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NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!... O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou “libertar” os territ...
domingo, 7 de setembro de 2025
Congo Félix Kinshasa - Prresidente Tshisekedi relança a linha ferroviária Kinshasa–Matadi com 7 novos vagões de passageiros.
NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...
Sob o olhar atento do Presidente Félix-Antoine Tshisekedi, o Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Transportes, Jean-Pierre Bemba, testemunhou a reinauguração da linha ferroviária Kinshasa-Matadi na sexta-feira, 5 de setembro de 2025. Este trecho estratégico de 365 quilômetros, fechado desde fevereiro de 2020, finalmente retoma seu papel central no transporte de pessoas e mercadorias.
Sete novos vagões para modernizar a ferrovia
A cerimônia contou com a inauguração de sete carros de passageiros autopropelidos, financiados pela Taxa de Logística Terrestre (RLT). Chegando a Matadi no dia anterior graças a uma colaboração com uma empresa chinesa, essas novas unidades ilustram o compromisso do governo com a modernização do transporte ferroviário nacional.
O Diretor-Geral da ONATRA, Martin Lukusa, elogiou a liderança do Presidente Tshisekedi. Segundo ele, o trem continua sendo a melhor alternativa para uma megalópole de quase 20 milhões de habitantes. Ele acrescentou que o tráfego ferroviário urbano em Kinshasa será retomado em breve, fortalecendo a oferta de transporte na capital.
Um Renascimento para a ONATRA
A Ministra da Pasta, Julie Mbuyi Shiku, descreveu esta reabilitação como um projeto estruturante com impacto real. Ela enfatizou que a ONATRA, outrora o carro-chefe do transporte multimodal na RDC, está gradualmente reconquistando seu lugar no desenvolvimento econômico e logístico do país.
Rumo a uma Frota Ferroviária Modernizada
Jean-Pierre Bemba anunciou que esses sete vagões são apenas o início de uma série de aquisições ambiciosas. Nos próximos meses, o governo espera cinco novas locomotivas e quarenta vagões de contêineres. A linha urbana da Gare Centrale ao Aeroporto Internacional de N'Djili e a linha da Gare Centrale ao Kitambo Magasin também serão reabertas. As obras de desobstrução da faixa de domínio ferroviário continuam.
O Presidente concluiu a cerimônia cortando a fita simbólica. Ele visitou os novos vagões e apreciou o conforto oferecido aos passageiros. Com este relançamento, a República Democrática do Congo reafirma seu compromisso com a modernização do sistema ferroviário nacional e a garantia do transporte neste eixo econômico vital.
fonte: https://www.journaldekinshasa.com/
Denis Sassou-N'Guesso estará em breve em Mayoko para uma visita que terá um caráter mais econômico do que político.
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O presidente congolês, Denis Sassou-N'Guesso, que alcançou um de seus objetivos: atrair mais investidores para o Congo-Brazzaville para impulsionar o crescimento e criar empregos, é esperado em breve em Mayoko, no sul da cidade de Niari. Nesta cidade mineira, o governo concedeu uma licença de mineração de minério de ferro, conhecida como licença "Mayoko-Moussondji", à empresa turca ULSAN Mining Congo SAU em agosto de 2023. Este depósito de minério de ferro tem reservas estimadas em 917 milhões de toneladas, incluindo 38,5 milhões de toneladas que podem ser extraídas diretamente. Com uma vida útil de 30 anos, a previsão de produção anual para este depósito é de 300.000 toneladas por ano na primeira fase e 16,5 milhões de toneladas por ano em uma segunda fase, que extrairá rocha dura. O investimento total para o projeto, incluindo a infraestrutura específica necessária, é estimado em US$ 15 bilhões.
Este projeto, perfeitamente alinhado com a política de diversificação econômica implementada por Denis Sassou-N'Guesso, permitirá uma cooperação ainda mais dinâmica entre o Congo e a Turquia.
O grupo turco Ulsan Mining Congo S.A.U. e a Congo-Ocean Railway (CFCO) assinaram um acordo no valor de mais de € 737 milhões em Brazzaville, em 18 de julho, para a reabilitação e modernização da rede ferroviária que liga Mayoko a Pointe-Noire.
Este acordo permitirá o transporte do minério de ferro extraído do depósito de Mayoko-Moussondji para a zona econômica especial de Pointe-Noire. A empresa turca também visa fortalecer a integração logística e industrial do país. Como parte desta parceria, o grupo Ulsan Holding também se comprometeu a adquirir material rodante, incluindo cerca de vinte locomotivas e mais de trezentos vagões, para garantir a operação ideal da linha modernizada.
A médio prazo, Ulsan também planeja estabelecer uma fundição em Pointe-Noire, com um investimento estimado de US$ 2 bilhões. Essa planta permitirá o processamento local de minério, gerando valor agregado significativo, fortalecendo a economia congolesa e reduzindo as exportações de matérias-primas não processadas.
A próxima visita de trabalho do Presidente Denis Sassou-N'Guesso a Mayoko demonstra, portanto, seu compromisso contínuo em facilitar a produção mineradora no Congo-Brazzaville.
E para o líder congolês, o desafio de alcançar uma produção diversificada e significativa neste setor econômico vital deve ser acompanhado por uma ação governamental resoluta para garantir que o setor de mineração receba a infraestrutura necessária para torná-lo economicamente viável.
Nesse sentido, o chefe de Estado congolês tem consistentemente citado como prioridade a esperada construção de uma linha ferroviária que conectará as diversas áreas de produção mineradora, do porto mineral de Pointe-Noire ao departamento de Sangha (norte), principalmente através das cidades de Mayoko e Zanaga (sul).
A última viagem de Denis Sassou-N'Guesso a Mayoko remonta ao final de 1979.
Jean-Jacques Jarele SIKA / Les Echos du Congo-Brazzaville https://lesechos-congobrazza.com
TCHADE: Mahamat Idriss Deby em Argel para a 4ª edição da IATF 2025.
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O Presidente da República, Mahamat Idriss Deby Itno, deixou N'Djamena esta tarde com destino a Argel para participar da 4ª edição da Feira de Comércio Intra-Africana (IATF 2025), que será realizada na capital argelina de 4 a 10 de setembro.
Um importante evento econômico focado no fortalecimento do comércio intercontinental, a Feira de Comércio Intra-Africana é organizada a cada dois anos pelo Banco Africano de Exportação e Importação (Afreximbank), em colaboração com a Comissão da União Africana e o Secretariado da Área de Livre Comércio Continental Africana (AfCFTA).
Para esta 4ª edição, realizada sob o lema "Porta de Entrada para Novas Oportunidades", são esperados mais de 35.000 visitantes profissionais de 140 países e mais de 2.000 empresas da África e de outras partes do mundo, incluindo quase 200 empresas argelinas.
Mais de US$ 44 bilhões em acordos comerciais e de investimento são esperados para esta edição de 2025.
fonte: https://www.lepaystchad.com/
Guiné-Bissau: Braima Camará entre promessas de eleições e acusações de traição política.
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Braima Camará, nomeado por Umaro Sissoco Embaló para chefiar o Governo, tem acumulado missões e protagonizado iniciativas fora do seu termo de referência como Primeiro-ministro. Na tomada de posse, o Presidente foi claro. “Se o actual Governo não conseguir realizar as eleições, será demitido”. Contudo, Bramai Camará empenha-se em avançar com agendas paralelas.
Apesar de garantir em todas intervenções públicas que irá “realizar as eleições na data marcada e com fundos próprios”, o chefe do Executivo tem acrescentado ao seu curto mandato novas preocupações, o que alimenta “rumores” sobre um eventual adiamento do escrutínio. A sua actuação não tem deixado clara a estratégia de curto prazo, e por isso a oposição concentra-se na interpretação das suas movimentações.
O Primeiro-ministro já visitou o INACEP (gráfica pública), garantindo que “os boletins e demais materiais de eleições serão localmente impressos”. A proposta divide opiniões, uma vez que, em mais de 15 eleições realizadas no país, nunca os materiais foram produzidos na Guiné-Bissau, e na oposição já há quem lance a farpa de que poderá estar “na forja uma fraude eleitoral”.
Outro ponto de contenda é a pressão exercida pelo Governo sobre a Comissão Nacional de Eleições (CNE) para substituir os presidentes das Comissões Regionais de Eleições (CRE).
Uma substituição que Luís Vaz Martins suspeita. “Se o mandato do Secretariado caducou e não os mudaram, porque razão vão mudar as CRE’s? A resposta é simples, têm o controlo sobre o Secretariado da CNE e não precisam de mudar. Não têm controlo sobre as CRE’s, por serem mais numerosos, e decidiram mudar. É prova de intenções terceiras que têm. E isso não deve ser admitido.”
Braima Camará também visitou os quartéis, prometendo apoios aos militares, e reuniu-se com representantes da sociedade civil, a quem garantiu trabalhar por um “país diferente”.
A controvérsia mais recente prende-se com a sua suspensão da coligação Aliança Patriótica Inclusiva (API Cabaz Garandi), por alegada “traição política” e à qual Camará reagiu serenamente. “O que aconteceu é uma dinâmica política. Estou tranquilo e preocupado em resolver os problemas do país”, disse.
No mesmo dia, o chefe do Executivo encontrou-se com Satú Camará, autoproclamada presidente da ANP, que num passado recente Braima Camará vincara que nunca a reconheceria como tal. À saída do encontro, no final da tarde do dia 22 de Agosto, afirmou que estava no Parlamento, “casa da democracia”, para apresentar a sua agenda, e sublinhou uma vez mais que as eleições de 23 de Novembro terão lugar e que, também, pretende resolver os problemas da saúde e da educação.
Para o jurista e analista político Fransual Dias, Braima Camará está a sobrecarregar a sua agenda para conquistar simpatias sociais. “Existem fortes possibilidades de as eleições serem realizadas, devido ao desgaste do próprio Sissoco Embaló, que jamais terá argumento para as adiar, dada a pressão que enfrenta. Daí que Braima Camará vai trabalhar para que haja eleições, mas também para ter a sociedade ao seu lado. Contudo, pela forma como ascendeu ao cargo, será difícil que consiga.”
A nomeação de Braima Camará como Primeiro-ministro, sem homologação da API – Cabas Garandi, também gera contestação. Beto Infande, dirigente da APU-PDGB, partido de Nuno Nabian, explicou que “quando o actual PM foi consultado, prepararam um documento para apresentar a Sissoco Embaló como condição para a API apoiar. Infelizmente, Braima Camará não respeitou e decidiu avançar”, comentou Beto Infande.
Para Fransual Dias, Camará a “nomeação de Braima Camará é um golpe à API. Penso que as posições assumidas no seu comunicado fazem a coligação renascer. A maior salvação da API é a efectivação desta decisão, suspender Braima Camará e afastar-se por completo de Sissoco Embaló.”
Aproximação aos militares
A presença de Braima Camará no Estado-Maior General das Forças Armadas não passou despercebida. Num governo de gestão, sem programa nem orçamento, o gesto foi interpretado como uma tentativa de aproximar-se de Biaguê Nan Tan, figura com influência junto de dirigentes da APU e de uma ala do PRS, liderados por Nuno Nabian e Fernando Dias.
Segundo analistas, esta aproximação pode ser vista como interferência militar no processo político. Segundo Luís Vaz Martins, “Não se pode estar a falar da isenção dos militares, se eles permitem que uma parte política actue e bloqueiam a outra. Portanto, o Braima Camará nos quartéis quer mandar recado de uma sintonia com os militares, tal como Sissoco Embaló se tem gabado. E é isso que deve ser denunciado.”
fonte: https://ultimahoragb.com/
Guiné-Bissau: Sissoco rompe com a Plataforma e lança “Nô Ndianta” para as presidenciais.
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No dia em que conferiu posse a Braima Camará como Primeiro-ministro, o Presidente da República anunciou que será candidato independente nas próximas presidenciais, apoiado por um movimento ainda por criar, mas que se denominará “Nô Dianta”.
O anúncio de Umaro Sissoco Embaló surge como consequência da “ingovernabilidade reinante na Coligação Plataforma Republicana”, tendo sublinhado que pretende estar à margem da pressão dos partidos políticos e dos seus dirigentes.
O impasse na coligação pré-eleitoral, que em 2024 tentou concorrer às legislativas mas foi travada pelo Supremo Tribunal de Justiça, está ligado a disputas de liderança e, sobretudo, à falta de consenso sobre as listas de candidatos a deputado por círculo eleitoral.
No plano da liderança, os nomes de Botche Candé e Satú Camará, figuras de maior peso na coligação, estão longe de gerar consenso. Botche Candé, líder do PTG, o partido mais coeso da Plataforma, sente-se desrespeitado e ignorado dentro da organização. Há dois meses, lançou duras críticas a José Carlos Macedo, do MADEM, acusando-o de ter convocado uma reunião da Plataforma sem o informar e apenas através do seu secretário-geral.
Embora seja actualmente coordenador da Plataforma Republicana, Candé vê o seu poder constantemente contestado, sobretudo por dirigentes ligados ao MADEM. Em resposta, o PTG tem ameaçado repetidamente concorrer sozinho, como forma de se afirmar perante o que classifica como desrespeito. Recorde-se que, em 2024, quando foram entregues candidaturas para as adiadas legislativas, o PTG avançou de forma independente em protesto contra o posicionamento dos seus militantes nas listas conjuntas.
Outro ponto de discórdia diz respeito à definição das listas eleitorais. Apesar de reunir partidos que desde cedo apoiaram Umaro Sissoco Embaló no seu percurso presidencial, a Plataforma Republicana nunca conseguiu criar espaço para uma verdadeira reorganização interna.
Tentativas falhadas de unidade
Perante a gravidade da crise, o Presidente da República tentou adestrar soluções de compromisso antes da sua decisão final. Sissoco propôs aos integrantes da Plataforma o “reagrupamento” em três blocos. Um em torno do MADEM, outro liderado pelo PTG e um terceiro pelo PRS. A ideia revelou-se inviável, não só devido às rivalidades já instaladas entre o PRS e o MADEM, mas também pela oposição dos partidos de menor expressão, que invocaram divergências ideológicas para rejeitar a proposta.
Novo Governo agrava tensões
A formação do novo Governo, liderado por Braima Camará, agravou ainda mais as divisões internas. A Plataforma Republicana corre o risco agora a implosão, após acusações de favorecimento ao MADEM.
Segundo os críticos, o partido de Sissoco Embaló assegurou, em conjunto com aliados como Braima Camará e Satú Camará, um total de 21 pastas ministeriais. Já o PTG de Botche Candé, que alegadamente receberia seis ministérios, ficou limitado a três (Interior, Agricultura e Turismo), que na óptica de Candé é “insignificante”, tendo em conta a expressão eleitoral do partido.
Fontes do PTG confirmaram que, antes da demissão do anterior executivo, o Presidente da República prometera maior representatividade ao partido. A manutenção das mesmas três pastas acabou por gerar um descontentamento interno. Botche Candé terá instruído a direcção do PTG a reagir, mas não conseguiu reunir consenso suficiente para uma posição concertada.
Sissoco rompe com a coligação
Cansado de gerir uma crise sem fim à vista, Sissoco Embaló decidiu abandonar a coligação. Durante a tomada de posse de Braima Camará, foi taxativo, não terá o apoio de nenhum partido e quem quiser apoiar a sua reeleição “terá de aderir ao Movimento Nô Djunta”.
A decisão terá consequências profundas na Plataforma Republicana, já que o novo movimento contará com o apoio de dirigentes influentes dos partidos que a compõem, sobretudo do MADEM. Soares Sambú regressará como director de campanha, acompanhado por figuras como Sandji Fati, José Carlos Macedo, Marciano Barbeiro, Viriato Cassamá e Nelson Moreira, que poderão imprimir uma nova dinâmica à candidatura presidencial de Sissoco.
fonte: https://ultimahoragb.com/
Gabão: Um opositor propõe ao Presidente Oligui Nguéma a proclamação de um partido único.
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Sua saída do Partido Democrático Gabonês (PDG) em novembro de 2024 gerou muita discussão e controvérsia. Alain Claude Bilie By Nzé, ex-primeiro-ministro do Gabão, tornou-se um feroz opositor do regime do general Brice Clotaire Oligui Nguéma nos últimos 10 meses.
Ele não hesita em atacar o novo governo e seu antigo partido, o PDG. Recentemente, o nativo de Makokou sugeriu ironicamente que as autoridades declarassem um sistema de partido único no país.
"PDG/UDB: seis de um? Dois seios do mesmo mal..."
Ele fez essa afirmação sarcástica, à luz de certos fatos que, segundo ele, indicam uma relação incestuosa entre o partido no poder, a União Democrática dos Construtores (UDB), e o PDG.
"PDG/UDB: seis de um? Dois seios do mesmo mal..." Dois seios do mesmo mal, dois pés do mesmo desastre. Nascido de mentiras e enganos, este regime está afundando em enganos e duplicidade. "Proclame um partido único, economizaremos tempo!", disse o ex-primeiro-ministro em sua conta no X.
É preciso dizer que o PDG tomou recentemente decisões que convêm ao partido no poder. De fato, o partido político liderado por Blaise Louembé decidiu retirar os pedidos de anulação das candidaturas contestadas de desertores de seu partido à UDB.
A UDB "viola o código eleitoral"
O PDG já havia recorrido ao Tribunal Constitucional para contestar essas candidaturas, considerando irregulares as renúncias de seus ex-membros.
Para Alain Claude Bilie-Bye-Nze, a decisão do antigo partido confirma "a violação, pela UDB, das disposições do Artigo 82 da Lei Orgânica que estabelece o código eleitoral na República Gabonesa".
Autor: Bernardin Patinvoh | Publicado em: sábado, 6 de setembro de 2025
fonte: seneweb.com
SENEGAL: O governo, Sonko e seus principais homens.
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"O Senegal não vive uma crise política clássica. O que o país sofre é um problema de autoridade. Se continuarmos assim, não cumpriremos um único mandato."
Essas palavras, proferidas no início de julho, durante a posse do Conselho Nacional do Pastef, já ressoavam como um alerta do primeiro-ministro Ousmane Sonko contra as disfunções do aparato estatal. Um problema que ele considerou profundo e preocupante.
"Estou em melhor posição para dizer qual tem sido a linha do partido. O que está acontecendo agora é inaceitável", acrescentou, criticando a "lentidão" observada em certos departamentos, notadamente o Departamento de Justiça, então chefiado pelo ex-e tenaz procurador Ousmane Diagne.
Hoje, este último está excluído do governo, assim como o general Jean-Baptiste Tine, ex-ministro do Interior e da Segurança Pública. Em seu lugar, Sonko escolheu Bamba Cissé, renomado advogado, premiado por suas batalhas judiciais contra o antigo regime, para defender o agora primeiro-ministro. Ele agora é chamado para auxiliá-lo na administração do estado.
A Justiça, por sua vez, retorna a Yacine Fall. Muitos esperavam que ele estivesse disposto a aceitar a menor reforma governamental; esta simpatizante de Sonko não apenas permanece no poder, como também está ganhando importância. Graças a uma mudança de protocolo, ela se torna a segunda em comando no novo governo.
Outro acontecimento notável: a chegada de Dethié Fall, ao estratégico Departamento de Infraestrutura, e, mais importante, de Amadou Bâ como Ministro do Turismo, Cultura e Artesanato. Advogado de formação, o ex-deputado foi um dos apoiadores mais leais de Sonko, atuando como seu representante em várias eleições. Sua promoção é vista como uma recompensa lógica.
Por outro lado, o Ministério das Relações Exteriores vive um momento decisivo com a nomeação de um diplomata experiente, conhecido e respeitado internacionalmente, chamado a corrigir as falhas observadas desde a chegada do novo regime.
Mas é sobretudo nos setores do Interior e da Justiça que Sonko parece querer dar um forte impulso político. O objetivo: acelerar certas questões sensíveis, apaziguar as frustrações de ativistas impacientes e restaurar a autoridade do Estado.
Um governo altamente político, portanto, mas feito sob medida para o Primeiro-Ministro, que, assim, coloca seus aliados mais próximos em posições estratégicas.
Autor: Mass Massamba NDAO | Publicado em: Domingo, 7 de setembro de 2025
fonte: seneweb.com
Eleições presidenciais em Camarões: Samuel Eto'o e Joseph Antoine Bell apoiam Paul Biya.
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Faltando pouco mais de um mês para as eleições presidenciais marcadas para 12 de outubro em Camarões, o Chefe de Estado, Paul Biya, no poder há mais de quarenta anos, lançou a máquina eleitoral de seu partido, o Movimento Democrático Popular dos Camarões (CPDM).
Um memorando oficial publicado no início de agosto tornou pública a composição da Comissão Nacional de Campanha, responsável por liderar a mobilização em todo o país.
Embora a estrutura central tenha produzido poucas surpresas, suas filiais locais revelaram algumas escolhas inesperadas. Como observa a Jeune Afrique, o ícone do futebol Samuel Eto'o, agora presidente da Federação Camaronesa de Futebol (Fecafoot), está entre os apoiadores do presidente cessante. O veículo de comunicação pan-africano relata que "de acordo com um documento oficial consultado pela Jeune Afrique, seu nome aparece como vice-presidente da equipe de campanha do Chefe de Estado em Ngambé (Litoral), sua aldeia natal". Esta não é a primeira vez que o ex-atacante apoia publicamente Paul Biya.
O envolvimento de ex-jogadores de futebol não para por aí. Ainda em Ngambé, Joseph-Antoine Bell, ex-goleiro do Indomitable Lions e renomado consultor, também se juntou à equipe local. Já em dezembro de 2019, ele apoiou publicamente a política do governo, promovendo "o código das autoridades regionais e locais, que apresentou como um passo na descentralização, vendo-o como uma garantia de equilíbrio e legitimidade histórica", relata a Jeune Afrique.
Além das figuras esportivas, a campanha depende de uma contribuição financeira imposta a cada líder político, administrativo ou econômico. De acordo com documentos internos do CPDM consultados pela Jeune Afrique, uma tabela específica rege essas contribuições. Os vice-presidentes da Assembleia Nacional devem contribuir com 2 milhões de francos CFA. Secretários nos gabinetes do Senado ou do Conselho Regional recebem 1 milhão de francos CFA, enquanto senadores e deputados pagam 500.000 francos CFA cada.
Os eleitos locais não são poupados. Os prefeitos devem contribuir com 500.000 francos CFA, seus adjuntos com 100.000 francos CFA e os vereadores municipais com apenas 10.000 francos CFA. Os vereadores regionais, por outro lado, devem contribuir com 50.000 francos CFA. Quanto aos membros do governo, sua contribuição chega a 2 milhões de francos CFA. Ex-ministros e secretários-gerais recebem 1 milhão de francos CFA, enquanto diretores e vice-diretores da administração central devem pagar 500.000 francos CFA e 150.000 francos CFA, respectivamente.
Autor: Moustapha TOUMBOU | Publicado em: sábado, 6 de setembro de 2025
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fonte: seneweb.com
MULHERES NO JORNALISMO SÃO APENAS 26%.
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Os governos prometeram mudanças, há 30 anos, na Declaração de Pequim e Plataforma para Acção; estudo global revela que as mulheres seguem quase invisíveis em noticiários de rádio, TV e meios impressos ou até digitais.
As mulheres representam metade da população mundial, mas apenas um quarto delas é vista em noticiários jornalísticos. A estatística mudou quase nada nos últimos 15 anos.
Nas últimas três décadas, desde que governos de todo o mundo prometeram promover mais autonomia feminina em todos os sectores, durante a Conferência global sobre Mulheres em Pequim, na China, o crescimento foi de apenas 9%.
Os dados constam do estudo Projecto de Monitoramento da Mídia Global, Gmmp na sigla em inglês, que é apoiado pela ONU Mulheres, a agência da ONU que se ocupa do tema da igualdade de géneros.
A pesquisa indica que 26% das vozes e rostos em noticiários são de mulheres. O domínio e liderança do sector de jornalismo permanecem nas mãos dos homens. A falta de representação é mais crítica para mulheres e jovens que não se se vêem nesses canais de notícias.
Um outro dado alarmante é a violência de género, que afecta metade da população mundial, mas não aparece com a mesma frequência no ar das televisões, rádios e imprensa escrita. Em cada 100 notícias, menos de duas cobrem o abuso sofrido pelas mulheres e não desafiam estereótipos que confirmam a atitude tendenciosa e de barreiras à igualdade de género.
O estudo revela ainda que o jornalismo que combate estereótipos de género está em seu nível mais baixo em três décadas.
A vice-directora-executiva da ONU Mulheres, Kirsi Madi, afirma que “os canais de mídia e imprensa devem reflectir a realidade e são essenciais para a democracia e um mundo justo e equitativo para todas as meninas e mulheres.”
Segundo ela, o estudo é um abrir de olhos e um chamada de acção. A vice-chefe da ONU Mulheres afirma que é preciso haver uma reflexão radical.
Sem a voz das mulheres no ar, jamais poderá haver democracia, segurança duradoura e um futuro compartilhado. A história completa não pode ser contada sem as mulheres, diz Madi.
O relatório indica que apesar de um quadro sombrio, houve alguns progressos. Cerca de 41% de repórteres em artigos de notícias da mídia tradicional são mulheres. Isso representa uma melhoria de 28% desde 1995.
Isso é importante porque as jornalistas estão mais inclinadas que os homens a incluir mulheres em suas matérias. O documento reafirma que as vozes de autoridade na mídia são predominantemente masculinas.
As mulheres aparecem como testemunhas de relatos pessoais e não como especialistas em temas apesar de serem qualificadas para falar.
As conclusões de 2025 chegam num momento marcante para a igualdade de género, com o mundo entrando nos últimos cinco anos dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e marcando Pequim+30 na 80ª Assembleia Geral da ONU.
As conclusões ressaltam que o progresso está estagnado e chegou a hora de se prestar contas por isso.
Para a ONU Mulheres, quem deve responder pela baixa presença de mulheres são os governos, editores, legisladores e plataformas de notícias.
folha8
AO NOBRE POVO DE ANGOLA E DE ÁFRICA.
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O cinquentenário da independência de Angola, que será comemorado com pompa e honra no dia 11 de Novembro deste ano, assinala também os 50 anos da ocupação do território de Cabinda. É, pois, com o coração apertado, mas esperançoso, que me dirijo a todos vós, pan-africanistas, a todos aqueles que acreditam na liberdade e na autodeterminação dos povos.
Por Osvaldo Franque Buela (*)
Para quem ainda não sabe, Cabinda, um território rico em história e recursos, luta na sombra pelo seu direito a existir. O seu povo, o povo cabindense, aspira a viver como uma nação soberana na sua própria terra, livre de toda a ocupação e opressão.
Um apelo à unidade e à solidariedade
Acredito firmemente que o pan-africanismo não é apenas uma ideia; pelo contrário, é uma responsabilidade. É o compromisso de estar ao lado dos oprimidos, de defender os mais vulneráveis e de garantir que a voz de cada povo africano, por mais pequena que seja, seja verdadeiramente ouvida.
Hoje, esta responsabilidade convoca-vos, povo de Angola e de África, a apoiar Cabinda, pois o destino deste povo é indissociável do vosso. A sua luta por reconhecimento e autonomia espelha também a vossa própria busca de dignidade e justiça.
Como povos irmãos, o vosso papel enquanto pan-africanos na libertação de Cabinda não deve ser o de nos limitarmos à reflexão, mas sim o de agirmos em conformidade, consciencializando África e o mundo sobre a situação em Cabinda, apoiando os esforços diplomáticos do povo cabindense para garantir o reconhecimento do seu direito à autodeterminação e prestando, por mais pequena que seja, ajuda humanitária ou moral àqueles que sofrem as consequências desta ocupação, nos campos de refugiados e no exílio forçado.
Acredito que este é o momento de nos unirmos e mostrarmos que o pan-africanismo não é apenas um sonho, mas uma realidade tangível capaz de mudar vidas.
Juntos, podemos ajudar Cabinda a tornar-se uma nação livre e próspera, juntamente com o povo irmão de Angola, contribuindo assim para a riqueza e diversidade de África. A liberdade de Cabinda está um passo mais perto da liberdade de toda a África. Juntem-se a nós neste movimento pelos direitos do povo cabindense, divulguem a mensagem e tomem medidas. Façamos da liberdade de Cabinda uma prioridade pan-africana.
O povo cabindense pode esperar um apoio concreto e multifacetado por parte dos pan-africanos. O pan-africanismo, enquanto movimento, defende a solidariedade, a unidade e a libertação dos povos africanos. A esperança cabindense assenta nestes princípios.
Uma voz forte no panorama internacional
Os pan-africanos podem ser porta-vozes da causa cabindense no panorama internacional, garantindo que nenhum povo africano pode colonizar outro povo, através da sensibilização de governos, organizações não governamentais e instituições internacionais.
É assim que, em conjunto, podemos verdadeiramente destacar o direito do povo cabindense à autodeterminação e pressionar o regime do MPLA para uma solução pacífica. Apoio diplomático e político.
O nobre povo angolano, os movimentos e os pan-africanos podem fazer de Cabinda uma prioridade diplomática. Este apoio político dos povos de África e de Angola é crucial para tirar Cabinda do seu isolamento.
Solidariedade cultural e identitária
Finalmente, os angolanos e outros pan-africanos podem oferecer apoio moral e cultural. Ao reconhecerem a singularidade e a identidade do povo cabinda, podem ajudá-lo a preservar a sua cultura e história, fortalecendo assim a sua resiliência e determinação de viver como um povo livre. Este apoio simbólico é crucial para manter a esperança e a dignidade face à opressão.
A Injustiça do Status Quo
Desde 1975 que o povo cabindense tem sido frequentemente ignorado no panorama nacional e internacional, a sua história negada e o seu desejo de independência sufocado. Esta negação do seu direito de viver como um povo distinto é uma injustiça flagrante que contradiz os próprios princípios do Pan-africanismo. É tempo de nós, enquanto pan-africanistas, sermos a sua voz, o seu escudo e a sua força.
Viva a solidariedade africana para Cabinda.
(*) Escritor pan-africanista e refugiado político em França
folha8
ANGOLA: “AQUELE QUE ESTÁ NO PODER É O ÚNICO QUE ESTÁ A CONTAR A HISTÓRIA”.
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Ex-combatente nas matas do sul de Angola e actual secretário provincial da UNITA em Mavinga, Bastos Ngangwe lamenta que, 50 anos após a independência, a reconciliação esteja por concretizar e que a história do país seja uma narrativa unilateral.
Por Raquel Rio (texto) e Ampe Rogério (foto),
da agência Lusa
Em entrevista à Lusa, afirmou que “estamos num país em que aquele que está no poder é o único que está a contar a história”, criticando a narrativa ditada pelo MPLA, partido que chegou ao poder em 1975 e governa Angola desde essa data.
Ngangwe (o nome significa pedras preciosas, recurso abundante naquele território), natural do Bié, saiu da sua terra natal devido à guerra civil angolana e seguiu o pai, antigo comandante na guerra de libertação e militante da UNITA desde os primórdios, até à Jamba, juntando-se também às fileiras do partido fundado por Jonas Savimbi.
A sua formação académica iniciou-se nas chamadas “Terras Livres de Angola” – zonas sob controlo da UNITA durante a guerra civil – e aprendeu as “primeiras letras” nas matas do Cuando Cubango.
Mais tarde ingressou no Instituto Polivalente Loth Malheiro Savimbi, então a maior escola da UNITA, onde concluiu os estudos, seguindo depois a formação militar na Jamba, onde se especializou como comissário político.
“Cabia-me a responsabilidade de sensibilizar a tropa para ter aquela vivacidade, aquele moral de ir à frente de combate”, conta.
Bastos Ngangwe diz que se vivia uma vida “normal” no quartel-general da UNITA e afirma que existia liberdade de circulação, com civis a deslocarem-se até ao Bié e outras províncias, rejeitando que existisse repressão.
“Eu que vos falo, desde pequeno vivi na Jamba e aí havia liberdade. Essas histórias de dizer que oprimiam as pessoas, que metiam na cadeia, isso não corresponde à verdade”, insiste.
A Jamba, situada no sudeste de Angola, na província do Cuando Cubango foi o quartel-general da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) durante grande parte da guerra civil angolana, funcionando como um verdadeiro centro administrativo, militar e político do movimento liderado por Jonas Savimbi, que lutou até à data da sua morte, a 22 de Fevereiro de 2002, contra as forças governamentais.
Bastos Ngangwe descreve o fundador da UNITA como “um homem aberto que lidou com todas as camadas, desde o soldado até ao povo” e que dava grande importância à educação.
“Preocupava-se muito com esta área da formação integral do homem, em todas as vertentes” e gostava de ir às escolas “encorajar os estudantes”, afirma.
Quanto às denúncias de violações de direitos humanos nas matas da Jamba, rejeita a existência de crimes.
“É normal que quando alguém estivesse a comportar-se mal tivesse merecido alguma repreensão, mesmo dentro de uma casa um pai repreende o filho, mas crime no verdadeiro sentido da palavra não existiu”, assegura, reconhecendo que existiram mortes, mas negando responsabilidade directa de Savimbi.
“O dr. Savimbi foi um homem íntegro que sabia valorizar a vida humana. Digo isto de cabeça erguida”, reforça.
O dirigente recorda com orgulho que, durante a guerra civil de quase 30 anos que Angola viveu no pós-independência, a Jamba permaneceu intocada apesar dos violentos confrontos entre as FALA (UNITA) e as FAPLA (MPLA) no sul do país e das ofensivas militares apoiadas por Cuba e União Soviética cujo objectivo era atingir Mavinga e tomar a Jamba.
Bastos Ngangwe diz que a estratégia da UNITA era “desgastar o inimigo e fazer ataques à retaguarda” para forçá-lo a recuar e salienta que na última ofensiva das FAPLA — o mal sucedido “Último Assalto” — as forças governamentais foram “perseguidas até ao Cuíto Cuanavale”.
“O próprio regresso só foi possível porque as FALA [Forças Armadas de Libertação de Angola, braço militar da UNITA] abriram um corredor para eles poderem passar. Se isso não acontecesse, talvez tivesse havido um aniquilamento definitivo. Mas, como o Dr. Savimbi valorizava, inclusive, a vida de um militar, então abriu-se um corredor para poderem regressar. Esta é uma história real”, enfatiza.
Questionado sobre o memorial da Batalha do Cuíto Cuanavale — onde as referências à UNITA são escassas — critica a omissão e salienta que se o Governo de Angola estivesse interessado em contar a história de forma realista teriam de contactar também os generais da UNITA.
“Mas nós temos uma história apenas contada na versão do MPLA, que não corresponde à verdade”, lamenta.
Discorda também do simbolismo atribuído pelo Governo angolano à Batalha do Cuíto Cuanavale como marco da libertação da África Austral: “não dependia da luta nem de Angola nem do Cuíto Cuanavale já que os próprios africanos estavam a lutar pelas suas independências. Fica um bocado absurdo alguém dizer que a batalha do Cuíto Cuanavale é que determinou a libertação da África Austral”, contesta.
Mavinga, onde reside actualmente, tornou-se este ano na capital da nova província do Cuando, criada a partir da divisão do Cuando Cubango.
A UNITA, no entanto, não subscreveu a medida e o secretário provincial defende que deveriam ter sido primeiro criadas condições mínimas, como estradas, para se poder chegar até ali.
O dirigente do Galo Negro afirma que “é preciso vencer muitas dificuldades” para sair desde Menongue (capital do Cubango) até Mavinga, onde à população falta “de tudo um pouco”, e sobre a construção da nova cidade capital considera que “não passa de uma ideia”.
Numa altura em que Angola está prestes a celebrar os 50 anos de independência, que se assinalam no próximo dia 11 de Novembro, Bastos Ngangwe lamenta ainda que não esteja a ser praticada a verdadeira reconciliação nacional, ou seja, “aquela que reconhece o outro”.
E critica que figuras como Jonas Savimbi ou Holden Roberto, que liderou a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), tenham sido apagadas da história oficial e sejam esquecidas nos actos de condecoração.
“Querendo ou não, fizeram parte da libertação e também contribuíram para este país. Onde é que está o espírito da verdadeira reconciliação nacional?”, remata, acrescentando que “chegará o momento em que a história será contada pelos historiadores e, sobretudo, pelos que fizeram parte dela”.
fonte: folha8
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