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quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Tchad: JULGAMENTO DE ATIVISTAS DE OPOSIÇÃO NO CHADE - Deby filho quer afogar o peixe na água

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É um julgamento extraordinário e maratona que começou em 29 de novembro no Chade, que verá 401 réus desfilarem no bar. Detidos durante as violentas manifestações do passado dia 20 de outubro, que oficialmente deixaram cerca de cinquenta cadáveres no chão, estes arguidos estão a ser processados ​​por “reunião não autorizada, destruição de propriedade, incêndio criminoso, violência e agressão e perturbação da ordem pública”. O julgamento da “quinta-feira negra”, como alguns chadianos o chamam, decorre a cerca de 600 quilómetros da capital N’Djamena, mais precisamente em Koro Toro situada no meio do deserto e onde se encontra a prisão de alta segurança. Como resultado, nem os advogados nem as famílias dos acusados, muito menos as organizações de direitos humanos, participam. Nenhum olhar externo, pode-se dizer. E isso porque as autoridades chadianas assim o quiseram. Porque, medindo os riscos associados à viagem, ou seja, de N'Djamena a Koro Toro, a Ordem dos Advogados tem sido diligente em solicitar à Chancelaria que facilite a deslocação dos advogados, fornecendo-lhes escolta policial. Como resposta, recebeu apenas um silêncio que beira o desprezo e que reflete o desejo das autoridades da Transição de condenar aqueles que qualificam de “terroristas insurgentes”. Se não é implacável, parece muito, especialmente porque este julgamento pode ser adiado enquanto se aguarda o estabelecimento da comissão de inquérito independente solicitada pela Comunidade Económica dos Estados da África Central (ECCAS) apoiada pela União Africana (UA) e a comunidade internacional. Déby filho esquece de bom grado que nada pode vencer um povo determinado Tudo se passa, de facto, como se para N'Djamena se tivesse encontrado o culpado da "Quinta-feira Negra": a oposição e o seu rebanho que deve ser castigado na esperança de impedir assim outros movimentos de protesto que certamente não faltarão não. Especialmente diante do desejo manifesto de Déby Júnior de confiscar o poder em um país onde os jovens anseiam cada vez mais por mudanças. Na realidade, o problema atual de Chad é Mahamat Idriss Déby. Porque aqui está um homem que, após a morte do pai, tomou o poder para uma transição de 18 meses que deverá conduzir à organização de eleições livres e transparentes, e que, com maestria sem igual, conseguiu manter-se no jogo, ao organizando um Diálogo Nacional Soberano Inclusivo (DNIS) que agora o autoriza a candidatar-se às próximas eleições presidenciais. Dito isso, se ele pensa que forçando alguns líderes da oposição ao exílio e fazendo com que outros sejam julgados e condenados, ele pode garantir um reinado tranquilo, Déby Júnior está errado. Ele tenta afogar o peixe na água, mas esquece de bom grado que nada pode vencer um povo determinado. Ele venceria, no melhor interesse da Nação, para desistir do poder em vez de querer jogar besteira.

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Samuel

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