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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Senegal: Em Mbour - ele matou uma mulher e violou o seu cadáver.

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Ibrahima Ndione, de 46 anos, foi condenado por matar a empregada Germaine Fatou Faye e cometer atos sexuais com o cadáver.

Ele foi julgado, ontem, em recurso pela Câmara Criminal de Thies, que confirmou sua sentença à prisão perpétua, informa L'Observateur.

O cadáver da vítima foi encontrado em seu quarto no distrito de Diamaguène em Mbour. O sangue coagulado manchou o solo.

Germaine, toda nua, estava deitada no chão com uma ferida aberta e profunda de cerca de 3 centímetros no fundo da orelha direita.

Traços de esperma e sangue mancharam seu corpo sem vida. Os sinais estavam patentes em uma sala contígua à do falecido.

fonte: seneweb.sn

ANGOLA: O REI VAI NU… MAS JULGA-SE (BEM) VESTIDO POR ARMANI.

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Tal como Jonas Savimbi, Isabel dos Santos, marimbondos e similares foram e são boas desculpas para João Lourenço justificar a razão de ter escolhido manetas para a sua equipa de basquetebol, a crise económica veio dar uma ajuda ao Presidente para explicar que melhor do que ter manetas na equipa de basquetebol é mandá-los jogar de patins…

Opetróleo surge como o grande marimbondo que, à revelia das “ordens superiores” continua a deixar-se comprar a preços baixos, obrigando João Lourenço a sucessivos pedidos de fiado. Mas nem sempre a foi assim. Já no consulado de actual “dono disto tudo” Angola registou um ano de constantes subidas na cotação do petróleo.
A verdade, escondida por toda a máquina de propaganda do regime de João Lourenço, é que Angola continua mergulhada numa “profunda crise económica”, em recessão e com as empresas angolanas com “enormes” perdas financeiras, com o desemprego a aumentar, com o poder compra em queda acelerada, com as promessas de novos investimentos a não passar do isso mesmo, com o Fundo Monetário Internacional a passar atestado de incompetência ao Governo e, é claro, com o Titular do Poder Executivo a rir e a assobiar para o lado.
O preço do barril estava no final do ano passado a 80 dólares o barril, mantendo-se em alta durante 2018. Mesmo assim, Angola continuava, continua e continuará, mergulhada numa profunda crise económica. Falar de recessão é pura e simplesmente dizer a verdade. Verdade que, ao contrário da estratégia de João Lourenço, não se altera por decreto.
Depois de ter cuspido no prato em que se alimentou, à grande e à francesa durante décadas, João Lourenço descobriu a “pedra filosofal” ao ordenar a substituição dos pratos de latão por louça de porcelana da mais alta qualidade. O Povo, inicialmente, gostou da ideia. Vinte milhões de pobres aplaudiram. Hoje, contudo, constatam que o prato – embora de porcelana – está sempre vazio. Acrescentam ainda que preferiam os pratos antigos desde que tivessem um pouco de fuba e algum peixe, mesmo que podre…
João Lourenço, com assinalável êxito mediático, mas efémero, transformou o seu patrono, José Eduardo dos Santos, no principal responsável pela crise. Para estripar o problema tratou de exonerar, seus meses depois de lhe ser outorgada a licença de proprietário do país, Isabel dos Santos do cargo de presidente do Conselho de Administração da petrolífera do MPLA, Sonangol.
A 4 de Setembro de 2018, em conferência de imprensa, a UNITA (ou o que dela resta) questionou para onde vai o excedente do petróleo em Angola, cujos números apontavam para uma acumulação de um mínimo total de 1.600 milhões de dólares (1.400 milhões de euros) nos últimos seis meses.
Na ocasião, o líder do grupo parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, referiu que o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional, segundo dados da OPEP, cifrou-se em 67 dólares (58 euros) enquanto o preço de referência no Orçamento Geral do Estado (OGE) angolano é de 50 dólares (43 euros), o que dá um diferencial positivo de 17 dólares (14 euros) por barril.
O líder do grupo parlamentar do maior partido da oposição que o MPLA (ainda) permite, sublinhou que os dados faziam estimar que Angola acumulara, “no mínimo, um total de 1.657.149.120 dólares”, levantando a questão: “para onde vai o excedente do petróleo”.
“Os angolanos precisam de saber, pois este valor deveria ir para a reserva estratégica do Estado”, exortou Adalberto da Costa Júnior, denunciando que a suposta “falta de transparência” é a causa do desaparecimento de mais de 600 mil milhões de dólares (520 mil milhões de euros) das “múltiplas reservas estratégicas e que os angolanos ficam sem saber o destino”.

As lições de Isabel que tanto irritam JLo

Quando entende, e entende quase sempre com raro e afinado sentido de oportunidade, Isabel dos Santos utiliza as redes sociais para pôr os nervos de João Lourenço à flor da pele e demonstrar que, afinal, o Presidente não é um Estadista mas tão só um político vulgar. Foi isso que fez anteriormente quando criticou (e bem) a falta de atractividade externa de Angola, pela dificuldade em repatriar dividendos. Na altura João Lourenço estava na Europa a tentar captar investidores estrangeiros, prometendo que, se necessário, até poria o rio Kwanza a nascer na foz…
Isabel dos Santos, exonerada (sem razões técnicas objectivas) por João Lourenço, questionava e continua a questionar a atractividade do país, do ponto de vista dos investidores estrangeiros.
“Qual é o investidor que vai entrar se não dão autorização aos actuais investidores estrangeiros para levarem os lucros em dólares”, apontava Isabel dos Santos, referindo-se às dificuldades que as empresas e investidores enfrentavam, nos últimos anos, para repatriar lucros e dividendos, devido à escassez de divisas em Angola.
Recorde-se que também a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) revelou que a dívida de Angola às companhias aéreas estrangeiras, em fundos bloqueados, era a segunda mais elevada do mundo. Em causa estavam fundos das companhias com origem na venda de passagens aéreas que depois não conseguem repatriar, no caso de Angola e segundo a crónica versão oficial do Estado/MPLA devido à forte crise económica, financeira e cambial que o país atravessa desde finais de 2014.
Desde que foi exonerada da Sonangol, por – repita-se – decisão mais política do que técnica, mais pessoal do que colectiva, mais por interesses pessoais do que empresariais, Isabel dos Santos foi visada regularmente por várias notícias sobre alegadas irregularidades nos 17 meses de administração na petrolífera.
No entanto, Isabel dos Santos não leva desaforo para casa e, por exemplo, referiu-se à situação na Sonangol, acusando a actual administração liderada por Carlos Saturnino, de “despedimentos em massa”, nomeadamente de colaboradores que lhe eram próximos.
Numa publicação com o título “Carta Aberta”, que colocou nas redes sociais, como tem sido hábito desde que foi exonerada, Isabel dos Santos assumiu estar a partilhar “uma situação preocupante que tem ocorrido nos últimos dias” na petrolífera.
“Estão a ocorrer despedimentos em massa! Os assessores, os directores, e todos colaboradores que foram promovidos ou que entraram para a Sonangol durante a vigência do último conselho de administração estão a ser todos despedidos, ou enviados para casa”, afirmou a empresária.
Isabel denunciou mesmo que estavam a ser “conduzidos interrogatórios à porta fechada, com gravadores em cima da mesa, alegando um falso inquérito do Estado e um falso inquérito do Ministério do Interior, intimidando as pessoas para coercivamente responderem às questões”.
“Este procedimento é ilegal. Só as autoridades judiciais ou policiais podem fazer interrogatórios. É preciso respeitar o direito dos trabalhadores”, escreveu Isabel dos Santos, acrescentando, sobre os colaboradores que estavam a ser despedidos, que muitos “recentemente largaram outros empregos para integrarem a Sonangol, porque acreditaram no país e queriam ajudar Angola a crescer”.

Isabel dos Santos tinha razão

Porque é que Carlos Saturnino diabolizou Isabel dos Santos, dizendo o que João Lourenço lhe mandou dizer? A ex-PCA da Sonangol disse na altura que as afirmações do seu sucessor foram “nada mais que um circo, uma encenação!”. E explicou que “procurar buscar um bode expiatório, para esconder o passado negro da Sonangol, e escolher fazer acusações ao anterior Conselho de Administração” não passava de “uma manobra de diversão, para enganar o povo sobre quem realmente afundou a Sonangol”, lembrando: “E seguramente não foi este Conselho de Administração a que presidi, e que durou 18 meses, que levou a Sonangol à falência!”
Recorde-se que, em 2015, após a apresentação por Francisco Lemos, então PCA da Sonangol, do “Relatório Resgate da Eficiência Empresarial”, o Executivo angolano tomou conhecimento da gravidade do problema da Sonangol.
“A Sonangol, que supostamente deveria ser a segunda maior empresa de Africa, soube-se de repente que estava falida, e incapaz de pagar a sua dívida bancária”, disse Isabel dos Santos, explicando que, “em consequência deste facto, o Executivo angolano tomou a decisão de criar a Comissão de Reestruturação do Sector dos Petróleos, e de contratar um grupo de consultores externos”.
“A Comissão de Reestruturação do Sector dos Petróleos criada por Decreto Presidencial 86/15 Data 26.10.2015, foi composta por: Ministro dos Petróleos, Ministro das Finanças, Governador do BNA, PCA da Sonangol, Ministro da Casa Civil da Presidência da República”, recorda Isabel dos Santos.
A arrogância pessoal de Carlos Saturnino, que mais pareceu um (mais um) acerto pessoal de contas, pôs em causa as decisões tomadas pelo governo angolano em 2015 e 2016, pôs em causa a presença de consultores, pôs suspeitas sobre o trabalho realizado e pagamentos feitos, negando – ou branqueando – o facto de que a Sonangol estava falida.
“Pôr em causa a decisão do Governo angolano em querer reestruturar a Sonangol, e tentar manipular a opinião pública, para que se pense que a Administração anterior trouxe os consultores por falta de competência ou por interesses privados, significa querer reescrever a história, e atribuir a outros as responsabilidades da falência da Sonangol”, afirmou Isabel dos Santos.
E acrescentou: “Esta manipulação dos factos assemelha-se a um autêntico revisionismo, e só pode ter como objectivo, o regresso em força do que convém chamar como “a antiga escola” da Sonangol”.
Indesmentível parece ser que o resultado da gestão de Isabel dos Santos até 15 de Novembro de 2017, resultou num aumentou de lucros da Sonangol em 177% e que a divida foi reduzida em 50%.
Convicta do seu trabalho, Isabel dos Santos disse que “as tentativas de Carlos Saturnino de reescrever a história são consequência, no meu entender, de um retorno em força da cultura de irresponsabilidade e desonestidade que afundaram a Sonagol em primeiro lugar”.
Goste-se ou não de Isabel dos Santos, a verdade é que – como ela própria afirmou – “o grau de agressividade e as campanhas difamatórias reproduzidas, e em perfeita coordenação com os órgãos de imprensa da oposição, e com as oficinas de manipulação das redes socias, demostram que há um verdadeiro nervosismo em alguns meios com interesses financeiros, que durante anos aproveitaram e construíram fortunas ilegítimas à custa da Sonangol, e agora tudo fazem para que o escândalo da minha acusação difamatória, distraia a opinião pública de ver os verdadeiros responsáveis”.
Importa ainda realçar, não esquecer, que – segundo Isabel dos Santos – “esta campanha generalizada e politizada contra mim, faz-me acreditar que estão de retorno os interesses das pessoas que enriqueceram bilhões à custa da Sonangol. São estes, que hoje fomentam e agitam a opinião pública de forma a poder retomar os seus velhos hábitos”.


Por fim, disse que “o problema da Sonangol não é, e nunca foi, Isabel dos Santos, mas sim a irresponsabilidade da gestão, e das entidades que beneficiarão de contratos leoninos e ganharam milhões, e hoje esperam poder continuar a gozar e viver desta prevaricação.”
fonte: folha8

ANGOLA: BÊNÇÃO E EXCOMUNHÃO?

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Luaty Beirão alerta (como se isso valesse alguma coisa de facto) o Presidente de Angola (não nominalmente eleito e também Presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo) que o benefício da dúvida “não é um recurso inesgotável e sem contrapartidas”, exigindo (isto é como quem diz, diria certamente José Eduardo dos Santos) a João Lourenço maior “transparência” nos assuntos do Estado.

Numa carta aberta dirigida a João Lourenço, publicada na sua conta no Twitter, Luaty Beirão defende que à “retórica corajosa e inspiradora” lançada pelo chefe de Estado no início da governação, em Setembro de 2017, tem faltado informação e transparência sobre, por exemplo, os casos de corrupção.
“A retórica corajosa e inspiradora com a qual granjeou simpatia de uma franja considerável da população, incluindo a de muitas vozes críticas e até de destacadas personalidades africanas, como Mo Ibrahim, valeu-lhe o benefício da dúvida. Não é um recurso inesgotável e sem contrapartidas. As pessoas têm um receio natural de cair duas vezes na mesma armadilha”, escreveu.
Luaty Beirão lembrou que, durante o encontro promovido pelo Presidente João Lourenço com uma parte, escolhida a dedo, da sociedade civil, a 5 de Dezembro de 2018, teve a oportunidade de o “alertar” para o facto de que “uma guerra como a que escolheu travar (…) não se vence se não se estiver de mãos apertadas com a transparência”.
“Transparência que, entre outras coisas, implica o provimento do direito a informação sobre aspectos de casos de corrupção, sem prejuízo do respeito pelo segredo de justiça e/ou segredo de Estado, ambos sujeitos a limites, entretanto”, referiu.
Nesse sentido, Luaty Beirão pede a João Lourenço, informações “que deveriam ter sido iniciativa dos órgãos auxiliares [do Presidente de Angola]” como a de “tornar público” o nome dos “escritórios de advogados que representaram o Estado angolano (nós) no processo envolvendo Jean-Claude Bastos de Morais e os termos exactos do acordo formado em nosso nome com o referido cidadão”.
“De repente, começaram a esgotar-se os prazos de prisão preventiva, negoceiam-se solturas em troco da devolução de activos e declaram-se inocentes envolvidos em supostas ‘megaburlas’. Membros do executivo por si liderado têm sido alvo de denúncias documentadas, sem que nenhuma consequência delas se conheça”, referiu, na carta, Luaty Beirão, um dos 17 activistas que chegaram a cumprir pena de prisão, condenados pelo tribunal de Luanda por alegada rebelião, no tempo em que João Lourenço era vice-presidente do MPLA e ministro da Defesa de José Eduardo dos Santos.
“Daqui a pouco, vamos descobrir que houve muita corrupção, mas não houve corruptos! É natural que os pessimistas de plantão se perfilem de peito tumefacto e dedo em riste bradando ‘bem vos avisámos!’”, ironizou Luaty Beirão.
Na carta aberta, o activista político e dos direitos humanos afirma que, para já, se recusa juntar ao coro do “nada foi feito e tudo é teatro”, sublinhando, porém, que não pode deixar de lembrar a cerca de meia centena de “companheiros de Cabinda” que continua “arbitrariamente detida há três meses”.
“Não considero, de todo, negligenciável o facto de haver mais liberdade e menos repressão. Esta sensação não será seguramente partilhada pelos companheiros de Cabinda que, quase três meses depois, continuam arbitrariamente detidos por organizarem uma manifestação, independentemente do lema ou da bandeira que defendem”, escreveu Luaty Beirão, alertando para efeitos de uma maior contestação social.
“Apesar destas contradições que mitigam o efeito do discurso, multiplicaram-se acções de contestação por todo o país que não têm sido abordadas com a virulência recente e de má memória. Também não acho que consiga fazer tudo sozinho”, indicou, pedindo a João Lourenço para que junte à sua volta “uma equipa movida pelas mesmas intenções que professa” e que Luaty Beirão diz querer “acreditar serem sinceras”.
“O facto é que não tem [essa equipa] e se, apesar de todas as evidências, continua a insistir nela [que a tem], aí sim, a falha do todo tem de ser assumida pelo líder”, defende.
Sobre as motivações do envio da Carta Aberta a João Lourenço, o activista angolano lembra que foi o próprio Presidente de Angola quem encorajou a sociedade civil a escrever-lhe “assiduamente”, assegurando que leria toda a correspondência.
“Escrevo-lhe porque constato com crescente angústia que, depois de um arranque fulgurante, de uma acalmia e de um silêncio quase ensurdecedor por parte de quem devia manter-nos informados, dá a impressão de ter sido tomada por um súbito e prolongado torpor a ‘luta implacável contra a corrupção’”, salienta Luaty Beirão, que adianta escrever a carta aberta apenas como “cidadão genuinamente preocupado”.

Depois da bênção a excomunhão?

Várias personalidades da sociedade civil consideraram no dia 4 de Dezembro de 2018 simbólico e um passo em frente para a construção de um diálogo nacional o encontro com o Presidente angolano, João Lourenço.
Falando à imprensa, vários dirigentes e líderes de organizações não-governamentais e da sociedade civil angolana destacaram a importância do encontro em que lhes foi permitido manifestar “todas as preocupações de forma frontal e sem quaisquer receios”.
Luaty Beirão optou por, no final de uma hora e meia de reunião, não falar aos jornalistas, mantendo a promessa de só falar depois de terminado o prazo, a 26 de Dezembro (2018), para o repatriamento de capitais por parte de altas figuras angolanas, exigido pelo Governo angolano.
Entre os activistas que falaram aos jornalistas, José Patrocínio, líder da Associação Omunga, Alexandra Semeão, da Associação Handeca, e Maria Lúcia Silveira, da Associação Justiça, Paz e Desenvolvimento, destacaram também “a franqueza e respeito manifestado por João Lourenço”, salientando o facto de este tipo de encontro ser inédito em Angola.

Prémio(s) de João Lourenço

No dia 12 de Janeiro de 2018, o Presidente João Lourenço justificou a nomeação (escolha, prémio de consolação) dos ex-primeiros-ministros Lopo do Nascimento e Marcolino Moco para administradores da Sonangol por serem uma “referência” no país.
A posição foi assumida pelo chefe de Estado no Palácio Presidencial, em Luanda, durante a cerimónia de posse dos ex-políticos como administradores não executivos da Sonangol, liderada desde Novembro de 2017 por Carlos Saturnino, depois de João Lourenço ter exonerado Isabel dos Santos.
Na ocasião, o chefe de Estado classificou ambos como “figuras de destaque da vida política angolana”, justificando com isso a nomeação que fez e que, convenhamos, mais parece um prémio de consolação, quase uma condecoração a título póstumo político.
“Figuras que desempenharam as mais altas funções no aparelho do Estado, são por isso uma referência na sociedade angolana e, a exemplo do que se faz também em outros países, não pretendemos desperdiçar a experiência que têm, a reputação que têm, para continuarem a servir o país noutras áreas, fora da política”, afirmou João Lourenço.
E, assim, se ficou a saber que é um prémio “fora da política”. Uma prateleira, necessariamente dourada, para que nada mais façam do que dar o nome e o prestígio a um governo, mesmo sabendo-se que poderiam ser eventualmente muito mais úteis como reserva moral , ética e… política de um país em que faltam referências de estadistas que pensem pela própria cabeça.
Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia, Marcolino Moco, que regressava dessa forma à vida pública não política após o afastamento e após anos de contestação ao regime de José Eduardo dos Santos, assumiu que será um “conselheiro” da administração da petrolífera estatal.
“Conselheiro” é um eufemismo (exactamente isso, uma figura de estilo com que se disfarçam as ideias desagradáveis por meio de expressões mais suaves) para satisfazer o ego de todos aqueles que preferem ser assassinados pelo elogio do que salvos pela crítica.
“A primeira coisa que eu vou querer saber do presidente da Sonangol é porque é que temos esta crise de distribuição do combustível, particularmente no interior do país”, afirmou Marcolino Moco, referindo-se aos sucessivos casos conhecidos publicamente de postos de combustíveis sem gasolina ou gasóleo e querendo, dessa forma, mostrar que não é o que eles esperam que ele seja: um verbo-de-encher.
Em Novembro de 2017, Marcolino Moco assumiu-se surpreendido com a “coragem” do novo Presidente da República, afirmando que as decisões conhecidas visam “criar um mínimo de governabilidade” num poder “atrelado aos pilares de uma casa de família”.
A posição do advogado e histórico militante do MPLA, forte crítico da governação de 38 anos do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, surgiu num artigo divulgado então, pelo próprio.
“É verdade que João Lourenço me surpreende pela coragem e rapidez; mas surpreso andei eu todos estes anos a ver um país a ser montado à volta de uma família única, quando só se ouviam louvores de tribunas e painéis de entidades notáveis”, criticou ainda o advogado que durante 1992 e 1996 foi primeiro-ministro de Angola, na Presidência de José Eduardo dos Santos.
Já Lopo do Nascimento, que foi primeiro-ministro entre 11 de Novembro de 1975 (proclamação da independência) e Dezembro de 1978, além de secretário-geral do MPLA, partido no poder, criticou em 2017, antes das eleições gerais de Agosto, a continuidade de José Eduardo dos Santos na presidência do partido.
“Acho que não será uma boa coisa se ele se mantém como presidente do MPLA, porque gera um poder bicéfalo”, disse Lopo do Nascimento, numa entrevista em Março.
Em todo este processo, Marcolino Moco claudicou, desiludiu, ajoelhou-se e, por isso, teve de rezar junto do altar agora ocupado (apesar da fraude eleitoral que Moco sabe ter existido) por João Lourenço.


Folha 8 com Lusa

Egito: Parlamento aprova possível extensão de mandato presidencial de Al-Sisi até 2030

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O Parlamento egípcio aprovou uma extensão do mandato presidencial e reforço dos poderes do actual líder Abdel-Fattah al-Sisi. Para que estas medidas entrem em vigor só falta agora a sua votação no referendo popular.
fonte: DW África
Ägypten Präsident Abdel Fattah al-Sisi (picture-alliance/Zumapress/President Office)
Abdel Fattah al-Sisi
No Egito, o Parlamento aprovou nesta terça-feira (16.04.) por larga maioria um pacote legislativo que garante o prolongamento do mandato presidencial de quatro para seis anos e também a possibilidade de o Presidente concorrer a um terceiro mandato, permitindo que Abdel-Fattah al-Sisi permaneça no poder até 2030. Agora as emendas constitucionais serão submetidas a um referendo nacional para legitimar a sua implementação.
O Presidente do Parlamento, Ali Abdel Aal, foi informado dos resultados da votação deste pacote legislativo e divulgou os resultados. "Fui informado pela Secretaria Geral que o resultado da votação foi o seguinte: 554 membros participaram 531 votaram a favor, 22 contra e um membro absteve-se. Portanto, atingiram-se os dois terços da maioria necessária para a aprovação das emendas constitucionais."
Foi este o resultado da votação das reformas constitucionais. Uma sessão na qual não foi permitida a presença de jornalistas estrangeiros. A grande maioria do Parlamento, que possui 596 deputados, votou a favor das mudanças que ampliam o poder e o mandato de Abdel-Fattah al-Sisi. Uma vitória previsível, já que a maior parte dos parlamentares são apoiantes do Presidente.
Ägypten Poster zur geplanten Verfassungsänderung (picture-alliance/AP Photo/A. Nabil)
O deputado Rashad Shukri justificou o resultado da reiterando o seguinte. "Temos total confiança na liderança política e em termos do que foi alcançado no terreno para estabilidade, segurança e proteção, por isso aprovamos as emendas constitucionais."
Poderes presidenciais alargados
Além do prolongamento do mandato presidencial de quatro para seis anos e a possibilidade de um terceiro mandato, os parlamentares também aprovaram uma emenda que permite que o chefe de Estado possa designar os responsáveis pelas instituições da justiça e chefiar um conselho judicial superior. A reforma constitucional também dá maior protagonismo ao exército.
A oposição, que controla apenas 10% do parlamento, condenou as emendas aprovadas pela maioria parlamentar, classificando-as como "desgraça", segundo a imprensa local.
Grupos ligados aos direitos humanos criticaram o pacote legislativo aprovado pelo parlamento afirmando que estas emendas minam a democracia no Egito ao colocar muito poder nas mãos do Presidente e ameaçando a independência do poder judicial. Também criticam o facto de as reformas serem propostas apenas cinco anos depois de a atual Carta Magna ter entrado em vigor no país. Várias organizações não governamentais lamentaram ainda o facto de o prolongamento do mandato presidencial ir contra o espírito da Constituição anterior, que visava aumentar a alternância do poder no país.
 
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Egito: Parlamento aprova possível extensão de mandato presidencial de Al-Sisi até 2030

Referendo nacional
Agora, as mudanças na Constituição votadas pelo Parlamento deverão ser aprovadas num referendo nacional, que deve ser realizado antes do mês sagrado do Ramadão, programado para começar no início de maio. No Cairo, grandes cartazes já podem ser vistos por toda a cidade, incentivando as pessoas a votarem a favor das mudanças.
O líder parlamentar Abdelhadi Alkasaby garante que será feita a vontade popular. "No final, o que permanece é a decisão daqueles que possuem a soberania, o povo egípcio."
Abdel-Fattah al-Sissi assumiu o cargo em 2014, um ano depois de liderar a saída do Presidente Mohammed Morsi, após protestos em massa contra o Governo. No ano passado, al-Sisi foi reeleito com 97% dos votos em uma eleição na qual enfrentou apenas um adversário pouco conhecido.
Entretanto, organizações da sociedade civil acusam o Governo de al-Sisi de reprimir os direitos humanos no país, com milhares de opositores atrás das grades. O Presidente defende-se dizendo que o país está em guerra contra o terrorismo.

Ex-presidente do Peru se mata ao ser preso no caso Odebrecht.

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Alan García se suicida com um tiro no momento em que policiais chegaram a sua casa para detê-lo, em Lima. Ele era investigado por supostamente ter recebido propina da empreiteira brasileira.
fonte: DW África
Peru Ex Präsident Alan Garcia Perez ARCHIV (picture-alliance/ZUMAPRESS/El Comercio)
O ex-presidente do Peru Alan García se suicidou nesta quarta-feira (17/04), com um tiro na cabeça, no momento em que a polícia chegou a sua casa em Lima para prendê-lo. Ele era investigado por suspeita de ter recebido propina da Odebrecht, em meio a um escândalo de corrupção que abala a classe política peruana.
O político social-democrata – presidente do Peru entre 1985 e 1990 e entre 2006 e 2011 – chegou a ser encaminhado pela própria polícia ao hospital Casimiro Ulloa, na capital peruana. Ele foi submetido a uma cirurgia de emergência. 
De acordo com o jornal El Comercio, a polícia chegou com uma ordem para entrar na residência de García por volta das 6h25 no horário local. Após entrarem, os agentes anunciaram a ordem de prisão.
O ex-presidente então pediu para subir até seu quarto para falar com advogados. Em seguida, os policiais ouviram o disparo. García havia disparado contra a própria cabeça.
Além de García, também foi ordenada a detenção de Luis Nava, secretário da presidência durante o governo do líder do Partido Aprista, e Miguel Atala, ambos colaboradores próximos do ex-presidente e apontados como seus testas-de-ferro.
A investigação contra García trata de supostos subornos pagos pela empreiteira brasileira Odebrecht, durante o segundo mandato na presidência. A situação legal de García se complicou depois que no domingo foi divulgado que a Odebrecht, em acordo de delação premiada com a Justiça peruana, revelou que Luis Nava e seu filho José Antonio receberam 4 milhões de dólares para a concessão do contrato de construção da linha do metrô.
Em novembro de 2018, García tentou sair do Peru e pediu asilo no Uruguai, mas sem sucesso.
Depois do Brasil, o Peru é um dos países mais afetados pelas propinas da Odebrecht, que admitiu ter pagado 29 milhões de dólares a três governos peruanos.
Também estão sendo investigados os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), que fugiu para os EUA e enfrenta um pedido de extradição, e Ollanta Humala (2011-2016), que responde em liberdade condicional. O ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski, que renunciou em março de 2018 após denúncias de corrupção, foi preso em 10 de abril de forma temporária.
Também nesta quarta-feira, Kuczynski, de 80 anos, foi hospitalizado após uma crise de pressão arterial.
PV/efe/afp/rtr
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Moçambique: Seriedade e intransigência no combate a corrupção e impunidade ?

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Detenção da ex-ministra do Trabalho de Moçambique e antiga embaixadora em Angola, Helena Taipo, levanta a questão da seriedade e intransigência das autoridades moçambicanas no combate a corrupção e a impunidade no país.
fonte: DW África
Mosambik Beira Renamo Anhänger (r) übergibt Waffe (picture-alliance/dpa/A. Catueira)
Foto de aruivo: Helena Taipo (centro)
A antiga ministra moçambicana do Trabalho, Helena Taipo, está detida desde terça-feira (16.04.) após ter sido ouvida pelo Gabinete Central de Combate a Corrupção. Ela é suspeita de ter recebido subornos de 100 milhões de meticais , o equivalente a cerca de um milhão e quatrocentos mil euros, em 2014, para favorecer empresas de construção civil e do setor gráfico, em contratos com o Instituto Nacional de Segurança Social.
A detenção aconteceu 20 dias depois da sua exoneração do cargo de Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária de Moçambique em Angola.
Juntamente com Helena Taipo foi detido o empresário Lúcio Sumbana. Ambos serão, brevemente, apresentados ao juiz da instrução criminal para legalização da detenção.
Combate à impunidade
Justitia mit Pendelwaage (picture-alliance/Ulrich Baumgarten)
O Provedor da Justiça, Isac Chand, reagiu a detenção da antiga ministra afirmando que "nós temos que transmitir para a nossa sociedade que hoje no país há condições de combatermos a impunidade. Isso para mim é o aspeto fundamental. E espero também que estas e outras detenções possam marcar o ponto de inversão na atuação da nossa administração da justiça".
Por seu turno, o analista Fernando Lima comentou para a DW África as alegações segundo as quais o dinheiro desviado do fundo de pensões dos moçambicanos, foi usado para financiar a campanha eleitoral do partido FRELIMO, uma prática que conforme referiu tem sido recorrente no país.
"Independentemente das pessoas que são detidas e que estão a ser investigadas e se usaram o dinheiro em beneficio pessoal ou não, penso que a questão de fundo é se o partido que está no poder tem usado ao longo dos últimos anos as empresas estatais e também neste caso as pensões dos trabalhadores para financiar uma campanha eleitoral, o que é completamente condenável sob todos os pontos de vista".
Todos os trâmites respeitados
 
Ouvir o áudio02:30

Moçambique: Seriedade e intransigência no combate a corrupção e impunidade ?

Para Baltazar Fael, do Centro de Integridade Pública (CIP), a detenção da antiga governante é uma ação que não pode surpreender porque está dentro das competências dos órgãos judiciários e neste caso pensa que foram seguidos todos os trâmites.
Em Moçambique , ao contrário do passado, foram abertos e julgados nos últimos tempos vários processos ligados à corrupção.
Para Baltazar Fael, se este tipo de ações forem estruturadas e continuadas de combate a corrupção vão devolver a credibilidade aos órgãos do judiciário designadamente o Ministério Público.
"É importante que sempre que haja suspeitas de envolvimento de dirigentes ou de quaisquer outras pessoas em atos de corrupção o Ministério Público exerça aquilo que é a sua função,  investigar e posteriormente se houver matéria indiciária suficiente procurar em primeiro lugar recuperar aquilo que são os bens desviados pelas pessoas e depois ir para medidas privativas de liberdade.
Baltaz Fael explicou ainda que "muitas vezes o que acontece é que estas pessoas são detidas mas os bens que se apropriaram ilicitamente que pertencem ao Estado não são recuperados".

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