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sexta-feira, 10 de março de 2017

Marcha exige retoma do Parlamento da Guiné-Bissau

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

Centenas de pessoas saíram à rua, quinta-feira (09.03), para exigir a reabertura do hemiciclo que permita a apresentação e aprovação do programa de Governo. Cipriano Cassamá diz que os manifestantes foram pagos.

 
Há mais de um ano e meio que o Parlamento guineense não funciona devido às divergências entre os dois principais partidos políticos do país, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Partido da Renovação Social (PRS). Essa inoperância fez cair dois governos que não conseguiram aprovar os instrumentos de governação.
O autodenominado Movimento Cidadão - que pugna pela paz, justiça, democracia e cidadania – juntou, esta quinta-feira (09.03), centenas de pessoas, na maioria jovens, membros do Governo e alguns deputados, numa marcha que percorreu algumas artérias de Bissau até ao Parlamento.
Com dísticos, os participantes da marcha exibiram frases de apoio ao Governo de Umaro Sissoco Embaló e ao Presidente guineense, José Mário Vaz. O Movimento Cidadão exigiu ao presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, a reabertura daquele órgão.

Cassamá alvo de críticas
 
Centenas de pessoas marcharam rumo à Assembleia Nacional Popular
Ussumane Camará, coordenador do Movimento Cidadão, acusou Cipriano Cassamá de ser o principal responsável pelo bloqueio do órgão por, alegadamente, estar a reboque do seu partido, o PAIGC.
"A Assembleia Nacional Popular está transformada num caixa de ressonância para dar vazão aos interesses de grupos de cidadãos, cujos interesses são estranhos aos do povo guineense. Tentam a todo o custo impor a sua agenda, num claro desrespeito pelas normas das instituições da República", acusou Ussumane Camará.
O Movimento Cidadão entende que Cipriano Cassamá e os oito deputados do PAIGC da comissão permanente visam, com o bloqueio do Parlamento, precipitar a demissão do Governo ou a dissolução do Parlamento pelo chefe do Estado.
O coordenador do Movimento Cidadão Camará não coloca de parte a hipótese de o grupo avançar com "medidas legais contra o presidente da Assembleia Nacional Popular e os oito membros da comissão permanente, com vista à sua punição estatutária e criminal."
Manifestantes comprados?
Em conferência de imprensa, o presidente da Assembleia Nacional Popular criticou a iniciativa e disse que ficou perceptível que participantes na manifestação receberam "valores irrisórios em dinheiro e géneros alimentícios" para aderirem à marcha.

Guinea-Bissau Demonstration in Bissau O Movimento Cidadão teceu críticas ao presidente do Parlamento e quer ver programa do Governo aprovado

Segundo Cipriano Cassamá, a manifestação, que terá sido convocada pelo Presidente da República, o grupo dos 15 deputados dissidentes do PAIGC e o PRS visava assaltar de forma violenta a sede da Assembleia Nacional Popular.
Ciprimano Cassamá condenou "o uso de violência, por alguns participantes na marcha orientados para o efeito, que destruiu, através do arremesso de objetos, os vidros laterais do edifício da Assembleia Nacional Popular."
Ofensivas diplomática e civil
Na ofensiva diplomática para acabar com a crise política na Guiné-Bissau, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) pretende promover uma nova ronda negocial na Guiné-Conacri, no próximo fim de semana.

Em nome do grupo dos 15 dissidentes do PAIGC, Braima Camará é da opinião que o diálogo deveria "ter lugar na Guiné-Bissau, para que todos possam dialogar e envolver todas as partes”. "Já estivemos em Conacri uma vez. E desta vez poderemos encetar o dialogo aqui internamente", defende o deputado dissidente do PAIGC.
A nomeação de um primeiro-ministro, a formação de um Governo inclusivo, que junte todos os partidos com assento parlamentar, e o regresso dos 15 deputados expulsos do PAIGC à Assembleia Nacional Popular são pontos que impedem a implementação do Acordo de Conacri, assinado em outubro pelos atores políticos protagonistas da crise.
No sábado (11.03), deverá ter lugar outra manifestação para exigir a renúncia do chefe do Estado guineense. José Mário Vaz deverá iniciar, sexta-feira (10.03) a sua primeira Presidência Aberta, na zona leste, concretamente nas regiões de Bafatá e Gabú.

#dw.de

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Samuel

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