Representante especial do SG da ONU Miguel Trovoada apresenta relatório esta sexta-feira, 28.

O Conselho de Segurança das Nações Unidos analisa esta sexta-feira, 28, a situação actual na Guiné-Bissau à luz do relatório a ser apresentado pelo representante especial do secretário-geral no país, Miguel Trovoada.
A mais recente declaração do órgão sobre o país destaca a tensão que culminou com a demissão, este mês, do Governo do primeiro-ministro Domingos Simões Pereira pelo Presidente José Mário Vaz.
O Conselho de Segurança expressou preocupação com a situação e pediu calma aos líderes guineenses.
Os 15 Estados-membros instaram à busca do diálogo e do consenso para a solução da crise para servir os interesses do povo.
Entretanto, o último relatório de Ban Ki-moon sobre a Guiné-Bissau pediu que o Conselho mantenha atenção ao país devido às causas profundas da instabilidade e ao ainda recente retorno da ordem constitucional.
O secretário-geral recomenda a criação de um painel de especialistas para permitir que o órgão seja capaz de tomar medidas contra aqueles que possam prejudicar o processo de construção do Estado e consolidação da paz.
Ex-primeiro-ministro aponta recuo do presidente da República como a solução para crise política

O ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, defendeu, numa entrevista à Voz da América, que «apenas um recuo do presidente de República pode resolver de forma rápida e eficaz a crise política» que se vive no país.
Domingos Simões Pereira revelou que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder) «tem soluções para ultrapassar a crise decorrente da demissão» do seu governo, mas para tal, José Mário Vaz terá de anular o decreto que nomeou o novo primeiro-ministro, Baciro Djá, e pedir novamente ao partido maioritário que indique um novo candidato a chefe de governo.
No seu entender, embora a posição do chefe do Estado «não seja a que se configura com o sistema jurídico e seja totalmente inconstitucional, se o problema é o relacionamento entre o presidente e Domingos Simões Pereira o PAICG tem outras soluções».
O antigo primeiro-ministro lamentou, também, que José Mário Vaz continue a não dar ouvidos ao povo.
«Espero que não só ouça a pressão internacional, mas também a voz do povo que foi expressa nas urnas», reiterou Simões Pereira, na convicção que José Mário Vaz irá recuar, «porque não há outra alternativa frente à instabilidade criada por ele próprio».
«O que está verdadeiramente em causa é o futuro do país», concluiu.
Domingos Simões Pereira revelou que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder) «tem soluções para ultrapassar a crise decorrente da demissão» do seu governo, mas para tal, José Mário Vaz terá de anular o decreto que nomeou o novo primeiro-ministro, Baciro Djá, e pedir novamente ao partido maioritário que indique um novo candidato a chefe de governo.
No seu entender, embora a posição do chefe do Estado «não seja a que se configura com o sistema jurídico e seja totalmente inconstitucional, se o problema é o relacionamento entre o presidente e Domingos Simões Pereira o PAICG tem outras soluções».
O antigo primeiro-ministro lamentou, também, que José Mário Vaz continue a não dar ouvidos ao povo.
«Espero que não só ouça a pressão internacional, mas também a voz do povo que foi expressa nas urnas», reiterou Simões Pereira, na convicção que José Mário Vaz irá recuar, «porque não há outra alternativa frente à instabilidade criada por ele próprio».
«O que está verdadeiramente em causa é o futuro do país», concluiu.
#VOA
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Samuel