Entre os barões da droga,
o uso de "colete" à prova de identificação social para escapar ao
controle da polícia de investigação é um cuidado permanente e ardiloso a
considerar. Fazem-no com muita perícia, esperteza, com conhecimento profundo do
esquema associado ao tráfico de droga, usam espertezas no disfarce deste
produto, por onde passam, na maior parte das vezes, enganam até a polícia com
os seus meios de detecção da droga. Na acção específica do traficante de droga
para melhor tirar proveito do erro do seu adversário (polícia), que é uma
constante em permanente criatividade na “arte” do engano para fugir à polícia,
também ele não brinca em serviço.
A polícia e o
bandido, ambos fazem uma “evolução” lado a lado. Tanto quanto avança o polícia
com técnicas modernas de investigação criminal/judicial, no combate ao tráfico
de droga, o criminoso ao mesmo tempo, avança (vice versa). Nada é descurado em
relação às tecnologias mais avançadas duma “ratoeira” colocada para “ratos” de
toda a espécie e feitio nesta matéria. Lado a lado, procuram superar ou
igualar-se constantemente, retirando vantagens nos feitos práticos das
actividades de cada um. O que não deixa de ser interessante observar nesta luta
persistente entre o bem e o mal, umas vezes do mesmo lado, outras vezes em
separado ou ainda, ignorando-se, mutuamente, no terreno, há um combate
permanente em várias frentes ou pontos deste planeta, i. é, onde houver droga,
há com certeza um polícia atento que pode ou não actuar sobre este crime.
Não admira que às
vezes escapam criminosos à polícia ou outras vezes são detidos, levados à
Justiça, isto acontece em todos os Países onde se luta contra este flagelo da
droga, nem sempre o sucesso desta operação é da polícia. Exige um combate
persistente em várias frentes de investigação, como um crime organizado que é,
o seu controle passa por um combate “militarmente” pronto se for necessário,
para intervenção por mar, terra e ar, com combate judicial nos tribunais e,
paralelamente, uma política de saúde na intervenção e tratamento
multidisciplinar, para os toxicodependentes.
Quem anda a traficar droga sabe a “sorte” que a espera, pelo menos uma destas duas possibilidades é quase certa, vir a ser preso ou ser assassinado.
Quando não acontece
nem uma nem outra coisa, é como o sair a sorte grande e passar a pertencer à
cúpula mafiosa sem problemas, com influência económica, usando e manipulando um
sistema através de Bancos e outras manobras de crime, instalados no País. Uma
condição confortável para a lavagem de receitas do tráfico de droga, o que gera
muita cumplicidade de vários agentes e membros de uma máfia montada para um
esquema como este poder funcionar livremente, sem intercepção da polícia.
Muitas vezes
estando eles identificados na relação institucional e com as altas figuras do
Estado, já corrompidos ou não, mas bem posicionados para favorecer a máfia e a
corrupção no País a troco de “comissões”, o que torna qualquer investigação
lenta, inoperante (tanto em África, como na Europa ou América...) ou
fracassada, isto é um facto. Facto esse, que a existir, beneficia o criminoso,
ainda mais quando os tentáculos do polvo colam suas ventosas no coração do
poder institucional, sugando a dignidade da instituição, obrigada a compactuar
com o diabo que exerce influência sobre os seus principais agentes e, com isso,
ganha uma aparente “segurança” física e financeira garantida nos corredores do
poder. Custe o que custar, porque aqui o valor do dinheiro é sagrado e fala
mais alto, corrompe quase sempre, vence e convence a maior parte, sem deixar de
registar que - HÁ SEMPRE OS INCORRUPTIVEIS NO PAÍS - pois temos bons filhos da
Guiné-Bissau, PUROS E DUROS, quando se trata de defender a MÃE, esses camaradas
devem ser reconhecidos para chegar ao poder rapidamente, o momento é sério e
gritante, só uma união selectiva baseada nos valores nobres da sociedade
Guineense, escolhendo bem, para sairmos desta crise!
Mas hoje, estando o caldo entornado com a prisão de um alegado
traficante Guineense, a frustração é tanta que não me admira que alguns
próximos deste benefício material do tráfico de droga, que agora a vida custe
mais a suportar sem o "ouro" do bandido recebido em comissões.
A vida é uma opção constante camaradas, e entrar no tráfico de droga
também o é. Sendo que a segunda opção é muito perigosa, sobretudo quando temos
Países que já lá estão há décadas e estão muitíssimo bem organizados neste jogo
criminoso, são os verdadeiros patrões da droga que vivem na Europa, América e
outros…, todos juntos teríamos vários subconjuntos de narco-estados, dentro de
um grande conjunto que seria este Planeta.
Mas a Guiné-Bissau, considerada um País narco-estado, só pode ser por
aberração de conceito linguístico dos que sacodem primeiro a água do capote, e não
admira este desvio de honestidade a penalizar um País pobre como o nosso (sem
querer retirar cem por cento de culpas), que muitos dos seus inimigos prefiram
ver continuado na pobreza. Criticam mais do que ajudam, nisto, começamos agora a
assistir a um controle internacional da Costa Ocidental de África, o que é
muito bom, uma vez que a Guiné-Bissau não tem meios materiais e técnicos para o
fazer, então, resta ao País agradecer esta ajuda, aproveitar e embarcar na
mudança para um Estado capaz de controlar o seu território nacional, mudar o
que tem que ser mudado e olhar o futuro deste País nas mãos dos seus bons filhos,
capazes de o levantar e de o levar a bom porto, com certeza.
No mundo do tráfico de droga, os kótas traficantes não querem que
entrem os mais "novatos" para o mesmo negócio..., por ganância,
preferem que esses novos prestem um serviço a baixo custo ou que permaneçam
dependentes dos chefes instalados na Europa, América e outros, por isso, os
novatos contentam-se com as migalhas vindos dos reais bandidos/padrinhos desta
merda (a droga), como pagamento!
Por isso, aqui estamos convencidos duma entrega do peixe miúdo (Bubo
Nantchút) para engrossar o argumento na tese moral da antipatia do bandido, o
de fazer querer que finalmente estamos no bom caminho, pois era bom, mas ainda
falta muito, é triste de imaginar, mas na verdade esta procissão vai no adro,
só.
Os interrogatórios lá (USA) são sofisticadíssimos, com ferramentas (por
indução química, pressão psicológica e choque psicomotor induzido em busca da
verdade) que não sabemos, sabemos apenas que a tolerância à dor tem limites no
ser humano, ninguém escapa, por isso imagino que alguém vai dizer o que sabe e,
eventualmente o que não sabe, neste interrogatório, apenas para atenuar a
exposição à dor quando o sofrimento for insuportável... pense nisso camarada,
vale a pena mudarmos e tomarmos conta da Terra com muita seriedade, a vitória é
certa, acredite.
Estamos a falar de um espaço militar de interrogatório, que receia os
efeitos do terrorismo implícitos no tráfico de droga, e o poder material do
narco tráfico no mundo, associados ao crime organizado e tráfico de armas, onde
o peixe miúdo é sempre carne para canhão, podendo ser este um dos casos, no
jogo de empurra, que termina com a batata quente nas mãos do menos atento ou do
mais “burro” do esquema montado a cair nas mãos das autoridades internacionais.
O Bubo terá sido "entregue" ou preso com base nas investigações de anos levadas a cabo pelos USA, só Deus sabe. Mas a verdade é que isto agrada aos que continuam à solta (dentro e fora do País, independentemente da nacionalidade). Devemos aproveitar para continuar a limpar a nossa Casa, despir a roupa suja, que deve ser lavada em Casa e não na rua, ignorando a sujidade à vista de todos quase.
Hoje já podem
"deitar" as culpas nos quatro homens, talvez Ele (o Bubo) o menos
inteligente nisto, mas com o título de “Barão da droga”, que lhe confere um
lugar de destaque. Pouco inteligente mas corajoso, uma substituição da massa
cinzenta pela massa muscular, é o exemplo do que está a acontecer, com
tendência para o agir e lá se foi o “guerrilheiro” mais básico e primário no
meio disto tudo. Aquele que se contentava com "migalhas", de repente
quis subir o seu “preço” se é que é verdade toda esta acusação, mas sem um
conhecimento profundo deste tráfico e da sua profundidade criminal no plano
internacional (negócio de armas), no entanto por enquanto é só suspeito, até
prova em contrário, a ver vamos.
Segundo dizem os
USA, o negócio da droga encobria o tráfico de armas, com alto valor e peso
material e financeiro, o que Eu duvido, que o Bubo tivesse alcance como mentor
“cabeça” para tantas contas do género. Alguém mais esperto do que Ele, está
fazendo sombra e, encoberto até aqui, ainda escondido, mas certamente, com o
rabo de fora e cu tremido.
Daí que se esta
investigação desta vez chegar ao “torrado” do fundo do tacho, as surpresas irão
atingir várias nacionalidades, “para todos os gostos” e alguns Países
Africanos, Europeus e Americanos metidos nisto, a ver vamos, camaradas. É uma
questão de tempo, - a Guiné-Bissau, não ofende quem quer – lembrai-vos disto
camaradas.
Isto começa a aquecer, se agora começou e pelo fim, com prisões de
"bebés" do tráfico internacional na Costa Ocidental de África como pequenos
correios, é o que parece, isto. Imagino então que os principais, os grandes
cabecilhas nunca terão o mesmo destino (os cabecilhas da produção e, tráfico de
droga nesta zona marítima). Vermo-los, a todos eles serem presos e julgados,
parece ser o mais difícil desta caçada, porque agora, estão alertados com esta
detenção ou talvez não, e não tendo como escapar, ainda serão igualmente
presos.
O que quer dizer que esta acção da policia secreta Norte Americana é
apenas um sinal com várias interpretações possíveis, indo para além do problema
da "droga", para além dos citados "600kg" de cocaína, que
pelos vistos desapareceram "dentro" de uma Instituição do Estado da
Guiné-Bissau. Mas agora, parece que o dedo só é apontado a um único traficante,
se for o caso, será uma conclusão primária, básica, servindo apenas como
sentido de humor muito fraco, porque basta recuarmos no tempo em que tudo
começou, os primeiros rumores centrados no tráfico de droga no País para pensar
melhor. Triste é, se for esta a única hipótese a testar, não sei quem convencia
entre nós, tendo em conta o crime organizado que ficou por perceber, para além
da corrupção, instalada na Guiné-Bissau desde então.
Esta prisão de Bubo Nantchut (um dos dois Guineenses, indiciados
segundo a USA há muito), servirá como "estímulo" agitador de
consciências pouco tranquilas nesta matéria (gente ligada ao tráfico nesta
zona...) que agora está sobre a mira da polícia internacional (dos caçadores de
traficante e do seu tesouro/riqueza), e para mais, pouco se saberá neste mundo
tão pequeno, onde os fracos são os mais vigiados por satélite, sendo certo que
o crime não compensa, só isto sabemos, e o mal está à vista, é preciso que o
Estado tenha muita calma agora e colabore com a DEA, para por termo à agitação
do tráfico na costa O. África e, mais concretamente, no que toca os Guineenses
metidos nisto, i. é, no que depender da Guiné-Bissau deve ser já, uma actuação
firme e de limpeza geral, para limparmos o bom nome do País.
A procissão ainda vai no adro, quando um ex-militar de alta patente é
preso, pergunto, seguirá um politico, outro militar, um empresário, um
diplomata, um estrangeiro residente no País, um “djyla” de esquina ou também,
vários barões na Europa, na América, na Ásia e, quem sabe, é desta que vão os
"policias do mundo" ser isentos, a prender por igual, todos estes
bandidos espalhados pelo mundo fora.
Por isso vale a pena colaborar para evitarmos uma "caça às
bruxas" sem precedente no País. Temos que criar condições de prender e de
julgar os nossos criminosos, sob pena de serem caçados pelo julgamento
internacional, fora de Casa, porque o menino malcriado na rua é “reeducado”
pela polícia se for preciso, sem dó nem piedade, e será tarde, como agora vimos,
ouvirmos, políticos falarem do mal que remediado já está, só.
Há que unir esforços com as autoridades mais qualificadas no combate ao
crime organizado e tráfico de droga, recriar e organizar espaços de
investigação e acção judicial a nível nacional, é urgente no País, para
evitarmos que os nossos criminosos uma vez dentro do País, andem à solta no
território nacional ou a serem presos e levados próximos de Casa, como se, no
nosso País, não fossemos capazes de prender um criminoso de alto “gabarito”,
como que cúmplices, pactuando com o recebimento do bolo (dinheiro)
eventualmente dividido por muitos com “poder” dentro do mesmo Estado. Isso não,
seria uma imagem péssima para este País que nos vê crescer, fingindo-nos cegos,
surdos e mudos.
Viva a Guiné-Bissau unida, forte e pronta para avançar para bom porto.
Há que ter a coragem de mudar de rumo, afastar os que têm as mãos sujas de
sangue, de dinheiro sujo e outros crimes de corrupção, cometidos contra o Povo.
Caso contrário, nunca mais sairemos da lama em que nos encontramos, nunca mais
nos respeitaremos uns aos outros, nunca mais saberemos distinguir os melhores,
pela meritocracia, nunca mais diremos não com convicção, persistência e
espírito ganhador, nunca mais aprenderemos a assumir responsabilidades
individuais e colectivas, nunca mais aprenderemos a valorizar o trabalho
individual e colectivo, nunca mais aprenderemos, de uma vez por todas, a
importância do saber escolher o melhor para nós, todos!
QUEM ESCOLHE BEM EVOLUI MAIS RAPIDAMENTE DO QUE QUEM OPTA POR ESCOLHAS
MENOS INTELIGENTES. ACREDITEM, SE QUISEREM, OU MELHOR, PENSEM NISTO!
A Guiné-Bissau tem filhos espalhados pelo mundo fora, na dita Diáspora
Guineense, que na ausência de uma politica interna centrada numa visão global
de reaproximação dos valores humanos que estão fora de Casa, por ausência de
politicas de vários governos sem um projecto que gere a estabilidade politica
no País, tem mantido esta dificuldade crucial de carácter administrativo,
tecnológico, cientifico e político, essenciais num processo de desenvolvimento
sustentado do País, importantes para sublinhar a permanência do Estado de
Direito, mas que teimam em manter parados à espera de piores dias, pergunto até
quando.
Fingindo não-ver, estes líderes que permanecem inactivos, silenciosos,
sem se manifestarem com politicas concretas em relação à emigração, quando o retorno
à Casa dos emigrantes com especialização em várias áreas de profissões variadas
é possível uma vez programado, acredite.
Menosprezam todo este valor que faz muita falta para se conseguir sair
desta crise profunda, que mais não é do que a prova inequívoca de que o País
precisa de quadros técnicos e superiores que estão a “apodrecer” fora do
território nacional, há décadas.
Toda esta mão de obra Guineense que pode regressar, com políticas
concretas e a serem canalizadas gradualmente para um retorno programado e
sistematizado neste processo, com principio meio e fim transparentes, para
todas as partes que querem regressar, não sentindo os mesmos obstáculos
subjectivos e objectivos de outrora, ameaçando mais uma vez a sua estabilidade
psicológica e sócio-familiar na sua tentativa de reintegração profissional no
seu País, baseados na sua competência e que aguardam um fim feliz., pondo fim à
falta existente no País.
Pararmos este preconceito em relação à uma Diáspora fobia progressiva
de há quarenta anos a esta parte, hoje ainda existente, faz pena, ver um registo
destes de acanhamento tendencioso, não só na reflexão que ela tem merecido e
não se fez e não se faz, como na frontalidade exigida na resolução que ela
merece no momento actual, mas que também tem sido descurada, pergunto o que
fazer.
É mais do que necessário Sr. primeiro Ministro e Ministro dos Negócios
Estrangeiros do Governo de Transição e demais lideres político partidários com
assento parlamentar e não só, reunirmos uma reflexão conjunta para um pacote de
medidas concretas, no que concerne às questões especiais da emigração, tendo
como objectivo específico, análise e politicas de reagrupamento profissional e
não só, desta emigração, rumo ao nosso
País, com estabilidade politica necessária, como peça fundamental de atracção
neste processo.
Muitos problemas que temos tido não acabam de uma só vez, mas é certo
que diminuem com certeza absoluta, com o maior número de guineenses possível, a
Terra avançará mais depressa, e com maior qualidade nos seus resultados num
futuro próximo.
Devo acrescentar e para terminar como no início deste artigo de
opinião, na questão desta detenção do Bubo e outros, que paradoxalmente vem
trazer uma luz no fundo do túnel, para muitos de nós que dantes não víamos um
palmo no escuro, agora temos o mínimo de claridade, infelizmente para
reconhecer a cara de vergonha internacional, causada por um Guineense como nós,
à Nação que é de todos.
Foi preso e levado para os calabouços no “fim” do mundo, quando todos
juntos e em democracia, com ideias diferentes e respeito mutuo, podíamos evitar
um acumular de frustrações como tem sido até aqui.
Que isto sirva de exemplo, para aqueles que dantes nunca se importaram
com a imagem do País limpa, como um Estado de Direito, preferindo nadar nas
águas corruptas com a faca e o “queijo” nas mãos. Pergunto agora, eles neste
momento sabem o que devem fazer pelo amigo e antigo combatente ou não, sabem
como lhe fazer chegar água do Rio Geba (simbólico) para se sentir em Casa,
claro que não, isso é impossível neste momento, e porquê camaradas, pense
nisso!
Mais uma vez Camaradas, venho aqui deixar outra opinião, resultado da
minha reflexão humilde a pensar Guiné-Bissau, sou o seu único responsável,
sendo ou não citado pelos seus leitores, digo aqui que responderei sempre por
cada pingo da minha “tinta” derramada nesta partilha que agora fica a vosso
dispor…
Djarama. Filomeno Pina.
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Samuel