
Fotografia: AFP
O
diplomata Michel Kafando foi designado Chefe de Estado interino do Burkina Faso
até às eleições de 2015, anunciaram ontem as autoridades do país.
“O candidato consensual é Michel Kafando”, disse um
representante da Igreja Católica que participou nas negociações para a escolha
de um Presidente interino.
Michel Kafando, acrescentou a mesma fonte, foi seleccionado entre quatro candidatos depois de várias horas de negociações.
Michel Kafando, acrescentou a mesma fonte, foi seleccionado entre quatro candidatos depois de várias horas de negociações.
O Presidente de transição, que nomeia amanhã o
primeiro-ministro responsável por formar um Governo de 25 elementos, não pode
concorrer às eleições gerais do próximo ano.
Uma comissão de 23 pessoas, entre as quais representantes do Exército, de grupos tradicionais, religiosos e da sociedade civil, decidiu entre cinco candidatos: um diplomata, uma socióloga, dois jornalistas e um padre.
Uma comissão de 23 pessoas, entre as quais representantes do Exército, de grupos tradicionais, religiosos e da sociedade civil, decidiu entre cinco candidatos: um diplomata, uma socióloga, dois jornalistas e um padre.
Michel Kafando, antigo ministro dos Negócios
Estrangeiros, cujo nome foi apresentado pelo Exército, era o candidato mais
popular. A seguir, também indicada pelos militares, estava a socióloga
Josephine Ouedraogo, antiga ministra para a Famíla, que trabalhou na Comissão
Económica da Organização das Nações Unidas para a África.
A sociedade civil e a oposição burkinabe propuseram os
nomes de Newton Ahmed Barry, editor chefe do jornal “L'Evenement”, e Cherif
Moumina Sy, director do jornal “Bendre”.
Também foi aventada a hipótese de Paul Ouedraogo, um arcebispo católico, mas a igreja recordou que “o poder político e o sacerdócio são incompatíveis”. O Exército assinou no domingo a carta de transição, acertada com partidos de oposição, grupos civis e líderes religiosos, que estabelece as bases de “um Governo civil de transição”.
Também foi aventada a hipótese de Paul Ouedraogo, um arcebispo católico, mas a igreja recordou que “o poder político e o sacerdócio são incompatíveis”. O Exército assinou no domingo a carta de transição, acertada com partidos de oposição, grupos civis e líderes religiosos, que estabelece as bases de “um Governo civil de transição”.
“Há duas Histórias no Burkina Faso, uma antes e outra
depois de 30 de Outubro de 2014”, disse o tenente-coronel Isaac Zida, que tomou
o poder um após o Presidente Blaise Compaoré ter renunciado ao cargo. Na
cerimónia de assinatura da carta, realizada em Ouagadogou, estiveram presentes todas
as forças políticas e sociais do Burkina Faso, representantes da Organização
das Nações Unidas, da União Africana e da Comunidade Económica e de
Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Um a um, todos assinaram o documento, incluindo o tenente-coronel Isaac Zida, para quem a Carta de Transição é “uma homenagem vibrante a todo o povo de Burkina Fasso”.
Um a um, todos assinaram o documento, incluindo o tenente-coronel Isaac Zida, para quem a Carta de Transição é “uma homenagem vibrante a todo o povo de Burkina Fasso”.
Apesar da oposição do Burkina Faso e da comunidade
internacional terem pedido, desde o início, às Forças Armadas burkinabes que
não participassem no processo, durante as negociações da Carta os militares
mostraram o desejo de o cargo de primeiro-ministro ser ocupado por um dos seus
homens.
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Samuel