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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Trago a Trinidad e Tobago a gratidão eterna de nosso povo".

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

• Afirma o presidente Raúl Castro, em sua visita a

esta nação irmã  caribenha
Yaima Puig Meneses, enviada especial
Fotos: Estudio Revolución
PORTO ESPANHA.— Pouco antes das 10h (hora de Cuba), da quarta-feira, 7 de dezembro, o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros, general-de-exército Raúl Castro Ruz, chegou a Trinidad e Tobago, para iniciar sua primeira visita oficial a este irmão país caribenho.

Durante as conversações com a primera-ministra Kamla Persard-Bissessar.
Porto Espanha acolheu Raúl com uma chuva a cântaros; também com uma hospitalidade incomparável. Enquanto Raúl descia da aeronave a chuva acirrou, mas isso não impediu que a cerimônia de boas-vindas se desenrolasse tal como tinha sido prevista. Na esplanada, a tropa já estava formada e ao pé da escada o presidente cubano era esperado pelo presidente da República de Trinidad e Tobago, George Maxwell Richards; a primeira-ministra, Kamla Persard-Bissessar; e o ministro dos Assuntos Exteriores e Comunicações, Surujrattan Rambachan.
Ao recebê-lo, a primeira-ministra lamentou a insistente chuva da manhã, ao qual Raúl respondeu com sua habitual sinceridade: "bem-vinda a chuva, má é a seca", sorriu. Assim, depois que o presidente trinitário lhe apresentasse o chefe do Estado Maior da Defesa, avançaram por um tapete vermelho até a plataforma preparada para a saudação oficial. Entretanto, as câmeras de televisão e fotográficas flagram cada gesto, cada detalhe... desta inusual, mas cálida recepção.
Montes de guarda-chuvas foram abertos para cobrir os mandatários, mas a chuva era tão forte que ninguém conseguiu escapar dela. O momento solene continua, após colocados na plataforma, a banda de música toca os hinos nacionais de Cuba e Trinidad e Tobago, ao tempo que são disparadas 21 salvas de artilharia.

A cerimônia de boas-vindas teve lugar sob uma chuva torrencial.
A seguir, o comandante da Guarda de Honra e o chefe do Estado Major acompanharam o presidente cubano a passar revista à tropa, perfeitamente formada, apesar da insistente chuva. Depois, avançam até um salão do aeroporto Internacional Piarco, onde o presidente George Maxwell Richards apresenta os membros de seu gabinete, assim como outros convidados, e cumprimenta a delegação cubana, formada pelo vice-presidente do Conselho de Ministros, Ricardo Cabrisas Ruiz; o chanceler Bruno Rodríguez Parrilla e o titular do Comércio Exterior e o Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca Díaz.
Depois, veio o percurso da caravana até o hotel Kapok, distante uns 26 quilômetros do aeroporto, mas a só uns poucos minutos do centro da cidade. A chuva não parou um instante. Durante meia hora, a delegação avançou pela extensa auto-estrada e, na medida em que se aproxima à cidade, começam a aparecer a ambos os lados, casinhas coloridas nos cerros; também modernas edificações e moradias de cores tênues, com telhados de duas águas, preparados para fazer face às constantes chuvas que abençoam estas terras.
Trinidad e Tobago são duas ilhas, mas ambas conformam uma nação caribenha, embora tenham histórias diferentes. Trinidad foi descoberta por Cristóvão Colombo, durante sua terceira viagem à América, em 1498, enquanto Tobago ficou isolada e habitada por índios caribes, até a chegada dos holandeses, em 1632.
Tal como outras colônias da região, ambas foram palco de inúmeras invasões, por parte de holandeses, franceses e ingleses, até que, finalmente, foram cedidas à Inglaterra, em 1802, tornando-se oficial sua condição de colônia britânica, em 1814. Depois de um processo gradual de certa autonomia, conseguiu sua independência em 31 de agosto de 1962.
Inicialmente, a base de sua economia local era o açúcar, embora, aos poucos, começasse a ser substituída pelo petróleo, que para 1940 se converteu na principal atividade econômica do país.

O presidente cubano dialoga com a primeira-ministra.
Situada no sul do mar Caribe, a República de Trinidad e Tobago tem uma extensão territorial de uns 5 mil quilômetros quadrados e apenas 1,3 milhão de habitantes. A língua oficial é o inglês, embora sejam reconhecidas outras como o francês, espanhol, crioulo, hindi e chinês.
Porto Espanha é uma cidade muito limpa, agora engalanada com inúmeros enfeites próprios da época do Natal. Assim também recebeu o hotel Kapok a delegação cubana presidida pelo primeiro-secretário do Comitê Central do Partido.
Na tarde, o presidente cubano e a delegação, viajaram à Residência Knowsley, a poucos minutos do hotel, onde foram recebidos pelo presidente George Maxwell Richards. Antes de iniciarem as conversações oficiais, Raúl assina o livro de visitantes no qual, com traço firme, deixa constância de sua histórica visita a este país irmão: "Trago a Trinidad e Tobago, junto à saudação fraternal do povo cubano, a gratidão eterna pelas relações plenas que junto a Jamaica, Barbados e Guiana, estabeleceram há 39 anos".
Lembra, assim, aquele dia histórico de 8 de dezembro de 1972, no qual esses quatro estados, decidiram estabelecer vínculos diplomáticos com nosso país, isolado do resto das nações por imposição dos Estados Unidos e da Organização dos Estados Americanos (OEA), desde 1962.
Depois desse encontro, o presidente cubano, acompanhado do presidente trinitário, colocou uma oferenda floral no monumento do Parque Memorial, para render homenagem a todos aqueles que serviram e à memória daqueles que morreram durante a Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
Um pequeno chuvisco continua colorindo a tarde trinitária, enquanto o general-de-exército se dirige para o Centro Diplomático, lugar onde teve conversações oficiais com a primeira-ministra, Kamla Persard-Bissessard, quem é, aliás, a primeira mulher a ocupar esse cargo na história de Trinidad e Tobago.
Ali, Raúl também assinou o livro de visitantes. Em suas linhas reconheceu com satisfação, o grau atingido nas relações com esta nação caribenha e ratificou, em nome de Cuba, a disposição de continuar desenvolvendo-as, tal como com toda a Comunidade do Caribe.
Mais uma vez, o presidente cubano agradeceu à primeira-ministra a atitude assumida por seu país, Jamaica, Guiana e Barbados, em 1972, ao estabelecerem relações diplomáticas com nossa nação, gesto que valorizou como um grande apoio de incalculável valor.
Igualmente, lembrou que durante a 1ª Cúpula Cuba-Caricom, efetuada em 8 de dezembro de 2002, em Havana, foi instituída esta data como o Dia Caricom-Cuba, em reconhecimento ao valor dessas quatro nações. Com esta determinação, há 39 anos, abriu-se o caminho, ademais, para que os restantes territórios caribenhos desenvolvessem laços de amizade e colaboração com Cuba.

Raúl no encontro com o presidente George Maxwell Richards.
Ao anoitecer, o líder cubano e a delegação assistiram a um jantar oficial oferecido pelo presidente de Trinidad e Tobago, na Residência Knowsley. Antes de concluir, ambos os mandatários proferiram umas palavras finais, nas quais se destacou a transcendência histórica da decisão adotada pelos quatro países caribenhos, em 8 de dezembro de 1972. Em sua intervenção, Raúl ressaltou que Cuba continuará lutando junto a todos os países do Caribe, para consolidar a amizade e integralidade que caracterizam suas relações; ao finalizar, brindou por nossa Comunidade do Caribe, por Trinidad e Tobago e por Cuba.
Avança a noite em Porto Espanha e o buliço na cidade não pára. Na academia nacional de Artes Cênicas, lugar onde teria lugar, em 8 de dezembro, a 4ª Cúpula Caricom-Cuba, aprontam-se os detalhes para iniciar as jornadas de trabalho. Mais uma vez, a integração seria um ponto fundamental na agenda dos países caribenhos. Mais uma vez nossos povos se juntaram para intercambiarem sobre as preocupações comuns e ampliarem as relações, em meio de uma crise econômica global, cujo alcance e profundidade ainda são impossíveis de prever.
Por isso, tal como disse o presidente cubano, na cerimônia de inauguração da 3ª Cúpula Cuba-Caricom, efetuada em 2008, na cidade de Santiago de Cuba: "Em tais circunstâncias, cobram maior relevo os compromissos que temos sabido construir em anos recentes, onde a cooperação e a solidariedade constituem os alicerces de nossas relações".



fonte: Jornal Granma 

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Samuel

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