Em Portugal, os Militares de Abril travaram a ditadura fascista e a
continuação da guerra colonial. Sem a classe castrense tal feito não seria possível,
devolver o poder ao Povo Português, com ele a esperança e a liberdade de mãos
dadas, rumo a um País mais justo e solidário. Uma motivação revolucionária deu
à “luz” uma mentalidade nova para sempre.
Mas os políticos e
governantes que vieram após a revolução de Abril, tempos depois começaram a “estragar”
pouco a pouco, este sonho de liberdade para os filhos e netos de ABRIL. Hoje,
os Capitães de Abril, estão tristes pelos “filhos”, porque está à vista um
resultado do desgoverno, melhor, de sucessivos governos que levaram Portugal à
recessão, o que fizeram ao longo de vários governos, sujando e metendo na lama,
esta glória da revolução Portuguesa, que é o 25 de Abril de 1974.
Resultado de má
política dos governantes, levou este País ao estado a que chegou,
independentemente desta crise que é universal, este “golpe” enfraqueceu a
vitalidade deste Povo. Atingiu a sua auto-estima, há uma revolta transversal que
afecta o Povo na sua globalidade. Gente dura, madura, lutadora, que agora
resiste, procurando um novo caminho de liberdade, e ainda mais segura,
alicerçada num novo conceito de fazer política mais realista, a partir da
realidade do Povo Português, com menos imitação possível, erguendo sua voz
activa, colada à revolução de Abril, mas mais adaptada aos dias de hoje, uma
vez mais e especialmente desta vez, começarmos por dizer basta em busca de um
futuro melhor para Portugal!
Basta e porquê? Para
dizer que o romantismo político do anterior 25 de Abril de 1974, esgotou há
muito tempo, não faz parte deste estado de espírito actual em que se encontra
Portugal.
Se outro “25” de Abril se repetir, não
estarão cravos vermelhos para tapar a “boca” das armas, o fogo desta vez, será
direccionado para os responsáveis desta situação de pobreza a que chegou o País.
Há que devolver o que foi retirado ao seu legítimo dono ao longo dos tempos, “o
Povo, é quem mais ordena”.
VIVA O 25 DE ABRIL,
SEMPRE!
Na Guiné-Bissau, sem fazermos
comparações de chapa, pois não se comparam “coisas” diferentes, porque à
partida praticamos uma descriminação, então realço somente e apenas, esta coincidência
das Lutas dos dois Povos distintos, pela Liberdade, Justiça e Igualdade de
Direito entre os Cidadãos.
Refiro-me porem à Luta de
Libertação Nacional na Guiné-Bissau, onde as Forças Armadas Revolucionárias do
Povo, conquistaram vitoriosamente tudo no campo militar, político e
diplomático, para a seguir oferecerem à Guiné-Bissau e Cabo Verde, a
Independência, a Nacionalidade, a Liberdade e Justiça Social, cumprindo deste
modo o seu programa mínimo do PAIGC.
Mas hoje, após quarenta anos de
independência do País (Guiné-Bissau), ninguém tem dúvidas que este resultado
glorioso da Luta pela Independência, ficou manchado por corrupção e injustiças
cometidas contra o direito e liberdade dos cidadãos.
Hoje sabemos que os Militares e os
Políticos Guineenses, são os únicos responsáveis pelo País estar na lama, o que
vem provar que a Democracia falhou na Guiné-Bissau.
A coincidência a que me refiro
atrás, tem que ver com o facto de que em Portugal, apontamos o dedo à classe
política, pela situação em que se encontra o País.
Na Guiné-Bissau, apontamos o dedo
aos Militares e Políticos, pelo atraso global do desenvolvimento do Pais.
Uma coincidência aqui, é o facto de
ambos os Países (num muito mais do que no outro) fazerem má escolha nas
políticas a seguir, fracassados pelo método de escolha, sem sucessos nos
resultados esperados.
Durante décadas, quase sempre os
mesmos governos, estragaram e continuam a estragar cada vez mais, numa
compulsão que lembra uma condição comportamental neurótica, em que o “paciente”
sabe do que sofre, mas não tem capacidade de mudança de comportamento anormal para
um outro padrão mais saudável e deixar de sofrer. Vai fazendo sofrer todos os
que o rodeiam, infelizmente e, esta condição de incompetência perante os factos
torna-se crónica, permanece por muitos e longos anos por vezes e, sem solução à
vista para melhorar os resultados para positivos.
Posto isto, há que reequacionar,
analisar profundamente os erros cometidos e, de seguida, apostar num movimento
de mudança, com novas políticas, novas oportunidades. Trilharmos um caminho
mais justo e novo, rumo à felicidade para os dois Povos, dignos de uma nova e
desejada vida melhor e boa sorte para os seus cidadãos.
VIVA O 25 DE ABRIL E, SEMPRE!
Djarama. Filomeno Pina.
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