin desaparecer” e realça que será ainda mais difícil governar um país depois de uma guerra. Prevê que Volodymyr Zelensky se irá recandidatar à presidência da Ucrânia, mas deixa um alerta. “Na tradição ucraniana, ninguém é reeleito pela segunda vez. Diria que é uma decisão arriscada porque pode repetir o destino de Churchill. Se ele vencer a segunda eleição e permanecer como presidente, será um grande, grande desafio para ele e para os ucranianos, porque os ucranianos tradicionalmente não gostam de representantes do poder, não gostam das regras e nunca confiaram nos políticos ucranianos”. Uma zona cinzenta que já não existe A escrita de Andrei Kurkov é repleta de humor, sarcasmo e realidade. “Abelhas Cinzentas” é o primeiro livro publicado em Portugal. Escrito em 2017, conta a história dos últimos dois habitantes de uma aldeia abandonada na zona cinzenta do Donbass. Hoje, essa realidade faz parte do passado, o que não surpreendeu o autor. Mas até mesmo para um conhecedor da mentalidade, narrativa e história da Rússia, o que se seguiu “era algo inimaginável”. Mesmo num hipotético cenário de paz, Kurkov acredita que o Donbass nunca mais será o mesmo. “Creio que haverá uma grande zona desmilitarizada entre a Rússia e a Ucrânia porque nunca voltará a haver confiança na Rússia por parte da Ucrânia. A Ucrânia estará sempre à espera de um novo ataque ou algo mau. Por isso, irão manter uma espécie de cordão de território muito longo que será desperdiçado, mas apenas para ter uma distância que dê tempo para reagir se notarem mais um avanço das tropas russas”. Depois de Portugal, Andrei Kurkov vai para Berlim e de lá regressará à Ucrânia. Sonha com o dia em que irá voltar à normalidade e aos romances. “Adoro escrever romances, romances muito longos." Quando a guerra acabar, Kurkov terá outras batalhas para travar. "Os meus romances longos não são publicados com tanta frequência porque os editores têm medo de livros grossos”, ri-se.

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