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Gitex África: Marrocos acolhe a inovação tecnológica.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... Por alguns dias, os jardins da tecnologia substituíram os palmeirai...

terça-feira, 15 de abril de 2025
Gitex África: Marrocos acolhe a inovação tecnológica.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Por alguns dias, os jardins da tecnologia substituíram os palmeirais centenários da cidade ocre. De 14 a 16 de abril, a terceira edição da GITEX AFRICA Marrocos reúne grandes nomes da tecnologia africana e mundial em um ambiente onde a inovação não é abstrata, mas palpável, concreta e decisiva.
Sob o Alto Patrocínio de Sua Majestade o Rei Mohammed VI e apoiado pelo Ministério da Transição Digital e Reforma Administrativa em parceria com a Agência de Desenvolvimento Digital, a GITEX AFRICA Marrocos 2025 está implementando suas ambições em grande escala.
Organizado pela KAOUN International, uma subsidiária do Dubai World Trade Centre, este ano ele reúne mais de 1.450 expositores, 350 investidores e 650 palestrantes de mais de 130 países.
O tom é definido desde a cerimônia de abertura. Amal El Fallah Seghrouchni, Ministra Delegada do Chefe de Governo, responsável pela Transição Digital e Reforma Administrativa, deu as boas-vindas aos participantes relembrando o escopo global do setor: "A GITEX AFRICA afirma a crescente importância da economia digital, que hoje representa 15% do PIB global, ou cerca de 6,5 trilhões de dólares." Ele acrescentou, citando um trecho da mensagem real dirigida à União Africana em 2018: “A África está hoje a caminho de se tornar um laboratório para a tecnologia digital”. Uma visão, segundo ela, ainda tão “sábia e esclarecida” e que continua a inspirar a estratégia marroquina.
Mohammed Drissi Melyani, Diretor Geral da ADD, concorda. Para ele, a GITEX AFRICA é muito mais do que uma feira de tecnologia: “Não é mais apenas uma oportunidade para mostrar as últimas inovações, mas se tornou um espaço estratégico para fortalecer a inclusão digital entre os países africanos, construir pontes de cooperação com nossos parceiros internacionais e acelerar o ritmo da transformação digital sustentável.” O gestor vê nela uma ferramenta de mudança global, capaz de catalisar “uma nova cultura digital que coloca, entre as suas prioridades, a melhoria da administração, do tecido empresarial e da sociedade”.
No centro dessa dinâmica, a edição atual oferece uma expansão temática e geográfica. Novos países estão se juntando, como Bélgica, Gabão, Níger, Suíça, Uzbequistão e Zâmbia. Quanto aos temas, este ano eles se estendem ao esporte, agritech, tecnologias educacionais, mobilidade e até a transição energética, além dos pilares habituais de inteligência artificial, cibersegurança e telecomunicações.
Nesta corrida pela inovação, Marrocos não esconde suas ambições. O país pretende consolidar seu papel como motor continental em termos de digitalização. Trixie LohMirmand, diretora administrativa da KAOUN International, comemora esse forte desejo de colocar o evento em uma dinâmica de influência: "O evento se estabeleceu gradualmente como uma grande plataforma, capaz de impulsionar o futuro digital do continente africano." Ela enfatiza que "este programa não se limita mais a uma agenda de inovações tecnológicas: ele está se tornando um acelerador de colaboração, investimento e crescimento, conectando inovadores africanos aos mercados globais e oferecendo às novas gerações as ferramentas para construir e liderar a economia do amanhã".
A GITEX AFRICA Marrocos não se baseia apenas em ambições discursivas. O evento se beneficia do apoio logístico e estratégico de grandes parceiros institucionais, incluindo ANRT, Royal Air Maroc, ONCF, OCP, ONDA, AMDIE, ONMT e CGEM. Uma prova, se é que alguma era necessária, de que o digital não é mais uma opção, mas uma questão transversal que mobiliza esferas econômicas e governamentais.
Por fim, a mesa redonda inaugural, que reuniu o Dr. Mohamed Al Kuwaiti, chefe de segurança cibernética nos Emirados Árabes Unidos, e Chakib Alj, presidente do CGEM, lançou as bases para um diálogo de alto nível sobre governança digital, proteção de dados e modelos de cooperação intercontinental.
fonte: seneweb.com
Declarações do General..."Não existem estados pequenos": Embalo responderá às tarifas de Trump.
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O presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, não pretende aceitar silenciosamente as tarifas alfandegárias impostas pelo seu homólogo americano, Donald Trump. Durante visita ao canteiro de obras do novo hospital de referência em Bissau, ontem, segunda-feira, o líder anunciou que também vai impor um imposto de 10% sobre produtos provenientes dos Estados Unidos.
"Trump é presidente dos Estados Unidos, Umaro Sissoco Embalo é presidente da Guiné-Bissau"
"Eu já disse que não existem estados pequenos, apenas países pequenos... Também definiremos suas tarifas alfandegárias... Trump é presidente dos Estados Unidos, Umaro Sissoco Embalo é presidente da Guiné-Bissau", declarou Embalo. Ele então pediu ao seu ministro da Economia, Soares Sambu, que identificasse os produtos importados dos Estados Unidos que serão taxados.
Note-se que o Presidente da Guiné-Bissau não guarda rancor de Trump após o aumento das tarifas alfandegárias. Ele acredita que "é normal". No entanto, seu país deve aplicar "o princípio da reciprocidade".
As discussões entre Washington e Bissau ocorrerão "mais tarde", acrescentou.
fonte: seneweb.com
Senegal: Assembleia Nacional - Iniciado processo para julgar Macky Sall por alta traição (documentos)
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Prometido por Ousmane Sonko durante a campanha eleitoral legislativa, o procedimento para julgar Macky Sall por alta traição acaba de ser lançado por Guy Marius Sagna. O deputado Pastef propôs uma resolução indiciando Macky Sall por alta traição perante o Tribunal Superior de Justiça.
O parlamentar quer que seja aplicado ao ex-presidente o artigo 101 da Constituição, parágrafo 1º, que determina que "o presidente da República somente responde por atos praticados no exercício de suas funções em caso de alta traição".
Na sua correspondência dirigida ao Presidente da Assembleia Nacional, El Malick Ndiaye, Guy Marius Sagna baseia as suas acusações no último relatório do Tribunal de Contas, que revela uma dívida pública largamente desvalorizada e uma carnificina financeira exorbitante.
Para que a acusação contra Macky Sall por alta traição seja aprovada, ela terá que ser votada pela Assembleia Nacional por uma maioria de três quintos de seus membros.
fonte: seneweb.com
RELAÇÕES PARIS-ARGEL: A impossível desescalada...
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Claramente, nada vai bem entre Paris e Argel. De fato, quando essas duas capitais dão um passo em direção à apaziguamento ou ao alívio das tensões, elas dão dois passos em direção à escalada. Em outras palavras, o fim de uma disputa diplomática entre as duas capitais, muito provavelmente, clama por outra. Tanto que algumas pessoas não hesitam em dizer que entre França e Argélia é "eu te amo, eu não te amo". Como prova, ainda na semana passada, o chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot, então em visita a Argel, anunciou uma "nova fase" nas relações entre os dois países, marcando assim o fim de uma crise de rara intensidade agravada pela prisão, em novembro passado, do escritor franco-argelino Boualem Sansal, e pelo reconhecimento por Paris da "marroquinidade" do Saara Ocidental. Mas Jean-Noël Barrot mal teve tempo de desfazer as malas e terminar seu relatório de missão quando uma nova ficção surgiu entre Paris e Argel. De fato, tudo começou com a acusação, no final da semana passada, de três cidadãos argelinos, incluindo um agente consular, suspeitos de envolvimento no sequestro de um influenciador argelino em território francês em abril de 2024. Isso foi o suficiente para provocar a ira da Argélia, que fala de um "novo desenvolvimento inaceitável e indizível".
Há o receio de que esse novo episódio possa levar os dois países a uma ruptura diplomática.
Em retaliação, ela exige a saída de 12 agentes da embaixada francesa de seu território em 48 horas. Quanto a uma nova fonte de tensão, é algo cujo resultado ninguém pode, no momento, prever. Principalmente porque Paris diz que não está disposta a ser enganada e ameaça reagir aplicando reciprocidade. De fato, se até agora Argélia e França, apesar das tensões em um cenário de trocas de armas, conseguiram evitar um confronto, é de se temer que este novo episódio leve os dois países a uma ruptura diplomática. A menos que superem seus egos inflados, Emmanuel Macron e seu colega Abdelmadjid Tebboune concordam em jogar a bola no terreno, favorecendo o diálogo para resolver as diferenças de opinião que os opõem. De qualquer forma, é do interesse de ambos os líderes jogar a carta do apaziguamento. Porque não faz sentido manter tensões permanentes num contexto em que muitos países em todo o mundo trabalham para fortalecer a sua cooperação, e isto no melhor interesse dos seus respectivos povos. A Argélia já está em desacordo com Marrocos e o Sahel, e não deve piorar a situação forçando demais, sob risco de acabar ficando isolada.
fonte: lepays.bf
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NO GABÃO: Vitória surpreendente do General Oligui Nguema.
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De acordo com os resultados oficiais publicados pelo Centro Eleitoral Gabonês, o general Brice Clotaire Oligui Nguema obteve uma vitória clara e previsível no primeiro turno, o que confirma a ascensão meteórica de um homem que passou de chefe da transição a aclamado chefe de Estado, no final de uma votação marcada por uma participação histórica. Todos os observadores reconhecem que a votação ocorreu sem grande violência, mas várias vozes denunciam uma eleição restrita e apontam desequilíbrios no acesso à mídia pública, uma administração eleitoral reconfigurada pela transição e um clima político não propício à competição real. Tudo isso deu uma vantagem ao General Nguema, que habilmente conseguiu capitalizar sua imagem de líder reformista rompendo com os excessos do passado, para derrotar com folga os candidatos de uma oposição fragmentada, inaudível e estruturalmente enfraquecida por várias décadas de mudanças de poder fracassadas.
Nguema terá que provar que sua vitória não é apenas eleitoral, mas também moral.
Esta vitória esmagadora do homem que derrubou Ali Bongo, Ondimba, marca o fim da transição e o início do processo de legitimidade duradoura para um poder nascido de um golpe de estado, agora endossado pelas urnas. Mas se o povo gabonês sancionou décadas de governança familiar por meio de um plebiscito com este especialista nos mistérios do poder e das redes militares, não concederá indefinidamente o período de graça ao General, que terá de reiniciar rapidamente a máquina econômica com reformas visíveis e conquistar os corações de seus compatriotas cansados do poder dinástico anterior que lhes foi imposto por cinquenta anos. É verdade que, desde que chegou ao poder, ele tem conseguido incorporar uma liderança pragmática, desenvolvendo um discurso de apaziguamento e, ao mesmo tempo, exibindo a imagem de um presidente que escuta, é rigoroso e obcecado pela eficiência. Mas isso não será suficiente para lhe garantir a paz no topo do Estado, se ele não enfrentar rapidamente os imensos desafios que o aguardam. Uma coisa é, de fato, conseguir transformar, como ele fez com tanto sucesso, sua legitimidade de fato em legitimidade eleitoral, outra coisa, mais difícil, é conseguir capitalizar de forma sustentável esse apoio popular, abrindo os muitos projetos pelos quais o povo gabonês espera dele, como a reconstrução da confiança institucional, a diversificação da economia, a reforma do setor da justiça, o fortalecimento das liberdades públicas, a reconciliação nacional e a luta implacável contra a corrupção endêmica, entre outros. O homem que se apresentou como um "salvador da República" agora terá que traduzir em ações as incríveis promessas que fez ao povo gabonês, que espera uma mudança de governança, e não um retorno às práticas do passado.
Ele terá que provar ao seu eleitorado que está realmente à altura do desafio.
Em outras palavras, ele terá que provar que sua vitória não é apenas militar ou eleitoral, mas também, e sobretudo, política e moral. E se já demonstrou, pela sobriedade no discurso e pela grande presença na cena política, que não é um novato na gestão da coisa pública, terá de fazer tudo para provar ao seu eleitorado em busca de estabilidade que está verdadeiramente à altura dos desafios e tranquilizar os mais céticos que apelam à vigilância cidadã para evitar um regresso ao autoritarismo, que tal não acontecerá, durante os próximos sete anos do seu mandato como presidente democraticamente eleito do Gabão.
fonte: lepays.bf
GUERRA NO SUDÃO: A paz chegará por meio de Londres?
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Em 15 de abril de 2023, uma disputa pelo poder eclodiu no Sudão entre dois generais. Estes são, para não mencionar, Abdel Fattah al-Burhan e Mohamed Hamdan Daglo, conhecido como "Hemetti", que juraram oferecer o escalpo um ao outro, mergulhando assim o país em um caos indescritível. Porque, quase dois anos depois, ainda é um impasse; enquanto a luta continua a se intensificar. O conflito, segundo as Nações Unidas, deixou quase 20.000 mortos, sem mencionar milhares de feridos e deslocados. E hoje, o Sudão se encontra dividido em dois, sugerindo uma partição de fato do país. De fato, de um lado, temos as forças armadas sudanesas leais a Al-Burhan que controlam o Norte e o Leste, enquanto do outro, as Forças de Apoio Rápido (RSF) de Hemetti governam o Sul e o Oeste, mais precisamente Darfur e o Estado de Aljazira, perto da capital Cartum. Quem salvará o Sudão? Esta é a pergunta que mais de um observador está fazendo. Principalmente quando sabemos que todas as tentativas de mediação ou reconciliação entre os dois principais protagonistas falharam até agora. A situação é ainda mais preocupante porque muitos sudaneses, cansados da guerra, passaram a lamentar a era de Omar al-Bashir, nome do ditador que governou o país com mão de ferro por várias décadas e que, após protestos por comida, foi deposto em 19 de abril de 2019 em um golpe de estado.
O povo sudanês que sofreu os horrores da guerra agora anseia pela paz
De qualquer forma, a esperança de mudança suscitada pela queda do sátrapa rapidamente deu lugar ao desencanto; O Sudão se tornou um verdadeiro campo de ruínas. Por enquanto, todos os olhos estão voltados para Londres, onde uma importante reunião ministerial sobre a guerra em curso no Sudão acontecerá em 15 de abril de 2025, com o objetivo principal de alcançar um cessar-fogo. Espera-se que a França e a União Europeia (UE), parceiros privilegiados de Cartum, participem desta reunião. A paz chegará a Londres? Vamos esperar para ver. O fato é que os sudaneses, que sofreram os horrores da guerra por dois bons anos, agora só aspiram à paz. No entanto, será que os dois generais concordarão em superar seus egos inflados para dar uma chance às negociações? Nada é menos certo, especialmente porque ambos os lados parecem ter ido tão longe que seria difícil voltar atrás. Como resultado, a crise só está piorando com a entrada de atores externos, a maioria dos quais está mexendo os pauzinhos. Como prova, enquanto Abu Dhabi é acusado de trabalhar para a FSR de "Hemetti", Cairo, por sua vez, não esconde seu apoio a Abel Fattah Al-Burhan, tornando ilegível qualquer processo de fim da crise.
fonte: lepays.bf
BALEADO UM DOS PRINCIPAIS COLABORADORES DE MONDLANE
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O político moçambicano Venâncio Mondlane confirmou que um dos seus principais mobilizadores nacionais, Joel Amaral, foi baleado hoje por desconhecidos, em Quelimane, centro do país, afirmando tratar-se de mais um caso de “intolerância política”.
Venâncio Mondlane, numa mensagem na sua conta oficial na rede social Facebook, afirma: “É com profunda tristeza e indignação que confirmo a notícia sobre o baleamento do nosso mobilizador nacional Joel Amaral, carinhosamente conhecido como MC Trufafa. O nosso querido Joel foi brutalmente atacado, sofrendo três tiros, dos quais dois atingiram os seus membros inferiores e um atingiu a parte da cabeça”.
O político, ex-candidato presidencial que não reconhece os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro, confirmou desta forma os relatos das últimas horas nas redes sociais, sobre o baleamento de Joel Amaral, que o apoiava desde 2023, quando foi candidato à autarquia de Maputo.
Joel Amaral, músico e autor de temas que mobilizaram apoiantes de Venâncio Mondlane nas campanhas eleitorais para as autárquicas (2023) e depois para as presidenciais (2024), foi baleado no bairro Cualane 2º, na cidade de Quelimane, província da Zambézia.
“Não restam dúvidas de que este ato covarde é um claro exemplo de intolerância política que permeia o nosso país. Como podemos falar da chama da unidade nacional [iniciativa governamental para assinalar os 50 anos da independência] enquanto Moçambique cheira a pólvora? É inaceitável que a violência e a perseguição se tornem parte da realidade de qualquer moçambicano, especialmente daqueles que se dedicam a promover a paz, igualdade e a Justiça”, disse ainda Venâncio Mondlane.
O político afirmou tratar-se de um cenário de “perseguição” aos seus apoiantes e “a qualquer cidadão que exerça seu direito à livre expressão”, que “deve acabar”.
Logo após as eleições gerais de 2024, o assessor jurídico de Venâncio Mondlane, o conhecido advogado Elvino Dias, e o mandatário do Podemos, Paulo Cuambe, partido que apoiava a sua candidatura presidencial, foram baleados mortalmente na noite de 18 de Outubro, numa emboscada à viatura em que seguiam no centro de Maputo, com tiros de metralhadora, num crime que provocou a comoção na sociedade moçambicana e que continua por esclarecer.
“É hora de nos unirmos contra a violência e a opressão, e de exigir um Moçambique onde todos possam viver em segurança e dignidade. A luta pela justiça e pela paz é uma responsabilidade de todos nós, e não podemos permitir que o medo e a intolerância prevaleçam”, afirmou.
“Que este triste episódio sirva como um chamado à ação para todos os moçambicanos, para que juntos possamos construir um futuro mais justo e pacífico para nossa nação”, insistiu Venâncio Mondlane, na mesma mensagem.
O ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro que deram a vitória a Daniel Chapo (Frelimo, no Poder desde a independência), empossado em Janeiro como quinto Presidente de Moçambique, convocou desde 21 de Outubro protestos que, em cinco meses, provocaram cerca de 390 mortos em confrontos com a polícia, segundo dados de organizações da sociedade civil, degenerando igualmente em saques e destruição de empresas e infra-estruturas públicas.
Contudo, em 23 de Março, Venâncio Mondlane e Daniel Chapo encontraram-se pela primeira vez e foi assumido o compromisso de cessar a violência no país.
O Governo moçambicano confirmou anteriormente, pelo menos, 80 óbitos, além da destruição de 1.677 estabelecimentos comerciais, 177 escolas e 23 unidades sanitárias durante as manifestações.
Folha 8 com Lusa
quarta-feira, 9 de abril de 2025
Sob auspícios do PR: GOVERNOS DE BISSAU E DE AZERBAIJÃO RUBRICAM ACORDO DE PARCERIA PARA DESENVOLVER SETORES ESTRATÉGICOS DO PAÍS.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Os governos da Guiné-Bissau e de Azerbaijão rubricaram esta segunda-feira, 07 de abril de 2025, um acordo de parceria para desenvolver os setores estratégicos do país, nomeadamente na área de digitalização da administração pública, infraestruturas e educação.
A iniciativa insere-se no âmbito do reforço das relações bilaterais e de cooperação entre os dois países. Além disso, o acordo resulta do plano de seguimento da mais recente visita do Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló ao Azerbaijão, onde foram assinados vários instrumentos de cooperação em diferentes áreas estratégicas para o país.
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, Yalchin Rafiyev, manteve também, no âmbito da sua visita ao país, uma reunião bilateral conjunta com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Economia, Plano e Integração Regional, Carlos Pinto Pereira e Soares Sambú, respetivamente.
À saída do encontro, a secretária de Estado e da Cooperação Internacional, Fatumata Jau, afirmou que o acordo é o reflexo de uma “diplomacia paciente”, determinada e estratégica que visa criar grupos de trabalho que vão permitir iniciar e/ou desenvolver vários projetos em paralelo.
“Este acordo é o resultado de várias visitas feitas pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que esteve duas vezes em Baku, em 2024, no âmbito da COP 29, seguida de uma visita oficial, a primeira de um de Estado da Guiné-Bissau ao Azerbaijão. Estamos aqui graças às excelentes relações que a Guiné-Bissau mantém neste momento com este país. A ideia inicial era que conseguíssemos transformar essas relações em iniciativas palpáveis na economia nacional”, disse.
Fatumata Jau reconheceu que é fundamental investir no capital humano, razão pela qual o chefe de Estado sempre que se desloca ao estrangeiro solicita que sejam dadas bolsas de estudo para a Guiné-Bissau, tendo anunciado que, através da Agência de Desenvolvimento do Azerbaijão, serão abertas portas para os estudantes da Guiné-Bissau para que, ainda este ano, possam frequentar as instituições do ensino do Azerbaijão.
A governante lembrou, neste particular, que há 30 anos,já havia muitos estudantes que foram estudar para o Azerbaijão e que neste momento muitos quadros formados neste país estão a trabalhar em diferentes ministérios, na administração pública.
“Este é um reatar de laços, um aproveitar das excelentes relações entre os dois países com o objetivo de poder traduzir isto em algo palpável para a Guiné-Bissau. Isto é uma diplomacia pragmática, engajada e ambiciosa. Tudo isso é um bom pronúncio. Já temos as bases bem sólidas e estruturadas para começar os trabalhos técnicos para poder desenvolver diferentes projetos na Guiné-Bissau”, assegurou.
Por sua vez, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, Yalchin Rafiyev, que liderou uma delegação integrada por várias agências e entidades governamentais à Guiné-Bissau, manifestou o interesse do seu país em apoiar a Guiné-Bissau nas áreas prioritárias.
Disse aos jornalistas que a visita de dois dias foi recheada de vários encontros técnicos e políticos com a parte guineense, lembrando que o objetivo está alinhado com a fundação lançada pelos chefes de Estado dos dois países, que visa aprofundar a cooperação entre Bissau e Baku.
“Durante a nossa visita, identificamos potenciais áreas de cooperação entre os nossos dois países e como resultado dessa visita, criamos um roteiro entre a Guiné-Bissau e o Azerbaijão”, revelou.
De referir que o vice Chefe da diplomacia do Azerbaijão manteve um encontro, no princípio desta tarde, com o Primeiro-ministro, Rui Duarte Barros, e com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló.
Por: Filomeno Sambú
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fonte: odemocratagb.com
Senegal: Compensação por danos: carta aberta de Cheikh Niass a Bassirou Diomaye Faye.
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O chefe de Walfadjri, Cheikh Niass, escreveu uma carta aberta ao Presidente da República, Bassirou Diomaye Faye. Em sua correspondência, o filho de Sidy Lamine Niass pede indenização pelos danos sofridos durante as manifestações. Aqui está o texto completo de sua carta aberta.
Compensação por danos: carta aberta de Cheikh Niass a Bassirou Diomaye Faye
Por: Mouhamed CAMARA - Seneweb.com | 9 de abril de 2025 às 11:04:48 | Lido 728 vezes | 3 Comentários
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Compensação por danos: carta aberta de Cheikh Niass a Bassirou Diomaye Faye
O chefe de Walfadjri, Cheikh Niass, escreveu uma carta aberta ao Presidente da República, Bassirou Diomaye Faye. Em sua correspondência, o filho de Sidy Lamine Niass pede indenização pelos danos sofridos durante as manifestações. Aqui está o texto completo de sua carta aberta.
“A Sua Excelência o Presidente da República, Bassirou Diomaye FAYE
Assunto: Pedido de indemnização por danos
Excelência,
No ano passado, relatamos a vocês as dificuldades que enfrentamos na administração da empresa de imprensa no Senegal, particularmente o Grupo Wal Fadjri. É um truísmo dizer que elas pioraram este ano. Seria supérfluo relembrar os acontecimentos que nos levaram a esta situação. Mas, por uma questão de pedagogia e clareza, faremos isso mesmo assim. Sob o antigo regime, o Grupo Walf foi o que pagou o preço mais alto na luta por uma sociedade justa, onde os direitos e as liberdades fossem respeitados. Por cobrir manifestações da oposição na época, nosso sinal foi cortado repetidamente, privando-nos de renda substancial. O assédio aos nossos jornalistas criou uma imagem negativa sobre nós, percebida pelos anunciantes, que nos evitam como uma praga. Tínhamos, portanto, razão para ter esperanças no advento do novo regime resultante das eleições presidenciais de 24 de março de 2024. Infelizmente! Nossas preocupações continuam inabaláveis. A câmara administrativa do Supremo Tribunal Federal decidiu a nosso favor contra o Estado após uma remessa referente à suspensão do nosso sinal. Infelizmente, a decisão não foi implementada até o momento. Nossos múltiplos pedidos de solução amigável dirigidos ao Ministro da Justiça, ao seu colega das Finanças e ao Primeiro-Ministro permaneceram sem resposta, enquanto os danos sofridos oneraram consideravelmente nossas finanças.
Os contratos de publicidade que tínhamos com o Estado e suas agências foram cortados da noite para o dia. Serviços já prestados e devidamente faturados ainda não foram pagos. Para piorar a situação, o Fundo de Auxílio à Imprensa, que nos permitiu respirar por um máximo de dois meses, embora devidamente incluído na lei financeira de 2024, não foi divulgado. O mesmo para 2025.
O infortúnio nunca vem sozinho: no ano passado, nosso principal estúdio de produção, reformado a um custo de centenas de milhões, foi devastado por um violento incêndio. Dado o investimento pesado necessário para sua reforma, este estúdio ainda não é funcional.
Apesar dessas dificuldades, enfrentamos, querendo ou não, nossas cargas incompressíveis que são salários, contas de água, luz e internet, nossas obrigações fiscais e sociais.
Por todas essas razões, após sua disponibilidade reafirmada durante seu encontro presencial com a imprensa nacional em 4 de abril, tomamos a liberdade de lhe enviar esta carta para solicitar solenemente, mas respeitosamente, as medidas que você gostaria de tomar para:
1) Compensação justa e equitativa para o Wal Fadjri Group, que foi injustamente privado de seu sinal por vários dias e que foi justificado por uma decisão da Suprema Corte. Continuamos dispostos e abertos a uma solução amigável.
2) Pagamento de auxílio à imprensa referente aos anos fiscais de 2024 e 2025
3) Pagamento das faturas vencidas contratadas com o Estado e suas filiais, com base em ordens de compra regularmente executadas
Ousando esperar encontrar um ouvido atento de Sua Excelência o Presidente da República, Guardião da Constituição e Reparador de Erros, rogo-lhe que acredite na expressão da minha mais alta consideração.
Senhor Cheikh NIASS
Administrador Geral do Grupo Wal Fadjri
fonte: seneweb.com
GENOCÍDIO DE 1994: Os ruandeses aprenderam lições suficientes?
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Senhores Leitores,
Peço desculpas por passar longo tempo sem publlicações nesse Nosso/Blog. Razões de minha saúde debilitada me afastou esse tempo todo sem publicações. Com ajuda de Deus, acho que doravante retomarei e espero merecer compreensão da vossa parte. Um forte abraço!
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A data de 7 de abril de 1994 ficará gravada em sangue na história de Ruanda, nome deste pequeno país localizado na África Oriental, que abrange quase 26.000 km2. De fato, foi naquele dia que começou a verdadeira caçada humana, que deixou quase 800.000 mortos e forçou quase 2 milhões de pessoas ao exílio em países vizinhos. Na verdade, foi um massacre que envolveu as duas principais comunidades de Ruanda, os hutus e os tutsis. Os primeiros são apresentados como os algozes, e os últimos como as vítimas. Convencida de que o passado de um país sempre ilumina seu presente, Ruanda, ano após ano, sempre marcou o evento com uma pedra branca por meio de uma série de atividades. Isso ainda acontece neste ano, quando o evento será comemorado por mais de cem dias. Devido à situação atual, a guerra no leste da República Democrática do Congo (RDC) ofuscará de certa forma as cerimônias comemorativas do genocídio.
O 31º aniversário do genocídio ocorre em um momento em que muitos genocidas foram julgados.
Porque, além de estar sob sanções da comunidade internacional, Kigali, no plano diplomático, encontra-se agora isolada, acusada de apoiar os rebeldes do M23 que hoje controlam várias grandes cidades do Kivu, nomeadamente Goma e Bukavu. Até mesmo a ONU, além de inúmeras chancelarias ocidentais, instaram não apenas a retirada de seus soldados da RDC, mas também a cessar todas as formas de apoio aos rebeldes armados. Além disso, devido à sua posição favorável ao país de Félix Tshisekedi, a antiga potência colonial que é a Bélgica viu suas relações com Ruanda esfriarem. Isso significa que algumas atividades, como o simpósio dedicado à memória do genocídio em Ruanda e o Dia de Reflexão, organizados respectivamente pela cidade de Liège e pela Câmara dos Representantes, foram canceladas. E isso não é tudo. Kigali, em sua indignação, foi mais longe ao proibir associações ruandesas de receber fundos da Bélgica, enviados por ONGs ou associações privadas, como parte da comemoração do 31º aniversário do genocídio. Como resultado, os intermediários locais e todos aqueles que se beneficiaram de qualquer solidariedade se veem penalizados, para não dizer que se tornam vítimas colaterais do rompimento oficial das relações entre Kigali e Bruxelas. No entanto, e vale a pena notar, o 31º aniversário do genocídio ocorre num momento em que muitos genocidas, em todo o mundo, foram, um após o outro, julgados e condenados. E o mínimo que podemos dizer é que a caçada está longe de terminar. Continua tão bem que aqueles que ainda vagam pelas ruas podem ser presos um dia para responder por seus crimes.
A necessidade de as autoridades trabalharem para consolidar as conquistas
Há ainda mais esperança porque países como França e Bélgica, onde muitos suspeitos ou autores comprovados de genocídio se refugiaram, finalmente reconheceram suas responsabilidades nos tristes eventos que abalaram Ruanda em 1994, e até demonstraram contrição. No entanto, os ruandeses aprenderam lições suficientes desse período sombrio de sua história? Somos tentados a responder afirmativamente. Porque, hoje mais do que ontem, as divisões étnicas desapareceram em Ruanda. E as autoridades, num esforço para promover a mistura cultural, encorajaram casamentos exogâmicos. Portanto, há muitos hutus que se casaram com tutsis e vice-versa. Certamente, há alguns que, por razões políticas, ainda nutrem desejos de vingança, mas a tendência geral é o cruzamento. Daí a necessidade de as autoridades trabalharem para consolidar essas conquistas com vistas a promover uma melhor convivência. Dito isto, ousamos esperar que a crise no Leste da RDC, que, como sabemos, tem conotações comunitárias, encontre uma solução duradoura o mais rápido possível, a fim de evitar o agravamento do sentimento de pertencimento étnico. De qualquer forma, tudo deve ser feito para evitar um atoleiro que, no fim das contas, pode despertar velhos demônios.
fonte: lepays.bf
quinta-feira, 6 de março de 2025
Terroristas na Síria Apoiados pelos Americanos Se Voltarão contra os EUA no Futuro.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
“A mão norte-americana é visível nas mudanças recentes em território sírio”, afirma o acadêmico finlandês Timo Kivimäki, especialista em conflitos internacionais ao traçar na entrevista a seguir breve histórico das tensões na Síria, desde a década passada até a queda do presidente Bashar al-Assad em 8 de dezembro de 2024.
Os auspícios do analista, renomado mundialmente, encaixam-se perfeitamente à revelação de WikiLeaks anos atrás em relação à influência secreta de Washington na Síria.
Enquanto se surpreende ao observar a mídia internacional, agora, relatando grupos terroristas na Síria como “rebeldes”, supostamente pró-democracia, Kivimäki mostra-se convicto de que a trágica história dos EUA no Oriente Médio repetir-se-á como farsa na Síria.
Eis a “Guerra ao Terror” sem fim dos EUA. Cujo Novo Pearl Harbor previsto no governamental Project for the New Americam Century (Projeto para o Novo Século Americano) de 1997, é mencionado por Kivimäki nesta entrevista ao abordar que “em 2001 o general americano Wesley Clark revelou um plano dos EUA para a mudança de regime em sete países muçulmanos, sendo a Síria um deles”.
Os atentados de 11 de setembro de 2001 têm servido como contemporâneo Pearl Harbor aos EUA, cujas drásticas consequências são vistas ainda hoje – muito mais por “falhas” (na menos grave das considerações) dos tomadores de decisão em Washington, que devido aos denominados “inimigos” dos Estados Unidos.
Em 2000 foi notado neste Projeto, , sob o título Rebuilding America’s Defenses (Reconstruindo as Defesas dos EUA). que apenas um novo Pearl Harbor, a ser produzido no Oriente Médio, poderia dar novo fôlego aos interesses econômicos e geopolíticos dos EUA naquela região, justificando novas intervenções “humanitárias” abertamente em busca de petróleo.
“Os EUA tendem a elaborar planos muito perigosos e sangrentos repetidamente apenas para, mais tarde, constatar que as mesmas pessoas que colocaram no poder, voltaram-se contra eles. Isso veremos na Síria, sem dúvida”, prevê o docente.
Professor de Relações Internacionais da Universidade de Baath na Inglaterra, Kivimäki foi consultor de Martti Ahtisaari, presidente da Finlândia (1994-2000) premiado com o Nobel da Paz em 2008. Notável pela atuação em favor da paz internacional, Ahtisaari atuou também como diplomata da ONU e mediador em diversos conflitos. Um deles, na própria Síria. Em outro caso, para Kosovo durante os anos de 1990 e da primeira década deste novo século.
Nesta entrevista, o analista finlandês revela conversas e planos elaborados por solução na Síria nos anos de 2010 com o então presidente de seu país, até então mantidos em sigilo, assim como com o embaixador russo na ONU, Vitali Churkin (2006-2017). E ainda, expõe como tais esboços por paz, bem recebidos por Vladimir Putin e Assad, sempre acabaram boicotados pelos EUA.
Consultor de diversos outros governantes de países ao norte da Europa e asiáticos ao longo dos anos, Kivimäki acabou injustamente acusado e condenado por colaborar com agentes de inteligência estrangeiros por ocasião, exatamente, das reuniões que o pesquisador revela nesta entrevista com o embaixador russo na ONU entre 2006 e 2017, Vitali Churkin.
Timo Kiviäki é autor de diversos livros e inúmeras pesquisas, de alta influência pela paz em todo o mundo. Algumas dessas pesquisas, envolvendo também a prória Síria, First Do Not Harm – Do Air Raids Protect Civilians? (Primeiro, Não Cause Dano – Ataques Aéreos Realmente Protegem Civis?). Seu último livro, de junho de 2024, é Research Handbook on Conflict Prevention (Manual de Pesquisa sobre Prevenção de Conflitos).
Abaixo, a íntegra da entrevista.
Edu Montesanti: Como o senhor analisa a queda de Al-Asad, e seu contexto?
Timo Kivimäki: Acho especialmente estranho que, de repente, a mídia ocidental esteja focada no fato de que Assad caiu, e como ela descreveu o principal grupo que assumiu o poder citando-o como rebelde democrático ou grupo rebelde de oposição, embora este seja o grupo anteriormente chamado de Al-Nusra, que jura lealdade tanto à Al Qaeda quanto ao Estado Islamita (EI).
Também é estranho que a mídia não prestou atenção ao fato de que estamos, agora, diante de uma situação em que o embaixador Vitali Churkin e o presidente Ahtisaari já haviam levado o país, em 2012. Houve um acordo entre o presidente Assad e os russos sobre a “saída digna” de Assad, e sobre a não interferência na transição democrática na Síria.
As únicas condições para isso eram que, primeiro, Assad teria uma saída digna da Síria e, em segundo lugar, que os EUA não ditariam os termos da transição à democracia. O presidente Ahtisaari de meu país tentou “vender” essa solução ao Reino Unido, EUA e França, e para sua surpresa nenhuma dessas potências manifestou interesse.
Mais tarde, os e-mails vazados de Hilary Clinton revelaram a razão dos EUA para isso: eles presumiram que suas milícias de estimação, Exército Sírio Livre (FSA, na sigla em inglês) e Forcas Democráticas Sírias (SDA em inglês), assumiriam o poder para que não precisassem arriscar uma transição democrática mas, em vez disso, soubessem que sua própria gente estava no poder. Claro, mais tarde nos inteiramos de que nenhum dos grupos tinha apoio local e, portanto, seu caminho ao poder foi mais difícil do que Clinton havia suposto.
Sei algo sobre isso pelo fato de que a Rússia já havia pressionado Assad a dialogar com a oposição desde 2007, e acho que posso ter sido a pessoa que persuadiu o embaixador Churkin a envolver o presidente Ahtisaari no plano russo.
Os russos não eram muito otimistas em relação a Ahtisaari devido a seu papel na antiga Iugoslávia, mas tive algumas longas conversas com os assistentes do embaixador Churkin sobre Ahtisaari, e tenho certeza absoluta de que isso suavizou suas atitudes em relação a Ahtisaari, o grande pacificador finlandês e premiado como Nobel da Paz.
Acredito que você saiba que meus problemas na Dinamarca foram causados por esses mesmos contatos que tive com os assistentes de Churkin, pois a inteligência dinamarquesa pensava que eles eram espiões, e eu ainda não podia revelar que eles eram assistentes de Churkin porque eu havia prometido que não revelaria isso. E não o fiz até a morte de Churkin.
É importante perceber que este é um plano que tinha a intenção de resolver o problema sírio antes da grande escalada de conflitos, e do movimento rumo ao extremismo da oposição. Isso também custou cerca de meio milhão de vidas perdidas, e cerca de 12 milhões de pessoas deslocadas internamente e refugiados anteriormente. Se a saída relativamente digna de Assad é boa agora, mesmo que o poder tenha sido tomado por alguém que ainda classificamos como uma organização terrorista, então por que não aceitamos essa saída sem a tomada do SDA já em 2012?
Em 2012, o governo de transição iria, até onde sei, desembocar em esquerdista sírio, o Abdul al-Aziz Al-Khayer. Algumas das mensagens que recebi do embaixador Churkin indicaram a mim que, provavelmente, ele também estivesse bem à esquerda de Putin e de outros líderes mundiais.
Veio à tona no início de 2010, por meio de telegrama confidencial enviado pela Embaixada dos EUA em Damasco revelado por WikiLeaks, que os EUA estavam influenciando secretamente a política e a sociedade sírias, incluindo a cultura. Por suas análises na questão anterior, entendo que o senhor vê hoje em dia uma continuação da interferência dos EUA na Síria, correto? Se sim, com quais propósitos? É interessante ver uma repetição relativa do que aconteceu com o Afeganistão e até mesmo com o Iraque neste caso, grupos terroristas apoiados pelos EUA – não rotulados assim – sendo considerados “criadores democráticos” de um país do Oriente Médio, o senhor não vê desta forma?
A mão americana é visível nas mudanças recentes em território sírio. De acordo com os recentes anúncios oficiais, o número de tropas dos EUA durante o processo em que Hayat Tahrir al-Sham (HTS) e seus associados assumiram o controle do Estado [em 2024], mais que dobraram comparadas com as 900 dos anos 2000.
O fato de as tropas dos EUA ainda estar por lá e que não estejam combatendo o HTS, e que ainda estegjam bombeando o petróleo sírio e vendendo-o como seu como o então presidente Donald Trump declarou triunfalmente em 2019, sugere que o HTS, pelo menos, não é hostil às forças dos EUA.
Além disso, milícias pró-EUA especialmente as Forças Democráticas Sírias, estiveram presentes na coalizão liderada pelo HTS. O New York Times reportou alianças entre a Frente Al-Nusra, como o HTS era então chamado, e grupos apoiados pelos EUA. Portanto, há uma ligação entre o HTS e os EUA e, portanto, seria razoável supor que haja pelo menos algum tipo de mão dos EUA no processo de expulsão do regime de Assad.
No entanto, as raízes da mudança de regime sírio são mais profundas. Já na década de 1980, um estudo da CIA previu o apoio dos EUA para que uma oposição sunita “moderada” assumisse o poder. Em 2001, o general americano Wesley Clark revelou um plano dos EUA para a mudança de regime em sete países muçulmanos, sendo a Síria um deles.
Mais tarde, em 2010 a secretária de Estado Hilary Clinton envolveu a Microsoft em seus planos de enfraquecer o regime sírio, segundo seus e-mails vazados sugerem. Então, já existem planos relacionados a isso há muito tempo. No entanto, como podemos ver nos outros sete países de mudança de regime, os EUA tendem a elaborar planos muito perigosos e sangrentos repetidamente apenas para, mais tarde, constatar que as mesmas pessoas que eles colocaram no poder, voltaram-se contra eles. Isso veremos na Síria, sem dúvida.
A principal razão pela qual os EUA tinham o interesse em derrubar o regime de Assad, mesmo que isso significasse vitória a um grupo que ainda é listado como terrorista internacionalmente, é a geopolítica. Enquanto algumas décadas atrás o principal objetivo geopolítico dos EUA era derrotar os islamitas antiamericanos, atualmente a liderança dos EUA vê a Rússia como inimigo muito mais perigoso.
Assim, expulsar um regime pró-Rússia faz sentido, agora, mesmo correndo o risco de a Síria se tornar um país islamita radical. A brutal ironia disso é que, enquanto o regime de Assad sempre esteve preparado para não deixar o país sob controle de islamitas radicais ou dos EUA, o presidente Assad nunca esteve terrivelmente ansioso para permanecer no poder.
Havia um plano russo, já em 2007, para resolver as questões entre o regime e a oposição através da negociação. Já então, diplomatas russos viram que a paz na Síria podia exigir uma saída digna de Assad do poder. Muito ódio havia se acumulado entre grupos de oposição contra Assad e, portanto, a reconciliação parecia impossível enquanto Assad estivesse no poder.
Em algum momento entre 2011 e 2012, ficou claro que Assad estava preparado para aceitar tal plano, e que ele estava preparado para deixar a presidência. Houve um plano elaborado pelo embaixador Vitali Churkin, de uma transição que ofereceu a Assad uma saída digna, ou seja, uma transição voluntária que não demonizasse o autocrata hipoteticamente renunciante.
Além disso, o plano era garantir que a transição não pudesse ser manipulada pelos EUA. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia anunciou em público a possibilidade de tal plano, o que para mim sugere que a Rússia deve ter tido o aceno de Assad para tal plano ou, do contrário, um aliado não anuncia um plano de transição em público. No entanto, o plano exigia a aceitação dos EUA pois, caso contrário, havia o risco de que os EUA utilizassem o processo e colocassem seus próprios favoritos no poder.
O presidente Ahtisaari apoiou o plano e, portanto, o embaixador Churkin foi persuadido a utilizar as habilidades diplomáticas do presidente Ahtisaari para persuadir os EUA, a aderir ao plano. Ahtisaari era um político pró-EUA com amplos contatos na administração dos EUA e o plano pretendia remover o inimigo dos EUA, o presidente Assad, do poder. De maneira que a suposição era que a Rússia e os EUA poderiam cooperar nisso.
No entanto, o plano Churkin-Ahtisaari não recebeu aprovação dos EUA. Mais tarde, os e-mails vazados de Clinton revelaram o motivo: os EUA presumiram que conseguiriam colocar seus próprios favoritos do Exército Democrático Sírio e das Forças Sírias Livres no poder por meios militares e, portanto, as razões de se contentar com um acordo. Diante de mais de meio milhão de vidas perdidas e 12 milhões de refugiados e deslocados internos depois, seria possível ver algum motivo para tal cooperação entre os EUA e a Rússia.
Muitos estão falando sobre a implementação de um sistema popular e democrático no país. O senhor acredita que isso seja possível?
Acho que devemos começar com alguns princípios básicos da democracia. O governo de uma potência estrangeira, por mais democrática que essa potência pareça ser, não é um sistema democrático para a Síria. Enquanto os sírios não puderem votar nas eleições dos EUA, o impacto dos EUA na política síria não é uma influência democrática. Claro, a influência russa tampouco foi democrática. Assim, o nível de autonomia que a Síria consegue obter dos EUA, Rússia, Turquia, Israel, Irã e o resto, é crucial para a perspectiva de democracia na Síria. Este é o ponto de partida.
Em segundo lugar, não devemos pensar que existe apenas um modelo democrático. Em um país em desenvolvimento, a democracia econômica pode ser mais importante do que a democracia política, mas é claro que ambas são necessárias. Mas o que é frequentemente esquecido nas transições democráticas, é o lado social e econômico da democracia: se parte da população permanecer sem educação e necessidades básicas, seria difícil ver liberdade democrática neste segmento da população. Além disso, se o Estado se concentrar em manter sua gestão econômica incorrupta e indiscriminada, a democracia tem chances muito melhores.
No entanto, finalmente, a questão mais importante da democracia à qual a Síria precisa de solução, é a questão dos direitos dos grupos. A democracia ocidental frequentemente enfatiza em demasia a democracia individual, e os direitos individuais. No entanto, em um país onde as pessoas são politicamente divididas em linhas étnicas, é essencial que, além da democracia individual, ou seja, direitos de voto para todos, haja uma necessidade de que todos os grupos étnicos tenham suas vozes ouvidas.
Se a maioria árabe-sunita assumir o poder, der início a eleições e governar o país de acordo com os princípios ocidentais de direitos individuais e democracia, grupos minoritários como os alauítas, xiitas e curdos, podem ficar sem voz. Bill Zartman, um dos principais especialistas em conflitos do mundo, disse que as eleições em uma área de país etnicamente dividida são como um censo étnico, nada mais que isso. Portanto, instituições democráticas puramente individuais não podem dar às minorias um sentimento de propriedade parcial do Estado.
Na ausência de tal copropriedade, esses grupos continuarão se rebelando. Um estudo recente revela que no Oriente Médio e Norte da África (MENA) os conflitos são, em ampla medida, causados pelo sentimento de que o Estado é instrumento corruptor de um dos grupos subnacionais ao invés de um instrumento de todos os grupos. Tal sentimento, especialmente na região do MENA, dá origem a protestos e revoluções, descontentamento que a democracia individualista não será capaz de conter.
Fala-se também, com a queda de Assad, em reformulação da geopolítica do Oriente Médio: qual sua avaliação disso?
Esta transição foi caracterizada como uma grande perda para a Rússia e, portanto, uma vitória aos EUA. Dado que há uma provável mão americana na vitória do HTS, e considerando que há cooperação entre o aparato de segurança dos EUA e este grupo, poderíamos acreditar que esta também será uma grande vitória aos EUA. Duvido disso tudo. A guerra na Síria sempre foi muito impopular na Rússia, desperdiçar recursos em lugares distantes nunca foi do agrado dos russos. Portanto, se houver uma solução na Síria que não aumente a posição geopolítica dos EUA, não acho que a Rússia tenha muito prejuízo ao perder o regime pró-Rússia na Síria.
Os EUA, novamente, não devem esperar muito do HTS. Devemos lembrar que a resistência à União Soviética aproximou os EUA dos militantes islamitas afegãos, incluindo o Talibã e a Al Qaeda e, no final, esses aliados não foram tremendamente úteis para as ambições geopolíticas dos EUA. O apoio e a cooperação com o HTS devem implicar riscos muito semelhantes aos EUA, como esses erros geopolíticos anteriores.
Da mesma forma, o apoio de Saddam Hussein contra o Irã na década de 1980 não foi benéfico aos EUA, como sabemos. Mais tarde, a mudança de regime no Iraque e a expulsão de Saddam Hussein também não levaram a um sucesso fantástico para os EUA. O primeiro-ministro, o presidente e o parlamento iraquianos solicitaram a saída das tropas dos EUA do país, e a saída negociada de dois anos pode levar à retirada real dos EUA do país. Enquanto isso, a presença militar em um país que não quer hospedar tropas dos EUA deve ser muito cara tanto econômica quanto politicamente. Os EUA não querem parecer uma força ocupante de países que eles “libertam”.
O caso da Líbia deveria ter dado uma lição contra o apoio de grupos como o HTS, e mudanças de regime como a da Síria. Na Líbia, a estratégia dos EUA era muito menos arriscada e, no entanto, terminou em desastre. Essa estratégia foi baseada no apoio de um homem e suas tropas: Khalifa Haftar envolveu-se com a Frente Nacional para a Salvação da Líbia (NFSL), um grupo de oposição anti-Gaddafi apoiado pelos Estados Unidos, e depois que ele escapou da repressão do presidente Muammar Gaddafi, morou por duas décadas nos EUA onde esteve na folha de pagamento da CIA.
Ele poderia ser monitorado, testado e observado por sua lealdade aos EUA. No entanto, Khalifa Haftar e seus subordinados militares originalmente apoiados pelos EUA na Líbia voltaram-se contra os EUA quase instantaneamente, após a chegada à Líbia. Por muito tempo, o Exército Nacional Líbio (LNA), que Haftar liderou, lutou pelos interesses russos na Líbia. “Libertar” a Líbia para completar o caos e a anarquia tampouco foi muito positivo ao apelo geopolítico em outros lugares, para as operações militares libertadoras dos EUA.
Dado que o papel do HTS na Síria será muito menos fácil de controlar do que a operação de Haftar na Líbia, não devemos ser muito otimistas em relação à mudança de regime sírio vir a tornar-se uma história de sucesso geopolítico aos EUA.
Edu Montesanti
edumontesanti.wordpress.com
Ver mais em https://port.pravda.ru/mundo/58561-siria_terroristas/
Agentes da CIA foram mandantes do assassinato do presidente Kennedy.
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Agentes da CIA foram mandantes do assassinato do presidente Kennedy: entrevista com John Kiriakou sobre desclassificação de documentos secretos
Em 23 de janeiro deste ano, o presidente Donald Trump assinou uma Ordem Executiva intitulada Desclassificação de Registros Referentes aos Assassinatos do Presidente John Fitzgerald Kennedy [em 1963], do Senador Robert Fitzgerald Kennedy [1968], e do reverendo evangélico Martin Luther King Jr [1968].
A Lei de Coleta de Registros de Assassinato do Presidente John F. Kennedy de 1992, exigiu que todos os registros relacionados ao assassinato fossem divulgados em 25 anos. Porém, os presidentes estadunidenses de lá para cá recusaram-se a liberar estes documentos, sem apresentar nenhuma justificativa.
"Esta deveria ser a última vez que qualquer presidente deva ordenar aos serviços de inteligência e ao FBI que divulguem informações sobre esses assassinatos", afirma na entrevista exclusiva a seguir o ex-agente da CIA denunciante, John Kiriakou, primeiro oficial de inteligência norte-americano a revelar métodos de tortura da CIA sob ordens da Casa Branca - ocupada então por George W. Bush.
Jornalista e autor, Kiriakou tem insistido neste tema em Loud & Clear da rádio russa Sputnik, um dos programas que apresenta entre rádio e TV internacionais, além de artigos na imprensa escrita.
"Como alguém que trabalhou para a CIA como oficial de inteligência – e preso por 23 meses por denunciar técnicas de interrogatório – eu diria que não há nada de interessante sobre o assassinato de JFK que ainda não foi divulgado. Muito mais interessantes serão os arquivos confidenciais sobre o assassinato de seu irmão Robert F. Kennedy", escreveu o analista dias atrás, no jornal diário The Intendepent da Inglaterra.
"Eu sei como a CIA funciona. Se alguma vez tovesse havido documentos implicando a CIA, aina que indiretamente no assassinato de JFK, eles teriam sido destruídos anos atrás, ou então já teriam sido divulgados", acrescentou Kiriakou em seu artigo no jornal inglês, intitulado In the JFK files, there’ll be no smoking gun – only bombshells.
Mas para não perder o bem conhecido costume, John Kiriakou comenta de maneira direta aqui, sua percepção - com base em evidências - sobre quem esteve por trás do assassinato do presidente Kennedy, contrariando a intrigante versão oficial do magnicídio. Entre outras questões relevantes sobre um dos crimes mais comoventes da história, e contraditórios segundo o que se conta até os dias de hoje.
Eis a entrevista.
Edu Montesanti: John, você tem publicado seguidamente nos últimos dias sobre a vindoura desclassificação dos documentos dos assassinatos de John Kennedy e Robert Kennedy: o que o motiva a isso?
John Kiriakou: Esta deveria ser a última vez que qualquer presidente deva ordenar aos serviços de inteligência e ao FBI que divulguem informações sobre esses assassinatos. O Congresso ordenou a divulgação em 1992, mas sucessivos presidentes, George H. W. Bush, Bill Clinton, George W. Bush, Barack Obama, Donald Trump e Joe Biden, recusaram-se a divulgá-los. Finalmente veremos o que há nesses documentos.
O Serviço Secreto falhou em escoltar o presidente Kennedy naquele fatídico dia, fato claramente visto no momento exato dos disparos. Você compartilha esta percepção, John?
Sim, de fato o Serviço Secreto falhou terrivelmente naquele dia. Mas eles também falharam em 1884 quando o presidente Harrison foi assassinado e em 1901 quando o presidente McKinley foi assassinado. O Serviço Secreto falhou em proteger muitos presidentes, principalmente Donald Trump recentemente.
No caso do presidente Kennedy, muitos dos oficiais do Serviço Secreto que falharam foram mantidos no cargo. Apenas alguns foram demitidos.
Você acredita na versão oficial, de que Lee Oswald matou o presidente Kennedy?
Acho que Oswald provavelmente disparou aquela arma. Mas acho que maus elementos da CIA o levaram a fazer aquilo.
O que o leva a considerar isso?
Há evidências convincentes de que Lee Harvey Oswald não agiu sozinho. Até mesmo E. Howard Hunt, um dos delinquentes de Watergate, disse ao filho em seu leito de morte que ele fazia parte da conspiração para assassinar John Fitzgerald Kennedy.
Há outras evidências de que maus elementos da CIA, agindo de forma independente, tramaram a fim de matar Kennedy porque ele recusou o pedido da CIA de cobertura aérea durante a invasão da Baía dos Porcos.
Por que você acha que os documentos sobre o assassinato de Robert Kennedy serão muito mais reveladores que os de John Kennedy?
Sabemos muito menos detalhes sobre o assassinato de Robert Fitzgerald Kennedy. Tenho esperança de que o lançamento final acabe com as perguntas sobre o chamado “segundo atirador” e se a CIA ou o FBI estavam de alguma forma envolvidos.
Ver mais em https://port.pravda.ru/mundo/58564-assassinato_kennedy/
Rússia: A cúpula dos covardes.
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Realiza-se nesta terça-feira (04) uma cúpula emergencial dos países árabes para discutir planos próprios de reconstrução de Gaza, após quase um ano e meio de aniquilação total do território palestino pelo exército israelense.
O encontro é uma resposta às declarações de Donald Trump sobre uma limpeza étnica de Gaza que seria conduzida para transformá-la em um grande balneário turístico, sem palestinos, que seriam expulsos para a Jordânia e o Egito. Mesmo após o repúdio internacional a essa proposta – com exceção de Israel, que ficou com água na boca –, o presidente dos EUA e especulador imobiliário dobrou a aposta e divulgou um vídeo fantasioso de como seria Gaza no futuro, uma espécie de Trumplândia bizarra.
Trump sabe que pode humilhar os árabes como quiser. Os líderes da região estão acostumados e parecem não se importar muito. Ele expôs parte dos planos em reunião com o próprio rei da Jordânia na Casa Branca, mostrando quem é o lado dominante na relação. Inclusive descartou retaliações caso esses países recusassem sua proposta: “não preciso ameaçar isso.” Os líderes árabes são cãezinhos dóceis.
E estão domesticados, porque são clientes dos Estados Unidos. Dependem do apoio de Washington para permanecer no poder. O Egito é o exemplo mais claro: Trump cortou praticamente toda a “ajuda” externa do governo, com exceção daquela que vai para o Cairo e, obviamente, para Tel Aviv. Al-Sisi não tem qualquer apoio popular e a ditadura militar egípcia só se sustenta pela corrupção e o dinheiro dos EUA, do FMI e do Banco Mundial. Logo, os generais estão nas mãos de Trump.
Dados de outubro de 2024 apontam para a presença de 40.000 militares dos EUA em serviço no Oriente Médio, presentes em ao menos 19 localidades espalhadas pelo Egito, Jordânia, Bahrein, Iraque, Kuwait, Catar, Arábia Saudita, Síria, Emirados Árabes Unidos, Omã e Turquia – além de Israel, claro. O Catar, por exemplo, é sede do quartel-general do Comando Central das forças armadas americanas. O Bahrein, da 5ª Frota Naval. O Kuwait e a Arábia Saudita têm quase dez bases que já operam há décadas. A Turquia é membro da OTAN desde 1952 e também hospeda mais de dez bases americanas.
Não há condição para o exercício de uma soberania real por parte desses países se os seus líderes estão sob as botas dos soldados americanos. Por isso o apoio que alguns dão aos palestinos é extremamente limitado, ainda que em alguns casos pontuais seja de grande relevância para a resistência. O máximo que esses regimes podem fazer é um jogo duplo. Alguns ainda fornecem apoio financeiro, armado ou logístico, mas insuficiente. Outros, apenas um apoio moral da boca para fora. Alguns, como Bahrein e EAU, chegam ao ponto de perseguir os simpatizantes da causa palestina e reprimir quem denuncia o genocídio cometido por Israel.
Realmente não se trata apenas de não terem feito nada de efetivo para parar a carnificina contra crianças e mulheres palestinas. Alguns ajudaram esse genocídio concretamente. As bases militares e soldados dos EUA nesses países, uma vez que Washington é o grande patrocinador das ações de Israel, são utilizadas diariamente para fornecer apoio ao exército israelense. Além disso, países como Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes fornecem material de inteligência a EUA e Israel sobre as movimentações e planos do Eixo da Resistência.
Mas o mais grave é o apoio direto a Israel. As exportações do Cairo para Tel Aviv dobraram em maio de 2024, comparadas com o mesmo mês do ano anterior – apesar das humilhações impostas por Israel ao Egito, com o assassinato de militares e as crises em Rafah. Ou seja, enquanto ao menos 35.000 palestinos já haviam sido dizimados (segundo números oficiais), o Egito duplicava o envio de produtos essenciais para manter a máquina de guerra israelense.
O mesmo foi observado sobre as exportações da Jordânia e dos Emirados Árabes, enquanto as da Turquia diminuíram mas não cessaram e garantiram um apoio importante para a sobrevivência do regime de Netanyahu, apesar das vociferações de Erdogan em comícios populistas.
Após permitirem a destruição de Gaza, agora querem discutir sua reconstrução. Muitos temem que a dispersão de palestinos fora de Gaza desestabilize a frágil estrutura política e social de seus países. A causa palestina é a causa comum de todos os povos do Oriente Médio e fator de instabilidade interna no Egito, na Jordânia, no Líbano, no Kuwait e em outros países nas últimas décadas. Além disso, as monarquias e empresários cataris, emires, sauditas e turcos poderão obter bons lucros e influência na pretensa reconstrução de Gaza. Claro, em parceria com o capital norte-americano e europeu, porque, mesmo que declarem oposição a uma “Riviera do Oriente Médio”, sabem que os EUA e Israel não vão abrir mão do que conquistaram nesse genocídio.
Enquanto os líderes árabes se reúnem novamente para projetar o futuro de Gaza, Israel continua desrespeitando o cessar-fogo, atacando a zona, bloqueando o acesso de ajuda humanitária, retendo os sequestrados que deveriam ser devolvidos, e abre novas frentes, com a invasão à Cisjordânia há mais de um mês (inclusive com tanques) e o deslocamento forçado do maior número de habitantes desde 1967.
Ver mais em https://port.pravda.ru/mundo/58565-cupula_covardes/
JOHN DRAMANI MAHAMA EM ABIDJAN: Uma viagem pela razão.
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Depois do Senegal e da Gâmbia, o presidente ganês, John Dramani Mahama, está em visita oficial à Costa do Marfim. Houve uma sessão de trabalho com seu homólogo Alassane Dramane Ouattara (ADO), com quem ele mantém excelentes relações. Esta foi uma oportunidade para os dois líderes relembrarem a qualidade das relações existentes entre Gana e a Costa do Marfim, dois países vizinhos ligados pela história e pela geografia, mas também por "valores comuns como a paz, a união dos povos africanos, o respeito pelas tradições e o respeito pelos valores democráticos". Isso pode explicar que, a partir daí, entendamos por que, imediatamente após seu retorno à Jubilee House, John Dramani Mahama decidiu viajar para a Costa do Marfim, que, em 2016, o elevou à Dignidade de Grã-Cruz da Ordem Nacional, a mais alta distinção honorária do país. Com esta viagem, o presidente ganês pretende estreitar os laços existentes entre Accra e Abidjan, especialmente à luz do contexto sub-regional caracterizado por uma crise de segurança sem precedentes. De fato, embora seja verdade que Gana é um dos raros países costeiros que não sofreu ataques terroristas, o mesmo não é verdade para a Costa do Marfim, que registrou vários em seu território.
A ADO e John Dramani consideraram necessário chegar aos países da Aliança dos Estados do Sahel (AES)
Daí a necessidade de unir esforços, principalmente quando sabemos que os grupos terroristas armados que semeiam morte e desolação em seu caminho não conhecem fronteiras. Não é dito que quando a casa do seu vizinho está pegando fogo, você tem que tomar as medidas necessárias para ajudar a conter o fogo, caso contrário as chamas se espalharão? Por um motivo, essa viagem é uma delas. É, aliás, por isso que a ADO e John Dramani consideraram necessário chegar aos países da Aliança dos Estados do Sahel (AES), que são o Burkina, o Mali e o Níger, vítimas da insegurança ligada ao terrorismo, que fecharam a porta à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). De fato, o presidente Ouattara pediu ao seu anfitrião do dia que usasse toda a sua influência para garantir que os três países irmãos acima mencionados, para os quais ele nomeou um representante especial, pudessem permanecer na organização da África Ocidental, acreditando que é melhor com 15 do que com três. O chamado do número um da Costa do Marfim será ouvido? John Dramani Mahama terá sucesso onde outros falharam? Vamos esperar para ver. No mínimo, sabemos que os três líderes da AES sempre proclamam a quem quiser ouvir que sua decisão de deixar a CEDEAO é irreversível. Eles concordarão em recuar? Nada é menos certo.
fonte: lepays.bf
PLíderes da UE reúnem-se para discutir o futuro da Ucrânia enquanto Trump insiste num acordo de paz rápido
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A cimeira especial de quinta-feira foi convocada em reação à decisão unilateral de Donald Trump de iniciar negociações com Vladimir Putin.
Os 27 líderes da União Europeia estão reunidos em Bruxelas para discutir o futuro da Ucrânia, país candidato a aderir ao bloco, em meio à exigência maximalista de Donald Trump de que um acordo para acabar com a guerra da Rússia seja fechado o mais rápido possível.
É a primeira vez que os chefes de Estado e de Governo se reúnem na mesma sala desde que o presidente norte-americano manteve uma conversa telefónica de 90 minutos com Vladimir Putin e decidiu lançar negociações para pôr fim à invasão de três anos.
A crescente adesão de Trump aos pontos de vista do Kremlin, a sua recusa em condenar a Rússia como agressora e o seu extraordinário confronto com Volodymyr Zelenskyy na Sala Oval abalaram profundamente a UE e alimentaram o receio de que Washington consiga um acordo com Moscovo e depois obrigue Kiev a aceitar ou não.
As tensões diminuíram ligeiramente esta semana, depois de Zelenskyy ter lamentado o confronto na Sala Oval e elogiado a "forte liderança" de Trump. O republicano respondeu positivamente, dizendo que "apreciava" as palavras de Zelenskyy.
"É altura de acabar com esta guerra sem sentido. Se quisermos acabar com as guerras, temos de falar com os dois lados", disse Trump ao Congresso.
Apesar do aparente desanuviamento, a Casa Branca manteve uma suspensão temporária da ajuda militar e da partilha de informações com Kiev, duas decisões que correm o risco de ter consequências desastrosas para o país num momento crítico no campo de batalha.
"Os Estados Unidos da América, nosso aliado, mudaram a sua posição nesta guerra, apoiando menos a Ucrânia e deixando dúvidas sobre o que vem a seguir", afirmou o presidente francês Emmanuel Macron, num discurso transmitido pela televisão. "Quero acreditar que os EUA estarão ao nosso lado, mas temos de estar preparados para que não seja esse o caso".
Ao reunirem-se na quinta-feira para uma cimeira especial, convocada em reação às conversações entre os EUA e a Rússia, os 27 líderes tentarão projetar unidade e determinação no seu apoio coletivo à Ucrânia e responder a algumas das questões mais prementes, tais como o tipo de garantias de segurança que a UE pode dar, quanto dinheiro adicional está disposta a dedicar e até onde pode ir para compensar a ausência dos EUA.
Poderá também ser discutida a questão da nomeação de um enviado especial para as negociações, embora não seja provável que, nesta fase, seja apresentada uma lista de nomes.
Zelenskyy deslocar-se-á à cidade para falar pessoalmente com os chefes de Estado e de Governo.
Mas o esforço para cerrar fileiras pode ser enrugado por Viktor Orbán, que se alinhou totalmente com a nova administração dos EUA e ameaçou fazer descarrilar qualquer nova iniciativa que, na sua opinião, poderia prejudicar o esforço de negociação de Trump. Orbán opõe-se particularmente à abordagem "paz através da força", uma vez que implica mais assistência militar a Kiev.
"Existe uma divisão estratégica, uma fratura transatlântica entre a maioria da Europa e os Estados Unidos da América sob o comando do Presidente Trump", disse Orbán antes da cimeira, dando o mote.
Não é claro, nesta fase, qual será a influência de Orbán nas conclusões da cimeira, que devem ser aprovadas por consenso. O primeiro-ministro húngaro tem um historial de exercer o seu poder de veto, para depois ceder no último minuto.
Diplomatas e funcionários passaram os últimos dias a afinar as conclusões para acomodar todos os pontos de vista, mas não excluem o cenário em que um texto final, mais ambicioso, seja assinado pelos 26 líderes, ou 25, se a Eslováquia se juntar à Hungria.
O último projeto de conclusões a que a Euronews teve acesso inclui uma breve referência ao fundo comum proposto pela Alta Representante Kaja Kallas para aumentar rapidamente os fornecimentos letais e não letais à Ucrânia, que a Hungria sugeriu que iria vetar.
Até ao momento, o plano de Kallas não foi quantificado, com especulações em Bruxelas que vão desde os 10 mil milhões de euros até aos 40 mil milhões de euros.
"A iniciativa será claramente mencionada. Só precisa de ser mais trabalhada", disse um diplomata sénior da UE. "Gostaríamos muito de ver uma soma (de dinheiro). Isso teria sido um sinal muito claro para a Ucrânia, mas também para os outros, de que estamos a assumir a nossa responsabilidade".
A oposição de Orbán coincide com o surgimento de uma "coligação dos dispostos", constituída por nações democráticas empenhadas em apoiar a Ucrânia durante e após as negociações, através de garantias de segurança, como botas no terreno e proteção aérea.
A França, a Dinamarca e a Suécia, bem como países não pertencentes à UE como o Reino Unido, a Noruega e a Austrália, já manifestaram interesse em aderir à coligação nascente. Todos eles, no entanto, insistiram que a sua contribuição deve ser acompanhada de uma proteção americana. Trump não mostrou qualquer indicação de que iria fornecer essa barreira, defendendo, em vez disso, um acordo sobre minerais como uma espécie de dissuasão económica contra a Rússia.
"Este é um debate prematuro. Não temos um acordo de paz, nem sequer temos negociações para alcançar um cessar-fogo. É prematuro especificar o que tem de ser feito", disse um alto funcionário da UE.
"Mas não podemos ignorar que o contexto mudou. Muitos dos nossos Estados-Membros disseram que estariam dispostos a participar na coligação".
A cimeira de quinta-feira também abordará as despesas com a defesa, com base na recente proposta de Ursula von der Leyen para mobilizar até 800 mil milhões de euros em investimentos adicionais.
Para Bruxelas, ambas as questões - o futuro da Ucrânia e as despesas militares - tornaram-se essencialmente as duas faces da mesma moeda. Para garantir a sobrevivência da Ucrânia como uma democracia soberana e estável, os Estados-membros terão de reforçar os seus exércitos nacionais para controlar o expansionismo da Rússia e garantir uma paz duradoura.
"Não pode haver negociações que afectem a segurança europeia sem o envolvimento da Europa", diz o projeto de conclusões.
"A segurança da Ucrânia, da Europa e do mundo estão interligadas."
fonte:https://pt.euronews.com/
O Produto Interno Bruto (PIB) de Angola cresceu 4,4% em 2024 face ao ano anterior, segundo dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. Mas, no reino do MPLA, gasta-se mais em juros da dívida do que e saúde e educação, mas isso faz parte do ADN de quem nos desgoverna há 50 anos.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
De acordo com a Folha de Informação Rápida relativa às contas trimestrais do IV trimestre, esta variação positiva é atribuída fundamentalmente às actividades de Extracção de diamantes, Minerais metálicos e outros (44,8%); Transportes e armazenagem (10,4%); Pesca (12,2%); Electricidade e água (6,5%); Comércio (4,6%); Outros serviços (4,9%); Administração Pública, Defesa e Segurança Social Obrigatória (4,3%), Agro-pecuária (3,5%) e Extracção e refinação de petróleo (2,8%)
O PIB em termos homólogos cresceu 3,6 % no quarto trimestre face ao trimestre anterior, segundo o INE.
As actividades que mais contribuíram, em termos de participação, e constituíram factores importantes para o desempenho da actividade no PIB do IV Trimestre de 2024 foram Extracção e refinação do petróleo bruto e gás natural com 23,8%; Comércio com 22,1%; seguida da Produtos da Indústria Transformadora com 10,6%, Agro-pecuária e Silvicultura com 9,1%; Pesca com 8,4% e Outros serviços com 8,2%.
O Produto Interno Bruto no quarto trimestre de 2024 totalizou 23 025 128 milhões de kwanzas (23 mil milhões de euros), sendo que 259 451 milhões de kwanzas (268 milhões de euros) correspondem aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
MAIS EM JUROS DA DÍVIDA DO QUE EM SAÚDE E EDUCAÇÃO
Angola, há 50 anos governada pelo MPLA, é um dos países africanos que gasta mais dinheiro a pagar os juros da dívida do que a investir na educação e saúde, diz o Departamento de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas (UNDESA). Nada de novo, dirão – entre outras testemunhas oculares – os 20 milhões de pobres que existem no país.
O relatório sobre a Situação e Perspectivas Económicas para 2025, divulgado pelas Nações Unidas, revela que “em várias das maiores e mais populosas economias de África, incluindo Angola, Egipto, Gana, Nigéria e Uganda, os pagamentos de juros da dívida excederam o total de despesas em educação e saúde nos últimos anos, mostrando as difíceis escolhas políticas que os governos enfrentam”.
No documento, os peritos da ONU dizem que “os desafios orçamentais são mais severos em África, onde o custo em crescimento rápido de servir a dívida está, cada vez mais, a afastar recursos essenciais para os serviços públicos e o investimento” em áreas que permitam o desenvolvimento económico.
A média de pagamentos dos juros da dívida em percentagem das receitas fiscais em África chegou a 27% no ano passado, aumentando significativamente face aos 19% registados em 2019 e aos 7% em 2007, demonstrando o impacto que a dívida crescente tem nas opções políticas dos governos africanos.
Alguns destes países, incluindo Angola, têm de gastar mais de 25% da sua receita para servir os juros da dívida, lê-se no relatório, divulgado na mesma altura em que uma outra análise da Organização Não-Governamental Debt Justice aponta Angola como o país do mundo em que uma maior percentagem da receita (66%) é usada para pagamento de dívida.
Angola vai ter de pagar 6,2 mil milhões de dólares (5,9 mil milhões de euros) em 2025, representando 5,2% do PIB, e 5,4 mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros) em 2026, representando 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o que compara com os 5,4 mil milhões de dólares que o país pagou em 2024, diz a Fitch Ratings numa análise recente à economia angolana, apresentando estes valores como o total de dívida que será paga nestes anos, que inclui os juros e os pagamentos na maturidade dos empréstimos.
“As experiências recentes de protestos no Quénia e na Nigéria devido a aumento de impostos e dificuldades económicas mostram o delicado equilíbrio que os decisores políticos têm de garantir entre fortalecer a sustentabilidade orçamental e evitar medidas que dificultem ainda mais as finanças das famílias e a estabilidade social”, escrevem os economistas da ONU no relatório sobre a situação económica em África.
A cooperação multilateral e os esforços globais são essenciais para aliviar o fardo do serviço da dívida em muitas economias em desenvolvimento, acrescentam, concluindo que “expandir o acesso a financiamento concessional, iniciativas coordenadas internacionais para alívio da dívida e o fortalecimento de mecanismos globais para facilitar a reestruturação da dívida podem expandir significativamente o espaço orçamental para estes países investirem no desenvolvimento sustentável de longo prazo”.
De facto, Angola usa dois terços da receita fiscal para pagar a dívida, o que é a percentagem mais alta do mundo. Segundo a Organização Não Governamental Debt Justice, da lista dos 84 países analisados num relatório sobre os pagamentos de dívida em função do total de receita fiscal prevista para 2024 e 2025, Angola vai canalizar 66,4% das receitas para pagar a dívida este ano, agravando a situação face aos 64,7% pagos no ano passado.
Na tabela que mostra a dificuldade dos países em servir a dívida que se avolumou nos últimos anos, a Guiné-Bissau também aparece nos 20 primeiros, mas com uma percentagem bastante menor: 23,7% e 21,5% do total de receita fiscal em 2024 e 2025, respectivamente.
No relatório, esta ONG não apresenta valores concretos para o volume de dívida, mostrando apenas o valor em percentagem da receita fiscal, mas a agência de notação financeira Fitch Ratings escreveu recentemente que os pagamentos da dívida de Angola vão chegar quase a seis mil milhões de euros este ano.
Angola vai ter de pagar 6,2 mil milhões de dólares (5,9 mil milhões de euros) em 2025, representando 5,2% do Produto Interno Bruto (PIB), e 5,4 mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros) em 2026, representando 4,2% do PIB, o que compara com os 5,4 mil milhões de dólares que o país pagou em 2024, diz a Fitch.
“Os países de baixo rendimento deverão ter pago uma média de 15% das receitas em pagamentos de dívida externa, no ano passado, e vão gastar pelo menos 14% este ano”, aponta-se no relatório da Debt Justice, que defende um perdão de dívida por parte dos credores que permita a estas economias financiarem o seu desenvolvimento.
De acordo com a classificação do Banco Mundial, do grupo dos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa só a Guiné-Bissau e Moçambique são países de baixo rendimento, elegíveis, portanto, para financiamento concessional de várias entidades, ao passo que todos os outros estão no patamar dos países de médio rendimento, o que torna o financiamento internacional automaticamente mais caro.
Contas públicas, fretes privados
Segundo as contas da agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P), a dívida pública de Angola irá descer para 64% do PIB até 2025, depois de ter atingido o pico de 131% em 2020
“Esperamos que a dívida governamental de Angola vá continuar a cair para 64% do PIB até 2025, depois de ter atingido um pico de 131% em 2020; o declínio na dívida depende dos preços favoráveis do petróleo, que devem impedir uma desvalorização abrupta da moeda”, dizem os analistas.
“Os níveis da dívida de Angola são elevados”, afirmam, salientando, ainda assim, que “quase 40% da dívida foi em termos concessionais [abaixo das taxas de juro comerciais] a credores bilaterais e multilaterais”, nomeadamente chineses.
“Angola depende fortemente dos empréstimos chineses, que compõem cerca de 40% da dívida externa e quase 30% da dívida total registada no final de 2021”, dizem os analistas no relatório.
“A nossa visão actual é que as fontes de financiamento e as reservas externas são suficientes para mitigar os riscos imediatos de liquidez, mas se as taxas de juro a nível global subirem, isso pode afectar o sentimento dos investidores e aumentar os custos de endividamento para Angola”, alertam.
Em Fevereiro de 2022, a ministra das Finanças de Angola disse que a dívida pública angolana era de 67,5 mil milhões de dólares (59,6 mil milhões de euros), assegurando que a sua gestão continuava a ser sustentável. Desses 59,6 mil milhões de euros, 17,6 mil milhões pertencem à China.
Vera Daves de Sousa disse que o valor rigoroso da dívida varia muito em função da taxa de câmbio, porque existem dívidas em kwanzas, algumas indexadas à taxa de câmbio, e dívida em moeda externa.
“De modo que a performance da taxa de câmbio dólar/kwanza faz logo mexer o valor, na dívida que é indexada à taxa de câmbio, e isso faz com que os números possam variar, mas ronda em torno dos 67 mil milhões de dólares”, frisou.
Segundo Vera Daves de Sousa, o maior credor (dono do dono) de Angola continua a ser a China, com uma dívida de 20 mil milhões de dólares (17,6 mil milhões de euros), um valor que o governo espera começar a reduzir. Previsivelmente será uma dívida que nunca será paga mas apenas amortizada, de modo a que o principal credor (a China) continue a mandar em Angola.
“Vamos recomeçar e então o valor dessa dívida vai recomeçar progressivamente a reduzir e aí os pesos vão mudar em função dessa amortização”, salientou.
A governante angolana citou igualmente o “peso interessante [da dívida] do Reino Unido” e igualmente com o mercado interno, “que vai reduzindo”, facto constatado ano a ano, à medida que se vence a dívida, o Estado “mobiliza menos”.
“Quando vence uma obrigação de tesouro ou bilhete de tesouro nós pagamos aos credores e ao ir ao mercado fazer novas emissões captamos menos do que pagamos, de modo que o endividamento líquido é menor, comparativamente àquilo que tem sido nos anos passados, de modo que o nível de exposição dos bancos locais a títulos do Estado também tem reduzido por essa via”, informou.
A titular da pasta das Finanças referiu ainda que além da dívida pública financeira, aquela que decorre de acordos de financiamento com bancos, com organizações financeiras internacionais ou obrigações de tesouro, bilhetes de tesouro, existe a dívida pública comercial.
Sobre este segundo grupo, a ministra disse que têm incentivado e motivado os gestores públicos, as unidades orçamentais, a fazerem com que ela não surja, incentivando o respeito pelas regras de execução do orçamento, além de incentivarem igualmente as empresas que aceitam prestar serviços ou entregar bens, com base num contrato sem provar que o contrato está visado, sem estar provado que a despesa está orçamentada, a evitarem esta prática.
“Nós temos reservado para tratar dessa dívida 2013-2018, no Orçamento Geral do Estado de 2022, 450 mil milhões de kwanzas (783,8 milhões de euros) e tudo que está fora dessa janela temporal deve ser tratado pelas próprias unidades orçamentais com o seu orçamento no exercício corrente”, disse.
A governante reconheceu (o que é politicamente relevante porque o MPLA é quem está no Poder há 47 anos) que existiu, no passado, alguma “indisciplina orçamental”. Alguma? Pois!
“Se tivesse havido disciplina, não estaríamos nessa situação, porque todas as operações que foram realizadas respeitando as regras de execução orçamental e que transitaram de um exercício para outro, como ordens de saque, restos a pagar, todas, até 2020, estão pagas”, referiu Vera Daves, passando um atestado de criminosa incompetência aos anteriores governos… ou candidatando-se a uma… exoneração.
No entanto, “temos agora umas que transitaram de 2021 para 2022, que estão em tratamento, mas de 2020 para trás está tudo pago, de modos que quem respeitou as regras não tem problemas nenhuns, todos os reclamantes resultam de situações que envolvem desrespeito pelas regras de execução orçamental”, realçou.
Vera Daves de Sousa disse que todos os Estados se financiam, sendo importante agora continuar a gerir esse endividamento, mas “de forma racional e prudente”.
“No sentido de procurar as soluções financeiras menos onerosas possíveis e no sentido de assegurar que esses recursos que estão a ser mobilizados servem projectos que vão acrescentar valor à economia e que vão ajudar o PIB a crescer, nessas duas vias, porque o endividamento é normal e temos estado a notar que ano a ano as necessidades brutas de financiamento diminuem”, acrescentou.
“Em termos líquidos, se fosse para tirar esses compromissos de amortizações – estamos a endividar-nos em 500 e tal mil milhões de kwanzas (870,9 milhões de euros) – são as necessidades líquidas de financiamento. De modo que, o grosso é, no fundo, para nos refinanciarmos, usando diferentes alternativas, financiamentos multilaterais, Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento, Agência Francesa de Desenvolvimento, financiamento de instituições financeiras, financiamento comercial, com as melhores condições possíveis” disse.
Folha 8 com Lusa
quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Cabo Verde: Governo conta implementar este ano campanha para sensibilização ao serviço militar obrigatório.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Governo conta implementar este ano campanha para sensibilização ao serviço militar obrigatório
O Governo conta implementar este ano uma campanha para sensibilização ao serviço militar obrigatório por forma a divulgar os benefícios da carreira militar e promover as oportunidades de formação no seu seio e nas academias.
O anúncio foi feito hoje pela ministra de Estado e da Defesa Nacional, Janine Lélis, quando presidia o acto central das comemorações do 58.º aniversário das Forças Armadas, no Mindelo, mais concretamente na Praça Dom Luís.
Conforme a ministra, o Governo está a “empoderar” as Forças Armadas e a estreitar os laços da instituição castrense com a sociedade cabo-verdiana, promovendo e aumentando a confiança, para que possa, também, compreender e apoiar a sua missão.
“Precisamos garantir que a população se sinta parte do processo de segurança e defesa nacional, e isso é uma missão de todos”, enfatizou a mesma fonte, que deu conta de algumas medidas em curso neste sentido, entre elas a campanha a ser lançada este ano para a sensibilização para o serviço obrigatório.
A intenção desta acção, precisou, é mostrar que vale a pena lutar pela pátria, também revelar os benefícios da carreira militar e promover as oportunidades de formação profissional e nas academias.
“São estas as nossas intenções e ambições e nós estamos seguros de que, com dedicação, com entrega de todos, estaremos a cumprir para com o nosso país”, considerou Janine Lélis.
Também presente no acto, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, contra-almirante António Monteiro, apontou a “fraca adesão” dos jovens às Forças Armadas, especialmente na ilha de Santiago, como um dos maiores desafios da instituição castrense.
“O que tem trazido vicissitudes a nível do complemento do efectivo das Forças Armadas”, asseverou a mesma fonte com expectativas de que o estudo encomendado pelo Governo sobre o assunto possa trazer respostas sobre as causas e soluções para o problema.
“Porque os meios de nada valem sem os homens e mulheres que os operam”, lançou António Monteiro.
Por outro lado, referindo-se a meios, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas anunciou que “brevemente” o navio-patrulha Guardião deverá estar em operações, uma vez que foi iniciado o processo de reparação do mesmo.
O acto central da celebração do Dia das Forças Armadas, que aconteceu no centro da cidade do Mindelo, contou com a apresentação da força em parada e honras militares e ainda condecorações a militares que se distinguiram por bom comportamento e serviço militar relevante.
Diversos momentos que foram testemunhados por entidades e populares.
fonte: asemana.cv
Senegal: Regresso às aulas para os tribunais: A primeira para Bassirou Diomaye Faye, esta quinta-feira.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Nesta quinta-feira, 16 de janeiro, às 10h, será realizada a cerimônia solene de retorno dos tribunais para o ano judiciário de 2025.
"Ocorrerá na sala de audiências do Supremo Tribunal de Justiça, sob a presidência efetiva do Presidente da República, Presidente do Conselho Superior da Magistratura", indicam os serviços de comunicação do Supremo Tribunal.
Uma estreia para Bassirou Diomaye Diakhar Faye, eleito Chefe de Estado do Senegal em março passado.
O Conselheiro Delegado da Suprema Corte, Latyr Niang, fará o discurso habitual sobre o tema “Direito de greve e preservação da ordem pública”.
fonte: seneweb.com
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