Luther King "acordou a consciência da América" e por isso tornou os Estados Unidos "mais perfeitos, mais justos e mais livres" - Barack Obama.
É talvez sintomático da sua importância na história americana que o monumento a Luther King esteja situado na alameda central de Washington recheada de monumentos aos heróis e combatentes e perto dos monumentos a George Washington, o primeiro presidente, a Thomas Jefferson, um dos autores da constituição e a Abraham Lincoln o presidente que salvou a unidade do país e aboliu a escravatura.
O reverendo Al Sharpton, ele também activista dos direitos cívicos, elogiou a presença de King entre os grandes heróis americanos afirmando que o activista tinha feito a América “ ser aquilo que é a América". King, disse Sharpton, habita agora um bairro reservado aos grandes da história americana.
"Bem-vindo ao bairro. Ao olhar para os presidentes ele está a representar aqueles que no princípio foram excluídos mas que agora estão incluídos. E nós vamos fazer dessa inclusão algo que se vai expandir e avançar. Ele ensinou-nos esperança no desespero. Portanto George Washington, Jefferson e Lincoln preparem-se porque há um novo vizinho no bairro. Advinhem quem vem para jantar?" disse Sharpton
A cerimónia de Domingo atraiu dezenas de milhar de pessoas vindas de todos os cantos da América.
Jeanine Hill que veio de autocarro desde o estado central do Ohio disse que a inauguração oficial era "um dia muito especial para os africano-americanos".
" Precisamos de algo como isto, especialmente num ano de eleições. Isto é um acontecimento muito importante e eu sinto-me orgulhosa de ser parte da história," disse ela
Isto foi com efeito uma tema dominante das cerimónias entre personalidades da comunidade negra dos Estados Unidos. O facto de Luther King estar agora entre os grandes da história americana, apesar de nunca ter ocupado nenhum cargo político, é visto como um reconhecimento do papel dos negros na história americana, o reconhecimento, como disse o próprio presidente Barack Obama no seu discurso de que Martih Luther King “acordou a consciência” da América e ao faze-lo tinha tornado os Estados Unidos “mais perfeitos, mais justos e mais livres”.
"Devido a essa visão de esperança, devido à imaginação moral do Dr King, as barricadas começaram a caír e a discriminação a desaparecer. Abriram-se novas portas de oportunidade para uma geração inteira. Sim é verdade que as lei mudaram, mas os corações e as mentes também mudaram,” disse Obama.
Mas a cerimónia foi também marcada pela realidade de que a luta pela igualdade ainda não acabou. Houve várias referências ao grande numero de africano-americanos nas prisões, às diferenças que persistem em rendimentos de brancos e negros, ás diferenças nos níveis de educação. O reverendo Jesse Jackson, uma conhecida figura da cena política americana e da luta pelos direitos cívicos disse que todos têm "a obrigação de não ficarmos apenas maravilhados com isto mas de continuar a levantar as questões morais perturbadoras e difíceis sobre justiça e igualdade económica".
Mas claro está que a festa de inauguração do monumento foi também isso mesmo, uma festa. Festa em que uma irmã de Luther King recordou o seu irmão, festa em que conhecidos músicos com Stevie Wonder, James Taylor e a raínha do soul Aretha Franklin cantaram.
Aretha Franklin acena à multidão sob os aplausos de Obama.
Aretha Franklin cantou o espiritual negro favorito de Martin Luther King enquanto sentado ao seu lado o presidente Obama soletrava a canção. É quase uma certeza que King nunca poderia ter imaginado um monumento à sua obra na capital americana e provalvemente muito menos que ao lado de Aretha Franklin estaria o primeiro presidente negro dos Estados Unidos.
Nada poderia ter sido mais simbólico do que esse quadro, como que a afirmar a visão de King no seu famosos discurso "tenho um sonho" em que visionou uma América baseada na igualdade de oportunidades.
fonte: voanews
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Samuel