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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

CUBA: Ou tenho o ouro ou não tenho nada - Olimpíada Ibero-Americana de Biologia (OIB).

NO BALUR I STA NA NO KUNCIMENTI, PA KILA, NO BALURIZA KUNCIMENTI!...

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Conversa com um jovem cubano vencedor da Olimpíada Ibero-Americana de Biologia.

PELO segundo ano consecutivo Cuba competiu na Olimpíada Ibero-Americana de Biologia (OIB). Em 2014, apresentaram-se dois estudantes que ganharam medalhas (prata e bronze). Neste ano, a Ilha participou com uma equipe completa, formada por quatro competidores e conquistou uma medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze.
Diferentemente de outros concursos internacionais de conhecimentos para estudantes de bacharelado, a Biologia não tem Olimpíada Centro-Americana nem Olimpíada Internacional e um dos requisitos deste certame é que os participantes não tenham assistido a um evento similar anteriormente.
À OIB vão os melhores estudantes da disciplina e são examinados em conteúdos extracurriculares. O estudante do Instituto Pré-Vocacional das Ciências Exatas (IPVCE) Mártires de Humbolt 7, na província de Artemisa (ocidente do país), Alain Areces López, obteve a medalha de ouro no evento, realizado em setembro passado em El Salvador e, junto a sua professora, conta-nos suas impressões.

Como você se preparou para este exame?
Alain Areces López: Desde que comecei na décima série estou preparando-me, primeiramente na escola e depois no treino para concursos nacionais. As copas que se realizam entre os IPVCEs também influenciam nisso. O objetivo final é o concurso nacional e quando se consegue entrar na pré-seleção nacional, aí vamos preparando-nos com os treinadores em diversas especialidades. Já não recebemos Biologia, mas Zoologia, Botânica, Microbiologia, Bioquímica. Especializam-nos com um treino muito mais rigoroso. É bem seletivo porque nós os estudantes não ficamos aí. De dez estudantes que integram a pré-seleção nacional, somente quatro são selecionados, que são os que representam o país em um evento em nível internacional. No caso da Biologia, é a Olimpíada Ibero-Americana.
Isto leva muito estudo. Em Biologia isso é o fundamental, a preparação autodidata. O professor é necessário porque é o guia, mas também é importante o interesse que a gente tenha em estudar. É uma disciplina que requer de muita leitura, memorização e dedução.

Quem mais foi à competição?
Fui com mais três colegas e os resultados foram espetaculares porque os quatro obtivemos medalhas. No meu caso foi a de ouro. Os outros ganharam duas de bronze (Luis Enrique Martínez, de Camaguey, e Andy García, de Havana) e uma de prata (Leonardo Martín, de Camagüey). Todos são estudantes de IPVCEs.

Fala-me do dia do concurso. Como são feitos estes exames internacionais?
Como participavam estudantes de duas línguas diferentes — espanhol e português — sempre têm que traduzir o exame para os brasileiros e os portugueses, mas no fim sempre nos comunicávamos.
São dois dias de exames. O primeiro foi de exames práticos em Microbiologia, Biologia Molecular, Morfofisiologia Vegetal, Ecologia, e tudo com limite de tempo.
Depois, fizemos o exame teórico, que se dividia em dois temários. Cada um deles tinha que ser resolvido em 120 minutos e eram 120 perguntas com um nível bastante elevado.

Quando vocês sabem dos resultados?
Cada país participante levou entre dois e quatro estudantes. Enquanto estamos examinando, os professores que lideram as delegações vão conformando os temas e revendo os exames e no último dia na cerimônia de premiações são proclamados os vencedores. Até o último momento não sabemos nenhum resultado. Na maioria dos casos as diferenças entre os vencedores são mínimas. Eu fui a sexta medalha de ouro e a diferença com a primeira foram quatro pontos percentuais. Isso evidencia que todos os estudantes que participamos, estamos muito equilibrados. Se você está em estudo e preparação tão bem como um estudante da Espanha — sendo cubano, com todas as dificuldades contra as quais está lutando porque estamos bloqueados — ao enfrentar-nos ao nível de desenvolvimento que tem um aluno desse país, que se prepara numa universidade com professores especializados, podemos dizer que estamos perfeitamente bem.

Qual foi sua reação quando soube que tinha obtido a medalha de ouro?
Já tinha visto que meus outros três colegas receberam as medalhas, porque primeiramente anunciaram os que ganharam o bronze e depois o ouro. Então pensei: ‘Ou tenho ouro ou não tenho nada’. Estava muito tenso. Quando começaram a dar as medalhas de ouro, eu fui o sexto a recebê-la e fui com minha bandeira nos ombros receber a medalha e o diploma. Em seguida, me comuniquei com o pessoal da minha casa e eles ficaram muito felizes.

Começou o ano letivo com um prêmio em um evento internacional. Como decorre sua 12ª série e que pensa fazer quando acabar o pré-universitário?
Na 10ª e 11ª séries estive preparando-me para este concurso e não perdi tempo, investi-o em Biologia e fui deixando outras disciplinas como Matemática, Física, Química. Agora, na 12ª série, estou recapitulando essas matérias que tive que deixar e a Biologia, que não a deixo, porque estou ajudando os alunos de concurso que estão na escola. Estou dedicando-me a recuperar outras disciplinas, a intensificar a Biologia, e a pensar no que vou estudar. Tenho duas opções: Medicina e Bioquímica. São relacionadas com a Biologia. Bioquímica é um ramo da Biologia e a Medicina é uma das melhores formas em que se podem aplicar os conhecimentos da vida. Acho que é da que mais gosto.

Qual é sua avaliação dos resultados em concursos internacionais nestes dois anos?
José Lázaro Hernández Tabío, metodologista nacional de Química: Neste ano para nós foi o mais satisfatório que tivemos nas competições internacionais. Participaram 21 estudantes e, salvo na disciplina de Informática, o resto obteve medalhas ou menções. Ou seja: 16 obtiveram medalhas e outros quatro menções de honra.
Neste ano conseguimos medalha de bronze nas Olimpíadas Internacionais de Física e Matemática. Alcançamos menção de honra em Química, na Olimpíada Centro-Americana de Matemáticas apanhamos duas medalhas de bronze e uma menção de honra, na Centro-Americana de Química alcançamos duas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Em todas as competições deste ano se conquistou alguma medalha.

Lic. Julia Díaz Perera, professora da Vocacional de Artemisa: É muito importante avaliar o papel que teve a escola Humbolt 7 nesses avanços. Temos resultados em Matemática, em Química, em Física e este em Biologia, que orgulha a escola. É a primeira vez que temos um estudante nesta disciplina que alcança este mérito. Para mim tem muito valor. Amo muito minha escola e seus avanços são fundamentais. Isto é muito significativo para mim.

#granma.cu

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Samuel

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