Centenas de pessoas saíram à rua, quinta-feira (09.03), para exigir a reabertura do hemiciclo que permita a apresentação e aprovação do programa de Governo. Cipriano Cassamá diz que os manifestantes foram pagos.
Há mais de um ano e meio que o Parlamento guineense não funciona devido às divergências entre os dois principais partidos políticos do país, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS). Essa inoperância fez cair dois governos que não conseguiram aprovar os instrumentos de governação.
O autodenominado Movimento Cidadão - que pugna pela paz, justiça, democracia e cidadania – juntou, esta quinta-feira (09.03), centenas de pessoas, na maioria jovens, membros do Governo e alguns deputados, numa marcha que percorreu algumas artérias de Bissau até ao Parlamento.
Com dísticos, os participantes da marcha exibiram frases de apoio ao Governo de Umaro Sissoco Embaló e ao Presidente guineense, José Mário Vaz. O Movimento Cidadão exigiu ao presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, a reabertura daquele órgão.
Cassamá alvo de críticas
"A Assembleia Nacional Popular está transformada num caixa de ressonância para dar vazão aos interesses de grupos de cidadãos, cujos interesses são estranhos aos do povo guineense. Tentam a todo o custo impor a sua agenda, num claro desrespeito pelas normas das instituições da República", acusou Ussumane Camará.
O Movimento Cidadão entende que Cipriano Cassamá e os oito deputados do PAIGC da comissão permanente visam, com o bloqueio do Parlamento, precipitar a demissão do Governo ou a dissolução do Parlamento pelo chefe do Estado.
O coordenador do Movimento Cidadão Camará não coloca de parte a hipótese de o grupo avançar com "medidas legais contra o presidente da Assembleia Nacional Popular e os oito membros da comissão permanente, com vista à sua punição estatutária e criminal."
Manifestantes comprados?
Em conferência de imprensa, o presidente da Assembleia Nacional Popular criticou a iniciativa e disse que ficou perceptível que participantes na manifestação receberam "valores irrisórios em dinheiro e géneros alimentícios" para aderirem à marcha.
O Movimento Cidadão teceu críticas ao presidente do Parlamento e quer ver programa do Governo aprovado
Segundo Cipriano Cassamá, a manifestação, que terá sido convocada pelo Presidente da República, o grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC e o PRS visava assaltar de forma violenta a sede da Assembleia Nacional Popular.
Ciprimano Cassamá condenou "o uso de violência, por alguns participantes na marcha orientados para o efeito, que destruiu, através do arremesso de objetos, os vidros laterais do edifício da Assembleia Nacional Popular."
Ofensivas diplomática e civil
Na ofensiva diplomática para acabar com a crise política na Guiné-Bissau, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) pretende promover uma nova ronda negocial na Guiné-Conacri, no próximo fim de semana.
Em nome do grupo dos 15 dissidentes do PAIGC, Braima Camará é da opinião que o diálogo deveria "ter lugar na Guiné-Bissau, para que todos possam dialogar e envolver todas as partes”. "Já estivemos em Conacri uma vez. E desta vez poderemos encetar o dialogo aqui internamente", defende o deputado dissidente do PAIGC.
A nomeação de um primeiro-ministro, a formação de um Governo inclusivo, que junte todos os partidos com assento parlamentar, e o regresso dos 15 deputados expulsos do PAIGC à Assembleia Nacional Popular são pontos que impedem a implementação do Acordo de Conacri, assinado em outubro pelos atores políticos protagonistas da crise.
No sábado (11.03), deverá ter lugar outra manifestação para exigir a renúncia do chefe do Estado guineense. José Mário Vaz deverá iniciar, sexta-feira (10.03) a sua primeira Presidência Aberta, na zona leste, concretamente nas regiões de Bafatá e Gabú.
O autodenominado Movimento Cidadão - que pugna pela paz, justiça, democracia e cidadania – juntou, esta quinta-feira (09.03), centenas de pessoas, na maioria jovens, membros do Governo e alguns deputados, numa marcha que percorreu algumas artérias de Bissau até ao Parlamento.
Com dísticos, os participantes da marcha exibiram frases de apoio ao Governo de Umaro Sissoco Embaló e ao Presidente guineense, José Mário Vaz. O Movimento Cidadão exigiu ao presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, a reabertura daquele órgão.
Cassamá alvo de críticas
Centenas de pessoas marcharam rumo à Assembleia Nacional Popular
Ussumane Camará, coordenador do Movimento Cidadão, acusou Cipriano Cassamá de ser o principal responsável pelo bloqueio do órgão por, alegadamente, estar a reboque do seu partido, o PAIGC."A Assembleia Nacional Popular está transformada num caixa de ressonância para dar vazão aos interesses de grupos de cidadãos, cujos interesses são estranhos aos do povo guineense. Tentam a todo o custo impor a sua agenda, num claro desrespeito pelas normas das instituições da República", acusou Ussumane Camará.
O Movimento Cidadão entende que Cipriano Cassamá e os oito deputados do PAIGC da comissão permanente visam, com o bloqueio do Parlamento, precipitar a demissão do Governo ou a dissolução do Parlamento pelo chefe do Estado.
O coordenador do Movimento Cidadão Camará não coloca de parte a hipótese de o grupo avançar com "medidas legais contra o presidente da Assembleia Nacional Popular e os oito membros da comissão permanente, com vista à sua punição estatutária e criminal."
Manifestantes comprados?
Em conferência de imprensa, o presidente da Assembleia Nacional Popular criticou a iniciativa e disse que ficou perceptível que participantes na manifestação receberam "valores irrisórios em dinheiro e géneros alimentícios" para aderirem à marcha.

Ciprimano Cassamá condenou "o uso de violência, por alguns participantes na marcha orientados para o efeito, que destruiu, através do arremesso de objetos, os vidros laterais do edifício da Assembleia Nacional Popular."
Ofensivas diplomática e civil
Na ofensiva diplomática para acabar com a crise política na Guiné-Bissau, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) pretende promover uma nova ronda negocial na Guiné-Conacri, no próximo fim de semana.
Em nome do grupo dos 15 dissidentes do PAIGC, Braima Camará é da opinião que o diálogo deveria "ter lugar na Guiné-Bissau, para que todos possam dialogar e envolver todas as partes”. "Já estivemos em Conacri uma vez. E desta vez poderemos encetar o dialogo aqui internamente", defende o deputado dissidente do PAIGC.
A nomeação de um primeiro-ministro, a formação de um Governo inclusivo, que junte todos os partidos com assento parlamentar, e o regresso dos 15 deputados expulsos do PAIGC à Assembleia Nacional Popular são pontos que impedem a implementação do Acordo de Conacri, assinado em outubro pelos atores políticos protagonistas da crise.
No sábado (11.03), deverá ter lugar outra manifestação para exigir a renúncia do chefe do Estado guineense. José Mário Vaz deverá iniciar, sexta-feira (10.03) a sua primeira Presidência Aberta, na zona leste, concretamente nas regiões de Bafatá e Gabú.
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Samuel