A expulsão do produtor britânico de um show de lidar com gays reabre o debate sobre uma lei que criminaliza a "promoção" da homossexualidade em Uganda.

Militantes anti-homosexual em Ouganda, agosto 2007. ©REUTERS/James Akena
A Uganda expulsou um produtor britânico que havia desempenhado um
papel no país de lidar com a homossexualidade, anunciou terça-feira a embaixada da
Grã-Bretanha em Kampala.
O produtor David Cecil, localizado em Kampala onde funcionou
um teatro e centro cultural, sua prisão ocorreu em privado, foi preso em setembro por
supostamente ter ignorado a proibição pelas autoridades do país.
Ele enfrentou até dois anos na prisão antes do julgamento, a justiça soltou-o em janeiro.
"Temos a confirmação da expulsão", disse o
porta-voz da Embaixada Britânica, Chris Ward, disse à AFP.
Companheira de David Cecil, a ugandesa Florence Kenirungi,
confirmou a sua saída, acrescentando que o produtor provavelmente "já
está de volta ao Reino Unido." Ela disse na segunda-feira que ele foi
transferido da delegacia de polícia, onde foi levado a partir de
quarta-feira para o aeroporto.
"Ele ligou do aeroporto, que não parecia partir",
disse ela, acrescentando que os serviços de imigração de Uganda haviam explicado a expulsão do britânico, porque ele era "indesejável".
"É uma surpresa, não tivemos a oportunidade de
contestar (a decisão) para a justiça", lamentou Kenirungi Florença, que
tem dois filhos com David Cecil.
A peça em questão, intitulado O rio e a montanha escrito
especificamente para as tropas de Uganda por um autor britânico, Beau Hopkins,
lida com o destino trágico de um homem que admite sua homossexualidade.
A autoridade de supervisão dos meios de comunicação tinha
assegurado o pedaço de uma proibição temporária, explicando que o estudo deve rever o cenário,
o que não impediu a empresa a dar vários espectáculos em vários locais em Kampala, em
agosto de 2012.
As relações homossexuais são punidas com prisão perpétua em
Uganda.
Mas um projeto de lei recente, que ainda tem de ser
apresentado ao Parlamento prevê no futuro punir com uma pena capital qualquer um
condenado por atos homossexuais em reincidência, sendo com a maior ou com uma
menor de idade.
O projeto de lei também prevê punição de cinco a sete anos de prisão qualquer "promoção" da homossexualidade.
fonte: AFP
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Samuel