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Caso de “tentativa de golpe de estado” e fim do reinado de Talon: o começo do começo.

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domingo, 19 de maio de 2024

CONVICÇÃO DO EX-MINISTRO DO INTERIOR GAMBIANO: Ousman Sonko recuperou seu passado.

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Ousman Sonko foi condenado a 20 anos de prisão pela justiça suíça. Tenha certeza ! Não se trata do novo Primeiro-Ministro senegalês que passou da prisão para a luz ao ponto de estar actualmente em ascensão, mas sim do antigo Ministro do Interior da Gâmbia, de quem é um homónimo perfeito. Com efeito, julgado desde Janeiro passado por crimes contra a humanidade devido ao papel desempenhado na repressão cometida pelas forças de segurança durante o reinado do ditador Yahya Jammeh na Gâmbia, o homem que estava exilado na Suíça desde 2016, foi considerado culpado. Assassinato, tortura, violação e detenção ilegal são, entre outras coisas, as acusações contra ele. Em qualquer caso, a condenação do antigo braço de segurança do antigo ditador gambiano constitui uma vitória para as vítimas e para os seus entes queridos que, aliviados, poderão agora lamentar. Se tivesse fugido da Gâmbia na esperança de escapar ao sistema judicial do seu país, Ousman Sonko acabará por ter aprendido da maneira mais difícil que, bom ou mau, o passado de todos irá alcançá-lo; não importa as circunstâncias. E não há dúvida de que a sua condenação perturbará o sono do seu antigo mentor Yahya Jammeh, exilado na Guiné Equatorial. A convicção de Sonko soa como um alerta para todos aqueles que pensam que o poder é um fim em si mesmo Especialmente porque já há algum tempo que vozes, e não menos importante, têm surgido cada vez mais para exigir que este último seja extraditado e julgado na Gâmbia pelos numerosos crimes de sangue que cometeu. Na verdade, aqui estão homens (Jammeh e Sonko) que, no auge da sua glória, fizeram chover e fazer sol a ponto de assumirem o direito de vida e de morte sobre os seus compatriotas, mas que, hoje, se encontram no fundo do poço. a onda, apanhados como estão pelas suas próprias torpezas. Infelizmente, em vez de aprenderem com isso, muitos líderes africanos, porque estão no poder, continuam a fazer o que querem, pensando que isso só acontece aos outros. Se isso não for irracional, parece muito com isso. Porque como você pode optar por cometer os mesmos erros e esperar resultados diferentes? Em qualquer caso, a convicção do antigo Ministro do Interior da Gâmbia soa como um aviso gratuito a todos aqueles que pensam que o poder é um fim em si mesmo e que, ao fazê-lo, se entregam a excessos de todo o género. Deixe-os considerar isso garantido. Mesmo que escapem à Justiça dos Homens, não poderão escapar à Justiça imarante que, por sua vez, surge naturalmente dos atos praticados e é exercida sem intervenção externa. B.O. fonte: lepays.bf

VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS DO PRESIDENCIAL NO CHADE PELO CONSELHO CONSTITUCIONAL: A dinastia Deby para sempre!

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O contrário teria surpreendido você! Com efeito, sem surpresa, o Conselho Constitucional do Chade confirmou, na noite de 16 de Maio de 2024, a vitória do General Mahamat Idriss Deby Itno nas eleições presidenciais de 6 de Maio, com mais de 60% dos votos expressos. A instituição diminui assim as esperanças do candidato vencido, Succès Masra, que lhe apelou para contestar a vitória daquele mesmo homem de quem era Primeiro-Ministro, há apenas algumas semanas, pedindo, nomeadamente, o cancelamento total da votação . O General Deby, que a Agência Nacional de Gestão Eleitoral (ANGE) já tinha anunciado como vencedor no dia 9 de Maio, acaba de, por decisão do Conselho Constitucional, legitimar o seu poder, após três anos de transição que liderou com mão de ferro, e tornou-se o quinto presidente da República do Chade. O que poderíamos realmente esperar desta instituição que, como muitas outras neste país, está comprometida com a causa do príncipe reinante? Com efeito, poderá o sucessor do seu pai que se candidatou nestas eleições, apesar da oposição e dos protestos da classe política e da sociedade civil, correr o risco de ver escapar-lhe este poder herdado do seu pai? Foi assim que estivemos longe do milagre que não aconteceu. Porque, neste país, como em muitos outros nos nossos trópicos, o ditado é bem conhecido e até famoso: não organizamos eleições para perdê-las. No Chade, o poder do pai não pode ser entregue. A eleição de Deby-fils foi, portanto, apenas uma formalidade, que todos previram. Teria sido até um sonho esperar uma derrota do chefe da junta no final destas eleições. Com efeito, o candidato do Movimento de Salvação Patriótica (MPS), partido político do seu falecido pai, trabalhou para retirar do seu caminho candidatos capazes de lhe cortar atalhos, a fim de melhor manter a sua posição. E não é o seu primo e adversário feroz, Yaya Dillo, a quem ele matou, que dirá o contrário. Um bom estrategista militar, o tenente-general que trocou o uniforme pelo boubou e pelo boné branco desde a morte de seu pai nas condições que conhecemos, provou claramente que também é um bom animal político. Na verdade, Mahamat Idriss Deby Itno conseguiu domar adversários formidáveis, incluindo Saleh Kebzabo e Succès Masra, para citar apenas estes dois, que, um após o outro, foram respectivamente Primeiro-Ministro sob a sua liderança. Obviamente, no Chade, o poder do pai não é dado. E Deby-fils deu prova disso. Poderíamos até dizer, sem risco de nos enganarmos, que o filho segue os passos do pai. E com este primeiro mandato de cinco anos que acaba de se oferecer, prolonga o reinado dos Debys à frente do Chade, já que o pai, o marechal Idriss Deby Itno, “o Guerreiro” do Sahel como foi apelidado, teve já está no poder há 30 anos. Estamos, portanto, a caminho de uma dinastia sem fim. A África também! Siaka CISSE fonte: lepays.bf

MANCHESTER CITY OU ARSENAL? CRISTIANO RONALDO JÁ SABE QUEM SERÁ CAMPEÃO DA INGLATERRA

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A Premier League dá o seu veredicto neste domingo com o multiplex do último dia (17h) e a intensa luta pelo título que está a todo vapor entre Manchester City e Arsenal. Cristiano Ronaldo, presente em Riade para a luta de boxe entre Usyk e Fury no sábado, deu o seu palpite. Cristiano Ronaldo já não faz parte do futebol europeu mas está atento ao campeonato que o viu explodir. O centroavante do Al-Nasser na Arábia Saudita certamente estará na frente de sua televisão neste domingo para acompanhar o multiplex da 38ª e última rodada da Premier League e a briga pelo título entre Arsenal e Manchester City. “Eles não vão ganhar o campeonato”, disse Cristiano Ronaldo secamente com um grande sorriso enquanto conversava com o promotor Frank Warren. Os portugueses, presentes em Riade para a grande noite do boxe no sábado, não acreditam no primeiro título de campeão do Arsenal pela primeira vez em 20 anos. Arsenal dois pontos atrás do City Este será obviamente o grande momento deste domingo ao final da tarde. Arsenal e Manchester City travarão uma batalha final à distância para garantir o título do campeonato. Na classificação, os Cityzens lideram com duas pequenas distâncias à frente dos Gunners na emboscada. Os jogadores de Pep Guardiola recebem o West Ham, enquanto o Arsenal recebe o Everton ao mesmo tempo. Diante de duas equipes que não têm mais nada para jogar, os Skyblues e os Canonniers não têm desculpas. Mas o futebol às vezes pode trazer grandes surpresas. O Manchester City, vencedor do Tottenham esta terça-feira num jogo tardio (2-0), tem o destino nas mãos. Uma vitória permitiria ao time sagrar-se campeão da Inglaterra pela quarta vez consecutiva. Os jogadores de Mikel Arteta devem vencer se quiserem conquistar o título e, ao mesmo tempo, esperar um passo em falso dos Cityzens. O saldo de gols, favorável ao Arsenal (+61 contra +60) pode ser decisivo nesta luta acirrada. seneweb.com

Senegal: Mamour Cissé - “Sonko não sabe que seu boné mudou”.

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A visita de Jean-Luc Mélenchon ao Senegal, a convite do Partido dos Patriotas Africanos do Senegal pelo Trabalho, Ética e Fraternidade (Pastef) é recebida pelo líder do Partido Social Democrata PSD/Jant bi, Mamour Cissé, como um intrusão do Primeiro-Ministro em área reservada ao Presidente da República. “Em relação à Constituição e aos textos, a diplomacia é um domínio reservado ao Presidente da República”, afirmou Cissé. Mesmo que Mélenchon tenha sido convidado por Pastef, o convidado do “Grande Júri” deste domingo julga que há um “mal-entendido”. Mamour Cissé acredita que Ousmane Sonko “não sabe que o seu chapéu mudou”. “Ele está a confundir as coisas. Está hoje numa posição que lhe deverá permitir resolver a satisfação das necessidades primárias das populações. Cabe ao Presidente da República gerir a diplomacia”, lembrou Mamour Cissé. Sobre a polémica que a declaração de Sonko suscitou em relação à questão da homossexualidade, Mamour Cissé vê-a como uma dose de realismo da sua parte. Um realismo que se materializa, em primeiro lugar, através da “negociação com o FMI e da continuação do Plano Emergente do Senegal”. Nesta mesma dinâmica, Mamour Cissé entende que Ousmane Sonko é menos radical ao dizer que a homossexualidade era tolerada. Segundo as suas explicações, esta é uma forma de não alienar essas mesmas organizações internacionais. “Eles viram hoje o que estas pessoas (organizações internacionais) fizeram no Gana, o que estão a preparar-se para fazer no Quénia e na Tanzânia”, continuou ele. No entanto, Mamour Cissé afirma que ao abordar este assunto, Jean-Luc Mélenchon torceu o nariz ao seu anfitrião ao mesmo tempo que era provocador, porque sabe "perfeitamente que quase 98% da população senegalesa, todas as religiões juntas, são contra a homossexualidade. fonte: seneweb.com

Confissões íntimas de jovens que optaram pela virgindade até o casamento.

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A fornicação é proibida pela religião muçulmana. No Senegal, a virgindade feminina é um requisito baseado na religião e, em menor medida, na tradição de certas sociedades negras africanas. A menina está sob pressão durante todo o período que antecede o casamento. Eles fazem de tudo para não decepcionar. Muitas delas fazem de tudo para preservar essa virgindade. Por outro lado, os homens estão menos sujeitos a esta exigência. Poucas pessoas não vão contra esta recomendação. Neste relatório, Seneweb deixou as aves raras falarem. Um relacionamento romântico não é sinônimo de relacionamento sexual. Hoje ainda existem homens que mantêm relacionamentos amorosos e que escapam das tentações sexuais antes do casamento. É o caso dos nossos três oradores, Sr. Keïta e Sr. Mbaye (nome fictício) e de outro, sob condição de anonimato, três jovens intelectuais que conseguiram preservar a sua virgindade. O Sr. Mbaye é professor e formador na área da saúde sexual. Antes do casamento, o jovem que, no entanto, mantinha relacionamentos amorosos com meninas, entregou-se de corpo e alma para se privar de relações sexuais. Ele era virgem até o dia do casamento. ''Tive alguns relacionamentos românticos com garotas antes do meu casamento. Mas nunca fiz sexo com eles. Preferi me abster até o casamento”, confessa sem constrangimento. O Sr. Mbaye não se deixou levar pelo desejo das suas namoradas de terem relações sexuais. Ele sabia se controlar, dominar sua libido. Ele teve que seguir uma linha de conduta até o dia em que decidiu se casar. “Namorar garotas para dormir com elas nunca foi minha intenção. Já estive em situações favoráveis ​​porque morava sozinho e tinha muitas meninas visitando minha casa. Apesar de tudo, lutei para evitar o sexo antes do casamento e consegui”, comemora. Esta decisão de permanecer virgem até ao casamento, uma escolha que por vezes se revela difícil tanto para mulheres como para homens. Mas o predomínio da religião e também dos valores inculcados salvaram o professor das tentações. “Tenho princípios que atendem às recomendações da minha religião. Deus proibiu a fornicação. Tento não fornicar antes do casamento. Isto não é coragem, mas é um pecado proibido na religião muçulmana. Venho de uma família que me incutiu bons valores. Depois procuro fazer escolhas de acordo com meus valores e minha fé religiosa. Admito que a fé me ajudou muito. Quanto mais você enfatiza a sua fé, mais você se distancia dos pecados. Quanto mais você negligencia a fé, mais perto você fica das tentações”, enfatiza. O jovem professor teve a oportunidade de conviver com pessoas do seu tipo para evitar cometer erros juvenis. Ele foi removido do círculo de influências negativas que poderiam torná-lo vulnerável ao pecado juvenil. “Nunca fui influenciado pelos meus amigos a descobrir a experiência sexual antes do casamento porque meus amigos estavam todos na mesma situação que eu. não brincar com as proibições da religião Sendo jovens, optamos por seguir o caminho indicado por Deus para não cometer pecados'', compartilha a professora. Ele também deve sua salvação à sua profissão. Ele é sexólogo. Ele descobriu o sexo de outra forma, através da aquisição de conhecimento. Na verdade, Mbaye acredita que falharia na sua missão como formador de saúde sexual se concordasse em dormir com raparigas antes do casamento. Evite vergonha e doenças “Ser professora, formadora em saúde sexual, ter relações sexuais com raparigas antes do casamento não deveria ser o meu papel. Como professor, trata-se de conscientizá-los em vez de usá-los. Este não é um bom exemplo meu. Posso dizer que mergulhar na educação sexual me ajudou muito”, sugere antes de acrescentar: “Também existem riscos. Porque eu não gostaria de estar numa situação em que me dissessem que estou grávida desta ou daquela menina. Seria uma pena para mim. Além da gravidez, também existem riscos de doenças porque nunca se sabe. Quanto à sua primeira experiência sexual, o jovem a descobriu com a esposa. “Não foi fácil”, lembra Mbaye. Naquele dia, sem vergonha, ele confessou na frente da namorada que ainda não havia feito amor com nenhuma mulher na vida. Era uma forma de preparar psicologicamente a esposa em caso de inadequações nas noites de núpcias. ''Na nossa noite de núpcias, tive medos, mesmo que depois consegui deixá-los de lado. Não foi nada fácil pela primeira vez. Eu estava tendo dificuldade com dor. Nós dois sentimos um pouco de dor, mas depois nos adaptamos”, conta. Tal como Mbaye, Keita, um jovem senegalês de 28 anos que vive nos Estados Unidos, também se revelou virgem. Ancorado na religião muçulmana, o jovem ainda não encontrou o calçado que lhe sirva. Ele não teve a honra de atuar com uma mulher. Essa opção rompeu muitos de seus relacionamentos românticos com garotas. ''Tive que sair com 7 meninas, mas quando chega o grande salto, em vez de agir por princípio, explico ao meu parceiro que quero esperar até o casamento. E é aí que o mundo desaba sobre mim porque não sou mais capaz de manter relacionamentos românticos. Quando não digo beijos, nem carícias, nem abraços, nem sexo, eles me abandonam. Posso e continuo a abster-me. No final das contas, não procuro mais ter namoradas”, conta. O relacionamento e a manutenção da saúde foram os fatores que alimentaram sua abstinência. O jovem não se arrepende. Pelo contrário. Ele acredita que é a melhor coisa a fazer neste mundo vil e efêmero. “Existem muitas doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, na religião muçulmana, é “Haram” fazer sexo fora do casamento. Esta decisão de permanecer virgem até o casamento. M.L.Keita passou por momentos difíceis com suas namoradas, amigos e colegas. Apesar das críticas e zombarias que enfrentou, o jovem permaneceu apegado aos seus princípios. O lado negativo dessa ausência são as zombarias, as provocações. As meninas fazem todo tipo de interpretações e deduções. “São muitas tentativas entre colegas que têm um caso de uma noite, amigos que me apresentam garotas fáceis. Algumas ex-namoradas até me chamaram de gay, outras de cara que não levanta as calças. Então, a influência das pessoas, sim, dos colegas, sim. Já passei por tudo isso”, diz ele. Não é fácil para ele. Mas ele se manteve firme. “Assim que uma amiga descobre, seu objetivo passa a ser me deflorar. Eu me torno o desejo de alguns. Eles procuram me ter como um homem faz com uma mulher”, continua. Para sua primeira experiência sexual, ele é firme. Somente sua futura esposa verá a barra de suas calças. “Eu nunca penetrei uma mulher em minha vida. Colecionam divórcios ou gostos masculinos. Estou me guardando para a mulher maluca que vai me tornar seu siamês”, relata. Posteriormente, os senegaleses que vivem no estrangeiro convidam os pais a continuarem a educar as suas filhas. “Cabe aos pais educar as meninas para se tornarem mulheres. Hoje sou seduzido por menores pretensiosos e dispostos a tudo pelas coisas deste mundo e isso não é bom. Os pais devem estar mais atentos à educação das filhas”, afirma o jovem. fonte: seneweb.com

Tentativa de golpe na RDC: o que sabemos.

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O exército da República Democrática do Congo anunciou no domingo que frustrou uma “tentativa de golpe” em Kinshasa, que disse envolver “estrangeiros e congoleses”. Este anúncio surgiu quando, segundo diversas fontes, foram ouvidos tiros de armas automáticas ao final da noite perto do "Palais de la Nation", que alberga os escritórios do Presidente Félix Tshisekedi, após o ataque de homens armados a partir da casa de o Ministro da Economia, Vital Kamerhe, localizado nas proximidades, na comuna de Gombe. “Uma tentativa de golpe de Estado foi interrompida pela raiz pelas forças de defesa e segurança”, disse o general Sylvain Ekenge, porta-voz das Forças Armadas da RDC (FARDC), numa breve mensagem esta manhã na televisão nacional. “Esta tentativa envolveu estrangeiros e congoleses” que “ficaram todos incapacitados, incluindo o seu líder”, acrescentou, apelando à população para “trabalhar com os seus negócios de forma livre e pacífica”. A Embaixadora dos Estados Unidos na RDC, Lucy Tamlyn, declarou mais tarde no X "muito preocupada com relatos de cidadãos americanos alegadamente envolvidos" nestes eventos. “Tenham a certeza de que cooperaremos com as autoridades da RDC”, continuou ela. Durante o dia, algumas ruas perto do Palais de la Nation permaneciam fechadas ao trânsito, mas a situação era calma, notaram jornalistas da AFP. “Tenho um pouco de medo de me deslocar assim em Gombe, não há muita gente... Mas tenho de vender os meus produtos”, diz Jean-Mbuta, um vendedor de pão. Papa Fely, taxista, “não tem medo”, mas lamenta que as pessoas pensem que podem resolver os seus problemas “pegando em armas”. O porta-voz do exército não forneceu mais informações, prometendo comunicar posteriormente com “todos os detalhes e imagens de apoio”. Logo ao início da manhã começaram a circular informações nas redes sociais, referindo um ataque à casa de Vital Kamerhe por homens armados, alguns dos quais se dirigiram depois ao Palácio da Nação. - Cinco meses após as eleições - Houve “um ataque armado” na manhã deste domingo ao ministro da Economia, escreveu sobre X o embaixador japonês em Kinshasa, Hidetoshi Ogawa. Kamerhe “não foi atingido (…) Dois policiais e um agressor morreram segundo fontes informadas”, acrescentou. A embaixada francesa, por sua vez, mencionou “disparos de armas automáticas” no bairro, pedindo aos seus cidadãos que evitassem a área. Ao mesmo tempo, vídeos publicados nas redes sociais mostravam homens fardados no Palais de la Nation, brandindo a bandeira do Zaire, antigo nome da RDC na época de Mobutu Sese Seko, o ditador deposto em 1997. “Chegou a hora. Viva o Zaire, viva os filhos de Mobutu”, disse em Lingala o homem que parece ser o seu líder que, segundo informações não confirmadas oficialmente, é um congolês da diáspora, um ex-soldado, residente em os Estados Unidos. “Felix caiu (...), somos vitoriosos”, proclamou este homem, que aparentemente foi morto pelas forças de segurança. O Presidente Félix Tshisekedi, no poder desde janeiro de 2019, foi reeleito na primeira volta das eleições presidenciais de 20 de dezembro, com mais de 73% dos votos, e os partidos da sua “União Sagrada” obtiveram cerca de 90%. . assentos de deputados nacionais nas eleições legislativas organizadas no mesmo dia. Cinco meses após a reeleição do Sr. Tshisekedi e um mês e meio após a nomeação da Primeira-Ministra, Judith Suminwa, o novo governo ainda é aguardado, assim como o estabelecimento do gabinete final da Assembleia Nacional. Em 23 de abril, Kamerhe foi nomeado candidato da “União Sagrada” à presidência da Assembleia Nacional, após “primárias” organizadas por esta plataforma de maioria presidencial. O país também enfrenta uma grave crise de segurança na sua parte oriental, com uma rebelião (o M23), apoiada pelo Ruanda, que ocupa grandes extensões de território na província do Kivu do Norte.

ANGOLA BEM PODIA APRENDER COM CABO VERDE.

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O Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, disse hoje que compreende eventuais queixas de universidades portuguesas sobre a falta de preparação de estudantes dos Países Africanos Língua Oficial Portuguesa (PALOP) pois cabe a estes fazer melhor o trabalho de casa. José Maria Neves diz: “Percebo [que existam críticas ou queixas]. Acho que os países PALOP têm de fazer o seu trabalho de casa. Cinquenta anos após as independências não podemos continuar a ser muro de lamentação, temos é de fazer o nosso trabalho de casa”. Nem mais nem menos. A verdade dói mas só ela cura. O problema é que há muitos países que preferem viver na luxúria da mentira. O Presidente cabo-verdiano participou no XII Encontro de Estudantes Maienses em Portugal, que juntou alunos cabo-verdianos da cidade do Maio que frequentam várias escolas e faculdades portuguesas. Em declarações à margem da iniciativa, José Maria Neves disse desejar que “os estudantes trabalhem muito para concluir os seus estudos”, tendo como objectivo “essencial alcançar uma elevada qualificação para que possam depois contribuir para o desenvolvimento de Cabo Verde”, mas “não necessariamente regressando ao país”. “Hoje as pessoas vivem em vários mundos. Onde quer que estejam devem procurar estar devidamente qualificados para contribuírem para o desenvolvimento de Cabo Verde”, referiu. Já perante os estudantes, ao longo de um encontro que culminou com a conferência “A importância da rede associativa para o sucesso académico”, José Maria Neves foi até mais longe e referiu-se ao chamado “semestre zero”. “Querem saber se considero injusto o semestre zero? Não. Acho é que temos de fazer o nosso trabalho de casa. Temos de fazer a nossa preparação. E temos de acabar com o discurso da lamentação”, disse. Em Março, foi tornado público um relatório sobre estudantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa em Portugal que sugere um período preparatório para os alunos, para favorecer a integração e responder à forte procura, que está a transformar instituições do interior do país. Clara Carvalho, do Centro de Estudos Internacionais do Iscte — Instituto Universitário de Lisboa, explicou que algumas instituições promovem um “semestre zero” que permite aos alunos adaptarem-se à pedagogia e sistema de ensino, algo que considera ser muito eficaz”. Hoje, o Presidente de Cabo Verde também pediu aos estudantes que sejam “diferentes e disruptivos” e procurem “ajudar Cabo Verde a transformar-se e a elevar-se”. “As remessas de dinheiro foram muito importantes para o desenvolvimento do país ao longo de muitos anos, mas agora temos de passar a mandar remessas de ideias. Para as ideias não há alfândegas (…). Mobilizar as nossas capacidades na diáspora e pô-las ao serviço de Cabo Verde”, disse. Veja-se o caso de Angola. Quando o mais alto magistrado do país, general João Lourenço, diz “se haver necessidade” em vez de “se houver necessidade”, não se está a falar de uma variante angolana da língua portuguesa ou de um qualquer acordo ortográfico. Está a falar-se de ignorância e iliteracia. Mas não está só. E então quando se junta, seja na esfera pública ou na privada, a impunidade da incompetência… temos o retrato exacto de Angola. Em vez de todos lutarmos pela excelência para conseguirmos ser bons, lutamos por ser apenas bons e assim não passamos da mediocridade. Acresce que, por gozarem de impunidade institucional, os medíocres consideram-se excelentes e deles será o reino… Quando a então ministra da Educação de Angola, Ana Paula Tuavanje Elias, falava de “compromíssio” em vez de “compromisso”, não se está a falar de uma variante angolana da língua portuguesa ou de um qualquer acordo ortográfico. Está a falar-se de ignorância, iliteracia e valorização da impunidade e da mediocridade. No dia 3 de Maio de 2022, o ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António, destacou a “relação secular” de Angola com a língua portuguesa e considerou a comemoração do Dia da Língua como um ganho da diplomacia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Mesmo que a língua portuguesa seja assassinada todos os dias, até mesmo pelos mais altos dignitários do país. “Ao falar da língua portuguesa, permite-se falar do legado de, já no século XV, os nossos ancestrais terem tomado a decisão de assumirem a língua portuguesa como a língua da corte, à época as escolas eram florescentes e aí já circulavam professores”, afirmou Téte António. Segundo o ministro angolano, que presidiu na altura, em Luanda, à cerimónia solene alusiva ao Dia Mundial da Língua Portuguesa, Angola tem uma relação secular com a língua portuguesa, porque em alguns reinos, como do Congo, já se falava na época o português. “Porque na região teriam sido abertas as primeiras escolas não tradicionais e terá sido a primeira região africana a dedicar-se no ensino de uma língua de origem não africana”, descreveu. “Dedicar-se no ensino” ou “dedicar-se ao ensino”? O Presidente da República, João Lourenço, exigiu em Junho de 2020 mais qualidade no ensino e considerou a formação do homem como uma aposta para “corrigir muitas deficiências” que o sector enfrenta. Tem razão. E, reconheça-se, não é por culpa do MPLA que só está no Poder há… 49 anos. Citando o vernáculo do próprio presidente, se “haver” necessidade, os angolanos aceitariam um “compromíssio” (agora citando a ex-ministra da Educação, Ana Paula Elias) para assim continuar por mais 51 anos. O ESPELHO DE UMA ESPÉCIE DE PAÍS Mais uma vez recordamos algo se passou com o Folha 8. Um jovem angolano de elevado potencial, doutorado, apresentou a sua candidatura espontânea a uma eventual vaga para ser jornalista do Folha 8. Quando lhe foi solicitado o envio de um texto de conteúdo livre para análise, ele afirmou que queria ser jornalista só na televisão, no caso na TV 8… Só na televisão? Então porquê? A explicação foi assertiva, sincera e paradigmática: «Tenho uma boa aparência física, falo correctamente português. No entanto, escrevo muito mal. Se tivesse de escrever o que afirmo verbalmente seria um desastre. Se, na televisão, afirmar “a ver vamos”, ninguém sabe se estou a dizer “haver vamos”. Portanto…» Em Outubro de 2021, o Governo do MPLA disse que o processo de harmonização curricular do ensino superior em Angola poderia entrar em vigor no ano académico 2022-2023 em todas as províncias do país. Harmonizar significaria aumentar a qualidade, significaria valorizar exclusivamente a competência e banir não só a bajulação como a impunidade? O anúncio foi feito no dia 5 de Outubro de 2021, pela ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário, no acto solene de abertura do ano académico 2021-2022, presidido pelo Presidente da República, João Lourenço. De acordo com a ministra, o processo de harmonização curricular estava a ser conduzido por professores e especialistas de ordens profissionais que compõem as comissões curriculares nacionais. No quadro da melhoria da formação de professores, Maria do Rosário deu a conhecer que se encontrava em fase de conclusão o primeiro ano de três cursos de mestrado em metodologias de educação nos domínios da infância, ensino primário e ensino da língua portuguesa, e estavam a ser capacitados 66 docentes para se tornarem formadores nos institutos superiores de ciências da educação. Os estudantes destes cursos de mestrado estavam a ser formados numa universidade portuguesa parceira e iriam frequentar estágios pedagógicos em Angola, com apoio de instituições públicas. Recorde-se, como mero exemplo, que Angola reiterou, em Nova Iorque (EUA), a inclusão do Português como língua de trabalho do Instituto Internacional dos Provedores de Justiça (IOI). A reafirmação foi feita pela provedora de Justiça de Angola, Florbela Araújo, durante a reunião dos directores do IOI, Região África, que decorreu no Fórum Cultural Austríaco, orientado pela presidente regional e provedora de Justiça do Quénia, Florence Kajuju. Em Portugal, o Governo criou em 2022 um programa específico para os refugiados aprenderem a língua portuguesa. O programa foi considerado “essencial para apoiar” os refugiados na “integração e autonomia, seja na escola, no mercado de trabalho ou no dia-a-dia”, segundo a então ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares de Portugal, Ana Catarina Mendes. A ministra anunciou a criação de um programa de aprendizagem da língua portuguesa específico para refugiados, particularmente os provenientes da Ucrânia, com o propósito de apoiar a integração na comunidade. “Estará em auscultação pelos parceiros sociais, a portaria que alargará aos deslocados da Ucrânia e a outros destinatários o acesso a aulas de português. Esta medida insere-se no importante reforço da aprendizagem da língua portuguesa através de um programa específico para refugiados”, disse Ana Catarina Mendes, na audição no parlamento no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado. A então governante sustentou que este programa vai ser “essencial para apoiar” os refugiados na “integração e autonomia, seja na escola, no mercado de trabalho ou no dia-a-dia”. Ana Catarina Mendes frisou que a medida não é exclusiva para refugiados provenientes da Ucrânia. Sobre este assunto, registe-se que foi considerada “inconstitucional” a tese do Folha 8 que dizia: “Todos devemos aprender com quem sabe mais e ensinar quem sabe menos”. Isto porque se institucionalizou a regra de que ser ignorante é um acto revolucionário. Folha 8 com Lusa

PRESIDENTE LULA: UMA ESPÉCIE DE PARAÍSO BRASILEIRO.

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O Brasil investiu quase 20 mil milhões de dólares (18 mil milhões de euros) em Angola nas duas últimas décadas e promoveu mais de 75 projectos de cooperação, disse à Lusa o embaixador daquele país em Luanda. Além disso, pela voz do embaixador brasileiro em Luanda, nega a existência de casos de corrupção ligados à emissão de vistos e anunciou “para breve” a reabertura de um consulado geral para atender “a explosão” de pedidos, que quintuplicaram num ano. Em entrevista à Lusa, Rafael Vidal, o embaixador do Brasil em Angola, focou a construção conjunta e “irmandade” entre os dois países, ambos ex-colónias portuguesas, e a parceria diplomática “muito intensa” desde a independência de Angola, em 1975, que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer. O Brasil tem uma parceria estratégica com Angola – a segunda em África, além da África do Sul – e foi o país que mais recebeu fundos do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) num total de 3,5 mil milhões de dólares (3,22 mil milhões de euros), já reembolsados, “para ajudar na reconstrução de Angola”, após o final da guerra civil, em 2002. “As grandes empresas de engenharia e construção vieram, instalaram-se e muitas seguem por cá, investiram, essas obras são visíveis”, disse o diplomata, salientando a importância da diplomacia presidencial retomada no terceiro mandato de Lula da Silva, que escolheu Angola para a sua primeira visita. “O Presidente Lula desde o seu primeiro mandato sempre teve essa actuação importante, sobretudo nas nossas parcerias mais importantes no eixo sul-sul”, notou Rafael Vidal, acrescentando que “todas as parcerias internacionais são bem-vindas”. “Não estamos em Angola para deslocar ou alienar outros parceiros, não entramos nessa corrida (…). Acreditamos no princípio da cooperação à medida do Estado que recebe a cooperação e no princípio da responsabilidade internacional, não nos desenvolvemos se os nossos vizinhos não se desenvolverem”, declarou o embaixador, reforçando: “o Brasil não está aqui porque outros países estão, estaria aqui mesmo se nenhum deles estivesse”. Rafael Vidal adiantou que o Brasil já estabeleceu mais de 75 projectos de cooperação e já investiu mais de 20 mil milhões de dólares (18,4 mil milhões de euros) em Angola em duas décadas. “Temos a maior comunidade brasileira de África, uma comunidade empresarial, dinâmica, somos 27 mil brasileiros”, realçou. Também o nível de comércio regressou aos níveis pré-pandemia, atingindo cerca de 1,5 mil milhões de dólares (1,38 mil milhões de euros), com uma balança comercial equilibrada entre 2022 e 2023. “Angola exporta hoje muito mais petróleo, por exemplo”, salientou o embaixador brasileiro, destacando o “momento muito especial” da relação entre os dois países graças à retoma da diplomacia presidencial de Lula da Silva. Como frutos dessa diplomacia, apontou realizações concretizadas recentemente, como o primeiro congresso do banco de leite humano, “com base na experiência angolana” e a primeira participação de startups brasileiras na Angola Startup Summit. Entretanto, o embaixador brasileiro nega a existência de casos de corrupção ligados à emissão de vistos e anunciou “para breve” a reabertura de um consulado geral para atender “a explosão” de pedidos, que quintuplicaram num ano. Rafael Vidal nota que o problema se tem vindo a avolumar desde o fim da pandemia, com o aumento do número de angolanos que querem viajar para o Brasil, o que fez com que a procura de vistos passasse de uma média anual de 5.000 vistos para os actuais 25.000 a 30.000 pedidos, quase 700% mais do que em 2022. Muitos requerentes queixam-se de excesso de burocracia e da demora, que leva a recorrer a intermediários, mas Rafael Vidal considera que não se trata de um problema da embaixada, já que “é impossível os recursos humanos e físicos crescerem no mesmo ritmo” da procura. Actualmente, a embaixada do Brasil dispõe de serviços consulares, mas o diplomata admite que a reabertura de novo consulado geral, já anunciado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se possa concretizar ainda este ano. Rafael Vidal adianta que foram implementadas medidas para facilitar a fluidez dos requerimentos, tendo sido estabelecidos limites diários para atender os requentes e evitar que os passaportes fiquem retidos. “Chegámos a ter 14 mil”, indica, acrescentando que todos foram já entregues e que para evitar a retenção dos passaportes o agendamento passou a ser a “porta de entrada” dos requentes, sendo atendidos cerca de 50 por dia. Embora admita que os agendamentos continuam demorados, Rafael Vidal refere que a culpa não é da embaixada, mas sim da “explosão da demanda de vistos para o Brasil”. Segundo o diplomata, o país tem vindo a ser cada vez mais procurado na medida em que dá resposta às necessidades de saúde, educação, trabalho e melhoria das condições de vida, mas também porque “o resto do mundo fecha as portas”. “Outros países que poderiam ser destino, como EUA e Portugal, por exemplo, não têm a mesma facilidade da emissão de vistos”, frisou, destacando que para um visto de turismo (concedido por dois anos) apenas se exige comprovativos de rendimentos e documentos válidos. A principal tipologia de vistos que tem sido requerida é precisamente a de turista (90%), seguindo-se a de estudante. Questionado sobre as reclamações relativas a pagamentos para fazer o agendamento e esquemas de corrupção, recentemente denunciados pela organização não-governamental angolana Omunga, Rafael Vidal desmentiu as denúncias. “Em relação à embaixada não existe pagamento extra, a embaixada está blindada. Agora na rua não sabemos o que acontece, pode acontecer que os famosos ‘mixeiros’ enganem os incautos e ofereçam serviços a troco de dinheiro para agilizar vistos, é possível que intermediários, agências de viagem o façam, nisso nós não temos como actuar”, diz. O embaixador considera “muito irresponsável” o uso da palavra corrupção a propósito destes casos, por considerar que esse conceito refere-se ao envolvimento de agentes do Estado. “E nós não temos agentes do Estado a oferecer agilização de serviços. Quem oferece são os famosos ‘mixeiros’ que cobram dinheiro com promessa de conseguir visto mais rápido”, insiste o diplomata, que alerta para o facto de muitos intermediários apresentarem documentos falsificados que levam à recusa dos vistos, sendo os utentes “ludibriados”. Cerca de 60% dos pedidos de vistos não são aprovados, e entre estes perto de 80% não são concedidos por inconformidade nos documentos, enquanto os restantes são recusados por estarem ligados a irregularidades graves como falsificação ou fraude, que impedem pedidos de um novo visto por cinco anos. Quanto a “outras insinuações”, devem ser apresentadas provas, vincou Rafael Vidal, referindo que a embaixada mantém um canal aberto para agilizar casos urgentes, seja por problemas de saúde ou para participação em encontros no Brasil que sejam considerados importantes, como foi o caso da Omunga, cujo agendamento foi solicitado com urgência. Na semana passada, a Omunga denunciou a existência de alegados esquemas de corrupção e tráfico de influência para obtenção de vistos na Embaixada do Brasil em Luanda, após o seu director executivo, João Malavindele, não ter conseguido embarcar para o país sul-americano para participar na reunião da Rede da Lusofonia de Combate à Corrupção (RedGov). “O senhor Malavindele ficou esperando ser contactado pela embaixada e nós não podemos contactar milhares de cidadãos (…) no caso dele, felizmente, atendemos o agendamento e ele não pagou nada”, afirma o diplomata, sugerindo uma falha de comunicação. Legenda: 25.08.2023 – Luiz Inácio Lula da Silva no Memorial António Agostinho Neto, o responsável pelo genocídio de milhares (cerca de 80 mil) angolanos nos massacres de 27 de Maio de 1977. Folha 8 com Lusa

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